4 séries imperdíveis para advogados disponíveis atualmente no Netflix

Aqui no Blog Juris Correspondente já falamos diversas vezes sobre séries e filmes jurídicos, que podem ser de grande interesse dos advogados e estudantes de Direito. Porém, caso você tenha se interessado, talvez tenha ficado em dúvida sobre como encontrar tais programas.

Assim, resolvemos trazer para nossos leitores as melhores séries e filmes jurídicos que podem ser encontrados no Netflix, a principal plataforma para se assistir a programas e longas de todas as épocas e gêneros.

Pronto? Então faça seu login no Netflix, e vamos começar!

Suits

Este drama legal estreou em 23 de junho de 2011, no canal USA, nos EUA, e desde então se tornou uma das séries de maior audiência da TV a cabo americana. Ela conta a história de Mike Ross (Patrick J. Adams), um jovem que abandonou a faculdade de Direito, apesar de sua inteligência e sagacidade. Mesmo assim, ele convence Harvey Specter, um dos principais advogados de Manhattan, a lhe dar um emprego em seu renomado escritório.

Assim, começa uma relação de amizade mútua entre os dois advogados. Afinal, enquanto Mike ainda tem muito a aprender sobre o Direito com Harvey, a simpatia e a preocupação do primeiro irão lembrar o segundo, aparentemente um sujeito frio e sem emoções, do porque ele resolveu advogar em primeiro lugar. Paralelamente, a dupla ainda precisará manter o segredo de Mike escondido de todos, em especial do arqui-inimigo de Harvey, Louis.

A série atualmente exibe sua quinta temporada nos EUA, com a sexta já confirmada para 2016. O Netflix possui oito temporadas.

How to Get Away With Murder

Um dos principais sucessos da TV americana na última temporada, How to Get Away with Murder é a história de quatro estudantes de Direito, Michaela, Wes, Laurel e Patrick, que se esforçam para cair nas graças da sedutora e imponente professora de Direito Penal Annalise Keating (Viola Davis). Os jovens passam a trabalhar com Annalise em seu conceituado escritório, na Flórida, e logo são envolvidos numa misteriosa e chocante trama de assassinato e conspiração.

Criada por Shonda Rhimes, responsáveis por alguns dos dramas de maior audiência da televisão dos Estados Unidos, como Grey’s Anatomy e Scandal, How to Get Away with Murder é um drama denso, repleto de reviravoltas chocantes, que vão manter a audiência presa do começo ao fim. A performance de Viola Davis como a protagonista Annalise Keating, inclusive, lhe rendeu um Emmy de melhor atriz, na última cerimônia – fazendo história como a primeira vez em que uma atriz negra vence o prêmio.

A série começou a exibir sua segunda temporada nos EUA na segunda-feira, dia 24 de setembro. Porém, enquanto ela não chega oficialmente ao Brasil, aproveite para acompanhar o primeiro ano da série, atualmente disponível na Netflix.

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Better Call Saul

Spin-off do aclamado drama Breaking Bad, Better Call Saul conta a história do advogado do título antes anos de seu fatídico encontro com Walter White e Jesse Pinkman. Na época em que a série se passa, o futuro Saul Goodman ainda é conhecido como James “Jimmy” McGill (Bob Odenkirk), um advogado de Albuquerque que ainda tenta se firmar na carreira. Frustrado por ter sido demitido do rico e grandioso escritório Hamlin, Hamlin & McGill, Jimmy leva uma vida complicada, sendo obrigado a trabalhar numa salinha minúscula nos fundos de um salão de beleza (!).

Depois de lidar com toda sorte de bandidos e criminosos ao longo da temporada, ele finalmente recebe sua chance de crescer na carreira, ao desvendar o caso de uma fraude em um asilo. Porém, segredos do passado de Jimmy, bem como sua relação com seu irmão mais velho, Charles “Chuck” McGill (um famoso advogado e co-fundador do Hamlin, Hamlin & McGill, mas que passa seus dias em casa, por sofrer de uma bizarra doença), podem vir a jogar sua vida num caminho mais sombrio.

Better Call Saul foi aclamada pela crítica durante sua exibição, e indicada a 4 Emmys, inclusive de Melhor Série Dramática e Melhor Ator para Odenkirk. No Brasil, após ver o sucesso que Breaking Bad fazia no serviço de streaming, a Netflix comprou os direitos exclusivos de exibição, com os episódios estreando logo após irem ao ar nos EUA. Os dez episódios da primeira temporada estão disponíveis atualmente no serviço, bem como as cinco temporadas de Breaking Bad. Vale a pena conferir.

The Good Wife

“Queridinha” da crítica de televisão americana desde sua estreia, em 2009, no canal estadunidense CBS, The Good Wife conta a história de Alicia Florrick (Julianna Margulies), uma advogada que é obrigada a retomar sua carreira após seu marido, o político Peter Florrick (Chris Noth) ser envolvido num escândalo sexual. Precisando sustentar os dois filhos adolescentes após a prisão do marido, Alicia retoma o trabalho na firma Stern, Lockhart & Gardner, comandada por Will Gardner (Josh Charles), um antigo colega da universidade.

Combinando um roteiro inteligente e uma excelente atuação de Julianna Margulies como a protagonista, The Good Wife recebeu excelentes críticas, e diversas indicações aos principais prêmios televisivos. Margulies, por seu papel, foi a vencedora de um Emmy, um Globo de Ouro, e duas vezes do SAG (o prêmio dado pelo Sindicato dos Atores).

A série atualmente irá estrear sua sétima temporada nos EUA. No Brasil, ela já foi exibida pelo Universal Channel, e hoje tem seus cinco primeiros anos disponíveis na Netflix. Se você ainda não assiste, não deixe de conferir um dos melhores shows em exibição da atualidade!

E aí, gostou das sugestões de hoje? Tem outra série jurídica no Netflix que não mencionamos aqui, e que você gostaria de acrescentar? Deixe seus comentários abaixo e aproveite para conferir nosso e-book com 50 Filmes e 10 Séries que Todo Advogado Precisa Conhecer.

 

Abrindo um escritório? 6 dicas para uma administração impecável

Especialmente no que diz respeito à administração financeira do escritório, é mais que comum que advogados iniciantes se sintam um pouco perdidos. Mas a verdade é que este trabalho não é tão difícil assim e, basicamente, com um bom planejamento e o devido controle da gestão financeira fica bem mais fácil administrar qualquer novo negócio!

Está abrindo um escritório e não sabe como realizar adequadamente o controle financeiro dele? Pois confira as dicas que separamos para você:

Faça um fluxo de caixa

Primeiramente, é fundamental que o advogado faça um fluxo de caixa, registrando e controlando entradas e saídas, com o objetivo de manter uma boa administração de seu escritório. Contando com essa ferramenta, o profissional ficará por dentro de todas as contas do escritório, o que tem que pagar, o que tem que receber, lançamentos futuros e quaisquer outras movimentações financeiras tanto de débito como de crédito.

Organize seus custos

Para organizar as finanças do escritório, é necessário saber direitinho para onde vão os recursos. Somente com essa análise financeira se torna possível perceber os gastos desnecessários e o que se pode fazer para evitá-los. Lembre-se de que, ao reduzir os custos que não valem a pena, o serviço se torna automaticamente mais eficiente, gerando como consequência uma maior eficácia na produtividade.

Diferencie as despesas

É muito importante fazer uma divisão das despesas pessoais que o advogado possui com os gastos do escritório. Só assim é possível saber como anda o retorno do seu estabelecimento jurídico. A desorganização e a mistura das despesas pessoais com as profissionais pode gerar uma confusão considerável, ocasionando problemas muitas vezes até irreversíveis para o escritório.

Precifique bem os serviços

Precificar um serviço é uma das partes mais importantes de qualquer negócio, mas muitos advogados têm dúvidas quanto ao valor de seus honorários. Nesse sentido, uma boa dica é considerar os custos diretos e indiretos que fazem parte do serviço, juntamente com o tempo gasto para cumprir as tarefas de cada cliente. Realizar uma pesquisa com outros escritórios também ajuda ao oferecer parâmetros para comparar e ver se o valor que pretende cobrar pelo serviço está compatível com o praticado pelos demais concorrentes. Ao precificar da maneira certa, o fluxo constante de clientes é determinado, além do equilíbrio dos recursos no escritório.

Contrate um contador

Muitos jovens empreendedores pensam ser desnecessário contratar um contador para a análise dos fluxos financeiros, mas é, sim, muito importante contar com a ajuda desse tipo de profissional, que pode organizar as finanças e fazer um bom planejamento para o negócio. Exatamente com isso em mente, muitos escritórios já inclusive contam com funcionários que têm como especialidade a área contábil para analisarem com o devido gabarito a saúde financeira do negócio e saberem o que pode ser melhorado ou modificado.

Cuide da segurança dos dados

Perder informações e documentos importantes sobre processos e clientes pode ser um dos piores pesadelos de qualquer advogado. Dessa forma, é fundamental que todos esses dados sejam guardados com muita segurança. Para isso, uma boa dica é armazená-los na nuvem — sistema totalmente online — a fim de garantir mais segurança e não precisar se preocupar com antivírus ou soluções contra fraudes.

Nesse caso, outra vantagem diz respeito à acessibilidade, já que o profissional passa a não precisar se deslocar até o escritório sempre que precisar buscar dados de um determinado processo ou cliente, podendo acessá-los de qualquer lugar, desde que esteja conectado à internet.

Quer saber mais dicas sobre gestão financeira de escritórios? Baixe gratuitamente nosso Guia de redução de custos para escritórios de advocacia.

Tem outras dicas que queira compartilhar conosco? Comente aqui e enriqueça nosso post!

 

Os dez mandamentos do marketing jurídico

Atualmente, o marketing jurídico se tornou uma estratégia de negócios para o profissional de advocacia que quer se destacar no mercado. Se no passado bastava ao advogado fazer um bom trabalho e sua reputação e renome estariam garantidos, hoje também é preciso fazer marketing para se destacar no meio jurídico e conquistar mais clientes.

Isso porque as empresas prestadoras de serviços concorrem com o advogado, fazendo com que esse profissional, além de se aperfeiçoar, busque alternativas estratégicas para cativar o público e se manter no mercado. Uma dessas estratégias é, justamente, o marketing jurídico.

Para elucidar a questão, este blog post falará sobre os dez mandamentos de uma boa estratégia de Marketing Jurídico. Mas, antes, é preciso abordar as limitações impostas ao advogado para o exercício da publicidade pelo Código de Ética da OAB. Boa leitura!

Limitações ao Marketing Jurídico

O Código de Ética e Disciplina da OAB impõe algumas restrições ao marketing jurídico, como forma de preservar o decoro da profissão. Veja algumas delas:

Anúncio em rádio e em televisão

O Código de Ética veda expressamente a veiculação de anúncios de serviços advocatícios em rádio e em televisão. Além disso, determina que, caso o advogado participe de programa, reportagem ou de entrevista em um desses meios, sua participação deve ter caráter educacional e instrutivo, e nunca propósito de promoção pessoal ou profissional.

Ainda que a fala do advogado seja eminentemente educativa, ele deve se abster de participar habitualmente e jamais debater as causas sob o seu patrocínio.

Promoção de serviços advocatícios em eventos estranhos à área jurídica

A participação do advogado em eventos jurídicos pode e deve acontecer. No entanto, em eventos estranhos à área jurídica, ainda que o advogado esteja presente e participe de alguma forma, fica impedido de promover seus serviços. Não é permitido, por exemplo, que o advogado promova seu serviço como especialista em Direto Ambiental em uma feira de preservação do meio ambiente.

Além disso, é vedado pelo Código de Ética qualquer anúncio de serviços profissionais jurídicos em conjunto com outra atividade como, por exemplo, a de contabilidade.

Referências a valores de serviços

O advogado pode anunciar seus serviços, desde que com discrição e sem conter fotografias, ilustrações ou símbolos incompatíveis com a sobriedade da advocacia. Além disso, o anúncio não pode fazer referência a valores, tabelas, gratuidade de serviço, forma de pagamento e qualquer outra expressão que possa confundir o público.

Eventual anúncio também não pode conter nenhuma informação sobre serviço jurídico suscetível à captação de clientes.

Para não restar qualquer dúvida quanto ao princípios éticos da OAB, confira o nosso e-book: O Código de Ética da OAB e seus principais pontos.

Os 10 mandamentos do marketing jurídico

1. Genuíno interesse

Tenha em mente que as pessoas contratam serviços advocatícios baseadas no interesse próprio, na busca de soluções para os próprios problemas. Então, não se trata da pessoa do advogado, da sua formação ou de suas conquistas, mas sim sobre suas condições de resolver um determinado problema.

É por isso que, mesmo ao se encontrar com um potencial cliente, o advogado deve demonstrar genuíno interesse ao ouvir e ao responder. E aqui um conselho importante: ouça 75% e fale apenas em 25% do tempo. Empatia é imaginar-se enfrentando o mesmo problema do potencial cliente e demonstrar que se estivesse na posição dele, muito provavelmente também estaria se sentindo de forma semelhante.

Demonstrar ao cliente que se importa é de fundamental importância para evoluir a conversa e progredir para o fechamento de um contrato.

2. Relacionamento

O marketing desenvolvido por um profissional de direito é relacional. Significa que toda mensagem que o profissional direciona ao cliente deve ter um conteúdo relevante para solucionar algum aspecto da vida dele.

Obviamente, esse conteúdo tem relação íntima com a sua especialidade, mas deve ser promovido em caráter informativo. O conteúdo recorrente aumenta a sua visibilidade, reforça a sua autoridade e constrói laços de confiança com o seu público alvo. Esses elementos são aspectos naturais do relacionamento.

Pare e pense. Em um lugar diferente, ao redor de com pessoas desconhecidas, é necessário um tempo para aproximação. É um processo de três fases: 1) conhecer as pessoas (visibilidade); 2) criação da impressão sobre elas a partir de como elas se comunicam (autoridade); 3) por fim, a continuidade dessa comunicação transforma-se em relacionamento e os laços de confiança se estabelecem.

Como profissional, é importante que se tenha conhecimento sobre esses aspectos para poder empenhar-se nas fases de construção dos vínculos de confiança com seu potencial cliente.

3. Motivação

Geralmente, as pessoas que procuram por um advogado para a solução de um problema estão fragilizadas. Primeiro porquê muitas vezes terão que falar de um erro cometido em algum momento na vida ou sujeição a algum dano. Se o profissional demonstrar ceticismo ou pessimismo, tornando o ambiente pior do que ele já é para o seu potencial cliente, poderá perdê-lo.

Ainda que ela não saiba o motivo, a pessoa não se sentirá confortável para evoluir a conversa para um possível fechamento. Ela simplesmente vai pensar ou dizer, “não sei o que foi, mas não gostei desse advogado”.

É seu dever, como profissional, motivar o seu potencial cliente, criar um ambiente agradável e com perspectivas de decisões múltiplas para soluções dos fatos que estão sendo colocados sob seus cuidados.

4. Segredo do marketing

Como já ressaltado, uma boa mensagem de marketing não se parece com uma mensagem de marketing. Por exemplo: o Super Homem, herói alado que usa roupa azul e vermelha e é vulnerável apenas a Kriptonita, é uma ótima representação de marketing, pois representa as cores dos Estados Unidos, é invencível e vulnerável apenas por uma substância que não existe no mundo. Luta pelos valores da liberdade (liberalismo).

Com todos esses elementos, passa uma mensagem contra a União Soviética no período da guerra fria, mas não há nada explícito. Isso significa que você, enquanto advogado, deve transmitir mensagens que informem, implicitamente, que é um especialista. O único e melhor profissional apto a resolver as questões do seu público alvo.

Além disso, nas suas mensagens, é preciso acentuar a sua autoridade sobre um determinado assunto, sem dizer diretamente. Para isso, reforce os seus pontos positivos usando as palavras certas. Em vez de dizer que é um especialista em marketing jurídico, por exemplo, por que não dizer as qualidades que elevam-o a esse patamar?

5. Spam: suas mensagens de marketing serão ineficazes se perturbarem as pessoas

Pensando em marketing, se uma pessoa estiver interessada em adquirir um carro e recebe uma mensagem de marketing sobre serviços advocatícios, será que ela vai se interessar pelo que se tem a dizer? Enviar mensagens ou boletins informativos, por qualquer veículo de comunicação, sem autorização prévia, além de ser ineficaz é uma prática que viola o Código de Ética da OAB.

Mas como pedir autorização das pessoas? Atualmente, com os avanços da internet, é possível atingir um número elevado de pessoas interessadas sobre o que se tem a dizer. Para isso, pode-se criar o seu próprio site oficial na internet e assim alcançar pessoas que busquem no Google por escritórios de advocacia em sua região, entre outros benefícios.

Depois, instale em seu site um formulário de contato por meio do qual a pessoa pode deliberadamente autorizar o recebimento de boletins informativos. Essa prática, além de ser extremamente eficaz, porque vai selecionar o público ideal, possibilita que se inicie um diálogo e consequentemente construa os pilares da sua autoridade como profissional. E o melhor de tudo é que se está agindo em conformidade com a ética profissional e de mercado.

6. Cumprimento das promessas

Hoje em dia, conquistar a confiança das pessoas é um trabalho árduo. Fazer uma promessa e não cumpri-la, por mais banal que seja, vai abalar a imagem que se trabalhou duro para sedimentar. Portanto, jamais blefe.

Se prometer algo aos seus pares ou aos seus clientes, cumpra. Se disse que vai retornar a ligação, retorne. Se disse que buscará uma resposta para um determinado problema, encontre e informe aos seus pares.

Blefar é a mais desleal das atitudes que se pode ter com seus clientes e principalmente consigo mesmo, pois estará sabotando a construção dos elementos que constituem o seu sucesso como advogado. Seja íntegro e não blefe. Se prometeu, cumpra.

7. Segredo do seu nicho

Beleza física e um escritório elegante ou bem localizado não são razões pelas quais as pessoas procurarão um advogado. Pelo contrário: a clientela busca por um profissional para corresponder aos seus interesses.

O que é preciso fazer, então, é construir a melhor mensagem para atingir os pontos de interesse do seu cliente. Se você é um especialista em divórcio ou em sucessão patrimonial, por exemplo, sua mensagem de marketing deve ser direcionada a pessoas que buscam solucionar questões sobre esse tema.

Para isso, é possível escrever um artigo sobre as implicações patrimoniais em um pedido de divórcio para quem possui imóveis em comum ou conta bancária conjunta. Como fica essa questão se o casal contribuiu para construir esse patrimônio de forma não igualitária?

Esse é um assunto que instiga as pessoas que atravessam essa situação e que passam a ter o autor do texto como ponto de convergência na esfera de interesse. Guarde bem esse segredo.

8. O seu valor

Valor é diferente de preço. O que se está disposto a pagar é o que representa o valor. Preço é a quantificação numérica de um produto ou serviço. Uma pessoa que está prestes a ir para a cadeia pagaria vultosas somas em dinheiro pela liberdade, desde que ela se convença de que vale a pena investir, ainda que haja riscos.

A maneira como as mensagens de marketing são conduzidas vai determinar o quanto vale o seu trabalho. As pessoas devem enxergá-lo como a única — ou a melhor —solução para os próprios problemas. E, se forem construídas mensagens estratégicas (e genuínas), a tarefa não será tão complexa. Essa é a diferença na hora de cobrar honorários exclusivos ou honorários medíocres.

9. Encarando as críticas como um termômetro

Receba as críticas com satisfação. Se alguém se deu ao luxo de parar para criticá-lo é porque a sua mensagem está causando um efeito, o que significa que está no caminho certo.

Quem gosta da sua mensagem aceita e continua aceitando a recorrência delas — e isso é um ótimo sinal. Mas, caso surjam críticas do seu público, esse é o quadro ideal para entender como melhorar, já que as críticas são importantes para situá-lo em um contexto de ações ou trabalho praticado.

Quando alguém redige uma petição e pede outra pessoa para ler e fazer as devidas considerações, por exemplo, o que se pretende é melhorar o resultado do trabalho. O mesmo ocorre com as críticas. Por isso, receba-as bem: apesar de gratuitas, têm efeito de consultoria.

10. Confiança

Conquistar a confiança do seu público-alvo é um processo contínuo. O ser humano deposita confiança em uma pessoa após conhecê-la e gostar dela. Portanto, a confiança só se estabelece após a consolidação dos dois elementos anteriores.

Assim, a recorrência da sua mensagem tem um só objetivo: estabelecer a confiança do seu público-alvo para ser o profissional número um em determinado nicho. Segundo estudos na área de publicidade, uma pessoa passa a criar vínculos de confiança após sete incidências da sua mensagem.

A conclusão a que se chega é que sua mensagem não pode ser esporádica, ou seja, o processo de marketing deve ser contínuo, de qualidade e duradouro para se criar uma relação de confiança com o público alvo.

Meios de se fazer marketing jurídico

Marketing de conteúdo

Aprovado pelo Código de Ética, o marketing de conteúdo consiste na veiculação, em blogs e sites do próprio escritório de advocacia, de posts informativos sobre temas da especialidade dos advogados, voltados para potenciais clientes.

Esse tipo de marketing fortalece a credibilidade do advogado e o confere autoridade no meio jurídico na sua área de atuação o que, consequentemente, implica conquista de mais clientes.

Participação em eventos jurídicos

Uma boa estratégia de marketing é estar presente nos eventos jurídicos, pelo menos nos mais importantes e mais bem vistos pela sociedade jurídica. Mas, além de estar presente, é interessante participar como palestrante ou como moderador de painel.

Isso porque o advogado tem a oportunidade de ser visto e lembrado como autoridade no assunto, conferindo ainda mais credibilidade ao seu trabalho.

Participação em plataformas jurídicas

A participação em canais especializados como o Juris Correspondente é uma ótima oportunidade de fazer o marketing jurídico. Essas plataformas oferecem boas oportunidades de conexão com outros profissionais, permitindo a troca de experiências e exposição de seu conhecimento para o público de maneira atrativa e inteligente.

Dessa forma, fazer marketing jurídico é possível e é permitido pelo Código de Ética, basta observar as limitações legais e agir, sempre, com respeito à profissão e aos colegas. Além disso, se você quiser maximizar a sua visibilidade e suas estratégias, não deixe de conferir O Guia Completo de Estratégias de Marketing Jurídico para sua carreira e/ou escritório.

Gostou do post? Existe algum outro mandamento que você considera imprescindível? Comente conosco.

9 erros graves cometidos por advogados recém-contratados

Começar a carreira em um escritório de advocacia ou no departamento jurídico de qualquer empresa é sempre um desafio, afinal, advogados recém-contratados ainda não sabem ao certo como funciona a dinâmica dos procedimentos internos, quais são as relações entre os profissionais que ali trabalham e muito menos quais são os tipos de personalidade contidos naquele ambiente. Como lidar com todas essas novidades sem grandes tropeços? Pois foi exatamente pensando em ajudá-lo a evitar cometer erros de advogados iniciantes que resolvemos preparar o post de hoje. Pronto para começar sua carreira com o pé direito? Então veja o que não fazer:

Arrogância intelectual

Esse é um dos piores erros normalmente cometidos por advogados recém-contratados. Para evitá-lo, lembre-se de que é preciso entender que cada caso, processo e consultoria tem uma estratégia distinta, que deve se adequar às necessidades dos clientes. Afinal de contas, nem sempre os artigos que você memorizou para a prova da OAB realmente condizem com a prática dos tribunais.

Resistência a conselhos

A experiência é um dos fatores mais importantes para se alcançar a qualidade do serviço jurídico, afinal, advogados mais experientes conhecem há anos as estratégias dos tribunais, as argumentações mais pertinentes para cada caso e até mesmo as melhores práticas internas dentro do escritório. Por isso, procure ouvir e aceitar seus conselhos, como se esses profissionais fossem mentores.

Impaciência processual

A impaciência em relação ao andamento processual e de outros projetos em curso é mesmo uma grande inimiga da perfeição no cotidiano do advogado recém-contratado. Mas atenção: isso definitivamente não significa que você tenha todo o tempo de mundo para elaborar suas peças, ok? Só é preciso respeitar o andamento natural de alguns processos, bem como evitar que isso prejudique seu relacionamento com colegas de escritório e servidores públicos.

Atrasos frequentes

Esse é um erro que inevitavelmente gera uma péssima reputação nos escritórios de advocacia. Pode até ser que você não tenha hora para sair do escritório, mas é imprescindível estar presente quando seu chefe ou seus colegas de equipe precisam de você!

Procrastinação no trabalho

Procrastinar durante as horas de trabalho é um péssimo hábito que prejudica sua produtividade e passa uma impressão muito pouco profissional para seus colegas. Assim, comece evitando usar redes sociais e aplicativos de conversa durante o expediente. Com o tempo, esse esforço se tornará natural! E se quiser conhecer mais dicas sobre como vencer a procrastinação, confira nosso artigo sobre Como vencer a procrastinação e se tornar mais produtivo!

Falta de embasamento

Antes de criticar e opinar sobre qualquer processo, estratégia ou opinião jurídica alheia, procure embasar seu posicionamento por meio de fatos e dados concretos. Para isso, esteja sempre preparado, procurando estudar doutrinas e decisões mais recentes do STJ e também de tribunais estaduais. Conhecimento nunca é demais!

Negligência ao social

Relacionar-se bem com seus colegas de trabalho não significa, necessariamente, ser amigo de todos. No entanto, é importante evitar criar um ambiente de conflitos, principalmente se você acabou de chegar ao escritório. Para isso, fuja de fofocas, procure conhecer seus colegas e participe das conversas no horário de folga!

Descontrole sobre prazos

É imprescindível para qualquer advogado — seja ele apenas um recém-contratado ou a prata da casa — controlar bem seus prazos. Afinal de contas, qualquer erro nessa contagem pode ser fatal para seus clientes, para o escritório e, consequentemente, para seu futuro. Para não correr esse risco, mantenha uma agenda — física ou virtual — com todos os prazos sob sua responsabilidade e adquira o hábito de verificá-la diariamente.

Falha de sigilo

Independentemente do cliente ou do assunto, advogados precisam manter total sigilo sobre seus clientes e suas demandas. E é aí que muitos advogados recém-contratados costumam pecar, comentando com familiares e amigos sobre assuntos polêmicos ou clientes notórios. Esse erro pode custar seu emprego e sua reputação! E se quer saber mais sobre a sua importância não deixe de ler nosso artigo sobre a Importância do sigilo no trabalho do advogado correspondente!

Agora que você já está a par dos principais erros de advogados a evitar, que tal colocar algumas dessas dicas em prática? Por se tratar de uma questão não só profissional, mas também ética, não deixe de conferir o nosso e-book: O Código de Ética da OAB e seus principais pontos.

 

Grandes Advogados da História do Brasil: Luís Gama

Patrono da Academia Paulista de Letras, advogado, poeta, jornalista e um dos mais famosos abolicionistas da história do Brasil, Luís Gama foi uma figura importante de nossa história no século XIX, e dono de uma carreira brilhante e renomada. Entretanto, ele tinha tudo para não ser nada disso: negro, filho de mãe africana, ele foi escravo na infância. Já adulto, lutou para impedir que outros sofressem o mesmo que ele.

Continuando a série “Grandes Advogados”, iniciada há duas semanas com Rui Barbosa, hoje iremos contar sobre outro advogado essencial que lutou por um Brasil mais justo e igualitário.

Infância e Juventude

Luís Gonzaga Pinto da Gama nasceu em 21 de junho de 1830, em Salvador. Ele era filho da africana Luiza Mahin, da tribo Mahi (daí seu nome). Alforriada em 1812, Luísa sobrevivia vendendo quitutes na capital baiana. Seu filho Luís nasceu de sua união com um soldado português.

Luísa era uma figura importante entre os negros baianos, tendo participado de todos os levantes de escravos ocorridos na Bahia naquela época, como a Revolta dos Malês, em 1835, e a Sabinada, ocorrida entre 1837 e 1838.

Sobre sua mãe, Luís Gama escreveu, em 1880, em carta autobiográfica ao jornalista Lúcio de Mendonça:

“Sou filho natural de uma negra, africana livre, da Costa Mina (Nagô de Nação) de nome Luiza Mahin, pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã. Minha mãe era baixa de estatura, magra, bonita, a cor era de um preto retinto e sem lustro, tinha os dentes alvíssimos como a neve, era muito altiva, insofrida e vingativa. Dava-se ao comércio – era quitandeira, muito laboriosa, e mais de uma vez, na Bahia, foi presa como suspeita de envolver-se em planos de insurreições de escravos, que não tiveram efeito. Era dotada de atividade.
Em 1837, depois da Revolução do dr. Sabino, na Bahia, veio ela ao Rio de Janeiro e nunca mais voltou.[…] Em 1862, soube, por uns pretos minas que conheciam-na e que deram-me sinais certos, que ela, acompanhada de malungos desordeiros, em uma “casa de dar fortuna”, em 1838, fora posta em prisão; e que tanto ela como os seus companheiros desapareceram. […] Nada mais pude alcançar a respeito dela”.

Quando Luís tinha dez anos, porém, o seu pai, para quitar dívidas de jogos, vendeu o garoto como escravo, que foi levado primeiro para o Rio de Janeiro e depois para São Paulo. Lá, Luís foi comprado pelo alferes Antônio Pereira Cardoso, um proprietário de fazenda no interior de São Paulo.

Luís Gama permaneceu analfabeto até os 17 anos de idade, quando o alferes recebeu a visita do estudante de Antonio Rodrigues do Prado Júnior, que ensinou o jovem a ler e a escrever. No ano seguinte, Luís fugiu e se juntou ao exército, servindo como soldado pelos próximos seis anos.

Carreira como jornalista e advogado

Em 1864, Luís Gama, junto ao caricaturista Ângelo Agostini, fundou aquele que seria considerado o primeiro jornal ilustrado humorístico de São Paulo. Ali começava sua carreira como poeta satírico, escrevendo sob os pseudônimos de Afro, Getulino e Barrabás. Suas sátiras, de cunho progressista, miravam a aristocracia e os poderosos da época.

Enquanto isso, Gama, um autodidata, se dedicava ao estudo das leis. Ele havia tentado estudar formalmente, no Curso de Direito do Largo do São Francisco (hoje em dia, a Faculdade de Direito da USP), porém, devido à cor de sua pele, ele enfrentou a hostilidade de seus colegas e dos próprios professores. Assim, Luís acabou não se formando, porém, isto não o impediu de que, na década seguinte, ele atuasse como um dos mais ferrenhos defensores do abolicionismo no Brasil.

Estima-se que Luís Gama, graças à sua atuação como advogado, tenha libertado mais de 500 escravos no Brasil. Para isto, ele tinha a seu favor uma oratória impecável e um imenso conhecimento jurídico. Sua luta ao lado dos escravos pela libertação dos mesmos lhe garantiram apelidos como o “amigo de todos” ou o “apóstolo negro da abolição”.

E não apenas os escravos negros que foram ajudados por Luís Gama: ele era famoso por defender os pobres de qualquer raça, inclusive imigrantes europeus. Inclusive, consta que ele tinha em sua casa uma caixa de moedas, que dava para aqueles em dificuldade que vinham procurá-lo.

Entre suas frases mais famosas do período, está a polêmica “O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa“, que provocou tanto alvoroço no tribunal que o juiz se viu obrigado a suspender a sessão.

Seu amigo, o também poeta Raul Pompéia, escreveu em homenagem ao companheiro:

“…não sei que grandeza admirava naquele advogado, a receber constantemente em casa um mundo de gente faminta de liberdade, uns escravos humildes, esfarrapados, implorando libertação, como quem pede esmola; outros mostrando as mãos inflamadas e sangrentas das pancadas que lhes dera um bárbaro senhor; outros… inúmeros. E Luís Gama os recebia a todos com a sua aspereza afável e atraente; e a todos satisfazia, praticando as mas angélicas ações, por entre uma saraivada de grossas pilhérias de velho sargento. Toda essa clientela miserável saía satisfeita, levando este uma consolação, aquele uma promessa, outro a liberdade, alguns um conselho fortificante. E Luís Gama fazia tudo: libertava, consolava, dava conselhos, demandava, sacrificava-se, lutava, exauria-se no próprio ardor, como uma candeia iluminando à custa da própria vida as trevas do desespero daquele povo de infelizes, sem auferir uma sobra de lucro. […] Pobre, muito pobre, deixava para os outros tudo o que lhe vinha das mãos de algum cliente mais abastado.”

Morte e Legado

Luís Gama faleceu aos 52 anos, em 24 de agosto de 1882 – quase seis anos antes da Lei Áurea, que encerrou a escravidão no Brasil. Consta que o cortejo de cortejo que carregou seu corpo pelas ruas de São Paulo reuniu uma verdadeira multidão. Pessoas de todas as classes disputavam a chance de carregar seu esquife.

Mesmo sem ter visto a abolição da escravatura, Luís Gama ainda permaneceu como um dos maiores defensores dos direitos dos negros, dos pobres e dos escravos no Brasil. E, apesar de não ter completado o curso de Direito, sua atuação incansável a favor dos mais humildes inspirou e inspira jovens advogados até os dias de hoje.

 

4 perguntas para responder antes de abrir seu escritório de advocacia

A maioria dos advogados autônomos que busca mais independência e liberdade na profissão sonha em abrir seu próprio escritório de advocacia. Mas como se tornar dono de um negócio traz uma enorme mudança de vida, nos mais variados âmbitos, o ideal é responder a algumas questões antes de efetivamente tirar as ideias do papel — isso sem contar, claro, que ter um bom planejamento evita inúmeras dores de cabeça no futuro. Tem vontade de abrir um escritório de advocacia e não sabe nem por onde começar? Pois então confira no nosso post de hoje 4 das perguntas mais importantes para você refletir antes de investir na nova empreitada:

Que tipo de trabalho pretendo conduzir?

Responder a essa pergunta é essencial para traçar os objetivos e as estratégias do seu escritório, afinal, é fundamental pensar direitinho sobre quais serviços serão oferecidos e que áreas serão exploradas. Assim, é crucial focar no planejamento desde o começo, para que ao mesmo tempo se tenha uma certa flexibilidade, mas sem sair muito dos objetivos traçados. E atenção: é importante levar em conta, desde esse início, que imprevistos inevitavelmente acontecem. Levar essa imprevisibilidade em consideração o ajudará a pensar em preparativos e possíveis saídas caso o planejamento inicial sofra com uma mudança de rumo.

O que esperar dos próximos 5 anos?

Pesquise referências e procure tirar lições das experiências de outros escritórios de advocacia, de modo a ter em mente o que pode vir a acontecer pelo menos nos 5 anos seguintes. Conhecendo de antemão um leque de problemas e as respectivas possibilidades de evitá-los, assim como ter noção de uma expectativa mais realista de crescimento, novas estratégias de desenvolvimento e muito mais, automaticamente traz uma tranquilidade embasada ao novo empreendedor. E você vai ver como esse equilíbrio fará toda a diferença na gestão do seu escritório!

Quais serão os meus parceiros?

Definir quem serão seus parceiros é uma parte fundamental para abrir seu escritório de advocacia. E nessa análise há alguns critérios que necessariamente devem ser levados em conta. Aí entram, por exemplo, desde afeição até experiência profissional! Nesse caso, enquanto a afeição é um critério subjetivo, que diz respeito a vida pessoal, afinidade, amizades, parcerias e muito mais, é preciso ser bem direto para analisar a experiência. Pense bem: ao mesmo tempo em que trabalhar com alguém com experiências diferentes das suas pode ser uma boa complementação, sempre existe a possibilidade de esse mesmo cenário proporcionar uma divergência dos objetivos. Por isso, ponderação acaba sendo a palavra-chave! O segredo é procurar por profissionais que possuam aquelas habilidades que você não tem, já que a soma dos conhecimentos técnicos só tem a fortalecer o grupo.

Onde abrir meu escritório de advocacia?

A localização do seu escritório também deve ser considerada desde o início, visto que, para o negócio se tornar realmente conhecido, é necessário que esteja em um local de fácil acesso e visível para seu público-alvo. Dessa forma, é essencial pensar, por exemplo, no custo do aluguel, já que esse será seu principal gasto no começo da jornada. Também é importante calcular qual será sua logística e a do cliente, incluindo vaga de estacionamento, quantidade de papelarias, restaurantes, proximidade do fórum, ponto de ônibus e tantos outros. Isso tudo sem contar com a avaliação da visibilidade geral do local, incluindo o perfil das pessoas que passam por ali e os estabelecimentos próximos.

Analisando bem essas perguntas, você certamente conseguirá ter uma melhor noção do que exatamente vai precisar e dos problemas que poderá evitar quando abrir seu escritório de advocacia. Já é um bom começo, não acha? Quer compartilhar alguma outra questão que acredita ser fundamental para começar esse novo negócio?

Se depois dessas 4 perguntas, você decidiu montar o seu escritório, preparamos um e-book com dicas para maximizar o seu lucro e reduzir seus gastos: Guia de redução de custos para escritórios de advocacia.

6 personagens da ficção que poderiam ser advogados

Já imaginou se os principais personagens do cinema, da televisão, dos livros, etc., decidissem estudar Direito e enfrentar super-vilões não com os punhos ou com poderes, mas no tribunal? O Juris separou 6 figuras fictícias que poderiam ser ótimos advogados se resolvessem trabalhar na área. Confira:

1 – Batman

O Homem Morcego da DC Comics é reconhecido não só por suas habilidades físicas, mas também por suas invejáveis capacidades investigativas, ao ponto de ser famoso como “o maior detetive do mundo”. Com sua inteligência e imbatível raciocínio dedutivo, nenhum crime em Gotham City fica sem solução. Além disso, ele também é conhecido por ser incorruptível, fruto de um poderoso senso de justiça, originado quando ele, então uma criança, testemunhou seus pais serem assassinados por um assaltante. Tudo isso, fora o fato de que, como Bruce Wayne, sua “persona” pública, ele é dono de uma das maiores fortunas do planeta, o que nunca faz mal, não é?

Agora, imaginem se ele unisse tudo isso ao estudo e as práticas da lei. Como advogado, o Batman seria provavelmente um implacável combatente a favor da justiça, ajudando a tornar Gotham um lugar mais seguro. Claro, ele teria que contornar o problema da identidade secreta (seria improvável que algum tribunal aceitasse um advogado que se apresentasse em corte vestido de morcego), mas isso é fichinha perto de impedir os planos loucos do Coringa ou do Charada.

2 – Alvo Dumbledore – Harry Potter

Bruxo mais famoso e poderoso de seu tempo. O único a quem o terrível Lorde Voldemort temia. Ordem de Merlim, Primeira Classe, por ter derrotado o maligno bruxo das trevas Grindewald. Diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. E amante de feijãozinho de todos os sabores. Alvo Dumbledore, o idoso feiticeiro e mentor de Harry Potter e seus amigos de Hogwarts, ficou marcado na memória dos fãs dos livros e dos filmes por ser um personagem sábio, experiente, mas também bondoso e gentil. Caso ele decidisse estudar as leis dos bruxos e dos “trouxas” (aqueles que não praticam magia), certamente seria um grande jurista e defensor dos mais fracos contra os mais cruéis.

Além disso, Dumbledore já tem experiência na prática da advocacia: em Harry Potter e a Ordem da Fênix, quinta parte da saga, o herói é acusado de praticar magia na frente de um trouxa (o que é proibido pelas leis dos bruxos) e é levado a uma audiência no burocrático Ministério da Magia. Enfrentando um inquérito hostil (que quer desacreditar Harry), ele felizmente é apoiado por Dumbledore, que chega na última hora para fazer sua defesa. Mesmo tendo contra si todas as chances, o diretor consegue virar o jogo, e impedir Potter de ser expulso do mundo mágico.

3 – Tyrion Lannister – Game of Thrones

O anão da poderosa Casa Lannister, uma das mais ricas de Westeros, sempre foi ridicularizado e menosprezado por sua irmã mais velha, Cersei, e por seu pai, Tywin, pela sua aparência. Entretanto, na verdade, o fato é que Tyrion é simplesmente uma das figuras mais inteligentes do mundo criado por George R.R. Martin. Astuto e leitor voraz de vários livros, sua mente afiada o permitiu chegar ao poder e jogar de igual para igual o “jogo dos tronos”, mesmo que para isso ele tenha criado um grande número de inimigos (principalmente dentro de sua família). Entre seus principais feitos, está o fato de que ele defendeu a capital de Westeros, Porto Real, contra a invasão da tropa marítima de Stannis Baratheon, utilizando uma inteligente combinação de correntes e fogovivo.

Caso fosse um advogado nos tempos modernos (a série se passa numa época parecida com a Idade Média), Tyrion certamente seria um dos mais astutos de sua área, e, com seu cérebro compensando por seu tamanho diminuto, ele dificilmente perderia um caso. No mundo de Martin, porém, como a própria série mostra, ele teria mais sorte com um julgamento por combate – em que dois guerreiros, um representando o réu e o outro a acusação, lutam até a morte, com o resultado decidindo pela condenação ou absolvição do acusado.

4 – Spock – Star Trek

Provavelmente o personagem mais famoso e reconhecível de toda a franquia Star Trek (ou Jornada nas Estrelas, no Brasil), Spock é um Vulcano, uma raça alienígena que valoriza a lógica e a racionalidade sobre as emoções. Com isso, Spock sempre tem o cuidado de analisar cada caso friamente para decidir pela melhor opção. E, mesmo com seu estilo aparentemente desprovido de emoções, Spock também é um grande companheiro e amigo da tripulação da nave Enterprise, em especial de seu capitão, James T. Kirk.

Agora, imaginemos que, num belo dia, Spock se canse de fazer missões de cinco anos pelo espaço e decida ser advogado. Seria a opção ideal de carreira para ele, afinal, sua profunda inteligência vulcana e sua lógica impecável o tornariam um adversário formidável nos tribunais, seja defendendo terráqueos, vulcanos, klingons, romulanos, etc. Além disso, certamente ele iria alterar sua frase mais famosa: Vida longa e próspera passaria a ser Justiça longa e próspera.

5 – Yoda – Star Wars

Outra figura icônica de uma franquia espacial, Yoda é um sábio mestre Jedi, que viveu mais de 900 anos, sempre lutando pelo equilíbrio na Força. Não se engane pelo seu tamanho diminuto ou sua idade (extremamente) avançada: Yoda é certamente um dos mais poderosos Jedis que já passaram pela galáxia. Entretanto, quando o Senador Palpatine deu um golpe na República e instaurou o cruel Império, que perseguiu todos os Jedis, Yoda foi forçado a se exilar no planeta pantanoso de Dagobah, por quase vinte anos, até ser encontrado por Luke Skywalker. Neste período, a galáxia viveu um de seus períodos mais sombrios, governada pelo Imperador e por Darth Vader.

Certamente, estes tempos de escuridão poderiam ter sido abreviados se Yoda tivesse abandonado o sabre de luz e combatido o Império em outro front: nos tribunais galácticos. Unindo sua inteligência inigualável, seus anos de experiência e sua sabedoria da Força, Yoda teria sido um grande advogado, defendendo a população comum contra os abusos do Império. O maior problema, claro, seria que todo mundo teria dificuldade para entender suas frases com palavras fora de ordem, que, embora tenham se tornado mania entre os fãs, não há dúvidas que deve gerar muita confusão entre os habitantes da galáxia.

6 – Hannibal Lecter

Certo, diferentemente de seus outros companheiros nesta lista, Hannibal, na verdade, é um vilão. Um assassino em série, que tem o costume de (literalmente) devorar suas vítimas, de preferência acompanhado por um bom chianti. Mas ele também é um homem extremamente culto, inteligente, e, de certa forma, um mestre em Psicologia. Hannibal consegue como ninguém penetrar na mente de suas vítimas e manipulá-las a seu bel prazer.

Na carreira de advogado, isto seria certamente um talento útil. Hannibal saberia arrancar confissões dos acusados e utilizar seus conhecimentos em psicologia para manipular a todos no tribunal. Com certeza, seria um dos advogados mais requisitados (e caros) de sua região. Só não vale devorar o cliente enquanto prepara sua defesa.

Se quiser outras boas indicações, não deixe de baixar nosso e-book com 50 Filmes e 10 Séries que Todo Advogado Precisa Conhecer.

E para você, quais outros personagens também poderiam ser ótimos advogados? Comente aí embaixo!

 

Tabela de honorários de correspondentes da OAB/ES: veja quanto você deve cobrar

Recentemente, a OAB/ES criou uma tabela de honorários que pode ajudar, e muito, os advogados correspondentes em dúvida sobre a determinação de valores. Muitos têm reclamado da cobrança de honorários aviltantes e não condizentes com os valores da profissão. Porém, se a maioria dos correspondentes seguirem a tabela como guia, tal prática possa ser coibida e se torne cada vez menos comum.

Vale lembrar que as tabelas da OAB não são obrigatórias, mas estipulam o mínimo que deve ser cobrado. Quanto mais profissionais utilizarem a tabela, menores serão as chances de leilão de serviços advocatícios, e mais valorizado será o profissional de Direito.

Confira a tabela:

TABELA DE DILIGÊNCIAS

SERVIÇOS

VALOR

1Protocolização de petição judicial/extrajudicial

1,5 URH*

2Distribuição de ação

1,5 URH

3Distribuição de carta precatória

1,5 URH

4Recolhimento de custas

1,5 URH

5Solicitação de certidão ou outros documentos judicial ou extrajudicial

1,5 URH

6Obtenção de cópias reprografias e/ou digitais (até 200 cópias)

1,5 URH

7Obtenção de cópias reprografias e/ou digitais (acima de 200 cópias)

3 URH

8Retirada e envio de alvará/guias

1,5 URH

9Acompanhamento de diligências não discriminadas na presente tabela

2,5 URH

10Audiência de conciliação

2,5 URH

11Audiência de instrução e julgamento

5 URH

12Despacho com Juiz, Chefe de secretária, Polícia, Fazenda ou Membro do MP

4 URH

13Despesa de deslocamento fora da Comarca

 30% do valor médio local do litro de gasolina por quilômetro rodado.

(I) Não estão compreendidas no valor das diligências despesas eventualmente antecipadas com estacionamento, deslocamento, custas e taxas judiciais, envio,  cópias  reprográficas,  impressão  e  outras  necessárias  ao cumprimento da diligência, as quais deverão ser reembolsadas.

*URH: Unidade Referência de Honorários.

Entre no site da OAB/ES e consulte a tabela atualizada.

Como uma das grandes dificuldades de qualquer advogado é a precificação de seus serviços, não deixe de conferir algumas dicas imperdíveis nos artigos: Precificação: o que considerar ao calcular seus honorários e Como cobrar seus primeiros honorários como advogado?

 

Grandes Advogados da História do Brasil: Rui Barbosa

“Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!” – Rui Barbosa

Uma das personalidades mais importantes e renomadas de nossa História, no final do século XIX e início do XX, Rui Barbosa foi um importante político, diplomata, estadista, e um dos principais juristas do Direito no Brasil. Em sua longa carreira, ele defendeu a abolição da escravatura, as reformas eleitoral e do ensino, foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras (ocupando o posto de presidente, sucedendo a Machado de Assis) e se tornou uma celebridade internacional por sua brilhante participação na Conferência de Paz de Haia, na Holanda, em 1907.

Neste artigo, iremos contar a história deste importante personagem, e de como ele se tornou essencial para o Direito moderno brasileiro.

Nascimento, infância e juventude

Rui Barbosa nasceu em Salvador, na Bahia, em 5 de novembro de 1849. Filho de João José Barbosa de Oliveira, médico, deputado provincial e diretor da Instrução Pública da Bahia, e de Maria Adélia Barbosa de Oliveira, foi uma criança prodígio. Com cinco anos, já sabia ler e conjugar verbos e, aos dez, já recitava grandes poetas portugueses, como Camões e Vieira. Aos onze anos, recebeu uma medalha de ouro do Arcebispo da Bahia, no que declarou ser “a maior emoção de sua vida”.

Em 1864, planejava entrar na Faculdade de Direito de Olinda, porém, como não tinha a idade certa, passou o ano inteiro estudando alemão e lendo juristas. Apenas no ano seguinte Rui conseguiu ingressar na universidade. Graduou-se como bacharel em Direito em 1870, pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Quando o pai perdeu o emprego, foi trabalhar com Manuel Pinto de Souza Dantas, no Diário da Bahia. Manteve amizade com Rodolfo Dantas, filho de seu patrão e, junto com a família, viaja à Europa por seis meses.

Primeiros anos na carreira política

Pelo Partido Liberal, Rui defende, através de comícios, as eleições diretas, a liberdade religiosa e o regime federativo. Em 1876, ele se casa com Maria Augusta Viana Bandeira e, no ano seguinte, ingressa na Câmara Baiana e, mais tarde, no Parlamento do Império.

Lá, ele se empenha na luta a favor dos direitos dos escravos, em especial, pela libertação dos cativos sexagenários. Entretanto, com a Câmara majoritariamente controlada pelos grandes fazendeiros, a proposta de Rui acaba derrotada, e ele não se reelege. Mesmo assim, isto não o impediu de, em 1881, promover a Reforma Geral do Ensino, e de continuar lutando contra a escravidão. Em 1885, no auge da campanha abolicionista, José do Patrocínio escreveu: “Deus acendeu um vulcão na cabeça de Ruy Barbosa”.

República Velha

Em 1889, logo após a proclamação da República, Barbosa é chamado para ser o Ministro da Fazenda, no governo do Marechal Deodoro da Fonseca. Sua passagem ficou marcada pela promulgação da Constituição de 1891 (quase toda de sua autoria), e a Crise do Encilhamento. Esta foi a primeira grande (e grave) crise econômica da República, ocasionada por causa da emissão descontrolada de moeda e de ações sem lastro pelo governo, provocando uma inflação altíssima. Assim, Rui Barbosa acaba deixando o governo, decepcionado com o que a República havia se tornado.

Em 1893, na direção do Jornal do Brasil, Barbosa combatia o governo de Floriano Peixoto e, dois anos depois, foi eleito para o Senado. Por causa de sua postura crítica, Barbosa se tornou suspeito de contribuir para a Revolta da Armada, e foi obrigado a se exilar na Inglaterra. Na volta do exílio, lutou pela anistia dos condenados na Revolta por Floriano.

Durante os anos seguintes, Rui viria a criticar a intervenção militar em Canudos e se tornaria membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Em 1902, Barbosa publicou um parecer crítico ao novo Código Civil e, mais tarde, se envolveu numa polêmica com o filólogo Ernesto Carneiro Ribeiro, seu antigo mestre na Bahia.

A Conferência de Haia

Em 1907, durante o governo de Afonso Pena, Barbosa foi o escolhido pelo governo para representar o Brasil durante a Conferência de Paz de Haia, que reuniu os grandes diplomatas do mundo. Lá, ele se tornou uma celebridade internacional, ao defender o princípio da igualdade dos estados. Em seus longos discursos criticando a classificação dos países por sua força militar, Rui se tornou uma personalidade respeitada por todos os países.

Sua eloquência, inteligência e perspicácia lhe renderam o apelido de “Águia de Haia”. Na volta ao Brasil, Rui foi recebido como um verdadeiro herói, chegando a receber do presidente uma medalha de ouro.

Alguns anos mais tarde, em 1911, Barbosa viria a publicar uma das obras mais importantes dos estudos jurídicos da história: O Dever do Advogado. Tal livro se tornou uma obra essencial para todos aqueles que pesquisam sobre deontologia jurídica.

Entre 1909 e 1919, Rui concorreu à presidência do Brasil quatro vezes. Nas eleições de 1914, na iminência de perder as eleições para Venceslau Brás, ele retira sua candidatura. Mesmo assim, ele ainda conseguiu receber 47.000 votos.

Últimos Anos

Mesmo derrotado diversas vezes, Rui Barbosa ainda era extremamente respeitado, dentro e fora do Brasil. Ele foi indicado para ser juiz da Corte Internacional de Haia e para representar o Brasil na Liga das Nações, durante a Conferência de Versalhes. Recusou ambos, assim como um projeto do senador Félix Pacheco para que lhe fosse concedido um prêmio em dinheiro.

Entre 1922 e 1923, Rui, já em idade avançada, sofre um edema pulmonar e uma paralisia bulbar. Em 1º de março de 1923, Barbosa faleceu, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Seus restos mortais hoje encontram-se em Salvador, sua cidade natal, na galeria subterrânea do Palácio da Justiça.

Legado

A extensa e valiosa bibliografia deixada por Rui Barbosa inclui mais de cem volumes, incluindo discursos, artigos, conferências e anotações. Sua obra varia desde pareceres jurídicos a ensaios literários, passando por artigos jornalísticos e minutas.

Visionário, foi tachado de “sonhador” e “idealista” por seus contemporâneos – embora o tempo fosse mostrar que ele estava com a razão. Extremamente perfeccionista e persistente, ele tinha o hábito de estudar a fundo os mais variados temas. Seu estilo prolixo e loquaz, por outro lado, também lhe rendeu alguns críticos, que o tachavam de chato.

Mesmo assim, isto não o impediu de entrar para a História como um dos mais importantes intelectuais do país, de forma que um júri escolhido pela Revista Época o elegeu o maior brasileiro de todos os tempos.

 

As comédias de tribunal mais hilárias do cinema para você se divertir no feriado

Quando as pessoas pensam em filmes jurídicos, logo pensam em dramas complexos ou tensos thrillers de suspense. Porém, com todos os seus clichês, como advogados que gritam “objection!” a plenos pulmões, ou reviravoltas no último segundo, os filmes de tribunal também podem ser alvos de paródias e gozações hilárias, que podem aliviar um pouco a tensão.

Separamos aqui, então, as cinco comédias de tribunal mais divertidas do cinema, para lembrar a você que mesmo o universo jurídico pode ser bem engraçado às vezes. Assim, aproveite o próximo feriado para chamar a família e os amigos, e darem boas risadas à frente da televisão!

1 – Legalmente Loira e Legalmente Loira 2

Uma das comédias mais famosas e divertidas do início dos anos 2000, Legalmente Loira conta com a atriz Reese Whiterspoon no papel principal. Ela interpreta Elle Woods, uma garota que é o sonho de toda adolescente: presidente da fraternidade de seu campus, Miss Junho no calendário e, claro, loira natural, além de namorar o garoto mais popular do colégio, Warner Huntington III (Matthew Davis). Porém, há um problema no relacionamento dos dois: Warner a acha fútil demais. Logo, quando ele vai estudar Direito na Universidade de Harvard, Warner passa a namorar outra garota, Vivian Kensington (Selma Blair).

Decidida a reconquistá-lo, Elle faz um teste e acaba conseguindo entrar na faculdade de Direito. Inicialmente rejeitada e ridicularizada por seu estilo, Elle terá de provar seu valor ao defender um instrutor acusado de assassinato. A garota acredita que ele é inocente e, com a ajuda de seus novos amigos, irá mostrar todo o seu poder feminino nos tribunais.

Elogiada pela crítica, a comédia foi um sucesso de bilheteria, e ainda conseguiu duas indicações ao Globo de Ouro, de Melhor Filme – Comédia ou Musical e de Melhor Atriz – Comédia ou Musical para Whiterspoom. Tal sucesso levou a uma continuação, lançada dois anos depois, e intitulada Legalmente Loira 2.

No novo longa, Elle agora é uma jovem advogada iniciando seus trabalhos num grande escritório. Quando ela descobre, porém, que a mãe de seu adorado chihuahua está sendo usada como cobaia em testes de cosméticos, Elle parte para Washington, para lutar pelo direito dos animais, ao lado da congressista Victoria Rudd (Sally Field), e acaba envolvido no jogo sujo da política americana. Entretanto, apesar de, na época, a carreira de Whiterspoon estar no auge, graças ao primeiro Legalmente Loira e a Doce Lar, o filme não foi tão bem com a crítica e o público. Mesmo assim, a “saga” de Elle Woods ainda rendeu um musical, em 2007, e outra sequência, lançada direto para DVD, em 2009.

2 – Meu Primo Vinny

Esta comédia de 1992 conta a história de Bill Gambini (o eterno Karatê Kid Ralph Macchio), que é acusado de um crime que não cometeu. Para defendê-lo nas cortes, ele contrata seu primo advogado, Vincent Gambino (Joe Pesci, vindo dos sucessos de Os Bons Companheiros e Esqueceram de Mim). O problema é que Vinny se formou há poucas semanas e nunca defendeu qualquer tipo de causa. Para piorar, ele irá enfrentar nos tribunais um experiente promotor e um juiz conservador, que não gosta dos modos de Vinny. Entretanto, ele terá a ajuda de sua bela noiva, Mona Lisa (Marisa Tomei), para ajudá-lo a esclarecer o caso.

O filme foi um sucesso inesperado de crítica e bilheteria. Pesci e Tomei foram elogiados por suas atuações, e a atriz inclusive conquistou um Oscar por sua atuação como a divertida Mona Lisa Vito. Além disso, o filme também foi elogiado por profissionais do meio jurídico americano e por juízes da Suprema Corte por seu realismo ao retratar os processos judiciais. Afinal, quem disse que uma comédia também não pode ser educativa?

3 – O Mentiroso

Estrelada por Jim Carrey, esta clássica comédia dos anos 1990 conta a história de Fletcher Reede, um advogado e mentiroso compulsivo que se vê em problemas quando seu filho, Max (Justin Cooper), durante seu aniversário, faz um pedido inusitado: que seu pai não minta por um dia. Assim, Fletcher acaba se envolvendo em situações hilárias (e constrangedoras), que só pioram quando ele deve defender uma mulher no tribunal num caso de divórcio.

Lançada no ápice da carreira de Carrey, o longa foi um de seus principais sucessos de crítica e bilheteria. Além da divertidíssima atuação do comediante, o filme também brinca com a noção de que é essencial para advogados mentirem em sua carreira, fazendo, assim, uma paródia da profissão.

4 – Advogado por Engano

Do mesmo diretor de Meu Primo Vinny, Jonathan Lynn, esta comédia é estrelada por Jeff Daniels e Michael Richards, na época extremamente popular por seu papel como Cosmo Kramer na série Seinfeld. O longa conta a história de Charlie Tuttle (Daniels), um advogado que é obrigado por seu chefe (e sogro) a defender um parente de sua noiva, em Nevada. Porém, isto acaba fazendo com que Charlie perca sua despedida de solteiro. Assim, Richard Rietti (Richards), seu padrinho e melhor amigo, o surpreende, com uma festa na cidade. Charlie acaba bebendo demais, e fica impossibilitado de ir ao tribunal, e Richard, que trabalha como ator, decide substituí-lo. Entretanto, o julgamento acaba acontecendo, e Richard, mesmo sem saber nada dos procedimentos jurídicos, precisa atuar como advogado no lugar de Charlie, o que pode acabar custando sua carreira.

Esta insólita situação acaba levando a momentos hilários, nos quais Richard faz protestos absurdos e constrange a todos na corte – para desespero de seu amigo Charlie. O filme pode não ter sido um sucesso tão grande em seu lançamento nos cinemas, porém merece ser redescoberto, graças aos talentos cômicos de Jeff Daniels e Michael Richards.

5 – Ted 2

 

Continuação da bem sucedida comédia de 2012, este longa continua a história de John Bennet (Mark Wahlberg) e seu peculiar amigo, o ursinho falante (e também desbocado, usuário de maconha e viciado em sexo e apostas) Ted (voz de Seth McFarlane). Na história, Ted, agora casado, decide ter um filho (!) com sua esposa. Obviamente, por ser um urso de brinquedo, Ted não pode se reproduzir da maneira comum, assim, ele decide adotar uma criança. Entretanto, isto lhe causa um problema judicial, pois o governo dos EUA considera que, por ser um ursinho de pelúcia, Ted não é legalmente uma pessoa, portanto não tem acesso aos mesmos direitos de um cidadão americano.

Assim, começa a luta de Ted e seu amigo John, ao lado da jovem advogada Samantha Jackson (Amanda Seyfried) para provar que Ted é uma pessoa, e não uma propriedade. A batalha, porém, será dura, pois o ursinho também será alvo de um ganancioso executivo e seu zelador obcecado por Ted, que pretendem lucrar muito com a venda de cópias do urso. No elenco, destaca-se também Morgan Freeman como um famoso advogado defensor de causas sociais, e Liam Neeson, numa curta (porém hilária) participação especial.

Esta divertida comédia é repleta de piadas politicamente incorretas, citações da cultura pop e uma divertida paródia dos dramas de tribunal americanos, através da bizarra situação de Ted.

E você, o que achou das nossas sugestões de hoje? Quais são suas comédias jurídicas preferidas? Deixe seus comentários aqui no Blog. E se quiser outras boas indicações, não deixe de baixar nosso e-book com 50 Filmes e 10 Séries que Todo Advogado Precisa Conhecer.