É advogado mas está desempregado? Seja um correspondente!

Uma carreira no Direito foi e ainda é considerada de grande prestígio, com excelentes oportunidades para ganhos profissionais. De fato, muitas pessoas conseguem atingir o topo, trabalhando em escritórios, passando em concursos ou mesmo alcançando cargos como promotor e juiz. Porém, infelizmente essa não é a realidade para muitos outros causídicos.

Com a proliferação desenfreada dos cursos jurídicos, nos últimos anos o mercado da advocacia ficou saturado em nosso país. Isso faz com que muitos profissionais recém-formados não consigam emprego ou ainda tenham que se submeter a baixos salários oferecidos pelos escritórios, já que há muita procura e nem tanta oferta.

Claro, é sempre possível investir em mais qualificação, como cursos de especialização e pós-graduações, mas, muitas vezes, num mercado tão competitivo, e com a ameaça de crise, tais esforços acabam não surtindo o efeito desejado de obter melhores salários. Assim, nesse cenário complicado, uma ótima alternativa tem sido se tornar um correspondente.

Mas, você sabe o que é advocacia correspondente, quais são suas vantagens e como se tornar um excelente correspondente? Preparamos o post de hoje para responder todas essas dúvidas! Não deixe de ler e conferir!

O que é e o que faz um correspondente?

Um correspondente é aquele profissional que realiza serviços específicos para escritórios de advocacia ou empresas que se encontram distantes do local onde a causa (a demanda judicial ou administrativa) está tramitando — ou seja, estão em outras cidades ou estados.

O correspondente não está ligado ao processo ajuizado como representante jurídico direto dos clientes do escritório remoto, mas está apto a realizar atividades juridicamente peculiares em prol dos interesses desses, a partir de um ato de contratação pelo patrono original da causa.

Importante: Somente Advogados e Estagiários regularmente inscritos na OAB podem ser correspondentes jurídicos, sendo que os Estagiários somente sob a supervisão e responsabilidade de Advogados.  Porém, existem algumas atividades que podem ser feitas por quem não é regularmente inscrito na OAB e você pode conferir esses serviços no e-book gratuito: O guia completo de serviços que estudantes de Direito, estagiários e bacharéis podem fazer.

Quais são as vantagens de se contratar um correspondente?

No Brasil, o advogado precisa estar inscrito no Conselho Seccional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em que for estabelecido o domicílio profissional. Com essa inscrição principal, poderá atuar em todo o território nacional; de forma livre no estado em que fora inscrito originalmente, e, nos demais estados (Conselhos Seccionais), poderá agir sem inscrição como representante jurídico em até 5 (cinco) causas por ano.

A partir da 6ª intervenção judicial, o advogado terá de, obrigatoriamente, realizar uma inscrição suplementar no Conselho Seccional daquele estado, inclusive pagando mais uma anuidade profissional.

Assim, um advogado que está localizado em um determinado estado contará com o auxílio remoto de um correspondente, em parceria, para examinar e dar o correto prosseguimento de suas causas que estejam tramitando em estado ou cidade diversa de onde está seu domicílio profissional.

Essa parceria gera celeridade nos acompanhamentos processuais e mais segurança para o escritório principal, sem que seja preciso se preocupar com novas anuidades da OAB em outros locais ou com gastos frequentes de deslocamento de seus advogados para cuidar dos processos que tramitam em tribunais distantes.

A medida é muito útil também nos casos emergenciais, em processos que demandem atos urgentes em que o patrono inicial da causa não poderá estar presente.

Quais são os benefícios de ser um correspondente?

Em primeiro lugar, há o benefício imediato da visibilidade no meio jurídico e do networking. Ao se cadastrar numa plataforma especializada como o Juris, o correspondente terá seu perfil profissional exibido para escritórios de todo o país, e poderá prestar serviços para eles. Com isso, o correspondente poderá ganhar novos contatos no meio profissional que podem levar a mais e melhores oportunidades de emprego no futuro.

Além disso, o correspondente estará ganhando também experiência prática no mercado de trabalho ao prestar uma grande variedade de serviços jurídicos que certamente enriquecerão seu currículo. Para estudantes de Direito, jovens advogados ou os que ainda não estão com um emprego fixo, trata-se também de uma forma de receber honorários pelas diligências prestadas.

Finalmente, ao atuar por conta própria como correspondente, o profissional terá horários mais flexíveis e personalizados do que na rotina diária de um escritório. Com isso, ele terá mais tempo para estudar e se capacitar, fazer uma pós-graduação, entre outros.

Como se tornar um correspondente?

Na internet, principalmente em redes sociais como Facebook, LinkedIn e WhatsApp, existem muitos grupos dedicados à divulgação de serviços de correspondente. Os profissionais podem expor um pequeno currículo para possíveis contratantes interessados. Entretanto, é sempre válido lembrar que o ambiente pouco seguro das redes sociais podem trazer contratantes mal-intencionados ou de pouca confiança.

Existe a opção de tentar associar-se aos escritórios de outros estados, para efetuar tal tipo de ocupação na localidade de seu domicílio profissional. Há ainda a possibilidade de tentar a contratação direta em empresas de profissionais liberais especializadas nesse tipo de prestação, que serviriam de intermediárias, o que é facilmente verificável após simples pesquisas na internet.

Porém, um meio novo e eficiente de se tornar um correspondente é se cadastrar em sites e plataformas que auxiliam empresas e profissionais que desejam trabalhar dessa forma. Por meio desse serviço, você será facilmente encontrado por escritórios e advogados de todo o país, por intermédio de um sistema de buscas.

6 dicas para que você seja um correspondente excepcional

Agora que você já sabe mais sobre o que é advocacia correspondente e quais as vantagens dessa carreira, confira algumas dicas que preparamos para que seja um excelente correspondente!

1. Comunique-se bem

A arte de comunicar-se bem é quase que um pré-requisito não só para ser um correspondente, mas para exercer qualquer tipo de advocacia. Seja claro e coerente antes mesmo de pegar a diligência com o escritório que estiver lhe contratando. Deixe tudo combinado nos mínimos detalhes para não haver mal-entendidos e situações delicadas no futuro.

Um bom correspondente deve saber transmitir de forma fluida a sua mensagem, seja para escrever petições, para participar de audiências ou resolver outras questões que lhe foram incumbidas. Evite floreios e textos muito extensos quando a complexidade da situação não exigir isso.

Seja flexível e mantenha um canal aberto de diálogo com o escritório. Isso só fortalecerá o relacionamento com o seu contratante e aumentará as chances de que ele fique satisfeito com o seu trabalho e lhe dê preferência em próximas tarefas.

2. Comprometa-se com as causas

Um advogado de sucesso é aquele que sai do lugar-comum e defende suas causas com entusiasmo e paixão. Não pegue uma diligência só para receber os honorários pelo serviço. Envolva-se com a causa; pesquise jurisprudências, doutrinas e procure saber tudo sobre demandas semelhantes. Essa atitude não só fará com que aprenda de forma extraordinária como também proporcionará o ganho da credibilidade do escritório.

Além disso, quando o correspondente se compromete com a causa, ele deixa de atuar apenas como profissional e passar a agir como um ser humano diligente e preocupado com as necessidades do próximo, desempenhando, assim, um papel solidário na comunidade.

3. Invista em capacitação

As demandas de nossos tempos modernos estão cada vez mais complexas e sofisticadas. Dificilmente, um recém-formado terá condições de enfrentar o mercado de trabalho e a realidade dos fóruns só com o conteúdo teórico que aprendeu na faculdade.

O mercado atual exige do profissional uma série de conhecimentos que não necessariamente são ensinados na faculdade, como marketing jurídico, técnicas de resolução de conflitos e alguns dos temas mais atuais do momento, como Direito Digital.

Sabendo desta nova realidade, o Juris procura capacitar os correspondentes por meio de cursos, mentorias, vídeos, artigos, e-books, entre outros, de modo que os profissionais estejam mais aptos para enfrentar a nova realidade do mercado.

4. Seja organizado

Não é porque você não precisará cumprir jornadas fixas de trabalho no escritório e dividir afazeres com outras pessoas, que poderá se dar ao luxo de procrastinar e de ser desorganizado. A organização é o segredo da eficiência e da qualidade de qualquer tipo de trabalho.

Por isso, comece organizando o espaço físico onde irá se debruçar em suas tarefas. Guarde papéis e livros em prateleiras e caixas, não deixe nada espalhado. Faça anotações de tudo: prazos, endereços, telefones. Não se arrisque em guardar essas informações somente na cabeça.

A organização também significa cumprir as diligências dentro do prazo e com alto nível de qualidade. Dessa forma, será necessário que faça uma boa gestão de seu tempo e calcule o prazo que gastará para efetuar cada tarefa, contando o tempo gasto com deslocamento, alimentação e contratempos que possam vir a ocorrer.

5. Seja responsável e transmita confiança

Quando se comprometer em realizar alguma diligência, trate-a com seriedade e respeite quem confiou em você para isso. Um prazo perdido, ou algum erro bobo que poderia ter sido evitado, pode significar um prejuízo enorme não só para o escritório, mas, principalmente, para as partes daquela demanda.

6. Cadastre-se em uma plataforma online

Na atual Era do Direito 4.0 que o mundo jurídico está vivenciando, fazer uso de ferramentas online para conquistar seu trabalho é essencial para o profissional jurídico – e isto é especialmente verdadeiro para o advogado correspondente.

Assim, para o correspondente, a melhor forma de divulgar seu trabalho, aumentar seu networking e conquistar clientes é se inscrevendo em alguma plataforma online. O Juris Correspondente, por exemplo, é uma das maiores plataformas do Brasil operando em diversas cidades e contando com o cadastro de milhares de advogados de apoio.

Devido à qualidade das diligências cumpridas por esses profissionais, empresas e escritórios estão sempre procurando os serviços de correspondência dessa plataforma. Por isso, não perca tempo! Inscreva-se e seja um correspondente jurídico! Uma carreira de sucesso lhe espera!

 

Passei na OAB, e agora?

Você se dedicou muito, foi aprovado no exame da Ordem e agora precisa planejar sua carreira. Nunca foi tão desafiador exercer a profissão no Brasil e poucas carreiras exigem tanto aperfeiçoamento contínuo quanto a de advogado. Boa formação jurídica, atualizações constantes e segunda língua fluente não são diferenciais, são pré-requisitos.

Possuir metas definidas e planejar a carreira são essenciais para o recém-formado bacharel em Direito. Entre as duas linhas de atuação principais, carreira de advogado e carreira jurídica, existem diversas especializações e cabe ao bacharel dedicar-se de acordo com suas perspectivas e afinidades. O dilema “seguir carreira pública” versus “advogar” deve ser decidido entre prós e contras de cada opção.

Conheça as áreas de atuação

O Bacharel em Direito conta com um grande número de áreas passíveis de atuação, sendo que atualmente algumas estão mais promissoras e outras mais saturadas. Dentre as opções estão: Direito Civil, Penal, Trabalhista, Previdenciário, Tributário, Econômico, do Consumidor, de Propriedade Intelectual, Internacional, Empresarial, Comercial, Ambiental e Administrativo.

Essas áreas são passíveis da atuação tanto para quem opta por carreira jurídica pública quanto para quem opta por ser Advogado.

Carreira Pública: estabilidade e bons salários

Passar em um concurso público é a meta de muitos profissionais formados em Direito. Além da estabilidade do cargo, os salários são atraentes. Porém, os concursos são extremamente concorridos e é necessário muito preparo e dedicação. Existem muitos cargos neste campo de trabalho:

  • Defensor Público: presta assistência jurídica a cidadãos que não têm condições de pagar um advogado, estejam os interessados sob tutela da Defensoria Pública da União ou das Defensorias Estaduais;

  • Advogado Público: trabalha na Advocacia Geral da União, Advocacias Gerais dos Estados ou em Procuradorias Municipais, atuando na defesa de interesses da União, Estados e Municípios, respectivamente;

  • Delegado de Polícia: coordenam e chefiam a função de polícia judiciária da União, além de administrar a questão do estrangeiro no Brasil, efetuar a segurança de autoridades estrangeiras, dentre outras atribuições.

  • Magistrado: definição para Juízes de Direito, Desembargadores ou Ministros. Funcionário investido de autoridade jurisdicional, administrativa ou política que visa a defesa dos interesses dos cidadãos.

  • Promotor ou Procurador de Justiça: membros do Ministério Público, uma das carreiras mais almejadas pelos profissionais e também a mais concorrida nos concursos. Atua na defesa dos interesses da sociedade nos Ministérios Públicos Estaduais e Federal.

Docência: conhecimento e especialização

Os advogados que desejam lecionar em faculdades de Direito necessitam mais do que o título de bacharel. Por isso, esta é uma carreira que merece planejamento. A maioria das instituições exige título de Mestre ou Doutor, além de experiência profissional e aptidão para explorar ferramentas de ensino.

O estudante de Direito que almeja a carreira de professor deve esforçar-se para publicar pesquisas e artigos científicos, fazer participações em palestras, além de desenvolver a oratória. Sair da faculdade com um plano para o Mestrado, tendo feito iniciação científica na Graduação é a forma mais efetiva de ganhar tempo.

Carreira de Advogado: autonomia e reconhecimento

Muitos são os desafios de quem opta por “advogar”, mas os resultados podem ser recompensadores. Algumas das possibilidades são:

  • Ter escritório próprio: o advogado que decide atuar por conta própria em seu escritório, defendendo interesses dos seus clientes ou prestando assessoria jurídica para empresas privadas, enfrenta o risco da instabilidade que cerca o exercício da profissão de forma independente. O profissional precisa investir em um espaço físico mobiliado e alguma infraestrutura, além de fidelizar clientes, o que vai depender muito de técnicas de marketing pessoal, networking e aperfeiçoamentos. Como benefício o profissional advogado goza de mais liberdade e possibilidade de ganhos acima da carreira pública.

  • Atuar como funcionário de outro escritório: é comum que o advogado inicie a carreira logo após a aprovação no exame da OAB como funcionário de um escritório já consolidado. Neste caso, além de certa estabilidade, o profissional terá oportunidade de obter experiência em diversas áreas de atuação ou, dependendo do porte do escritório, especializar-se em uma área em que haja pouca concorrência.

  • Ser advogado correspondente: atividade com amplo campo de atuação. Consiste na prestação de serviços para advogados ou escritórios localizados em outras cidades. As atribuições do correspondente envolvem a obtenção de informações de processos, realização de audiências, oitivas de testemunhas, protocolos, prestação de assessoria jurídica, distribuição de ações, despachos junto a juízes, acompanhamentos de julgamentos, entre outros tipos de diligências. A função é largamente requisitada e pode ser conciliada com outras atividades, possibilitando um aumento considerável de ganhos para o profissional.

Para você aumentar ainda mais a sua capacitação, não deixe de conferir nosso e-book O Guia Definitivo do Advogado Recém-Formado.

E você, já sabe qual carreira seguir? Compartilhe conosco nos comentários suas expectativas e planos!