Conheça 6 tecnologias para escritórios de advocacia

tecnologias para escritório de advocacia

As tecnologias para escritórios de advocacia são fundamentais para um bom andamento dos negócios. Quem atua nesse segmento sabe que, muitas vezes, a organização da rotina de trabalho e das atividades a serem executadas fica comprometida caso não existam ferramentas adequadas auxiliando os profissionais.

Tendo em vista essa realidade, trouxemos no post de hoje 7 tipos de tecnologias para escritórios de advocacia. Falaremos de softwares, aplicativos, sistemas de informação e muito mais. Confira a seguir!

1. Assinatura Digital

O meio jurídico é conhecido por ser cheio de ritos legais, que envolvem elevados níveis de formalidade. Pensando na natureza dessa atividade, não poderia ser diferente.

Afinal, operar os mecanismos das instituições da justiça implica em documentar todo e qualquer procedimento, de modo a conferir transparência aos atos. A propósito, em se tratando de documentação, não podemos nos esquecer do registro que confere validade legal ao documento: a assinatura.

O dia a dia dos escritórios de advocacia é tomado por assinaturas, tanto para documentos corriqueiros — como petições intermediárias — quanto para aqueles de maior importância — como petições iniciais, recursos de apelação, petições de tutela antecipada e demais formalidades que fazem parte dos processos.

Por vezes, a ausência do advogado no escritório causa alguns constrangimentos em função da necessidade de se assinar tantos papéis. Nesse sentido, a assinatura digital de documentos em PDF pode ser uma ajuda e tanto, uma vez que deixa de existir a necessidade de se assinar cada documento fisicamente.

Além disso, com o avanço da tecnologia, todas as repartições judiciárias estão implementando o processo eletrônico. Sendo assim, a assinatura digital torna-se indispensável para que o advogado possa atuar em seus processos.

2. Cloud Computing

A gestão e armazenamento de arquivos em nuvem (cloud computing), definitivamente, veio para ficar. Tanto para gerenciamento de atividades individuais quanto para a organização de atividades coletivas, essa é uma ferramenta muito útil.

A aplicação dessa tecnologia para escritórios de advocacia, por uma série de motivos, também é primordial. Imagine, por exemplo, a necessidade de se acompanhar processos nos quais vários advogados estão envolvidos. Ou então a produção de pareceres de forma conjunta, em que mais de uma pessoa edita o documento ao mesmo tempo.

A essas aplicações, podemos acrescentar algumas outras, tais como:

  • Acesso remoto a arquivos: tudo estará salvo na nuvem, de modo que não é necessário estar próximo de seu computador pessoal para baixar ou visualizar documentos;
  • Grande capacidade de armazenamento: a depender do serviço de cloud computing contratado, torna-se viável armazenar grandes volumes de arquivo, com a segurança de que as informações não se perderão;
  • Compartilhamento de arquivos: determinadas pastas dos arquivos de sua nuvem poderão ser compartilhadas com diferentes pessoas. Ao mesmo tempo, será possível restringir acesso a determinados ambientes, de modo a assegurar um repositório para arquivos confidenciais.

3. Softwares Jurídicos e Big Data

software jurídico constitui uma espécie de refinamento das possibilidades de aplicação do cloud computing, que pode, inclusive, ser uma das ferramentas do software jurídico.

Isso porque com um software é possível criar um sistema de informação para gerenciamento de dados, o que inclui a geração de relatórios e a criação de filtros para acesso a informações estratégicas.

A partir dessas funcionalidades é possível ter um ganho de produtividade incrível. Pense, por exemplo, nos grandes intervalos de tempo para se organizar determinados tipos de informações. Muitas vezes, os arquivos nem sequer estão em uma mesma base de dados ou local, o que demanda um esforço ainda maior de gerenciamento.

Por isso, dentre as tecnologias para escritórios de advocacia, uma grande ferramenta de organização de informações é o Big Data. O termo define conjuntos grandes e complexos de dados (big data significa algo como “dados grandes”), que podem ser segmentados e organizados de um modo funcional para facilitar seu uso.

Os sistemas de Big Data reúnem um enorme volume de dados, que podem ser dispostos de modo a facilitar sua análise para verificar tendências da área, padrões de decisão judicial e estratégias para a atuação jurídica, além de organizar informações importantes para a gestão do escritório.

O objetivo do Big Data é dar valor aos dados e torná-los mais úteis, otimizando processos. Por isso, tem como princípios os cinco Vs: Volume, Valor, Veracidade, Variedade e Velocidade.

A depender do tamanho do escritório, o uso desse tipo de tecnologia chega a ser indispensável. Tenha em vista que o número de casos gerenciados pode chegar à casa das centenas, de modo que é inviável não se valer da informatização.

4. Inteligência artificial

Inteligência artificial não é mais coisa de ficção científica! Muitos softwares com esse tipo de tecnologia podem ser implantados para o aumento de produtividade de um escritório.

Dentre eles, há os chatbots: programas que têm capacidade de interagir diretamente com o usuário e respondê-lo, como se fossem “robôs” (bots), cortando o intermediário da comunicação, que também desperdiça tempo que poderia ser usado em atividades mais complicadas.

Se a existência de um sistema de relacionamento digital com o cliente foi uma dica muito importante, a utilização de chatbots pode tornar essa comunicação mais rápida e prática, deixando apenas questões mais complexas para que os trabalhadores do escritório precisem responder.

É possível, até mesmo, utilizar bots mais completos que tenham uma capacidade de resposta maior e o poder de aprender à medida que respondem a uma maior quantidade de perguntas, identificando uma variedade maior de questionamentos e correspondendo-os com as réplicas adequadas.

5. Reuniões virtuais

No mundo contemporâneo, as tecnologias têm permitido cada vez mais que o advogado foque no trabalho jurídico ou na administração do escritório e otimize o tempo gasto em outros assuntos.

Nesse contexto, a comunicação digital é extremamente útil e não precisa servir só para prospectar novos clientes ou realizar uma triagem de casos, como explicado.

Assim, outra forma de minimizar o tempo perdido são reuniões via programas de comunicação digital por áudio e vídeo, como Skype, Zoom e Google Hangouts. Eles podem ajudar muito a se relacionar com contratantes de forma rápida e eficiente, especialmente para o contato com clientes constantes e que não vivem na mesma cidade.

Além do mais, fica muito mais fácil conciliar horários sem precisar se deslocar e se preocupar com trânsito. Assim, mesmo para quem tem apenas clientes locais, as teleconferências e videoconferências são excelentes formas de se comunicar com eles sem perder tempo precioso, que pode ser empregado em outras pendências.

Aliás, para quem quer comunicação rápida, os já tradicionais aplicativos de mensagens, como WhatsApp Telegram, também são uma excelente opção. Além de facilitarem a conversa, eles ainda permitem ligações ilimitadas com áudio e vídeo via internet direto do celular.

Não é mais necessário esperar a resposta de um e-mail por horas, sem saber se foi lido, se existem formas mais simples e diretas de se comunicar. Nem toda formalidade é útil para o dia a dia!

6. Agenda Eletrônica

Como todos sabem, a vida de um advogado não é nada fácil. A depender da área de atuação do profissional, faz-se necessário comparecer a várias reuniões e audiências e passar umas boas horas analisando processos. Tudo isso em um mesmo dia.

Como não perder nenhum compromisso ao longo de uma semana ou não se esquecer de uma obrigação? Muitas pessoas ainda utilizam a velha agenda de papel, que ainda é muito útil, diga-se de passagem.

No entanto, frente a tantas demandas, o ideal mesmo é a utilização de uma agenda eletrônica. Algumas dessas ferramentas enviam com antecedência uma notificação via e-mail ou um simples alerta para o seu dispositivo móvel, algumas horas ou minutos antes do compromisso agendado.

É possível também enviar um convite por e-mail para a pessoa que se pretende encontrar. A partir do momento em que o convidado aceita o convite, quem marcou a reunião terá o compromisso registrado em sua agenda automaticamente.

Isso evita alguns contratempos, como aqueles encontros marcados apenas verbalmente, dos quais muitas pessoas se esquecem pouco tempo depois.

Ademais, poder visualizar de forma mais rápida e fácil quais são os horários vagos ou já preenchidos em sua agenda também ajuda na organização da rotina. Assim, é possível marcar compromissos sem medo de sobrepor uma ocupação sobre outra no mesmo horário.

Com este post esperamos ter trazido bons esclarecimentos quanto à importância de algumas tecnologias para escritórios de advocacia. Fique atento, principalmente, àquelas ferramentas que poderão trazer ganhos em termos de organização e produtividade à sua rotina de trabalho.

E aí, curtiu as nossas dicas sobre tecnologias para escritórios de advocacia? Então, se quiser aprofundar ainda mais no assunto, não deixe de assistir nossos vídeos sobre Novas Tecnologias aplicadas ao Direito no curso Direito 4.0: novas tecnologias e melhores práticas do mercado atual

Como funciona a regulamentação de Bitcoins no Brasil?

As moedas virtuais — ou criptomoedas — têm chamado cada vez mais a atenção e despertado o interesse da comunidade jurídica. A mais antiga e também a mais conhecida das criptomoedas são os bitcoins.

Mas, essas moedas podem circular livremente no nosso território? Afinal, como funciona a regulamentação de bitcoins no Brasil?

Ficou interessado? Então continue lendo nosso post para entender um pouco mais sobre essa moeda, sua origem e como ela é vista pela legislação.

A origem dos bitcoins

Cada Estado-nação conta com seu sistema monetário próprio. Ocorre que, por vezes, a liberdade do Estado frente a esse sistema monetário leva à emissão descontrolada de moedas, causando inflação nos preços e, consequentemente, crises financeiras.

A última crise financeira global aconteceu em 2008 e foi nesse período que surgiu a primeira criptomoeda de destaque mundial, os bitcoins.

Os bitcoins, portanto, são uma moeda virtual, criptografada e descentralizada. Isso significa que ela é global, circula no mundo todo com a mesma cotação, salvo nos países que a proibiram, e sem que exista um órgão regulador e centralizador definindo seu valor e forma de flutuação.

Para tanto, desde a sua criação, o sistema foi programado de modo a limitar o número total de bitcoins a ser gerado, que são 21 milhões. Cada bitcoin pode ser fracionado em até 8 casas decimais.

De acordo com as casas de câmbio, 1 bitcoin está avaliado hoje em R$14.690,31, sendo o preço para a compra de uma fração de 0,0051 bitcoin de R$75,00.

Como não existe um órgão regulador, o preço do bitcoin é ajustado de acordo com a oferta e procura. A ideia é que, como se trata de uma moeda com quantidade limitada, quanto mais a sua geração aumenta, mais cara ela fica.

Para entender, basta pensar em uma reserva de ouro, um bem limitado. Quanto mais ele é minerado, mais ele fica próximo do seu fim e, por isso, mais caro ele será.

Neste contexto, para comprar bitcoins o interessado pode tanto comprar a moeda virtual em uma casa de câmbio, como pode minerá-la. Para minerar a moeda virtual, o computador do usuário da rede precisa resolver problemas voltados para verificar e divulgar as transações no blockchain.

O blockchain, por sua vez, é um banco de dados público que registra todos os débitos e créditos realizados com bitcoin, uma espécie de livro-razão da moeda, de modo a impedir seu uso em duplicidade.

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O Brasil e as moedas virtuais

Em relação às moedas virtuais, há os países que a proíbem expressamente — Equador e China, por exemplo —, os que contam com uma regulamentação permissiva — caso dos Estados Unidos — e os que não têm regulação específica, como o Brasil.

O Brasil, portanto, ainda não editou lei no sentido de reconhecer a moeda virtual e de regulá-la, mas também não a proíbe. Isso significa que a moeda pode ser comprada e comercializada por quem tiver interesse.

Tramita, no entanto, no Congresso Nacional, o projeto de lei 2303/2015 que visa incluir as moedas virtuais e os programas de milhagens aéreas na categoria de arranjos de pagamento, sob a supervisão do Banco Central.

No dia 03 de outubro de 2017 foi instalada a Comissão Especial para apreciar o projeto e emitir parecer.

Dessa forma, até que haja a sua regulamentação por lei, o cidadão não está obrigado a recolher impostos sobre sua circulação, até mesmo porque não há o reconhecimento de que se trata de dinheiro. Isso porque, de acordo com a Constituição da República, ninguém está obrigado a fazer nem a deixar de fazer algo, senão em virtude de lei.

Há, no entanto, quem defenda que deve incidir ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) sobre a operação de compra da moeda virtual nas casas de câmbio, mas não quando a operação se dá entre particulares. Há também quem defenda a incidência do ISS (imposto sobre serviços de qualquer natureza) sempre que houver o pagamento pela prestação de serviço em bitcoins.

Os Bitcoins e a Receita Federal

Mesmo inexistindo regulamentação, a Receita Federal, no guia sobre a Declaração de Renda da Pessoa Física de 2017, divulgou que as moedas virtuais, ainda que não sejam consideradas moeda nos termos do marco regulatório, devem ser relatadas como outros bens na Ficha de Bens e Direitos na Declaração do imposto de renda. Isso porque elas seriam equiparadas a um ativo financeiro.

No comunicado, consta ainda que a operação de compra e venda deve ser comprovada por documento hábil.

Ainda segundo a Receita Federal, quando a venda da criptomoeda, em um mês, for superior a R$35 mil, o ganho de capital deverá ser tributado em 15%, a título de imposto de renda. O pagamento deste imposto deverá ser feito até o último dia útil do mês seguinte ao da transação.

Isso significa que a Receita Federal entende que a moeda virtual, apesar de não ser uma moeda em si, constitui um bem e, como tal, deve ser declarado e deve ser recolhido o imposto de renda sempre que houver ganho sobre o capital.

A consequência da declaração da moeda no imposto de renda é que outros impostos passam a ter que ser recolhidos, como o ITCD (imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos), em caso de doação da moeda e em caso de transmissão por inventário em razão do falecimento do declarante. E, até mesmo, o ISS, em caso de intermediação de compra e venda.

Contudo, essas são análises preliminares, pois, como visto, inexiste regulamentação por lei. Cabe acompanhar a tramitação do projeto e entender como a criptomoeda será legislada pelo Congresso Nacional.

Por fim, embora tenha ganhado cada vez mais espaço no mundo dos negócios e, também, como um bom investimento, as moedas virtuais ainda pairam em uma zona cinzenta na legislação brasileira diante da ausência de regulamentação de bitcoins no Brasil. Todavia, diante do princípio da reserva legal segundo o qual o que não é proibido ao cidadão, é permitido, é possível ter a tranquilidade de que ela pode ser comercializada em nosso território.

Se quiser aprofundar mais no assunto, temos um vídeo sobre Blockchain e Smart Contracts no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

O guia para saber tudo sobre Direito Empresarial

imagem direito empresarial juris

O advogado recém-formado se depara com um mercado repleto de possibilidades e oportunidades. Entretanto, o que pode parecer uma vantagem, muitas vezes acaba gerando dificuldade no momento de decidir o próximo passo que será dado em sua carreira. As especializações acabam refletindo o interesse do profissional em matérias que já causaram um impacto durante a graduação. Por isso, abordaremos neste artigo um tema interessante e relevante para os profissionais em início de carreira: o mercado de trabalho no âmbito do Direito Empresarial.

Além de abordar os conceitos que envolvem essa especialização, falaremos sobre o dia a dia do advogado que atua com direito de empresa, a importância do tema para a economia, a função do advogado empresarial e o reflexo dessa área de conhecimento no mercado como um todo. Além disso, explicaremos a importância da matéria para uma gestão empresarial eficiente.

Continue a leitura e entenda como investir em matérias importantes para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, além de vislumbrar a hipótese de um novo horizonte profissional.

1 – Afinal, o que é Direito Empresarial?

O Direito Empresarial, ou o antigo Direito Comercial, é o ramo do Direito Privado dedicado ao estudo e aplicação da legislação atinente às atividades do empresário nas práticas de natureza econômica.

Dessa forma, trata-se de matéria de Direito vinculada à normatização, regulamentação e aplicação das leis relacionadas a pessoas físicas e jurídicas, que atuam na produção de bens ou serviços destinados ao lucro, exercendo, assim, funções de empresa.

O Direito Empresarial abrange uma série de matérias relacionadas às sociedades empresárias e aos empresários em si. Além disso, abrange conteúdos vinculados à propriedade intelectual, industrial, contratos comerciais, títulos de crédito, entre outros.

O profissional que atua na área do Direito Empresarial precisa ter conhecimento aprofundado do Código Civil, especificamente na parte dedicada ao direito de empresa, e ainda em outros ramos do Direito, tais como:

  • Legislação Tributária: matéria que trata especificamente da tributação e das obrigações a ela relacionadas;
  • Legislação Trabalhista: normativa que impacta diretamente nas rotinas empresariais, tendo em vista a relação entre empregador, empregado e sindicatos;
  • Legislação Previdenciária: no que concerne às empresas obrigadas a contribuir para o regime previdenciário;
  • Legislação Societária: normativas que tratam sobre as condutas empresariais, investimentos, mercados de capitais e possibilidades legais de enquadramento de empresas em modalidades distintas;
  • Legislação Cambiária: que trata especificamente dos títulos de crédito, tema comum na rotina empresarial;
  • Legislação Administrativa: aborda questões relacionadas às empresas controladas por órgãos públicos e legislação vinculada à participação de empresas em licitações e processos de contratação com órgãos públicos;
  • Legislação Constitucional: aborda especificamente as questões atreladas à organização econômica nacional;
  • Legislação Falimentar: incluindo leis de falência, liquidação de entidades e recuperação judicial/extrajudicial.

Além dessas matérias,  o profissional que atua na área deve ter conhecimento sobre outros temas, que possam estar relacionados às práticas empresariais. Ou seja, caso esteja pensando em investir na carreira de advogado empresarial, é preciso estar ciente da necessidade de diversidade e versatilidade no conhecimento e aplicação de diversas áreas do conhecimento.

2 – Qual é a função do advogado empresarial?

O advogado empresarial, de forma geral, atua assessorando empresas no âmbito jurídico extrajudicial e judicial. O profissional presta orientações aos empresários, elabora e analisa contratos sociais e aditamentos, acompanha processos cíveis, tributários, previdenciários, trabalhistas e outros, que estejam relacionados ao seu ramo de atuação.

Além disso, auxilia na elaboração de planejamentos estratégicos e tributários do negócio, orientando a respeito da legislação e de assuntos vinculados ao seu ramo de conhecimento. Ele tem um papel importante na análise de riscos, por isso sua atuação preventiva vem sendo cada vez mais valorizada pelas empresas.

A advocacia tem uma influência muito forte nas decisões estratégicas da empresa, já que por meio do conhecimento agregado por esses profissionais, os gestores têm condições de prever possíveis problemas e, consequentemente, atuar para que essas situações não venham a ocorrer.

Portanto, além de ser uma função imprescindível em razão da burocracia e da grande quantidade de leis em vigor no país, o profissional também é importante para oferecer um apoio técnico preventivo aos gestores do negócio.

A advocacia preventiva é uma excelente ferramenta de trabalho para os advogados do ramo empresarial. A especialidade atua na prevenção, controle de riscos, redução de prejuízos e aumento de lucros para o empresário, por meio da aplicação de estratégias de precaução desenvolvidas pelo advogado.

A carreira de advogado especialista em Direito Empresarial abre um grande leque de possibilidades para o profissional. Mas, para que isso aconteça, é importante que ele esteja constantemente atualizado, buscando sempre novos desafios e conhecimentos cada vez mais aprofundados na área.

Vale citar, por exemplo, o atual cenário político e econômico nacional, que fez surgir inúmeras questões relacionadas a temas pouco comuns à rotina dos advogados empresariais. Destacamos a questão da delação premiada, por exemplo, que é um tema que já vem sendo relacionado à preparação para a Prova da OAB e que já é assunto de palestras e seminários de Direito.

Os advogados especialistas, que atendem aos empresários envolvidos em processos de corrupção, precisam conhecer profundamente as regras de delação premiada e entender de que forma é possível aplicar essas normativas em benefício dos seus clientes.

Para que você se torne um expert em Delação Premiada, não deixe de conferir nosso artigo: Delação premiada: tire todas as suas dúvidas sobre o assunto.

Como o tema não era tão comum no cenário jurídico brasileiro, foi necessário que advogados buscassem aprimorar seu conhecimento sobre a matéria, atualizando-se frente a uma realidade de mercado. Essa realidade demonstra a necessidade de o advogado empresarial se atualizar constantemente e estar sempre buscando novas formas de desenvolver um trabalho de qualidade para os seus clientes.

3 – Como se especializar em direito da empresa?

A especialização em Direito Empresarial pode ser feita por meio de cursos de extensão, pós-graduação e até mesmo mestrado e doutorado no tema.

A escolha em relação ao curso de especialização vai depender dos interesses do profissional. Hoje, as universidades oferecem inúmeros cursos focados em temas específicos e oferecem também pós-graduações, que abrangem conteúdos mais amplos, investindo na complexidade dos temas e na abordagem de questões práticas, comuns na rotina dos profissionais.

Além de optar por um curso de pós ou especialização, também é possível investir em cursos no exterior, que oferecem ao profissional a possibilidade de conhecer novas culturas jurídicas e aplicar novos conceitos ao seu currículo profissional.

Para se destacar no mercado de Direito Empresarial, é importante que o advogado tenha vontade de aprender, esteja constantemente buscando atualizações profissionais e participe de seminários e palestras, estando sempre de olho naquilo que está acontecendo no mercado.

Também é necessário estar atento ao posicionamento dos tribunais sobre os assuntos mais polêmicos da sua área. Esse tipo de conhecimento é indispensável para a adoção de estratégias jurídicas que podem ser abordadas em situações vividas pelos seus clientes.

O profissional que se destaca é aquele que está atento ao que está acontecendo no mundo e busca soluções para os seu clientes, sempre avaliando as necessidades individuais de cada um e a realidade do mercado.

Como dito, para ter essas características a busca constante pelo conhecimento é fundamental. Nada melhor do que ser um profissional dinâmico, interessado e realmente informado sobre aquilo que faz.

4 – Carreira de advogado no Direito Empresarial

A carreira de advogado empresarial é indicada para profissionais comunicativos, empreendedores e que se mantêm constantemente atualizados.

Ao optar por essa carreira, o advogado tem duas hipóteses principais de atuação profissional. A primeira delas é fazendo assessoria por meio de um escritório profissional. Você pode ter o seu próprio escritório e oferecer consultoria jurídica empresarial para empresas.

Assim, é possível firmar contratos de prestação de serviços jurídicos para mais de uma empresa e buscar o aumento gradativo no leque de clientes atendidos.

A segunda possibilidade, também muito aceita pelos profissionais, é a de atuar exclusivamente na assessoria de uma única empresa, atuando diretamente nas dependências do cliente. Normalmente, este tipo de assessoria é mais comum nos casos em que o advogado atende uma empresa de grande porte e que precisa de um profissional full time nas dependências do negócio.

Ao atuar diretamente na empresa e assessorar o cliente de forma mais próxima, é possível conhecer o dia a dia dos departamentos, indicar mudanças nessas rotinas e, principalmente, buscar soluções que evitem a ocorrência de demandas judiciais.

Advogados que assessoram empresas auxiliam, por exemplo, o setor de Recursos Humanos (RH) na adoção de práticas de trabalho e de posturas, que visem evitar a ocorrência de demandas trabalhistas.

A carreira de advogado empresarial é interessante para quem gosta de atender clientes, estando próximo dos problemas e vivenciando a rotina prática de assessoria jurídica.

Por se tratar de uma área que lida com empresas, também é importante que o advogado esteja atento à possível necessidade de possuir uma dinâmica de horários e disponibilidade de atendimento, já que os seus clientes podem requisitar reuniões e atendimentos em períodos fora do usual horário comercial.

5 – Quanto ganha um advogado no Direito Empresarial?

O salário de um advogado empresarial vai depender da modalidade de atuação deste profissional. Se o advogado optar pela atuação como contratado de uma empresa, o salário médio, para o profissional em início de carreira, é de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais). Esse valor varia muito de um estado para o outro, por isso vale a pena consultar as informações da sua região.

Além disso, outro fator que interfere neste valor é o porte da empresa atendida pelo profissional. Naturalmente, quanto maior a empresa, maior será o salário recebido pelo advogado.

Outra questão de destaque é o tipo de trabalho que vai ser desenvolvido, se o profissional atuar diretamente na empresa, como funcionário, receberá um salário mensal, com carteira assinada e todos os benefícios trabalhistas vinculados a ela. Entretanto, se possuir um escritório e prestar assessoria para diversas empresas, o cenário de rendimentos será diferente.

Muitos advogados optam por atuar como funcionários quando os rendimentos são vantajosos, e exercem suas atividades de forma independente nos demais horários disponíveis. Para quem está começando, a correspondência jurídica pode ser uma ótima oportunidade de aprender e adquirir experiência, permanecendo disponível também para conhecer novos clientes e atender outras demandas “por fora”.

6 – Por que é importante o empresário saber sobre Direito Empresarial?

Mesmo contando com uma assessoria especializada é importante que o empresário esteja por dentro de alguns aspectos relevantes sobre o Direito Empresarial. Claro que é impossível que o gestor saiba sobre tudo, e é para isso que existem os profissionais técnicos de cada área de conhecimento, mas o conhecimento básico é imprescindível para auxiliar nas rotinas empresariais corriqueiras.

O Direito Empresarial é um ramo amplo e complexo que envolve diversas ramificações e áreas de conhecimento do Direito. Entre eles, destacamos alguns temas que consideramos importantes para o empresário e que devem integrar o seu conhecimento técnico.

Conceitos

No Direito Empresarial, os conceitos são bem específicos e muitos diferem da aplicação prática utilizada pelas pessoas. Por exemplo, podemos citar a diferença entre empresa e estabelecimento comercial. Muito embora as pessoas que não têm conhecimento jurídico na área, acreditam que essas expressões são sinônimos, mas na verdade elas têm significados completamente diferentes. Confira:

  • empresa é o ramo do negócio, é a atividade econômica exercida profissionalmente pelo empresário;
  • estabelecimento empresarial é o conjunto de bens que serão utilizados para a exploração e desenvolvimento da empresa.

Desta forma, conhecer os conceitos do Direito Empresarial é importante para que o gestor tenha condições de interpretar informações e aplicar corretamente os conceitos legais vinculados às suas atividades.

Regularização do negócio

Outra questão importante e que deve ser de conhecimento do empresário, diz respeito às regras de regularização do negócio. O empresário deve, obrigatoriamente, conhecer suas obrigações, registrar sua empresa e mantê-la regularizada.

Confira um roteiro de atos necessários que o empresário não pode deixar de fazer se tiver interesse em regularizar o negócio:

  1. Registro na Junta Comercial de seu estado;
  2. Cadastro na Secretaria da Fazenda;
  3. Cadastro na Previdência Social.

É necessário que o empresário esteja atento à regularização junto a esses órgãos, a fim de evitar qualquer tipo de problema futuro para o seu negócio. Esses registros servem como prova da existência da empresa, das obrigações atreladas ao empresário e da legalidade nas atividades desenvolvidas.

Tipos de sociedade

Outra informação que o empresário deve conhecer diz respeito aos tipos de sociedade permitidos pela legislação brasileira. Além disso, vale destacar a necessidade de conhecer as características e conceitos de cada uma delas:

  • Sociedade simples: sociedade na qual os sócios possuem responsabilidade ilimitada no negócio. Normalmente é criada para explorar atividades intelectuais;
  • Sociedade limitada: sociedade na qual a responsabilidade do sócio é proporcional ao capital que foi investido no negócio;
  • Sociedade anônima: é uma sociedade dividida em ações, que podem ter o seu capital aberto ou fechado. Costuma ser adotada por grandes empresas;
  • Sociedade em nome coletivo: é o tipo de sociedade formada somente por pessoas físicas, que respondem de forma solidária e ilimitada pelas responsabilidades vinculadas ao negócio;

Quando o empresário começa um novo negócio ele deve estar atento aos tipos de sociedade e definir qual delas melhor se adapta às características do seu empreendimento.

Atenção: ao abrir uma empresa, é imprescindível buscar assessoria de um advogado, este profissional detém o conhecimento necessário para orientar a respeito das normas legais e das melhores alternativas de adesão para o seu negócio.

Tributação

Os empresários devem definir, periodicamente, e quando necessário, qual será o regime de tributação adotado pelo seu empreendimento. Desta forma, é imprescindível realizar um planejamento estratégico com o apoio de profissionais como advogados e contadores, mas é essencial que o gestor conheça os regimes de tributação e suas características.

Confira os regimes de tributação vigentes e suas principais características:

  • Regime do Lucro Real: nesse regime, o cálculo dos impostos devidos é feito com base no lucro real obtido ao longo do ano. Por ser um regime de tributação muito complexo, exige organização financeira e contábil e um excelente planejamento tributário anterior;
  • Regime do Lucro Presumido: regime de tributação que utiliza um percentual do lucro obtido no ano para o cálculo dos impostos devidos. Há limitações quanto à adesão a este regime de tributação;
  • Regime do Simples Nacional:​ é o regime de tributação simplificada que possibilita o recolhimento de até oito impostos por meio de guia única. Em 2019, o limite de faturamento para adesão do Simples Nacional é de R$ 4.800 e só podem aderir as empresas que se encaixam nas regras legais do regime.

O empresário precisa conhecer algumas regras básicas da legislação empresarial, tributária e contábil, de tal forma que tenha as informações basilares que compõem as suas obrigações frente à gestão de uma empresa.

Este conhecimento preliminar permite que o gestor tenha um entendimento mais fácil das questões abordadas pelos advogados, conseguindo compreender conceitos e certas condutas aplicáveis ao negócio.

Além disso, é importante que o profissional tenha conhecimento básico sobre a legislação do consumidor e a legislação trabalhista.

7 – A importância do Direito Empresarial para as empresas

Como visto, a advocacia empresarial é fundamental para o funcionamento e a manutenção regular das atividades exercidas em um negócio. O profissional que presta assessoria pode oferecer soluções preventivas, que têm a função de evitar possíveis problemas, antecipando-os, além de fornecer orientações completas ao empresário a respeito das melhores condutas que devem ser tomadas.

Muitos problemas no âmbito empresarial são ocasionados pela falta de conhecimento do empresário, que por desconhecer algumas regras da legislação, acaba agindo de maneira prejudicial ao negócio.

Assim, a assessoria de um advogado permite, entre outras coisas, que a empresa defina claramente a relação entre os sócios durante a formação da empresa, após e no decorrer das atividades do negócio.

Isso significa que o advogado pode auxiliar desde o processo de formação do negócio, fornecendo orientações sobre o perfil da empresa, os modelos jurídicos elencados pela lei e a adoção do modelo mais adequado para a formação da sociedade.

É função do profissional do Direito orientar sobre a viabilidade da adoção de um modelo de sociedade anônima ou sociedade limitada. O advogado leva em consideração fatores como a atividade econômica, perfil dos sócios e o mercado, além, é claro, da própria legislação.

Ainda, o profissional tem a função de participar e assessorar na elaboração de acordos entre sócios, fusões, incorporações, entradas e saídas de sócios e possíveis dissoluções societárias.

A assessoria de um advogado permite, ainda, fornecer todas orientações para que o administrador conheça as suas responsabilidades e o seu limite de atuação frente ao negócio. Este direcionamento de responsabilidades e orientações são oferecidas pelo advogado empresarial.

É de sua competência orientar os sócios durante o funcionamento da empresa, em todos os seus momentos, oferecendo soluções, informações e sugestões de como agir de acordo com a legislação empresarial.

Assim sendo, quando se trata de questões societárias, a presença de um advogado especialista na área é indispensável para a adoção de boas práticas empresariais. Esse profissional deve ser considerado tanto por empresas de grande porte como por pequenas empresas, já que o atendimento é necessário em qualquer grau.

Como já mencionamos, além das questões societárias, a participação de um advogado empresarial transita por diversas outras áreas de conhecimento do Direito, que estão vinculadas à atividade empresarial.

À vista disso, este profissional pode participar do planejamento tributário do negócio, oferecer soluções preventivas para o departamento trabalhista e oferecer assessoria administrativa e judicial no âmbito de ações previdenciárias, cíveis, trabalhistas e empresariais.

Um profissional dinâmico e totalmente atualizado em relação ao mercado: o advogado especialista em Direito Empresarial é imprescindível para a economia e para o bom funcionamento das atividades empresariais.

Se o advogado tem interesse em se aprofundar na área, vale a pena dedicar-se a uma especialização, buscando novas informações sobre o mercado e soluções e serviços que podem ser oferecidos nesta área de atuação.

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Processos trabalhistas: conheça os 5 casos mais comuns

O Direito Trabalhista é uma das áreas que oferecem maior variedade de demandas no Brasil. Desde cobrança de horas extras, até danos por assédio moral, são muitos os casos ocorridos no ambiente de trabalho que ensejam o ajuizamento de ações. Continue a leitura e entenda quais são os processos trabalhistas mais comuns em nosso país.

1. Horas extras

Uma das demandas mais comuns ajuizadas perante o TST é o pedido de pagamento ou de revisão das horas extras pagas ao funcionário.

Essas ações são fundamentadas no artigo 7, XVI da Constituição Federal, que determina que o empregado tem direito a receber uma remuneração de, no mínimo, 50% adicionais ao valor da hora normal, para cada hora trabalhada além da sua jornada.

Esse tipo de demanda costuma ser ocasionado por vários fatores. Em alguns casos, a empresa não faz o registro adequado das horas trabalhadas e não tem como efetuar o pagamento.

Em outros, ainda que o empregador possua um controle de ponto eficaz, não faz o cálculo correto dessa remuneração extra e acaba pagando valores incorretos ao funcionário.

Nesse sentido, é imprescindível que o empregador atente ao controle e pagamento das horas extras de seus empregados, para evitar ajuizamento de demandas e aplicação de sanções, como multas e autuações.

2. Danos morais

É essencial que a relação do empregador com o empregado seja pautada pelo respeito. No entanto, há casos em que o funcionário acaba sendo submetido a situações vexatórias e de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho.

Alguns exemplos desses casos são: revista pessoal em que o revistador apalpa o corpo do empregado; ameaças constantes de demissão; divulgação de doenças do colaborador sem a sua autorização, dentre outras.

Para esse tipo de demanda, caso o autor consiga comprovar o assédio perante o Tribunal, caberá ao empregador o pagamento de indenização ao empregado, calculada pelo juiz, de acordo com critérios determinados pela Justiça do Trabalho.

3. Verbas rescisórias

O pagamento incorreto ou o não pagamento das verbas de rescisão do contrato de trabalho é outra ocorrência que provoca o ajuizamento de muitas ações trabalhistas.

De acordo com o artigo 467 da CLT, se houver controvérsia sobre o valor total das verbas rescisórias, o empregador deverá pagar ao empregado a parte inquestionável dessas verbas, no momento em que se apresentar à Justiça do Trabalho.

Se o pagamento correto não for efetuado, a empresa deverá acrescer ao montante a ser quitado o percentual de 50% do valor final da rescisão.

Essa situação é muito comum em empresas que decretam falência, demitem os seus funcionários e não dispõem de recursos para pagar as suas respectivas rescisões. Mas há também casos em que a empresa erra o cálculo e o empregado pede a revisão judicial desses valores.

4. Ausência de registro na carteira

O registro do emprego na carteira de trabalho do funcionário é direito assegurado pela CLT, em seu artigo 13.

A violação dessa determinação da legislação trabalhista é considerada infração e pode ensejar autuação da empresa pelo Ministério do Trabalho, o que dá margem para ajuizamento de ação própria por parte do empregado.

Além de não registrar o emprego na CTPS do funcionário, há empresas que a retém, o que também provoca demanda trabalhista.

5. Adicional de insalubridade e periculosidade

Assim como as horas extras, os adicionais de insalubridade e periculosidade estão previstos na CLT e devem ser devidamente pagos pelo empregador, acrescidos ao salário do empregado.

O colaborador que realiza atividade insalubre tem direito a adicional conforme o grau de insalubridade (mínimo, médio ou máximo), em percentual calculado sobre o valor do salário-mínimo vigente, que pode ser de 10%, 20% ou 40% (art. 192).

Já no caso da periculosidade, o percentual de acréscimo é fixado em 30% sobre o valor do salário-mínimo vigente (art. 193, §1º).

Nesse sentido, na hipótese de pagamento incorreto ou de não pagamento desses adicionais, o empregador poderá ser obrigado, judicialmente, a efetuar a quitação correta, além de multas e reajustes.

Com tantas possibilidades de processos trabalhistas, nada melhor do que estar sempre bem informado em relação às novidades do mundo jurídico e conhecer práticas que podem reduzir os riscos de litígios contra seus clientes. Se quiser se atualizar constantemente, não deixe de seguir nossos perfis no FacebookTwitterLinkedinGoogle Plus!

Quais são os novos ramos do Direito que estão em ascensão?

Com o objetivo de acompanhar as transformações sociais e se adequar às novas necessidades do mercado, o Direito também se reinventa e passa por constantes inovações. Neste contexto, é estratégico identificar quais são os novos ramos do Direito para se destacar no mercado, antecipar tendências e se posicionar profissionalmente. Mas quais seriam esses ramos inovadores em ascensão? Veja nossa lista:

Direito de Internet

O Direito de Internet e o Direito Digital são ramos do direito que passaram por muitas transformações e crescimento desde a promulgação do Marco Civil da Internet, em 2014. A lei federal estabelece direitos e deveres de usuários, provedores e governo nas relações online.

Há diversos problemas que decorrem dessas interações virtuais, como responsabilidade civil e criminal, neutralidade de rede, regulação, aspectos concorrenciais, entre outros. Vale a pena ler a lei e se atualizar sobre essas discussões, que só tendem a crescer nos próximos anos!

Para aprofundar mais sobre o assunto, não deixe de conferir o artigo: Você sabe o que é Direito Digital?

Direito do Petróleo e Gás

O Brasil é um país tradicionalmente marcado por forte regulação estatal na exploração de petróleo, gás natural e outros recursos minerais. A partir da exploração do Pré-Sal, por meio do leilão de lotes de exploração nos últimos anos, espera-se também o aumento de demandas na área consultiva e contenciosa dessa regulação, participações público-privadas na exploração e contratos de concessão.

Direito do Entretenimento

Com o crescimento dos meios de produção e consumo de bens culturais, especialmente pela multiplicidade de mídias existentes com as novas tecnologias (smartphones, laptops, streaming, on demand, lojas virtuais, e-books, entre outros), é provável que as demandas nos ramos do Direito do Entretenimento e Direito Autoral também sejam alavancadas.

A título de exemplo, espera-se maior participação jurídica (consultiva e contenciosa) na elaboração de contratos para cessão e licenciamento de direitos audiovisuais, autorizações de performance, disputas autorais, candidatura a leis de fomento à cultura, entre outros mecanismos de incentivo ao setor.

Direito Desportivo

O fato de o Brasil ter sediado a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos proporcionou um salto profissional desse ramo no Direito. Essa demanda não se exauriu com o final desses eventos, já que muitos dos efeitos de incentivo a atletas nacionais são de médio e longo prazo.

Por meio do Direito Desportivo, advogados atuam em tribunais especiais do setor, acompanham contratos de atletas, representam clubes e empresas patrocinadoras, verificam a constitucionalidade de exames e padrões biológicos exigidos, além de acompanhar as principais regulações de organismos internacionais de cada modalidade de esporte e suas arbitragens internacionais.

Direito Tributário

Independentemente de esse ser um dos ramos do Direito tradicionais, sua ascensão continua sendo marcante para os profissionais que atuam nessa área. A fim de acompanhar as transformações do mercado, como a digitalização do consumo e automação dos mecanismos de tributação, é preciso que empresas, contribuintes e órgãos públicos contem com profissionais do Direito atualizados, conscientes dessas transformações tecnológicas e atentos às “zonas cinzentas” do Direito Tributário no país, que estão longe de se pacificar. Ou seja, é um ramo com múltiplas capacidades de atuação.

Tem acompanhado esses novos ramos do Direito em ascensão? Se preparou para o aumento da demanda de casos nessas áreas? Aproveite para compartilhar este post em suas redes sociais. Divulgue as novidades do ramo!

Se eu cursar Direito no Brasil, poderei atuar como advogado em outro país?

Devido a um mercado de trabalho cada vez mais globalizado e transnacional, muitos graduandos em Direito também pensam em direcionar suas perspectivas de carreira para uma atuação no exterior e advogar nos EUA. Várias empresas estrangeiras atuam no Brasil, razão pela qual suas sedes em outros países abrem processos seletivos para advogados no Brasil. Mas é possível cursar Direito por aqui e advogar lá fora? Existe essa possibilidade para o advogado formado no Brasil? Confira:

O que é necessário para advogar em outros países?

Isso depende da legislação de cada país. Por exemplo, nos Estados Unidos, cada estado da federação tem a prerrogativa de definir essas regras. Muitos estados, como Nova Iorque, Flórida e D.C., permitem que advogados formados em outros países atuem por lá (não apenas como paralegais). No entanto, para que isso aconteça, é preciso fazer um curso de ao menos um ano (LLM – uma espécie de mestrado profissional) e passar no exame da Ordem dos Advogados desses estados. Ou seja, passar na OAB não te permite advogar por lá.

Se a carreira de paralegal te interessou, não deixe de conferir nosso artigo O que é paralegal e como atuar como um?

Já o Canadá possui outras regras. O advogado brasileiro que atuar por lá deve aplicar a lei brasileira no dia a dia de sua profissão. Como advogado estrangeiro associado, o objetivo de sua contratação é justamente fazer a ponte entre as leis canadenses e as brasileiras, o que pode ser estratégico em multinacionais, por exemplo. Além disso, também se exige que o advogado brasileiro curse disciplinas sobre Direito canadense, realize um estágio (articling) e faça um exame de proficiência em Direito canadense.

Há também a atuação jurídica em organizações internacionais, como o Banco Mundial, a Organização das Nações Unidas, a Organização Mundial do Comércio e a Organização Mundial da Propriedade Intelectual, entre vários outros. Cada um desses órgãos possui demandas profissionais e processos seletivos diferentes. No entanto, costumam ser exigidos também o título de mestre ou doutor, bem como alguns anos de experiência, além de fluência em línguas estrangeiras (especialmente o inglês).

Frequentemente, as oportunidades de atuação no exterior surgem no próprio Brasil, seja por meio de programas de trainee nos departamentos jurídicos de empresas, ou por meio de estágios em escritórios de advocacia com uma cartela internacional de clientes.

Ou seja, é preciso verificar o que exige a lei de cada país ou estatuto de cada organização. Uma boa dica é visitar o site da ordem de advogados daqueles lugares que mais te interessam.

Quais são os tipos de atuação?

Nem sempre os advogados brasileiros que atuam no exterior vão lidar com a mesma rotina que enfrentariam aqui no Brasil. Ao contrário, o foco dessas atuações internacionais costuma ser no consultivo, em vez de um exercício no contencioso.

Isso ocorre porque grande parte dos advogados brasileiros é contratada para facilitar a compreensão de leis aplicáveis a contratos firmados com empresas brasileiras, com o governo do Brasil, entre outras situações. Basicamente, busca-se uma expertise em nosso sistema jurídico, que é bastante complexo e de difícil compreensão por estrangeiros.

Cursar Direito no Brasil e atuar no exterior pode ser um bom plano de carreira?

Se o profissional tem vontade de viver no exterior e atuar na advocacia internacional, essa pode ser uma boa opção de carreira. Afinal, os salários costumam ser bastante competitivos, especialmente se comparados aos do Brasil, e com menos rotatividade.

Além disso, o desafio de atuar em ambientes profissionais no exterior pode ser bastante enriquecedor em termos culturais, linguísticos e éticos. Vale a pena ter esse tipo de experiência no currículo.

Interessou-se pelo assunto? Então aproveite para conferir também a série que preparamos junto à Ambra College para o nosso canal no YouTube explicando como o advogado brasileiro pode atuar nos EUA: Como advogar nos Estados Unidos da América!

 

Conheça as melhores faculdades de Direito do Brasil

melhores faculdades de direito

Para se destacar no mercado de trabalho e ter uma sólida formação em Direito, o primeiro passo é escolher uma boa faculdade. Afinal de contas, qualquer pessoa é capaz de decorar leis e ler acórdãos. Como, nos últimos anos, foram abertos muitos cursos pelo país, listamos abaixo algumas das melhores faculdades de Direito do Brasil, ranqueadas pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), para ninguém errar na escolha. Acompanhe.

1. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

A UFMG, localizada na capital do estado, Belo Horizonte, é a instituição pública que encabeça a lista de melhores faculdades de Direito do Brasil.

Segundo a avaliação feita pela OAB, os graduados da Universidade Federal de Minas Gerais apresentaram o percentual de 80,85% de aprovação na última prova, de acordo com a estatística de aprovação compilada pela própria Ordem.

Além disso, esta é uma universidade que recebe muitos incentivos do Governo para programas de extensão e de pesquisa, o que também é importante para a formação do estudante de Direito.

2. Universidade de São Paulo (USP)

A Universidade de São Paulo é a maior universidade pública do Brasil, com um total de 12 campus.

São tantos cursos e tantas vagas que o curso de Direito é ministrado tanto na capital, quanto em Ribeirão Preto.

E, segundo a estatística de desempenho de candidatos da OAB, ela aprovou o percentual de 74,19% de candidatos no último Exame da Ordem.

3. Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Ainda que a tradição da Universidade Federal de Viçosa seja de cursos voltados para as áreas de agricultura, agronegócios e veterinária, o Direito também é um de seus destaques.

De acordo com a avaliação da OAB, a média de aprovação dos alunos graduados na UFV é de 73,91% no Exame da Ordem.

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4. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Situada no sul do Brasil, mais especificamente em Florianópolis, a Universidade Federal de Santa Catarina apresentou um percentual de 69,12% na média de aprovação de seus candidatos inscritos no Exame da OAB, de acordo com o ranking da última prova.

Para os interessados em cursar Direito nesta instituição, há outra vantagem: a UFSC foi eleita a quinta maior instituição de curso superior da América Latina.

5. Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Esta instituição, também pública, é uma das maiores do país e oferece muitas oportunidades ao estudante. São aproximadamente 100 cursos de graduação e 200 de pós-graduação.

Para o curso de Direito, os candidatos que pretendem seguir esta carreira não precisam ter dúvidas em relação à UFPE: a aprovação na OAB é de 68,25% e é por isso que ela integra o ranking das melhores do Brasil.

6. Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Localizada também na região Sul do país, na cidade de Curitiba, a Universidade Federal do Paraná foi a primeira instituição pública criada no Brasil com o intuito específico de ser uma universidade.

Quanto ao curso de Direito, a OAB divulgou que a média de aprovação na prova da Ordem é muito boa: aproximadamente 65,75%.

7. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)

Universidade cujo campus principal se localizada na cidade paulista de Franca, a UNESP é também destaque no curso de Direito. A sua aprovação no Exame da Ordem é de, em média, 61,29% de seus graduados, a cada ano, de acordo com a seleção realizada pela OAB.

Não bastasse esta vantagem no ensino do Direito, esta instituição também é muito reconhecida pelo serviço que presta à comunidade em que está inserida, o que desperta os seus estudantes para a solidariedade e responsabilidade social.

Gostou das nossas dicas sobre as melhores faculdades de Direito do Brasil? Então, compartilhe este artigo nas suas redes sociais e contribua para a escolha dos seus amigos e colegas. E nos acompanhe no Facebook e no Twitter para mais novidades sobre o mundo do Direito!

 

5 campos de atuação para advogados na área de Direito Digital

O Direito Digital é uma das áreas de maior ascensão na advocacia atual. Este ramo era classificado, há pouco tempo, entre as áreas de “novos direitos”, quando se falava em uma “advocacia do futuro” A popularização da Internet e seu caráter simplificado e colaborativo, especialmente em razão da facilidade de uso das redes sociais e aplicativos de comunicação, tornaram as questões jurídicas tecnológicas uma parte integrante do cotidiano.

Com o aumento da demanda por serviços jurídicos na área — e até mesmo com a “concorrência” dos novos robôs-advogados  — os advogados podem se perguntar: quais atividades um advogado pode realizar no Direito Digital? Pensando nisso, elaboramos uma lista de cinco campos de atuação para advogados “digitalistas”.

Confira:

1 – Civil litigioso

Esta é uma das atuações mais amplas no Direito Digital, pois lida com uma gama enorme de questões civis transportadas para a “vida digital”. Na verdade, a classificação como área “civil”, aqui, é mais para contrastar com a área penal. Por isso, não se restringe às causas cíveis, mas também trabalhistas e previdenciárias.

Nessas áreas, o advogado deve ficar atento a conceitos novos ou mesmo já existentes, mas que possuem nova roupagem. Privacidade, intimidade e honra estão entre os conceitos potencializados pelo contexto eletrônico. Já a reputação, por exemplo, possui ainda pouca discussão jurídica, mas é essencial na presença das pessoas on-line.

O campo mais movimentado nessas áreas relaciona-se com o dano moral e, também, com a justa causa trabalhista. Ou seja, o advogado, aqui, precisa dominar mais os aspectos do comportamento humano, para elaborar seus argumentos em torno de conceitos abstratos que a legislação prevê.

2 – Criminal

Há discussões homéricas nos meios jurídicos, a respeito do que chamamos de “crimes cibernéticos”. Advogados que pendam para uma atuação na área penal, terão grande interesse no tema, e deverão elaborar suas defesas com base em conhecimento mais técnico.

Embora haja uma quantidade grande de peritos na área de Tecnologia da Informação (T.I.), muitas vezes se torna difícil e caro que o advogado obtenha laudos e consultorias especializadas. Por isso, quando mais “curioso” for o advogado em torno de assuntos tecnológicos, melhor poderá organizar seus argumentos e convencer os juízes.

Não confundir essa área com a parte acadêmica em Direito Penal Digital. Muitos advogados entram em estudos acadêmicos nessa área, o que é muito importante, mas vai em direção contrária aos esforços de defesa processual, acabando por abordar políticas criminais.

3 – Contratos

É uma área empolgante, porque envolve principalmente jovens empreendedores que tiveram uma ideia e, agora, precisar se proteger juridicamente no mercado. Você certamente já ouviu falar de startups, aquelas empresas iniciantes, de baixo orçamento, mas com ideias geniais que podem explodir e gerar grandes lucros em pouco tempo, rompendo com padrões e criando novos produtos e serviços que todo mundo vai querer comprar e contratar.

O advogado que atua nessa área deverá ter noção de negócios e um bom preparo em terminologia relacionada ao tem. Saber o que significa “investidor-anjo”, “bootstrapping” e “due diligence” é só o começo.

Os contratos de transferência de tecnologia também entram nessa área.

4 – Consultoria

A consultoria em Direito Digital envolve um pouco de tudo, devendo o advogado ter conhecimento global sobre todos os aspectos possivelmente envolvidos na atividade do cliente.

Diferente da atuação judicial e da técnica contratual, a consultoria é mais preventiva, preparando o cliente para aquilo que vier. O consultor em Direito Digital poderá, também, atuar na preparação de outros advogados e departamentos jurídicos, ajudando-os a se atualizarem e terem melhor preparo para atender seus respectivos clientes.

O perfil do advogado consultor, nessa área, é de alguém que sempre pensa à frente. Dominar o inglês é essencial, para que tenha acesso a livros e textos mais avançados e possa trazer aos clientes novas ideias e estratégias.

5 – Compliance

A expressão inglesa “to comply with”, em tradução livre, significaria “estar em conformidade com”. Com as leis anticorrupção, hoje cada vez mais famosas em todo o mundo, potencializou-se a figura do chamado “compliance officer”, que é a pessoa que comandará um processo intenso e contínuo de análise da adequação das empresas à legislação geral e específica ao setor.

Para o Direito Digital, o compliance também é importante, principalmente com as discussões e publicações legais sobre a área, a exemplo, no Brasil, do Marco Civil da Internet.

O advogado que queira atuar nessa área deve ter um preparo adicional em administração de empresas e linguagem corporativa. Consideramos esta como sendo uma das áreas mais difíceis para atuação do advogado, pois há ainda pouco material, escassos cursos de qualidade e uma concorrência forte, principalmente porque há executivos de empresas que, sem serem advogados, já atuam no ramo e têm conhecimento prático e poder de negociação amplos.

Se há algum tempo o Direito Digital era considerado, por alguns, como uma área nada diferente do Direito Civil em geral, com essas possibilidades de atuação vemos que a história é bem diferente! É claro que a atuação em uma dessas subdivisões não exclui as demais, e exigem variadas habilidades (como boas técnicas de escrita jurídica), mas é interessante olhar cada uma com atenção e ver que todas são amplas o suficiente para exigir do advogado muito esforço e dedicação.

Gostou de ler sobre tecnologia para advogados? Se quiser aprofundar mais no assunto, não deixe de conferir nossos vídeos sobre novas tecnologias aplicadas ao Direito no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Guest post feito por Gustavo D’Andrea, do site Forense Contemporâneo um dos primeiros blogs de opinião jurídica do Brasil. Clique aqui e conheça os outros artigos do autor na área de opinião jurídica.

 

3 opções de carreira na área do Direito do consumidor

O curso de Direito é bastante dinâmico e oferece uma variedade de opções para seus bacharéis. São várias as áreas e oportunidades de trabalho que o profissional formado neste curso deverá analisar para escolher aquela que mais lhe agrada. Mas para auxiliá-lo nessa escolha, falaremos hoje sobre uma dessas áreas jurídicas que está cada vez mais em alta no mercado: o Direito do consumidor. Conheça a seguir todas as possibilidades!

Sobre o que se trata o Direito do consumidor?

O Direito do consumidor, regido pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) e pelo Código Civil, é a vertente jurídica que trata das relações de consumo. Essas relações são firmadas entre o consumidor e o fornecedor de produtos ou de serviços, que estabelecem entre si direitos e obrigações mútuas. O advogado consumerista poderá atuar em defesa do consumidor ou do fornecedor, de acordo com a posição ocupada por seu cliente.

São exemplos de relações regidas pelo Direito do consumidor a compra e venda de qualquer bem, pessoalmente ou via internet, a troca de produtos, o direito de arrependimento e a responsabilidade civil das administradoras em danos causados em estacionamento.

Há também as relações que envolvem a aquisição de serviços de qualquer espécie, como a contratação de guias turísticos, de aulas particulares e a relação entre cliente e advogado.

O profissional especializado no Direito Consumerista também poderá atuar em atividades administrativas, como consultor de empresas do ramo do consumo, como na elaboração de contratos, termos de acordo, pareceres etc.

Agora que elaboramos um panorama sobre o Direito do consumidor, confira abaixo as opções de carreira nessa área:

1. Defesa do Consumidor

O Código de Defesa do Consumidor é, de maneira geral, protetivo quanto àquele que adquire o bem ou o serviço oferecido pelo fornecedor. Isso acontece porque o consumidor é visto como a parte mais vulnerável da relação de consumo, aquela que necessita da proteção e da defesa de seus direitos.

Ao adquirir um produto ou contratar um serviço, o consumidor pode se deparar com uma série de problemas, desde vícios ocultos, até má prestação dos serviços contratados. O advogado que atua na defesa do consumidor deverá direcionar os seus trabalhos à busca pela reparação dos danos causados pelo fornecedor.

Um exemplo de descumprimento de deveres na relação de consumo é o inadimplemento no pagamento da contraprestação ajustada entre as partes. Neste caso, será necessário que o advogado ajuíze uma ação de cobrança, dentro do âmbito do Direito de Consumidor, para cobrar do consumidor o pagamento das parcelas em atraso, acrescidas de juros e correção monetária.

2. Defesa do Fornecedor

Do outro lado da relação jurídica e consumerista, o fornecedor, como o próprio nome diz, é aquele que fornece o produto ou o serviço adquirido pelo consumidor.

As suas obrigações consistem em entregar o bem ou prestar a atividade contratada na forma requisitada pelo adquirente, e de acordo com as normas e os preceitos legais do CDC e do ordenamento brasileiro.

O advogado do fornecedor atuará na parte contrária ao consumidor, a fim de defendê-lo das acusações propostas na ação, bem como no pedido de sanções e reparações para os casos em que a outra parte não cumprir com as suas obrigações.

3. Consultoria jurídica

Além de atuar como advogado em processos que envolvem o Direito do consumidor, o profissional dessa área também poderá prestar consultoria para empresas, estabelecimentos comerciais e empresários.

São atividades que envolvem o aconselhamento, a elaboração de contratos, a emissão de pareceres e a realização de funções administrativas em órgãos públicos, como registro de marcas, obtenção de alvará de funcionamento, dentre outras atividades administrativas.

Vale lembrar que, para atuar como advogado, é imprescindível que o bacharel em Direito tenha sido aprovado na prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), esteja regularmente inscrito nos quadros da Ordem e em dia com as suas obrigações.

Gostou das opções de carreira que explicamos envolvendo o Direito do consumidor? Quer saber mais sobre áreas e possibilidades de trabalho no mundo jurídico?

 

3 opções de carreira para advogados na área criminal

area criminal

A advocacia oferece uma variedade de opções de áreas para as quais o profissional poderá direcionar os seus estudos e serviços. Uma delas é a área criminal, na qual o advogado terá a opção de trabalhar com direito público e privado, além de também como correspondente. Pensando nisso, falaremos hoje sobre 3 possibilidades de carreira para os advogados na área criminal. Acompanhe!

1. Carreira criminal pública

Depois de se formar, o bacharel em Direito tem a opção de seguir a carreira pública, na qual ele poderá se especializar em diversas áreas. Uma delas é a área penal, que é alcançada por meio de concursos públicos, de provas e títulos. Em alguns casos, há a exigência de atuação prévia na advocacia.

A área criminal pública é representada pela atuação do Ministério Público, da Polícia e dos Tribunais. O objetivo do Direito Penal no âmbito público é proteger direitos e bens jurídicos fundamentais da sociedade e dos cidadãos, que são assegurados pelo ordenamento brasileiro, ou seja: o direito à vida, à liberdade, à integridade física, ao patrimônio, dentre outros.

São exemplos de profissões que atuam no âmbito do direito criminal público: delegado, policial civil ou militar, juiz ou promotor alocados nas diversas varas do Direito Penal, perito criminal, investigador, defensor público, além de outras atividades de apoio desses profissionais.

Se quiser saber um pouco mais sobre as vantagens da carreira pública, clique aqui.

2. Carreira criminal privada

O bacharel que optar por se especializar na advocacia criminal atuará no âmbito do direito privado, em defesa de seus clientes diante de questões que envolvam o Direito Penal.

Ajuizamento por contravenções penais, como a provocação de tumulto, e prisões em flagrante delito em crimes como o homicídio, são alguns dos exemplos de situações em que o advogado especializado nessa área deverá ser requisitado.

A sua atuação poderá se dar em defesa do réu ou do autor, dependendo da posição processual em que o cliente se encontrar.

No caso do cliente que é réu, a sua culpa ou a sua inocência no crime não são levadas em consideração. Aqui, o dever do advogado, enquanto criminalista, é realizar a sua defesa em conformidade com os preceitos do ordenamento jurídico brasileiro.

Por fim, vale lembrar que, para atuar como advogado, é imprescindível que o bacharel em Direito tenha sido aprovado na prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), esteja regularmente inscrito nos quadros da Ordem e em dia com as suas obrigações.

3. Advocacia correspondente

O advogado correspondente atua de forma remota como um auxiliar de um escritório de advocacia ou de um advogado autônomo. Por meio da realização de diversos atos que fazem parte do processo judicial, o advogado de apoio pode direcionar às suas atividades somente para a área criminal.

A sua atuação poderá se dar em atos típicos de todos os processos judiciais, como o protocolo de petições, a realização de despachos junto aos juízes e de cópias dos processos e de cumprimento de diligências.

Mais especificamente, executará também atividades específicas do processo penal, tais como o acompanhamento do cliente na realização de depoimentos, na reconstituição do crime, nas reuniões em penitenciárias etc.

A especialização do correspondente na área penal fará com que os serviços sejam prestados com mais qualidade, dinamicidade e agilidade, além de apresentar melhores resultados para os escritórios e advogados que optam por contratar a advocacia por correspondência.

Esses contratantes terão, ainda, mais economia de tempo, porque poderão se dedicar ao atendimento dos clientes em seus escritórios e à elaboração de peças mais complexas, além de reduzir os gastos com deslocamento e hospedagem de seus funcionários.

Se você possui interesse em ser Advogado Correspondente, não deixe de conferir nosso e-book O Guia Definitivo da Advocacia Correspondente.

Já atuou ou atua em uma das profissões citadas? Tem dicas e experiências para compartilhar com os bacharéis que querem atuar como advogados na área criminal? Deixe um comentário!