Fake news: o que são e como combatê-las

Um fenômeno dos dias atuais, que tem preocupado especialistas e autoridades, é a divulgação e popularidade das infames fake news, ou seja, notícias falsas, divulgadas especialmente pelas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens. Em época eleitoral, é comum que a divulgação de notícias falsas se intensifique, visando sempre prejudicar um candidato e/ou favorecer outro.

No artigo de hoje sobre Direito 4.0, saiba mais sobre as notícias falsas, quais são seus efeitos e o que diz a Justiça sobre o tema.

Definindo as fake news

Segundo Michael Radutzky, um dos produtores do programa jornalístico americano 60 Minutes, do canal CBS: “Nós estamos usando o termo fake news para descrever histórias que provavelmente são falsas, tem enorme tração na cultura e são consumidas por milhões de pessoas”.

Já no artigo de Hunt Allcott e Matthew Gentzkow Social media and fake news in the 2016 election, publicado no Journal of Economic Perspectives em 2017, as notícias falsas são definidas como “reportagens que são intencional e verificadamente falsas, e que podem enganar leitores”. A definição dos autores incluem tanto notícias intencionalmente fabricadas como também aquelas que surgiram em sites satíricos e de humor, mas que foram confundidas nas mídias sociais como sendo verídicas. Neste último caso, os autores citam o exemplo de uma reportagem, compartilhada mais de um milhão de vezes no Facebook em julho de 2016, na qual o Papa Francisco havia apoiado a eleição do então candidato Donald Trump – o único problema é que o site que a hospedava trazia apenas notícias que eram “sátira ou pura fantasia”.

Como identificar uma fake news

Se deparou com uma notícia que pode ser falsa? Em primeiro lugar, pesquise o lugar de onde ela veio. O site onde ela está hospedada é confiável? As outras notícias do site são igualmente sensacionalistas, ou ele parece ser de confiança? Cuidado: muitos sites na internet são dedicados exclusivamente à propagação de fake news, alguns com propósito apenas humorístico ou satírico (como o Sensacionalista), enquanto outros possuem algum objetivo mais sinistro por trás, como promover teorias da conspiração e até mesmo minerar criptomoedas.

Caso você receba uma notícia por aplicativos como o WhatsApp, é sempre importante verificar se elas são reais mesmo. Pesquise por ela nos principais sites de notícia da internet ou verifique sua veracidade em plataformas dedicadas a isso, pois afinal é grande a chance de você estar vendo uma notícia falsa. Tenha sempre em mente que seus parentes e amigos estão tão suscetíveis quanto qualquer outra pessoa a caírem em armadilhas de notícias falsas e podem replicá-las para você, mesmo com boas intenções.

Ainda tem dúvidas sobre se uma notícia pode ser falsa ou não? O Facebook disponibiliza 10 dicas para identificar fake news: clique aqui.

Jornalistas e empresas combatem as notícias falsas

Para combater a divulgação de notícias falsas, jornalistas e empresas de mídia montaram sites e plataformas dedicados exclusivamente à checagem de fatos. Entre eles, estão o Fato ou Fake, o Boatos.org, o E-farsas, a Agência Lupa e o Aos Fatos, que conferem notícias para conferir sua veracidade. Tais sites estão sempre checando as últimas notícias que viralizam nas redes sociais e aplicativos como o WhatsApp, e devem ser consultados sempre que você se deparar com uma notícia que pode vir a ser falsa.

Há também as iniciativas das empresas de tecnologia para combater as fake news. Afinal, nos últimos anos, empresas como o Google, o Twitter e o Facebook foram acusadas de favorecer a divulgação de notícias falsas por meio de seus algoritmos. Para enfrentar este problema, as gigantes da internet tem adotado algumas medidas e estratégias, que variam desde procurar educar seus consumidores até banir sites e usuários acusados da divulgação de fake news.

No início de 2017, após a campanha presidencial americana que ficou marcada pela divulgação de notícias falsas visando os candidatos Donald Trump e Hillary Clinton, o Facebook anunciou iniciativas para combater a propagação de fake news na rede social. Na nova estratégia planejada pelo Facebook, usuários podem marcar uma notícia como sendo falsa. A seguir, agências de checagem de notícias que realizaram parceria com a rede social irão confirmar a veracidade das notícias marcadas – enquanto elas estiverem sendo verificadas, os usuários que tentarem compartilhá-la serão avisados de que sua autenticidade está sendo disputada. Finalmente, caso a notícia seja confirmada como falsa, ela não poderá ser impulsionada no sistema de anúncios do Facebook e irá aparecer em posições mais baixas no feed dos usuários. Além disso, o Facebook acrescenta no topo do feed de seus usuários temporariamente algumas dicas para identificar notícias falsas.

Já o Google, em março de 2018, anunciou que dedicaria nada menos que US$ 300 milhões para o combate às fake news. Uma das principais iniciativas da empresa é o Google News Initiative (GNI), que se focará em três objetivos: elevar e reforçar o jornalismo de qualidade,  evoluir modelos de negócios para impulsionar o crescimento sustentável de empresas jornalísticas e empoderá-las por meio de inovação tecnológica. Além disso, em relação ao primeiro objetivo, o Google criou, em parceria com a Universidade de Harvard, o Disinfo Lab, um esforço para combater informações falsas durante a divulgação de notícias de última hora e eleições.

Além disso, a empresa também realizou parcerias com o Poynter Institute,  a Universidade de Stanford e a Local Media Association para desenvolver o MediaWise, que visa aumentar a alfabetização digital de jovens consumidores. Finalmente, o Google mexeu em seus códigos para que conteúdos mais confiáveis atinjam as primeiras posições durante a divulgação de notícias de última hora, que é quando a empresa diz que pessoas com más intenções miram suas plataformas com o intuito de divulgar notícias falsas.

O que diz a Justiça

Antes do período eleitoral de 2018, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se mostrou comprometido a combater as notícias falsas. Em dezembro de 2017, o então presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, declarou na abertura do I Seminário do Fórum Internet e Eleições – Um desafio Multidisciplinar: “Hoje temos uma realidade de uso constante da Internet como arma de manipulação do processo político. E isso vem crescendo rapidamente, com a utilização, cada vez maior, das chamadas fake news. E essa é a realidade com que teremos de lidar e combater no ano que vem”.

Segundo reportagem de maio de 2018 da Agência Pública, foram apresentados mais de vinte projetos de lei no Congresso para criminalizar as fake news. Finalmente, em junho, o novo ministro do TSE, ministro Luiz Fux, garantiu que o Tribunal Superior Eleitoral possuía uma estratégia para combater as notícias falsas durante o período eleitoral. Entretanto, setores da imprensa declararam que a estratégia foi ineficiente para impedir a disseminação de notícias falsas.

Para entender mais sobre o assunto, não deixe de conferir o artigo: Você sabe o que é Direito Digital?

E você, o que tem feito para não cair em fake news? Comente conosco!

Conheça a LGPDP: Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, a legislação brasileira sobre dados na internet

Após a GDPR, válida para a União Europeia, o Brasil também criou sua própria lei específica sobre dados: a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, também conhecida como LGPDP. Sancionada pelo presidente Michel Temer em 14 de agosto de 2018, a nova lei define regras para a proteção de dados pessoais.

O texto, primeiro, precisará passar por um período de adaptação de 18 meses, de modo que ela só entrará em vigor efetivamente em 2020. Entre suas atribuições, está regulamentar o uso e a transferência de dados pessoais como nome, endereço, e-mail e estado civil.

Entretanto, a lei foi sancionada com alguns vetos, o que gerou críticas de especialistas. Mesmo assim, a aprovação da lei foi tida como um grande avanço na proteção de dados no Brasil, um dos últimos países a estabelecer um marco legal sobre o tema.

No artigo de hoje sobre Direito 4.0, saiba o que diz a LGPDP, quais os trechos que entrarão em vigor e quais foram vetados.

O que diz a lei

Entre os pontos sancionados pela lei, estão a determinação de que o uso de dados exige consentimento do titular, que deve ter acesso às suas informações que estiverem sendo mantidas por uma empresa. As empresas de dados deverão preservar a privacidade das pessoas, coletar somente aqueles que forem necessários aos serviços prestados, bem como informar em linguagem compreensível a política de proteção de dados.

Em caso de invasão de dados, os clientes deverão ser notificados imediatamente. Além disso, os titulares dos dados podem corrigir seus dados que estiverem de posse de uma empresa. Finalmente, após o término da relação entre cliente e empresa, os dados devem ser obrigatoriamente excluídos.

A lei também estabelece que dados de crianças poderão ser tratados apenas com o consentimento dos pais. A transferência internacional de dados só poderá ser feita a países que contenham um nível “adequado” de proteção de dados.

As empresas que descumprirem a lei poderão ser multadas em até 2% do faturamento, limitados a R$ 50 milhões por infração.

Opiniões de especialistas

Conforme explicou em entrevista à VICE Brasil, o especialista em Direito Digital Renato Leite Monteiro, fundador da empresa Data Privacy Brasil, a ausência da Autoridade Nacional de Proteção de Dados pode tornar a lei “manca” e dificultar para que ela seja cumprida. Além disso, o veto à suspensão ou proibição das atividades das empresas que não cumprirem pode torná-la mais branda.

Por outro lado, a lei foi vista como um grande avanço na questão da proteção de dados no Brasil. Em entrevista, Ricardo Dalmaso, gerente jurídico do Mercado Livre, afirmou que a lei “vai ser crucial a uma sociedade que é movida a dados, e vai garantir a outros países que o Brasil é um dos países em que os dados são corretamente tratados e transacionados”.

Conclusão

No futuro próximo, quando a lei já estiver em vigor, os advogados brasileiros deverão estar atentos ao que ela diz, para caso precisem trabalhar em casos de segurança digital e Direito na internet. Tais casos se tornarão cada vez mais frequentes com o passar dos anos, e irão demandar advogados com conhecimento atualizado das principais normas do meio digital.

E você, já está se preparando para a era do Direito 4.0? Se quiser aprofundar mais no assunto, não deixe de conferir nossa série de vídeos sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e diversas outras dicas no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Deixe nos comentários quais outros artigos sobre o tema você gostaria de ler aqui no Blog! 

A GDPR (proteção de dados europeia) e o seu impacto no Brasil

No dia 25 de maio de 2018, entrou em vigor a legislação conhecida como General Data Protection Regulation, ou GDPR. Trata-se de uma regulamentação que visa proteger os dados cibernéticos dos cidadãos que habitam ou que se encontram na União Europeia, dando-lhes controle sobre suas informações pessoais na internet.

A GDPR levou as grandes multinacionais a repensarem o uso que faziam dos dados pessoais de bilhões de pessoas ao redor do mundo. Após sua aprovação, muitas empresas de tecnologia precisaram adaptar seus termos de uso para que se adequassem à nova legislação da União Europeia.

A forma como os dados pessoais são utilizados na internet é uma das principais discussões dos dias atuais. O advogado moderno precisa dominar este assunto para poder atuar em casos de segurança na internet, Direito de empresas que atuam na área de tecnologia (as chamadas startups).

Quer saber mais sobre o que é a GDPR, qual foi seu impacto e como ele afeta as empresas e cidadãos brasileiros? Então continue lendo nosso artigo de hoje!

Entendendo o que é o GDPR

Como dito acima, a GDPR é uma legislação para proteger os dados de cidadãos que se encontrarem na União Europeia. Ela começou a ser idealizada em 2012 e foi aprovada quatro anos depois, em substituição às antigas leis de proteção à privacidade que, datadas dos anos 1990, não mais se aplicam ao cenário tecnológico atual.

Independentemente do tamanho, todas as empresas que lidam com os dados de cidadãos europeus precisarão seguir regras muito rígidas ao coletá-los e armazená-los. Basicamente, haverá maior proteção dos dados por parte das empresas e maior controle deles para os cidadãos, bem como um maior empoderamento dos órgãos nacionais de proteção dos dados.

Conforme reportado por matéria do site Tecnoblog, entre as principais obrigações das empresas, estão:

  • O serviço deverá permitir que o usuário escolha como os seus dados serão tratados e autorize ou não o seu uso;
  • O usuário tem o direito de saber quais dados estão sendo coletados e para quais finalidades;
  • Uso de linguagem clara, concisa e transparente para que qualquer pessoa possa compreender comunicações sobre seus dados, inclusive termos de privacidade;
  • Em caso de incidentes que resultem em vazamento ou violação de dados que podem ferir direitos e a liberdade das pessoas, a organização deverá notificar autoridades em até 72 horas;
  • Recomendação de pseudonimização: quando cabível, é recomendável que a empresa proteja informações sensíveis ocultando-as ou substituindo-as de alguma forma para que a identificação do usuário só seja possível com a adição de outros dados;
  • As empresas terão, em certas circunstâncias, que trabalhar com um Data Protection Officer (DPO), executivo que deverá supervisionar o tratamento de dados pessoais, bem com prestar esclarecimentos ou se comunicar com autoridades sobre o assunto.

A empresa que descumprir qualquer uma dessas regras pode receber uma multa de até € 20 milhões ou 4% sobre a receita anual global da companhia, o que for maior. No caso de empresas gigantes como Google e Microsoft, isso pode representar uma perda de bilhões de dólares.

Impacto mundial

Ao redor do globo, há uma série de discussões acerca da privacidade dos dados. Em muitos países, existem iniciativas para proteger os dados cibernéticos da população, muito embora a maior parte dessas discussões ainda esteja em estágio inicial. A GDPR, na realidade, foi a primeira a ser concretizada. E, apesar de se aplicar apenas à União Europeia, seu impacto já é sentido em escala mundial.

Afinal, nem mesmo empresas que atuem na União Europeia, mas que estiverem localizados em outro país (como o Facebook e o Google, por exemplo) ficam imunes à GDPR. As autoridades europeias poderiam recorrer à acordos diplomáticos a fim de aplicar as devidas punições às empresas que descumprirem a nova lei. Dessa forma, adequar-se à nova política tornou-se uma obrigação.

Ainda assim, seria tecnicamente inviável modificar as políticas de dados apenas para os territórios da União Europeia, sem modificar nos outros. Por isso, as empresas optaram por realizar alterações a nível global ao invés de apenas na Europa. É possível que você tenha recebido alguns e-mails ultimamente de alteração na política de dados de uma série de plataformas que você usa, desde redes sociais até serviços de streaming. Trata-se, por enquanto, do reflexo mais visível da GDPR.

Impacto no Brasil

Como dito acima, muitas multinacionais optaram por modificar suas plataformas a um nível global para se adequar à GDPR do que alterá-las apenas na União Europeia. Os novos termos de uso das grandes empresas precisam refletir esta nova conformidade.

Por isso, empresas brasileiras que trabalharem com dados e estiverem presentes na União Europeia também precisarão se adaptar. Por exemplo, uma loja online que venda produtos para a Europa precisará cumprir a regulamentação da GDPR, sob pena de arcarem com as punições previstas na lei, uma vez que, para realizar as vendas, elas precisarão coletar dados dos clientes europeus.

Trata-se de uma oportunidade importante para o advogado moderno: estudar a fundo a GDPR e oferecer seus serviços à empresas de tecnologia que também atuam na União Europeia e precisam se adaptar à nova legislação.

O advogado e a proteção dos dados pessoais na internet

A discussão sobre os dados na internet será cada vez mais relevante nos próximos anos. O advogado precisa estar preparado e conhecer as novas legislações sobre o tema!

Em casos de segurança pessoal na internet, será interessante ver o que diz a legislação vigente, quais são as propostas para alterá-la e se já existe jurisprudência sobre o caso. Já em casos que envolvem empresas de tecnologia, é necessário conferir o que há de mais atual em direito de startups, e o que foi decidido a partir da GDPR.

E você, o que pensa de todo o debate acerca da proteção dos dados pessoais na internet? Aproveite também para conferir nosso vídeo sobre Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e Compliance e diversas outras dicas no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Segurança na internet e a oportunidade de novos negócios para o advogado moderno!

A forma como os dados pessoais são armazenados, tratados e distribuídos na internet é um dos temas mais debatidos da atualidade. Após escândalos como o da Cambridge Analytica, no qual os dados de milhões de usuários do Facebook foram vazados para uma empresa privada, surgem em todo o planeta discussões para regulamentar a utilização de dados pessoais na internet – como, mais recentemente, o GDPR.

Mas você sabia que tudo isso pode gerar uma grande oportunidade para o advogado? O profissional jurídico especializado em Direito Digital e que realmente estudar a fundo as novas legislações sobre dados terá todo um promissor novo ramo para atuar.

No post de hoje sobre Direito 4.0, falaremos sobre as oportunidades que o advogado moderno ganha com as discussões acerca do uso de dados na internet. Vem conferir!

O que é a GDPR?

Resumidamente, a GDPR é uma legislação da União Europeia que entrou em vigor no dia 25 de maio de 2018. Seu objetivo é proteger os dados pessoais de cidadãos que residirem ou que estiverem presentes nos países participantes da UE.

A GDPR estabelece um conjunto de obrigações que as empresas devem seguir acerca de como são armazenados e tratados os dados das pessoas, sob pena de uma pesada multa para quem descumprir qualquer uma dessas obrigações. Ela também empodera órgãos nacionais de proteção aos dados.

A nova lei, apesar de aplicável apenas na União Europeia, teve um impacto global. Muitas das grandes multinacionais (como o Google, por exemplo) optaram por alterar seus termos de uso a um nível mundial ao invés de apenas na Europa, o que seria tecnicamente inviável. E, ao redor do planeta, muitos outros países já começam a se inspirar no exemplo da GDPR e a discutir legislações sobre o tratamento de dados pessoais.

As oportunidades para o advogado moderno

Mas o que isso tem a ver com a carreira jurídica? Bem, tudo! O advogado que souber se preparar saberá enxergar uma grande oportunidade de novos casos na área do Direito Digital que certamente surgirão com as novas discussões acerca do tratamento de dados pessoais na internet.

Para começar, a relevância cada vez maior deste tema significará a criação de jurisprudência para casos do tipo, uma vez que pessoas e empresas ajuizarem ações que envolvam a utilização de seus dados pessoais. O advogado que tiver estudado tais temas será pioneiro nas ações do tipo.

Além disso, uma das áreas mais promissoras para o futuro do mundo jurídico é o chamado Direito de startups. Como dito acima, as empresas que porventura também atuarem na União Europeia também precisarão se adaptar – e, como dizem, a internet não tem fronteiras, então isso significa que boa parte das empresas de tecnologia não poderão deixar de descumprir as regras da GDPR.

O advogado que estiver preparado e conhecer à fundo a legislação do GDPR poderá oferecer seus serviços à startups que estiverem precisando se adaptar, como lojas online que vendem para outros países, por exemplo. Assim, o profissional jurídico poderá ajudar as empresas a garantirem que estão de acordo com o que a GDPR exige e portanto evitar problemas com as autoridades da União Europeia.

De toda forma, as discussões sobre o uso de dados pessoais não irão parar, muito pelo contrário. Conforme elas forem ganhando em relevância, certamente surgirão novas e melhores oportunidades para o advogado da Era Digital.

Se quiser aprofundar um pouco mais no assunto, temos um vídeo sobre Novas Tecnologias aplicadas ao Direito no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

E você, o que pensa das novas regulamentações sobre dados pessoais? Acha que elas trarão mais oportunidades para a sua carreira? Comente com a gente!

Contratos inteligentes e tecnologia blockchain para advogados: saiba o que é isso!

Desenvolvida em 2009 para ser utilizada como base para o bitcoin, a blockchain é uma das principais tendências tecnológicas atuais. Em crescimento exponencial, a blockchain já causa um grande impacto no setor financeiro: num futuro não muito distante, ela seja a principal forma de intermediação de transação realizada por indivíduos.

No universo jurídico, tal tecnologia também tem potencial para causar uma verdadeira revolução, através dos contratos inteligentes, que poderão alterar a forma como trabalham muitos profissionais jurídicos. Mas, afinal, o que exatamente é blockchain? E qual será o impacto que ela poderá trazer para o mundo do Direito? Como os profissionais jurídicos poderão lidar com isso?

É o que você irá descobrir no artigo de hoje sobre Direito 4.0!

O que é a tecnologia blockchain?

A blockchain pode ser definida como um banco de dados contendo todas as transações executadas em determinada rede. Este banco digital pode ser dividido em dois tipos de registros: transações individuais e blocos.

Um bloco é uma parte da blockchain onde ficam registradas as transações mais recentes. Uma vez que elas são concluídas, o bloco fica guardado na blockchain como um banco de dados permanente. Quando um bloco é concluído, um novo é gerado. Dessa forma, existem inúmeros blocos na blockchain ligados uns aos outros, cada um contendo uma referência ao anterior. Daí o nome da tecnologia: blockchain, a grosso modo, pode ser traduzido como cadeia de blocos.

Contratos inteligentes e blockchain 

Criados pelo criptógrafo Nick Szabo, em 1994, os contratos inteligentes são programas de software que se auto-executam quando ocorre um evento específico. Um exemplo é o pagamento de contas em débito automático: na data do vencimento de sua conta, o software paga automaticamente sua dívida.

Dessa forma, a combinação das duas tecnologias pode ser impressionante. Como definiu o Dr. Guilherme Oliveira de Arruda:

(…) os resultados são tão poderosos que podem interferir amplamente nos mais diversos tipos de processos, sejam financeiros, logísticos, comerciais, etc. O software pode cumprir as funções de intermediário de compensação e liquidação, simplificando os fluxos de trabalho repetitivos de hoje e eliminando o risco de contraparte desnecessário e a latência na liquidação de transações.

Os contratos inteligentes baseados em blockchain são mais automatizados em sua execução. Eles são programados por códigos que só permitem que as relações contratuais descritas sejam executadas quando todas as condições descritas forem cumpridas. Ou seja, todas as regras, obrigações e penalidades descritas em um determinado contrato serão aplicados de forma automática.

Esta forma de automação elimina o erro humano e traz uma nova confiabilidade às partes do contrato. No entanto, contratos que se cumprem automaticamente são fonte para um debate entre a comunidade jurídica que está apenas começando.

Principais benefícios

Segundo artigo Contratos inteligentes: A tecnologia Blockchain que susbstituirá os advogados?,   publicado na Legaltech no Brasil os benefícios dos contratos inteligentes baseados em blockchain são:

  • Atualizações rápidas e em tempo real: Como o código do software automatiza tarefas manuais, há maior velocidade no processamento de diversos negócios.
  • Precisão: as transações automatizadas não ficam sujeitas a erros cometidos por meios manuais.
  • Menor risco de execução: o processo descentralizado elimina o risco de manipulação e erros.
  • Menos intermediários: os contratos inteligentes reduzem a dependência de terceiros, tais como cartórios ou testemunhas.
  • Redução de custos: como os processos exigem menos intervenção humana, logo há menos custos.

Os advogados e os contratos inteligentes baseados em blockchain

Será que, no futuro, tais automatizações e robôs inteligentes executando os contratos eletrônicos substituirão os profissionais jurídicos “de carne e osso”? É uma questão que tira o sono de muitos advogados. Entretanto, segundo o próprio criador dos contratos inteligentes, Nick Szabo, isso não irá ocorrer. Durante um discurso realizado no Simpósio dos Contratos Inteligentes, na sede da Microsoft em Nova York em dezembro de 2016, Szabo garantiu que os contratos inteligentes não se tratam de retirar os empregos de advogados, mas sim de “tornar possível coisas novas que não foram realizadas anteriormente”.

Os contratos inteligentes em plataformas blockchain já são uma realidade para muitas empresas ao redor do globo. No entanto, muitas vezes esses desenvolvimentos são realizados sem o devido cuidado com legislações e regulamentações – o que pode gerar futuramente aguerridas batalhas judiciais. Nesse aspecto, a figura do profissional jurídico se faz fundamental, ao oferecer aconselhamento jurídico às partes que farão uso dos contratos inteligentes.

Além disso, o conhecimento jurídico dos advogados pode ser aplicado na otimização dos contratos inteligentes, eliminando possíveis problemas quanto a falhas jurídicas e oferecendo segurança para as partes. Dessa forma, será possível elaborar contratos inteligentes cada vez melhores e mais legalmente responsáveis.

Futuramente, o profissional jurídico que desejar trabalhar com contratos inteligentes baseados em blockchain precisará estudar também os aspectos técnicos das redes blockchain, a fim de que seus conselhos jurídicos não existam num vácuo técnico.

Se quiser aprofundar mais no assunto, temos um vídeo sobre Blockchain e Smart Contracts no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Como se manter atualizado com as mudanças do Direito 4.0?

A era do Direito 4.0 já chegou!

Existem diversas modernizações que estão alterando a forma como o profissional jurídico exerce sua vocação e atualizando a busca do cidadão por justiça. O Direito, afinal, não poderia ficar imune às novas tecnologias que estão surgindo, especialmente se elas existem para aperfeiçoar a vida daqueles que trabalham e utilizam o meio jurídico.

Muitas novas tecnologias jurídicas já estão em pleno vigor, enquanto outras devem ser implementadas num futuro não muito distante. Por isso, como o profissional jurídico pode se manter atualizado com tantas novidades? Como acompanhar as mudanças que o Direito enfrentou e enfrenta, à luz das novas tecnologias?

É o que você irá descobrir no post de hoje!

O que é Direito 4.0?

Você certamente já ouviu falar nas inovações tecnológicas que surgiram nos últimos anos, e que já estão impactando a sociedade humana, não é? Internet das coisas, armazenamento em nuvem, inteligência artificial, computação quântica, tudo isso e muito mais têm trago grandes mudanças à sociedade humana.

O Direito, evidentemente, não poderia ficar de fora dessa nova revolução tecnológica. Muitas das atuais inovações irão trazer um grande impacto à forma como os advogados exercem sua profissão. Não se trata de profissionais humanos sendo substituídos por “robôs”, mas sim da tecnologia sendo usada em prol da advocacia, realizando algumas tarefas com maior precisão e agilidade – e liberando o advogado para que ele possa se dedicar à outras mais estratégicas e essenciais.

Leia o artigo que preparamos no qual explicamos melhor O que é o advogado 4.0 – e como você pode ser um.

Como acompanhar tais mudanças?

O advogado deverá se manter atualizado acerca das novas mudanças que a tecnologia trouxer ao seu trabalho e assim se preparar melhor. Felizmente, hoje em dia existem grandes fontes de informação, online e offline, que você pode utilizar para adquirir conhecimento acerca do Direito 4.0. Confira algumas opções:

Assistir vídeos sobre o tema

Em plataformas como o YouTube e o Vimeo, é possível encontrar um vasto conteúdo em vídeo explicando e detalhando vários aspectos do Direito 4.0. Com uma breve pesquisa, é possível encontrar uma série de vídeos acerca de temas que o advogado dos dias atuais precisará dominar. Além disso, se você dominar uma língua estrangeira, como o inglês, por exemplo, poderá desbravar o conteúdo de canais estrangeiros.

No canal do Juris no YouTube, divulgamos o programa Juris Mentoring, no qual trazemos especialistas para abordar temas muito interessantes para o profissional jurídico, como advocacia correspondenteempreendedorismo no Direito, Audiências, métodos autocompositivos, habilidades do advogado do século XXI e como o advogado brasileiro pode atuar nos Estados Unidos.

Acompanhar a AB2L – Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs

A AB2L é a associação que reúne diversas empresas de tecnologia voltada para a área jurídica. Dessa forma, seu site oficial é uma das principais fontes para encontrar interessantes textos acerca do tema. Na seção de artigos do site, advogados, empreendedores e vários outros profissionais publicam regularmente textos sobre os mais variados temas acerca do Direito 4.0, como inteligência artificial, blockchain, criptomoedas, Direito das startups, empreendedorismo, e muito mais. Vale a pena dar uma conferida no site regularmente para ver os artigos que estão postados lá.

Vá a eventos que tratem do assunto

Além dos artigos em seu site, a AB2L também promove uma série de eventos acerca de tecnologia, universo jurídico e Direito 4.0.  São congressos, palestras e muito mais, e que sempre contam com a presença de nomes importantes da área, do Brasil e de outros países.

Confira no site da AB2L quais são os próximos eventos e se programe!

Faça cursos online

Na internet, é possível encontrar uma série de cursos especializados que são muito úteis para atualizar o advogado com as novas tendências do Direito. São desde palestras até cursos mais convencionais, que abordam uma grande quantidade de tópicos da advocacia 4.0, e que podem ser assistidos do seu celular, tablet ou computador. E o melhor: muitos deles são gratuitos!

Visite o Juris Marketplace para você aprimorar seus conhecimentos na Era do Direito 4.0 e não deixe de aprender diversas novas habilidades em nosso curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Acompanhe blogs especializados

Finalmente, é necessário estar atento aos blogs que estão cobrindo as mudanças que o Direito está passando.

Aqui no Juris Correspondente nós compreendemos a importância do advogado estar sempre atualizado com as mudanças que impactarão em sua carreira. Por isso, iremos publicar conteúdo específico, detalhado e muito explicativo que irá cobrir os principais tópicos do Direito 4.0. Serão artigos, vídeos, e-books e muito mais, que o advogado que deseja se manter atualizado não pode perder!

Acompanhe as redes sociais do Juris, estamos sempre trazendo novidades sobre esse e diversos outros temas. 

O que é o advogado 4.0 – e como você pode ser um

Você já ouviu falar na Revolução 4.0? Ela reúne diversos desenvolvimentos tecnológicos, especialmente relacionados ao crescente poder computacional, como o processamento de grandes bases de dados, o sensoriamento, a internet das coisas, entre outros. E há poucas dúvidas de que essas mudanças já estão impactando o mundo do trabalho.

Mesmo uma profissão tão tradicionalista como o Direito não deixará de ser impactada pela Revolução 4.0. Existem diversas inovações, seja voltadas especificamente para o mundo jurídico, seja afetando-o indiretamente, que já estão gerando profundas modificações na forma como o advogado atua.

Nesse contexto, surge uma nova modalidade de profissional jurídico: o advogado 4.0. Ele é um profissional jurídico que enxerga a tecnologia como uma aliada, e domina ferramentas digitais a fim de otimizar sua atuação. Conforme explica Bruno Feigelson, presidente da AB2L e sócio do escritório Lima Feigelson Advogados, em entrevista para a revista LIDE: “Os advogados estão sendo desafiados a contribuir com essa mudança tecnológica e ela está sendo inserida cada vez mais no cotidiano deles. O advogado 4.0 usa uma série de plataformas tecnológicas para potencializar seu trabalho e evitar atividades repetitivas.”.

Não se trata de enxergar a tecnologia como uma espécie de adversária, que substituirá o trabalho realizado por advogados. No entanto, uma série de atividades advocatícias trabalhosas e repetitivas podem ser delegadas à sistemas informacionais, liberando o profissional para que se dedique à tarefas mais estratégicas e cruciais – muitas das quais, evidentemente, não podem ser realizadas por máquinas, mas apenas por humanos. O advogado moderno não precisa mais se preocupar com questões burocráticas, e portanto poderá atuar naquilo que realmente interessa: a criação de conhecimento jurídico.

Em suma, o advogado 4.0 vê a tecnologia como sua aliada a fim de oferecer um serviço cada vez melhor e conectado à realidade para seus clientes.

Como ser um advogado 4.0?

Existem algumas atitudes simples que podem lhe colocar no caminho certo para ser um advogado do século XXI. Confira algumas:

  • O advogado 4.0 utiliza as diversas plataformas na internet que existem para facilitar o seu trabalho. Seja assinando contratos digitais, gerenciando seu escritório, realizando reuniões pela internet, encontrando um cliente no Dubbio ou um correspondente jurídico no Juris, ele está antenado em como tais plataformas podem otimizar muitas tarefas essenciais.
  • O advogado 4.0 não teme as potencialidades da internet para captar clientes. Pelo contrário, ele possui seu próprio site oficial, tem um blog ou um site especializado para publicar seus próprios artigos e os compartilha nas principais redes sociais (como Facebook, Twitter e Instagram), onde marca forte presença.
  • Ele também busca conteúdo para estar sempre atualizado com as mudanças em sua profissão. Lê artigos  e assiste vídeos na internet sobre temas como: contratos inteligentes baseados em blockchain, internet das coisas, Direito Digital, entre outros. Logo, ele está sempre por dentro dos temas mais atuais acerca da modernização de sua carreira.

Advogado correspondente 4.0 

Não são apenas os advogados que atuam para o cliente final que precisam adentrar a era do Direito 4.0. Correspondentes também necessariamente precisam se tornar advogados 4.0 para se manterem sempre atualizados em suas carreiras.

Por trabalhar de maneira autônoma, o advogado correspondente 4.0 necessariamente precisa contar com as potencialidades da internet para captar contratantes. Felizmente, hoje em dia existem uma série de plataformas como o Juris Correspondente, que oferecem a visibilidade que é tão necessária para a carreira do correspondente.

Mais do que outros profissionais jurídicos, o advogado correspondente precisa estar atento às inovações tragas pela era do Direito 4.0, e utilizá-las a fim de captar novos contratantes.

Nós da Equipe Juris somos bastante preocupados em formar profissionais jurídicos conscientes das mudanças que já estão entre nós. Por isso, iremos publicar em nosso Blog artigos acerca de temas que todo advogado 4.0 precisa saber: novos métodos de resolução de conflitos, blockchain, uso da tecnologia no dia a dia, entre outros. Apenas fazendo da tecnologia uma aliada que o profissional jurídico poderá oferecer um serviço cada vez melhor para os clientes.

O Direito, afinal, está passando por grandes mudanças proporcionadas principalmente pelas inovações digitais e para você se aprimorar na Era do Direito 4.0, não deixe de aprender diversas novas habilidades em nosso curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Você tem alguma sugestão de assunto acerca deste tema? Deixe nos comentários deste post!

Tecnologia para advogados: tudo que um escritório do futuro precisa ter

Fazer o dia a dia mais eficiente é essencial em um escritório de advocacia. Com o aumento de demandas, necessidade de agilizar processos e informações cada vez mais complexas, torna-se primordial encontrar meios de otimizar a rotina.

Isso porque, quando há descontrole da situação, surgem problemas com prazos, dificuldades em encontrar arquivos essenciais, e, assim, podem gerar prejuízos financeiros, bem como causar perda de clientes importantes.

Para evitar esse tipo de situação, é primordial que os gestores estejam sempre em busca de formas de otimizar o trabalho realizado, garantindo não só a eficiência, mas potencializando a produtividade, permitindo até mesmo escalar os serviços prestados.

E um dos aliados para esse tipo de procedimento é o uso de tecnologia para advogados. Cada vez mais, são criadas ferramentas e soluções, sejam específicas ou não, que trazem uma série de benefícios para esses profissionais.

Continue lendo e veja as razões pelas quais você deve implementar soluções tecnológicas em seu ambiente de trabalho. Também verá quais são as principais consequências e perdas quando há resistência no uso de tecnologia no escritório.

Além disso, apresentaremos, neste conteúdo, as principais tecnologias para advogados, tanto as que aumentam a produtividade nas atividades cotidianas quanto as para melhor organização financeira, bem como criação e compartilhamento de peças. Saberá, também, como funcionam os softwares jurídicos e os destinados aos correspondentes jurídicos.

Depois, explicaremos quais são as principais tendências tecnológicas para advogados, para que possa ficar de olho e inseri-las no contexto cotidiano de trabalho assim que estiverem disponíveis.

Por fim, você saberá mais sobre os escritórios virtuais e como eles são uma possibilidade interessante para potencializar o rendimento mensal do seu negócio.

No final da leitura deste conteúdo, você estará apto a escolher as melhores soluções, bem como estará consciente de que a inserção de tecnologia nos escritórios é uma realidade, e aqueles que não estão atentos a isso perderão oportunidades interessantes e vantagens competitivas no mercado.

Por que usar tecnologia em seu escritório?

Como toda mudança acarreta adaptação e custos, é comum que os responsáveis por escritórios de advocacia se perguntem: mas por que devo investir em tecnologia? Quais são os ganhos reais que são gerados ao implementá-la?

Bom, em primeiro lugar, olhe à sua volta. Cada vez mais ferramentas tecnológicas fazem parte do cotidiano de todas as pessoas. Seja no ambiente pessoal ou profissional, elas estão presentes e representam um importante avanço.

Assim, agilidade e precisão se tornaram palavras de ordem. Não há mais tempo para processos manuais. Quanto mais a rotina puder ser otimizada, melhor se conseguirá acompanhar novos deadlines e necessidades do mercado de advocacia.

Um primeiro ponto pelo qual torna-se necessária a aplicação de tecnologia nesse ambiente é para a própria organização do escritório de advocacia. Pense nos mais diferentes dados que precisam ser gerenciados no dia a dia:

  • dados de clientes;
  • armazenamento de documentos importantes para ações judiciais;
  • dados financeiros e contábeis;
  • dados administrativos;
  • documentos trabalhistas dos funcionários, entre outros.

São diversas informações que demandam paciência e dedicação para serem organizadas de forma manual — além de tempo, que poderia ser dedicado a outras funções mais analíticas, por meio de uma gestão otimizada pela tecnologia. Só esse ponto já é o suficiente para evidenciar a importância dela em seu escritório, não é mesmo?

Outro bom exemplo é a possibilidade de expandir sua área de atuação. Quantos clientes sua firma perdeu devido à distância física?

Por meio de tecnologias como videochamadas, seus colaboradores poderiam realizar reuniões com clientes e, assim, resolver questões essenciais, atendendo-os com a mesma agilidade, presteza e eficiência de encontros presenciais.

Esses são apenas dois exemplos simples, mas que deixam claro o quanto a tecnologia é mais do que desejável para o escritório: ela é fundamental. Além do que falamos acima, podemos acrescentar como motivações para utilizar essas soluções:

  • maior controle de questões administrativas;
  • menor tempo para realização de tarefas comuns do escritório;
  • redução das chances de perdas de prazos importantes;
  • maior produtividade;
  • aumento da capacidade de atendimento, podendo aumentar a cartela de clientes;
  • possibilidade de trabalho remoto e ampliação da área de atendimento da empresa;
  • agilidade no repasse de informações para clientes;
  • cadastro mais preciso de clientes;
  • agilidade para encontrar informações importantes;
  • melhor controle financeiro, entre outras.

Quais consequências sofre um escritório sem tecnologia?

Só pelo que falamos acima, já é possível perceber o quão fundamental é o uso da tecnologia no contexto atual. Porém, para que entenda o quanto isso pode afetar o cotidiano da empresa, vamos exemplificar alguns pontos do dia a dia de uma firma que relute em aplicar algumas soluções tecnológicas.

É necessário encontrar um documento, para que se faça a cópia dele e seja encaminhado para um determinado processo. Sem uma organização adequada, pode-se demorar um tempo excessivo para encontrá-lo no meio de tantos outros e, com isso, diminuir o tempo destinado a uma outra tarefa, reduzindo a produtividade.

Um advogado esqueceu um determinado prazo e, assim, prejudicou o andamento de determinada ação, por não ter entregue as informações necessárias a tempo. Dessa forma, o caso do cliente está em xeque, podendo gerar insatisfações e, até mesmo, rompimento de contrato.

Outro exemplo é: ao realizar a conferência financeira do mês no livro contábil, percebe-se que o escritório, por uma má gestão de gastos, terminou o período com prejuízos, atrapalhando investimentos importantes que deveriam ser realizados.

É necessário repassar informações simples a um determinado cliente. Assim, agenda-se uma reunião presencial com ele. Porém, devido a problemas com engarrafamento, ele atrasa e o advogado responsável não consegue resolver outras pendências para que possa realizar o atendimento em um período além do estimado.

Essas situações poderiam ser resolvidas por meio de um software que auxilie na organização dos documentos, sejam eles de forma física ou digitalizados. Agendas online também emitiriam uma notificação do prazo, de forma que o advogado não perdesse o deadline.

O prejuízo financeiro poderia ter sido evitado por meio de um software de gestão financeira, que teria indicado o excesso de gastos supérfluos.

Na situação da reunião com atraso, as informações poderiam ser atualizadas por e-mail, telefone ou SMS, e dúvidas poderiam ser solucionadas por aplicativos de mensagem ou videochamadas. Maior comodidade para o cliente e mais agilidade para o profissional.

Ou seja, é possível mensurar, por meio desses exemplos, que, quando um escritório demora para implementar soluções tecnológicas estratégicas, perde, situação a situação, produtividade, recursos e possibilidade de direcionar esforços para questões importantes e urgentes.

É essencial enxergar o seu escritório de advocacia como uma empresa e, portanto, ter uma visão estratégica para potencializar seu crescimento, conquistando novos clientes e melhor rentabilidade. Isso é possível por meio da inserção de tecnologia.

Ou, caso contrário, você vai recair nas situações que falamos acima, prejudicando o andamento do trabalho já existente e impossibilitando a expansão do escritório.

Quais são as tecnologias para advogados?

Agora que está consciente de quão essencial é o uso dessas ferramentas no dia a dia organizacional, é hora de conferir quais são, as soluções disponíveis para serem utilizadas pelos advogados durante a execução de suas funções.

É importante lembrar que nem todas são, de fato, criadas especificamente para esse ambiente, mas é possível adaptá-las e utilizá-las nos escritórios, trazendo mudanças significativas nas rotinas empresariais.

Conheça as principais delas que auxiliarão no aumento da produtividade, no controle financeiro, na criação e compartilhamento de arquivos e documentos, além das soluções dedicadas ao ambiente jurídico.

Tecnologias para produtividade

Como falamos acima, é imprescindível encarar o escritório como uma empresa. E, para potencializar a rentabilidade mensal, é importante visar o aumento de produtividade de forma qualitativa e quantitativa.

As tecnologias auxiliam bastante nesse processo, otimizando o tempo de tarefas operacionais, permitindo que os advogados possam se dedicar a questões mais analíticas de suas funções. Além disso, elas reduzem possíveis erros e chances de perda de prazos, bem como auxiliam a expandir a atuação do negócio.

Com isso em mente, saiba mais sobre as principais ferramentas que podem ser utilizadas nesse ambiente.

Assinatura digital

Como o próprio nome diz, a assinatura digital é uma forma de gerar autenticidade de determinado documento sem a necessidade de ter a cópia física dele.

Uma primeira vantagem de seu uso é a agilidade. Ao receber um documento que necessita da assinatura do profissional responsável, não é mais necessário realizar a seguinte sequência de ações:

  • imprimir o documento;
  • assinar a cópia física;
  • digitalizá-la;
  • encaminhá-la de volta.

Imagine reproduzir essas ações diversas vezes ao longo do dia. É tempo demais consumido, não é mesmo? Consome-se, também, espaço demasiado de alocação do documento físico, bem como os custos com insumos (papel, tinta, desgaste de impressora, etc.).

A assinatura digital é feita por meio de um certificado digital e criptografia e tem validade jurídica tal como uma assinatura de próprio punho, garantindo autenticidade ao documento. Assim, caso seja preciso encaminhar ou anexar um documento ao processo, pode-se fazê-lo por meio digital e online, sem a necessidade de impressões e, também, de se deslocar até o fórum para a entrega.

Videochamadas e reuniões

As videochamadas são bastante eficientes para o aumento da produtividade. Principalmente para escritórios localizados em grandes centros urbanos, sabe-se que são comuns os atrasos de clientes para reuniões devido a congestionamentos.

Por meio dessa tecnologia, os profissionais podem realizar reuniões de alinhamento, repassar informações, preparar para audiências e recolher informações pertinentes ao caso de forma rápida e precisa, com a mesma eficiência de um encontro presencial.

Reduz-se, assim, a perda produtiva derivada de atrasos, bem como diminui-se o tempo de deslocamento do advogado (nos casos em que é ele que vai ao encontro do cliente).

Outro ponto positivo do uso de videochamada para reuniões é que, como os participantes não precisam se deslocar, torna-se mais fácil encontrar agendas compatíveis, facilitando a marcação da reunião.

Pode-se realizar videochamadas por meio de aplicativos e ferramentas diversas, como Skype, Google Hangouts, FaceTime ou até mesmo a própria ferramenta do WhatsApp para esse fim.

Organização de tarefas

A organização de tarefas é uma das questões administrativas e operacionais mais delicadas de um escritório de advocacia. Isso porque é uma área em que cuidados com prazos e demandas são essenciais, de forma que qualquer erro pode colocar em xeque o trabalho do advogado e a causa do cliente.

Estão no rol de questões que necessitam de acompanhamento constante:

  • autenticação de documentos;
  • cópias e obtenção de dados e arquivos importantes para processos;
  • reuniões de orientação para audiências;
  • verificação de prazos de entrega de documentos;
  • acompanhamento de datas de audiências;
  • verificação de resultados de sentenças e prazos de recursos.

Se não há uma boa gestão das tarefas a serem realizadas, o profissional pode, por exemplo, perder a data-limite de solicitação de recurso após o indeferimento de um processo. Portanto, além da disciplina de acompanhamento dessas questões, é importante utilizar tecnologias que auxiliem a evitar falhas como essa.

Ferramentas como Google Agenda, Trello e softwares específicos para esse fim auxiliam consideravelmente, principalmente por notificarem seus usuários de deadlines, de acordo com a configuração escolhida.

Por exemplo, você pode escolher ser avisado 48 horas antes de um prazo final e, com isso, organizar-se adequadamente, bem como evitar conflitos de agenda e excesso de tarefas quando houver a necessidade de se dedicar a uma questão específica.

Esse tipo de ferramenta também é útil para o próprio gestor do escritório, que acompanhará demandas, cumprimento de prazos, dedicação e produtividade de seus colaboradores, permitindo uma melhor gestão de pessoas.

Acompanhamento dos processos

O acompanhamento dos processos é essencial para melhorar a produtividade do escritório, bem como oferecer um atendimento diferenciado para o contratante.

Para os profissionais, tecnologias como softwares que obtenham os dados dos sites responsáveis e atualizem o dashboard automaticamente auxiliam a otimizar o processo. O advogado não terá que fazer consultas periódicas a eles, sendo atualizado assim que a decisão for publicada.

Evitam-se, também, as chances de, por falha humana, não registrar os dados do processo e, com isso, gerar atrasos, problemas e não repassar as informações para o cliente adequadamente.

Para o cliente, a agilidade na divulgação das informações demonstra cuidado e atenciosidade, evitando uma das reclamações mais recorrentes no ambiente jurídico: a de que o advogado deixa o contratante à margem do processo, tendo ele mesmo que buscar as atualizações mais recentes.

Gestão de contatos

Principalmente para escritórios que tenham uma quantidade considerável de clientes, ter uma gestão de contatos eficiente é imprescindível para agilizar a comunicação.

Por meio de ferramentas como Google Agenda e outros gerenciadores de contatos, você consegue não só agilizar a busca, quando necessário, mas também categorizar as informações e agilizar as atualizações.

Assim, caso precise se comunicar urgentemente com algum deles, conseguirá encontrar facilmente os dados, potencializando a produtividade. E o próprio cadastro de informações é facilitado, de forma a diminuir o tempo de registro de clientes na lista.

Tecnologias organização financeira

Não é só a produtividade do escritório que influencia na rentabilidade média. Uma boa organização financeira permite otimização dos recursos, evitando gastos desnecessários e permitindo poupar para investimentos futuros, como ampliação do espaço físico.

Ao utilizar ferramentas específicas para esse fim, pode-se evitar problemas como:

  • perdas de prazos importantes, como o pagamento de taxas fiscais;
  • o não registro de dados importantes concernentes às obrigações contábeis;
  • incidência de multas;
  • questões trabalhistas;
  • gastos excessivos e supérfluos;
  • não identificação de momentos de crise, que podem colocar em xeque até mesmo o funcionamento do escritório;
  • questões administrativas diversas.

Outro ponto importante do uso de tecnologias de organização financeira para escritórios é que os dados serão de fácil acesso para contadores e consultores, de forma que estes conseguirão resolver questões e executar seu trabalho mais facilmente.

Como as rotinas de trabalho nesses ambientes já são desgastantes por si sós, diminuir o tempo de resolução de questões financeiras e contábeis é essencial não apenas para agilizar esse processo, mas também para evitar o próprio estresse do gestor.

Além disso, se você quiser maximizar o seu lucro e reduzir seus gastos, não pode deixar de conferir o Guia de redução de custos para escritórios de advocacia.

Criação e compartilhamento de peças

Também é essencial a agilização na criação e compartilhamento de peças jurídicas. Além de rapidez nesses processos, é importante assegurar o backup imediato, de forma que as informações não se percam em caso de problemas como perda de HDs e servidores.

Google Drive

O Google Drive é um importante aliado tecnológico para escritórios de advocacia. Por meio dele, pode-se criar peças de forma colaborativa (caso seja um corpo de advogados o responsável pelo caso), permitindo também revisões mais rápidas e compartilhamento automático de informações entre os colegas.

Dropbox

O Dropbox é uma ferramenta interessante de armazenamento na nuvem. Pode-se criar pastas para cada caso e, assim:

  • compartilhar os arquivos com todos os envolvidos;
  • armazenar todos os documentos pertinentes ao caso;
  • utilizá-la como backup de informações dos casos;
  • realizar um acompanhamento seguro e eficaz do que ainda resta para ser levantado de documentação para o processo.

Software jurídico

Um software jurídico é essencial para uma boa gestão de escritório. E cada vez mais são lançadas soluções importantes e direcionadas para esse fim. São mais de 100 startups desenvolvendo ferramentas que auxiliam em:

  • análise e recolhimento de dados jurídicos;
  • automatização de registro de informações processuais;
  • automação de documentos jurídicos;
  • verificação e acompanhamento do ciclo de vida de processos e contratos que estejam sob responsabilidade do escritório;
  • uso de inteligência artificial para resolução de problemas de forma criativa e precisa;
  • cadastro de clientes;
  • envio de informações e atualizações de forma automatizada para clientes;
  • emissão de boletos;
  • cadastro de advogados parceiros;
  • emissão de notas fiscais, entre outros.

Um ponto positivo é que, por serem específicos para a área, atendem às necessidades do corpo de colaboradores sem se precise adaptá-los para a realidade do escritório.

Sites especializados para correspondente jurídico

Outra ferramenta que auxilia os escritórios são os sites específicos que auxiliam a encontrar advogados correspondentes. Lembra-se de que falamos acima da possibilidade de expansão das atividades para regiões mais distantes do escritório? Pois é, para que seja eficiente, é importante encontrar profissionais capazes de representar o seu cliente em comarcas distintas, sob orientação do patrono do processo.

Por meio dessa tecnologia, você poderá realizar a contratação, de forma ágil e eficiente, de um advogado local que seja competente.

Assim, poderá confiar não só questões de baixa complexidade, como registro de protocolo, análise de andamento processual e retirada de cópia, mas também até mesmo estar presente na audiência, realizar sustentação oral ou despacho com o juiz, desde que seguindo as recomendações do escritório.

Para encontrar correspondentes em todo Brasil acesse o Juris Correspondente e solicite sua demanda.

Quais são as próximas tendências de tecnologia para advogados?

São diversas ferramentas úteis, não é mesmo? O uso de cada uma delas permite uma otimização essencial das atividades cotidianas, melhorando não só a produtividade, mas a qualidade do serviço prestado.

Mas o desenvolvimento tecnológico não para. Há uma série de tendências para escritórios de advocacia no futuro a que você já deve ficar atento, a fim de implementá-las assim que possível.

Estão entre elas:

  • uso de chatbots para resolução de problemas com clientes e facilitação de primeiro contato, diminuindo o tempo de atendimento;
  • uso de machine learning que identificará conceitos e leis a serem utilizados nas peças e petições;
  • uso de big data para processamento de informações;
  • parcerias com aplicativos de transporte via app;
  • armazenamento e backup na nuvem de arquivos e documentos importantes;
  • uso do marketing de conteúdo para captação de novos clientes (com cuidado para não ferir as normas de ética da OAB).

Além dessas, existem diversas tecnologias que podem facilitar o seu dia a dia e é sobre isso que escrevemos no artigo Conheça 7 tecnologias para escritório de advocacia.

O que são escritórios virtuais?

Outra tendência forte no mercado, potencializada pela tecnologia, é a abertura de escritórios virtuais, que são um serviço dedicado principalmente para quem está começando na área e necessita de condições competitivas para esse princípio de atuação.

Eles são perfeitos para quem deseja reduzir custos, pois não há gastos com locação de espaço físico, reformas de ambiente, entre outros. Também são ideais para quem se adapta melhor com trabalho remoto ou depende de mobilidade na vida pessoal.

Eles podem ser implementados em locais como coworking ou na modalidade home office, terceirizando o serviço de gestão de correspondências e atendimento telefônico personalizado.

Assim, pode-se economizar, por exemplo, com contratação de recepcionistas para atender o telefone comercial, já que o serviço terceirizado resolverá essa questão sem perder a credibilidade dos clientes. Altamente desejável, não é mesmo?

A inserção da tecnologia nos contextos empresariais e, principalmente, no setor jurídico é uma realidade. Aqueles que não se adaptarem perderão vantagens competitivas e, assim, serão superados facilmente até por aqueles que estão começando agora e têm uma visão mais clara do novo contexto em que estão inseridos. Além disso, o uso dessas ferramentas auxilia a economizar, permitindo aumentar a rentabilidade mensal.

Gostou de ler sobre tecnologia para advogados? Se quiser aprofundar um pouco mais no assunto, temos uma série de vídeos sobre novas tecnologias aplicadas ao Direito no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Escritório de advocacia do futuro: conheça 5 tendências tecnológicas

O mercado está mudando! Vários aspectos da vida e das relações coletivas são remodelados junto com os novos paradigmas da tecnologia, incluindo o direito e a economia. Por que não dizer que a economia do escritório também é afetada? O escritório de advocacia do futuro é mais produtivo, flexível, rápido e compensa a longo prazo, fazendo mais em menos tempo e otimizando o seu funcionamento. Sabendo do poder transformador da tecnologia, conheça, no post que preparamos, cinco inovações tecnológicas que são o futuro dos escritórios de qualidade!

1. Chatbots

Atendimento ao cliente rápido e útil é essencial para um bom escritório. Aqueles que valorizam seus contratantes fidelizam a clientela e garantem o retorno em novas causas, contratos duradouros de prestação de serviços jurídicos e até indicações, aumentando a procura.

Mesmo assim, os escritórios de advocacia comumente gastam muito tempo respondendo a clientes, atendendo possíveis contratantes para conquistá-los ou tirando dúvidas simples em reuniões, telefonemas e e-mails que tomam o tempo em que o advogado poderia redigir peças, realizar audiências, fazer diligências etc.

Embora às vezes seja preciso conversar diretamente com o cliente, uma boa opção para diminuir drasticamente o tempo de consultas jurídicas é o uso de chatbots: softwares de comunicação automatizada que respondem às perguntas online e aprendem a interagir com o interlocutor. O nome vem da junção das palavras chat (conversa, bate-papo) e robot (robô).

A maioria dos chatbots tem capacidade de resposta limitada e começa com perguntas mais comuns ou oferecendo opções padronizadas de questionamentos para os quais já tem resposta pronta. No entanto, alguns são dotados de inteligência artificial mais complexa, que permite que aprendam com as perguntas feitas e desenvolvam habilidade de interpretação ampla e uma gama de respostas mais elaboradas.

2. Sistemas de pesquisa com machine learning

Nem só para responder os clientes servem as inteligências artificiais. Na verdade, o desenvolvimento de máquinas e softwares com capacidade de aprendizado é extremamente útil para auxiliar na velocidade e qualidade da prestação de serviços.

Uma das coisas que mais gasta tempo de um escritório (normalmente, de estagiários ou advogados novos no mercado) é pesquisar para a produção de peças. Especialmente em locais que trabalham com maior diversidade de demandas, é demorado reunir dispositivos de leis, códigos e resoluções, além de doutrina e jurisprudência que corroboram as teses elaboradas.

Por isso, uma forma de diminuir esse gasto de tempo e investir melhor o dinheiro é a utilização de softwares de pesquisa com inteligência artificial, que podem identificar os conceitos e leis utilizados nas petições.

A tecnologia chegou ao ponto de os sistemas de pesquisa dotados de machine learning terem capacidade de cognição. Ou seja, conseguem, com o tempo, abstrair conceitos legais utilizados e reunir o material necessário para determinadas peças automaticamente, poupando muito tempo de estudo e pesquisa.

3. Sistemas de transporte via app

Uma tendência do mercado contemporâneo é o transporte por meio de aplicativos que selecionam os motoristas mais próximos para a prestação de serviço e oferecem preços cômodos em relação ao transporte particular tradicional.

Diversos apps apresentam planos específicos para empresas ou realizam parcerias que permitem ótimas vantagens, seja em questão de preço ou disponibilidade de carros, permitindo que os funcionários, por exemplo, aproveitem códigos especiais de desconto para uso em determinados dias ou acesso a certos locais.

Para os escritórios de advocacia, fazer parceria com empresas de transportes do tipo ainda é mais interessante por causa das constantes diligências que precisam ser realizadas pelos advogados, além de reuniões e outras situações que exigem deslocamento, muitas vezes célere.

É possível, ainda, estabelecer um sistema de transporte diário agendado, minimizando atrasos na chegada ao local de trabalho. Por fim, há a vantagem de ter diversos carros disponíveis e ser selecionado o mais próximo do endereço. Boas empresas com bons softwares garantem um transporte rápido e de qualidade, muitas vezes por preços bastante acessíveis.

4. Armazenamento em nuvem

Obviamente, os computadores geraram uma revolução na sociedade inteira e ajudaram os advogados a ter acesso a muita informação e compartilhá-la com outros membros do escritório rapidamente. No entanto, a maioria dos escritórios que têm uma rede de computadores interligada os conecta por meio de servidores locais. Assim, os advogados e estagiários podem acessar o que os outros editam e verificar peças e outros arquivos sem precisar abri-los no mesmo computador em que o colega os produziu.

Apesar de úteis, os servidores locais podem sofrer com erros de funcionamento e se limitam a compartilhar os arquivos no local do escritório, entre os computadores ligados via cabos. Qualquer problema naquele servidor específico ou no local de trabalho impossibilita o acesso a inúmeros dados importantes.

Diante dessa perspectiva, o armazenamento em nuvem surge como uma alternativa de gestão muito mais funcional. O escritório de advocacia do futuro não precisa ter os arquivos restritos a um local só. Arquivos armazenados na nuvem podem ser acessados de qualquer lugar, assim um advogado que pegou conjuntivite, por exemplo, pode terminar aquelas últimas páginas da contestação sem contaminar ninguém, nem deixar o trabalho nas mãos de outro profissional.

Se quiser saber mais sobre essa tecnologia não deixe de conferir nosso artigo sobre Computação em Nuvens: como essa nova tecnologia pode revolucionar a sua advocacia!

5. Marketing digital

Com a popularização e diversificação das redes sociais na última década, aliada ao número gigantesco de seus usuários, é importantíssima a presença dos escritórios nesses meios. Porém, existem severas restrições à publicidade realizada por advogados e escritórios na divulgação de serviços.

Mesmo assim, já passou o tempo em que a única forma de um advogado se tornar conhecido era por meio do “boca a boca”. Isso porque uma grande forma de expansão do escritório de advocacia do futuro é o marketing digital. Estar  nas redes sociais, ter um site, produzir conteúdo de qualidade, divulgar notícias da área e expor informações sobre assuntos relevantes gera seguidores que podem se tornar clientes.

Vale lembrar que propagandear o serviço do escritório nas redes é arriscar infringir as normas de ética da OAB. Por isso, a melhor escolha é investir no marketing de conteúdo, produzindo material que informa e fideliza leitores, que depois podem procurar espontaneamente os serviços do escritório, utilizando contatos encontrados em seu site ou redes sociais.

Como as redes hoje em dia são lotadas de páginas e têm uma baixa porcentagem de visualização pelos seguidores, uma boa opção é um site próprio do escritório. Lá, o espaço é só seu e é possível produzir artigos mais extensos e conteúdos diversificados que geram mais audiência.

Além disso, um site autônomo pode ser encontrado no Google pelo cliente ao pesquisar um assunto jurídico de seu interesse e expor tudo que o cliente precisa fazer para confiar na empresa e buscar seus serviços. Com um sítio eletrônico e marketing de conteúdo, é possível gerar tráfego orgânico e maximizar as chances de gerar novos clientes.

Saiba mais sobre a criação de site para advogados clicando aqui.

Além disso, se você quiser maximizar a sua visibilidade e suas estratégias de marketing, não deixe de conferir O Guia Completo de Estratégias de Marketing Jurídico para sua carreira e/ou escritório.

Conhecemos neste texto diversas formas como a tecnologia, bem utilizada, pode maximizar o alcance dos escritórios de advocacia. É melhor não ficar para trás, pois escritórios tecnologicamente defasados podem perder espaço para os mais atualizados.

É só observar como os modelos de negócio inovadores, muitas vezes alicerçados nas novas tecnologias, geram um declínio massivo na adesão dos consumidores aos antigos — o CD, por exemplo, desbancou a fita cassete, sendo que hoje sofre na concorrência contra a música sob demanda por via digital. São tendências do escritório de advocacia do futuro!

Agora, para saber como melhorar a atuação do escritório e aprofundar mais no assunto, assista nosso vídeo sobre Novas Tecnologias aplicadas ao Direito no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito e continue aprendendo!

Confira 6 tendências do direito em 2018 para ficar de olho!

Algumas questões envolvendo o Direito são corriqueiras ao longo de todos os anos, como divórcios, inventários, discussões de contratos, entre outros. Outras causas podem ser mais características de determinadas regiões, como algumas discordâncias de tributos e mesmo algumas ações penais. No entanto, alguns assuntos jurídicos e áreas do Direito ganham mais destaque em anos específicos em todo o território nacional. Isso pode acontecer por diversos motivos, como mudança na legislação e a percepção geral de atenção a determinado assunto. Pensando nisso, preparamos este post com as tendências do direito para 2018. Continue lendo e saibam quais são os assuntos e as áreas do direito que mais devem atrair atenção este ano.

1 – Reforma trabalhista

Este assunto parece que ficou no ano passado, já que a reforma já entrou em vigor. No entanto, ainda são muitas as discussões, as dúvidas e os questionamentos em juízo sobre o tema. Isso significa que, ao longo deste ano, ao tentar seguir a nova legislação trabalhista nas empresas, empregadores e empregados ainda vão ter diversas dúvidas sobre a sua aplicação.

Um exemplo é se a legislação trazida pela reforma será aplicada aos contratos já em vigor ou se apenas pode ter efeito sobre os contratos de trabalho celebrados após 11 de novembro de 2017, data em que a reforma entrou em vigor.

Essa pergunta é tão pertinente que o TST já determinou a formação de comissão para estudar a aplicação da reforma no tempo e para, posteriormente, definir o posicionamento e a orientação sobre o tema aos magistrados do trabalho.

Além disso, o próprio STF ainda vai julgar ação de inconstitucionalidade de artigos da lei da reforma que determinam a cobrança de honorários de sucumbência e honorários periciais, mesmo para aqueles que estejam em gozo dos benefícios da Justiça gratuita. Enfim, as discussões sobre a reforma trabalhista e as dúvidas de empregados e empregadores vão se intensificar este ano.

Se quiser saber mais sobre a reforma, não deixe de conferir nosso posto Entenda os 7 principais impactos da reforma trabalhista para advogados

2 – Reforma previdenciária

A reforma previdenciária é outra mudança legislativa que deve se destacar neste ano. Isso porque, desde que a proposta foi apresentada, no ano passado, diversas foram as alterações feitas, e o projeto ainda não foi objeto de votação pela Câmara dos Deputados. O governo, contudo, promete que ainda no mês de fevereiro ela será posta em votação.

Entre as mudanças apresentadas, está a idade mínima para se aposentar de 65 anos para os homens e de 62 anos para as mulheres. Embora tenha tentado majorar o tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos, o relator do projeto retrocedeu e decidiu não fazer alteração nesse ponto.

Acontece que ninguém sabe quais serão os termos finais dessa reforma e como ficará o direito previdenciário, mas todos querem saber, já que esse é um assunto que interessa a todos os brasileiros. E é por isso que os advogados previdenciários devem receber inúmeros clientes temerosos em seus escritórios.

3 – Terceirização

Outra mudança legislativa verificada no ano passado, mas que resultará em demandas neste ano de 2018 é a terceirização. Como sabido, até março do ano passado, prevalecia o entendimento do TST, segundo o qual apenas seria admitida a terceirização da atividade-meio das empresas e que, ainda assim, se presente a pessoalidade e a subordinação, poderia ser reconhecido o vínculo de emprego com o tomador do serviço.

A Lei 13.429/2017 regulamentou o tema e reconheceu a possibilidade de se terceirizar todos os serviços de uma companhia, inclusive sua atividade-fim. Acontece que não se sabe se prevalecerá o entendimento do TST quanto à possibilidade de reconhecimento do vínculo se presentes os requisitos citados.

Enfim, dúvidas como essa devem surgir ao longo deste ano, uma vez que são muitas as empresas que vêm optando por essa forma de contratação para redução de despesas, em virtude da crise econômica.

4 – Advocacia eleitoral

O direito eleitoral tem tido cada vez mais destaque no cenário jurídico brasileiro. A Lei da Ficha Limpa e o papel da Justiça Eleitoral no sentido de acompanhar as campanhas e respectivas prestações de contas são alguns dos motivos para isso.

O certo é que, como este será um ano de eleição para as cadeiras estaduais e federais, os advogados que atuam nessa área devem ser ainda mais requisitados. E isso não apenas para atuar em eventual demanda judicial, mas principalmente para orientar candidatos e partidos sobre como proceder nesse momento e se manter em conformidade com as leis, evitando, assim, futuras cassações.

5 – Advocacia de relações institucionais

A área de relações institucionais é voltada para a assessoria aos clientes, com a identificação de ameaças e a mitigação de riscos a partir do acompanhamento de questões legislativas e regulatórias. Muitas vezes, esse acompanhamento é feito diretamente no Congresso Nacional, para saber as proposições legislativas com impacto no ramo econômico de atuação de seu cliente e, em alguns casos, tentar reverter a situação.

Os empresários sabem que questões regulatórias e legislativas costumam ter impacto direto nos negócios. Em razão disso, as relações institucionais vêm ganhando espaço no meio jurídico e político. Em 2018, esse ramo da advocacia tende a crescer ainda mais, já que é ano de eleição.

6 – Atuação como advogado correspondente

O advogado correspondente é aquele contratado por escritórios de advocacias de outra cidade para realizar os mais variados serviços jurídicos no fórum em que atua. Os serviços forenses podem ir de simples retirada de cópias processuais a audiência e sustentação oral.

Esse tipo de atuação tem conquistado espaço, sobretudo em razão da crise econômica. Isso porque é mais barato e rápido para o escritório contratar um profissional da cidade em que o serviço deve ser prestado, do que pagar o deslocamento de advogado de seu quadro de funcionários. Acontece que, mais do que uma forma de baratear o serviço, o trabalho prestado pelo correspondente pode render parcerias entre bancas de cidades diferentes e, com isso, atrair mais clientes.

Interessou sobre o assunto? Para que você possa se especializar nessa área de atuação, não deixe de baixar nosso e-book: O Guia Definitivo da Advocacia Correspondente.

Assim, o que começou na crise revelou-se uma estratégia de expansão da área de atuação e de conquista de clientes. Por isso, em 2018, essa continuará sendo uma tendência.

Portanto, esses assuntos e ramos de atuação são as tendências do Direito para 2018 e ocuparão espaço considerável no meio jurídico. Vale a pena se inteirar sobre eles.

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