Conheça os direitos 4.0

Não é apenas o Direito que vive a Era 4.0. Na realidade, trata-se de transformações profundas conduzidas pelas novas tecnologias de automação e troca de dados que têm impactado diferentes áreas da sociedade humana. Hoje em dia, já podemos falar em Marketing 4.0, em Educação 4.0, Indústria 4.0 e, enfim, qualquer área que passe por uma transformação primordialmente digital.

No entanto, se diversos aspectos da sociedade estão sendo transformados pela Era 4.0, isso naturalmente implica em novos direitos para todos. Novas realidades tecnológicas, claro, se traduzem em desafios distintos para a sociedade humana. Um exemplo disso se deu em 1890: com o advento da fotografia, muitos sentiram que sua privacidade estava ameaçada. Isso motivou os juristas Warren e Brandeis a estabelecerem o direito à privacidade (ou The Right to Privacy, no original), no Harvard Law Review.

Da mesma forma, quais são os direitos que surgem com a Era 4.0? O que eles implicam? Quais são suas características? É o que você vai descobrir no artigo de hoje!

Definindo os direitos 4.0

A autora Viviane Maldonado, em artigo para o site Lex Machinae, define os direitos 4.0 como aqueles “que se revelam a partir de premissas e de princípios básicos específicos que, consentâneos com a nova realidade, devem ser observados para a continuidade do desenvolvimento da sociedade”.

Em outras palavras, os direitos 4.0 partem de princípios básicos para a sociedade humana e os adequam à nova realidade trazida pela Era 4.0. Ou seja, funcionam como uma adaptação de nossos direitos às transformações sofridas por nossa sociedade à luz das inovações tecnológicas.

Dessa forma, novos direitos e deveres são oriundos das revoluções trazidas por inovações da Era 4.0, como internet das coisas, computação em nuvem, entre outros, a fim de garantir que os seres humanos possam continuar a ter sua civilidade garantida mesmo em meio a tantas mudanças.

Quais são os direitos 4.0?

Em seu artigo, Maldonado destaca três principais direitos que seriam essenciais para a sociedade na Era 4.0. São eles:

Direito à Conectividade:

Segundo a autora, “em um mundo eminentemente digital […], o direito a estar conectado é premissa essencial e inalienável.”. Afinal, sem ter uma conexão com a internet, o cidadão não tem acesso a uma ampla gama de serviços, à informação em tempo real que caracteriza a rede, e, enfim, à própria comunicação com outras pessoas e entidades. Sabemos que a comunicação é hoje feita especialmente online, e quem não tem acesso à rede não pode utilizá-la. Sendo assim, para pertencer à sociedade da Era 4.0, o cidadão precisa ter uma conexão com a internet, a qual se configura como um direito.

A autora também argumenta que “a conduta discriminatória quanto à possibilidade de conexão, assim como a falta de neutralidade da rede e até mesmo a interrupção deliberada de serviços atenta, inquestionavelmente, contra tal direito.”.

Direito à Segurança Digital:

Num mundo onde os dados pessoais podem ser utilizados para marketing, propagandas e até com fins eleitorais, é direito dos cidadãos, argumenta a autora, que seus dados sejam protegidos. Nesse sentido, já existem iniciativas, como a GDPR na União Europeia e a LGPDP no Brasil, que visam impedir que os dados digitais que as pessoas fornecem sejam utilizados de forma abusiva pelas empresas.

Direito à Desconexão

Segundo a autora, salvo exceções, é inviável exigir que uma pessoa mantenha uma conexão ativa à internet o tempo todo. É necessário que, mesmo num mundo tão conectado, as pessoas tenham direito a descansarem do universo digital, das redes sociais e do trabalho. Isso é, inclusive, uma questão de saúde. Dessa forma, se torna possível que, mesmo numa sociedade tão conectada, haja o necessário e saudável equilíbrio para a mente e o corpo.

Conclusão

Novas tecnologias implicam em novas formas dos seres humanos se relacionarem entre si e com o mundo, o que por sua vez gera novos direitos e deveres, a fim de garantir uma existência pacífica a todos – e isso não seria diferente na Era 4.0. Agora, cabe ao advogado estar sempre por dentro dos novos direitos que surgirão com a atual revolução digital, a fim de que seja possível garanti-los para todos os cidadãos.

E você, está por dentro das mudanças do Direito 4.0? Para para você aprimorar seus conhecimentos na Era do Direito 4.0, não deixe de aprender diversas novas habilidades em nosso curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Fake news: o que são e como combatê-las

Um fenômeno dos dias atuais, que tem preocupado especialistas e autoridades, é a divulgação e popularidade das infames fake news, ou seja, notícias falsas, divulgadas especialmente pelas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens. Em época eleitoral, é comum que a divulgação de notícias falsas se intensifique, visando sempre prejudicar um candidato e/ou favorecer outro.

No artigo de hoje sobre Direito 4.0, saiba mais sobre as notícias falsas, quais são seus efeitos e o que diz a Justiça sobre o tema.

Definindo as fake news

Segundo Michael Radutzky, um dos produtores do programa jornalístico americano 60 Minutes, do canal CBS: “Nós estamos usando o termo fake news para descrever histórias que provavelmente são falsas, tem enorme tração na cultura e são consumidas por milhões de pessoas”.

Já no artigo de Hunt Allcott e Matthew Gentzkow Social media and fake news in the 2016 election, publicado no Journal of Economic Perspectives em 2017, as notícias falsas são definidas como “reportagens que são intencional e verificadamente falsas, e que podem enganar leitores”. A definição dos autores incluem tanto notícias intencionalmente fabricadas como também aquelas que surgiram em sites satíricos e de humor, mas que foram confundidas nas mídias sociais como sendo verídicas. Neste último caso, os autores citam o exemplo de uma reportagem, compartilhada mais de um milhão de vezes no Facebook em julho de 2016, na qual o Papa Francisco havia apoiado a eleição do então candidato Donald Trump – o único problema é que o site que a hospedava trazia apenas notícias que eram “sátira ou pura fantasia”.

Como identificar uma fake news

Se deparou com uma notícia que pode ser falsa? Em primeiro lugar, pesquise o lugar de onde ela veio. O site onde ela está hospedada é confiável? As outras notícias do site são igualmente sensacionalistas, ou ele parece ser de confiança? Cuidado: muitos sites na internet são dedicados exclusivamente à propagação de fake news, alguns com propósito apenas humorístico ou satírico (como o Sensacionalista), enquanto outros possuem algum objetivo mais sinistro por trás, como promover teorias da conspiração e até mesmo minerar criptomoedas.

Caso você receba uma notícia por aplicativos como o WhatsApp, é sempre importante verificar se elas são reais mesmo. Pesquise por ela nos principais sites de notícia da internet ou verifique sua veracidade em plataformas dedicadas a isso, pois afinal é grande a chance de você estar vendo uma notícia falsa. Tenha sempre em mente que seus parentes e amigos estão tão suscetíveis quanto qualquer outra pessoa a caírem em armadilhas de notícias falsas e podem replicá-las para você, mesmo com boas intenções.

Ainda tem dúvidas sobre se uma notícia pode ser falsa ou não? O Facebook disponibiliza 10 dicas para identificar fake news: clique aqui.

Jornalistas e empresas combatem as notícias falsas

Para combater a divulgação de notícias falsas, jornalistas e empresas de mídia montaram sites e plataformas dedicados exclusivamente à checagem de fatos. Entre eles, estão o Fato ou Fake, o Boatos.org, o E-farsas, a Agência Lupa e o Aos Fatos, que conferem notícias para conferir sua veracidade. Tais sites estão sempre checando as últimas notícias que viralizam nas redes sociais e aplicativos como o WhatsApp, e devem ser consultados sempre que você se deparar com uma notícia que pode vir a ser falsa.

Há também as iniciativas das empresas de tecnologia para combater as fake news. Afinal, nos últimos anos, empresas como o Google, o Twitter e o Facebook foram acusadas de favorecer a divulgação de notícias falsas por meio de seus algoritmos. Para enfrentar este problema, as gigantes da internet tem adotado algumas medidas e estratégias, que variam desde procurar educar seus consumidores até banir sites e usuários acusados da divulgação de fake news.

No início de 2017, após a campanha presidencial americana que ficou marcada pela divulgação de notícias falsas visando os candidatos Donald Trump e Hillary Clinton, o Facebook anunciou iniciativas para combater a propagação de fake news na rede social. Na nova estratégia planejada pelo Facebook, usuários podem marcar uma notícia como sendo falsa. A seguir, agências de checagem de notícias que realizaram parceria com a rede social irão confirmar a veracidade das notícias marcadas – enquanto elas estiverem sendo verificadas, os usuários que tentarem compartilhá-la serão avisados de que sua autenticidade está sendo disputada. Finalmente, caso a notícia seja confirmada como falsa, ela não poderá ser impulsionada no sistema de anúncios do Facebook e irá aparecer em posições mais baixas no feed dos usuários. Além disso, o Facebook acrescenta no topo do feed de seus usuários temporariamente algumas dicas para identificar notícias falsas.

Já o Google, em março de 2018, anunciou que dedicaria nada menos que US$ 300 milhões para o combate às fake news. Uma das principais iniciativas da empresa é o Google News Initiative (GNI), que se focará em três objetivos: elevar e reforçar o jornalismo de qualidade,  evoluir modelos de negócios para impulsionar o crescimento sustentável de empresas jornalísticas e empoderá-las por meio de inovação tecnológica. Além disso, em relação ao primeiro objetivo, o Google criou, em parceria com a Universidade de Harvard, o Disinfo Lab, um esforço para combater informações falsas durante a divulgação de notícias de última hora e eleições.

Além disso, a empresa também realizou parcerias com o Poynter Institute,  a Universidade de Stanford e a Local Media Association para desenvolver o MediaWise, que visa aumentar a alfabetização digital de jovens consumidores. Finalmente, o Google mexeu em seus códigos para que conteúdos mais confiáveis atinjam as primeiras posições durante a divulgação de notícias de última hora, que é quando a empresa diz que pessoas com más intenções miram suas plataformas com o intuito de divulgar notícias falsas.

O que diz a Justiça

Antes do período eleitoral de 2018, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se mostrou comprometido a combater as notícias falsas. Em dezembro de 2017, o então presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, declarou na abertura do I Seminário do Fórum Internet e Eleições – Um desafio Multidisciplinar: “Hoje temos uma realidade de uso constante da Internet como arma de manipulação do processo político. E isso vem crescendo rapidamente, com a utilização, cada vez maior, das chamadas fake news. E essa é a realidade com que teremos de lidar e combater no ano que vem”.

Segundo reportagem de maio de 2018 da Agência Pública, foram apresentados mais de vinte projetos de lei no Congresso para criminalizar as fake news. Finalmente, em junho, o novo ministro do TSE, ministro Luiz Fux, garantiu que o Tribunal Superior Eleitoral possuía uma estratégia para combater as notícias falsas durante o período eleitoral. Entretanto, setores da imprensa declararam que a estratégia foi ineficiente para impedir a disseminação de notícias falsas.

Para entender mais sobre o assunto, não deixe de conferir o artigo: Você sabe o que é Direito Digital?

E você, o que tem feito para não cair em fake news? Comente conosco!

Conheça a LGPDP: Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, a legislação brasileira sobre dados na internet

Após a GDPR, válida para a União Europeia, o Brasil também criou sua própria lei específica sobre dados: a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, também conhecida como LGPDP. Sancionada pelo presidente Michel Temer em 14 de agosto de 2018, a nova lei define regras para a proteção de dados pessoais.

O texto, primeiro, precisará passar por um período de adaptação de 18 meses, de modo que ela só entrará em vigor efetivamente em 2020. Entre suas atribuições, está regulamentar o uso e a transferência de dados pessoais como nome, endereço, e-mail e estado civil.

Entretanto, a lei foi sancionada com alguns vetos, o que gerou críticas de especialistas. Mesmo assim, a aprovação da lei foi tida como um grande avanço na proteção de dados no Brasil, um dos últimos países a estabelecer um marco legal sobre o tema.

No artigo de hoje sobre Direito 4.0, saiba o que diz a LGPDP, quais os trechos que entrarão em vigor e quais foram vetados.

O que diz a lei

Entre os pontos sancionados pela lei, estão a determinação de que o uso de dados exige consentimento do titular, que deve ter acesso às suas informações que estiverem sendo mantidas por uma empresa. As empresas de dados deverão preservar a privacidade das pessoas, coletar somente aqueles que forem necessários aos serviços prestados, bem como informar em linguagem compreensível a política de proteção de dados.

Em caso de invasão de dados, os clientes deverão ser notificados imediatamente. Além disso, os titulares dos dados podem corrigir seus dados que estiverem de posse de uma empresa. Finalmente, após o término da relação entre cliente e empresa, os dados devem ser obrigatoriamente excluídos.

A lei também estabelece que dados de crianças poderão ser tratados apenas com o consentimento dos pais. A transferência internacional de dados só poderá ser feita a países que contenham um nível “adequado” de proteção de dados.

As empresas que descumprirem a lei poderão ser multadas em até 2% do faturamento, limitados a R$ 50 milhões por infração.

Opiniões de especialistas

Conforme explicou em entrevista à VICE Brasil, o especialista em Direito Digital Renato Leite Monteiro, fundador da empresa Data Privacy Brasil, a ausência da Autoridade Nacional de Proteção de Dados pode tornar a lei “manca” e dificultar para que ela seja cumprida. Além disso, o veto à suspensão ou proibição das atividades das empresas que não cumprirem pode torná-la mais branda.

Por outro lado, a lei foi vista como um grande avanço na questão da proteção de dados no Brasil. Em entrevista, Ricardo Dalmaso, gerente jurídico do Mercado Livre, afirmou que a lei “vai ser crucial a uma sociedade que é movida a dados, e vai garantir a outros países que o Brasil é um dos países em que os dados são corretamente tratados e transacionados”.

Conclusão

No futuro próximo, quando a lei já estiver em vigor, os advogados brasileiros deverão estar atentos ao que ela diz, para caso precisem trabalhar em casos de segurança digital e Direito na internet. Tais casos se tornarão cada vez mais frequentes com o passar dos anos, e irão demandar advogados com conhecimento atualizado das principais normas do meio digital.

E você, já está se preparando para a era do Direito 4.0? Se quiser aprofundar mais no assunto, não deixe de conferir nossa série de vídeos sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e diversas outras dicas no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Deixe nos comentários quais outros artigos sobre o tema você gostaria de ler aqui no Blog! 

A GDPR (proteção de dados europeia) e o seu impacto no Brasil

No dia 25 de maio de 2018, entrou em vigor a legislação conhecida como General Data Protection Regulation, ou GDPR. Trata-se de uma regulamentação que visa proteger os dados cibernéticos dos cidadãos que habitam ou que se encontram na União Europeia, dando-lhes controle sobre suas informações pessoais na internet.

A GDPR levou as grandes multinacionais a repensarem o uso que faziam dos dados pessoais de bilhões de pessoas ao redor do mundo. Após sua aprovação, muitas empresas de tecnologia precisaram adaptar seus termos de uso para que se adequassem à nova legislação da União Europeia.

A forma como os dados pessoais são utilizados na internet é uma das principais discussões dos dias atuais. O advogado moderno precisa dominar este assunto para poder atuar em casos de segurança na internet, Direito de empresas que atuam na área de tecnologia (as chamadas startups).

Quer saber mais sobre o que é a GDPR, qual foi seu impacto e como ele afeta as empresas e cidadãos brasileiros? Então continue lendo nosso artigo de hoje!

Entendendo o que é o GDPR

Como dito acima, a GDPR é uma legislação para proteger os dados de cidadãos que se encontrarem na União Europeia. Ela começou a ser idealizada em 2012 e foi aprovada quatro anos depois, em substituição às antigas leis de proteção à privacidade que, datadas dos anos 1990, não mais se aplicam ao cenário tecnológico atual.

Independentemente do tamanho, todas as empresas que lidam com os dados de cidadãos europeus precisarão seguir regras muito rígidas ao coletá-los e armazená-los. Basicamente, haverá maior proteção dos dados por parte das empresas e maior controle deles para os cidadãos, bem como um maior empoderamento dos órgãos nacionais de proteção dos dados.

Conforme reportado por matéria do site Tecnoblog, entre as principais obrigações das empresas, estão:

  • O serviço deverá permitir que o usuário escolha como os seus dados serão tratados e autorize ou não o seu uso;
  • O usuário tem o direito de saber quais dados estão sendo coletados e para quais finalidades;
  • Uso de linguagem clara, concisa e transparente para que qualquer pessoa possa compreender comunicações sobre seus dados, inclusive termos de privacidade;
  • Em caso de incidentes que resultem em vazamento ou violação de dados que podem ferir direitos e a liberdade das pessoas, a organização deverá notificar autoridades em até 72 horas;
  • Recomendação de pseudonimização: quando cabível, é recomendável que a empresa proteja informações sensíveis ocultando-as ou substituindo-as de alguma forma para que a identificação do usuário só seja possível com a adição de outros dados;
  • As empresas terão, em certas circunstâncias, que trabalhar com um Data Protection Officer (DPO), executivo que deverá supervisionar o tratamento de dados pessoais, bem com prestar esclarecimentos ou se comunicar com autoridades sobre o assunto.

A empresa que descumprir qualquer uma dessas regras pode receber uma multa de até € 20 milhões ou 4% sobre a receita anual global da companhia, o que for maior. No caso de empresas gigantes como Google e Microsoft, isso pode representar uma perda de bilhões de dólares.

Impacto mundial

Ao redor do globo, há uma série de discussões acerca da privacidade dos dados. Em muitos países, existem iniciativas para proteger os dados cibernéticos da população, muito embora a maior parte dessas discussões ainda esteja em estágio inicial. A GDPR, na realidade, foi a primeira a ser concretizada. E, apesar de se aplicar apenas à União Europeia, seu impacto já é sentido em escala mundial.

Afinal, nem mesmo empresas que atuem na União Europeia, mas que estiverem localizados em outro país (como o Facebook e o Google, por exemplo) ficam imunes à GDPR. As autoridades europeias poderiam recorrer à acordos diplomáticos a fim de aplicar as devidas punições às empresas que descumprirem a nova lei. Dessa forma, adequar-se à nova política tornou-se uma obrigação.

Ainda assim, seria tecnicamente inviável modificar as políticas de dados apenas para os territórios da União Europeia, sem modificar nos outros. Por isso, as empresas optaram por realizar alterações a nível global ao invés de apenas na Europa. É possível que você tenha recebido alguns e-mails ultimamente de alteração na política de dados de uma série de plataformas que você usa, desde redes sociais até serviços de streaming. Trata-se, por enquanto, do reflexo mais visível da GDPR.

Impacto no Brasil

Como dito acima, muitas multinacionais optaram por modificar suas plataformas a um nível global para se adequar à GDPR do que alterá-las apenas na União Europeia. Os novos termos de uso das grandes empresas precisam refletir esta nova conformidade.

Por isso, empresas brasileiras que trabalharem com dados e estiverem presentes na União Europeia também precisarão se adaptar. Por exemplo, uma loja online que venda produtos para a Europa precisará cumprir a regulamentação da GDPR, sob pena de arcarem com as punições previstas na lei, uma vez que, para realizar as vendas, elas precisarão coletar dados dos clientes europeus.

Trata-se de uma oportunidade importante para o advogado moderno: estudar a fundo a GDPR e oferecer seus serviços à empresas de tecnologia que também atuam na União Europeia e precisam se adaptar à nova legislação.

O advogado e a proteção dos dados pessoais na internet

A discussão sobre os dados na internet será cada vez mais relevante nos próximos anos. O advogado precisa estar preparado e conhecer as novas legislações sobre o tema!

Em casos de segurança pessoal na internet, será interessante ver o que diz a legislação vigente, quais são as propostas para alterá-la e se já existe jurisprudência sobre o caso. Já em casos que envolvem empresas de tecnologia, é necessário conferir o que há de mais atual em direito de startups, e o que foi decidido a partir da GDPR.

E você, o que pensa de todo o debate acerca da proteção dos dados pessoais na internet? Aproveite também para conferir nosso vídeo sobre Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e Compliance e diversas outras dicas no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Segurança na internet e a oportunidade de novos negócios para o advogado moderno!

A forma como os dados pessoais são armazenados, tratados e distribuídos na internet é um dos temas mais debatidos da atualidade. Após escândalos como o da Cambridge Analytica, no qual os dados de milhões de usuários do Facebook foram vazados para uma empresa privada, surgem em todo o planeta discussões para regulamentar a utilização de dados pessoais na internet – como, mais recentemente, o GDPR.

Mas você sabia que tudo isso pode gerar uma grande oportunidade para o advogado? O profissional jurídico especializado em Direito Digital e que realmente estudar a fundo as novas legislações sobre dados terá todo um promissor novo ramo para atuar.

No post de hoje sobre Direito 4.0, falaremos sobre as oportunidades que o advogado moderno ganha com as discussões acerca do uso de dados na internet. Vem conferir!

O que é a GDPR?

Resumidamente, a GDPR é uma legislação da União Europeia que entrou em vigor no dia 25 de maio de 2018. Seu objetivo é proteger os dados pessoais de cidadãos que residirem ou que estiverem presentes nos países participantes da UE.

A GDPR estabelece um conjunto de obrigações que as empresas devem seguir acerca de como são armazenados e tratados os dados das pessoas, sob pena de uma pesada multa para quem descumprir qualquer uma dessas obrigações. Ela também empodera órgãos nacionais de proteção aos dados.

A nova lei, apesar de aplicável apenas na União Europeia, teve um impacto global. Muitas das grandes multinacionais (como o Google, por exemplo) optaram por alterar seus termos de uso a um nível mundial ao invés de apenas na Europa, o que seria tecnicamente inviável. E, ao redor do planeta, muitos outros países já começam a se inspirar no exemplo da GDPR e a discutir legislações sobre o tratamento de dados pessoais.

As oportunidades para o advogado moderno

Mas o que isso tem a ver com a carreira jurídica? Bem, tudo! O advogado que souber se preparar saberá enxergar uma grande oportunidade de novos casos na área do Direito Digital que certamente surgirão com as novas discussões acerca do tratamento de dados pessoais na internet.

Para começar, a relevância cada vez maior deste tema significará a criação de jurisprudência para casos do tipo, uma vez que pessoas e empresas ajuizarem ações que envolvam a utilização de seus dados pessoais. O advogado que tiver estudado tais temas será pioneiro nas ações do tipo.

Além disso, uma das áreas mais promissoras para o futuro do mundo jurídico é o chamado Direito de startups. Como dito acima, as empresas que porventura também atuarem na União Europeia também precisarão se adaptar – e, como dizem, a internet não tem fronteiras, então isso significa que boa parte das empresas de tecnologia não poderão deixar de descumprir as regras da GDPR.

O advogado que estiver preparado e conhecer à fundo a legislação do GDPR poderá oferecer seus serviços à startups que estiverem precisando se adaptar, como lojas online que vendem para outros países, por exemplo. Assim, o profissional jurídico poderá ajudar as empresas a garantirem que estão de acordo com o que a GDPR exige e portanto evitar problemas com as autoridades da União Europeia.

De toda forma, as discussões sobre o uso de dados pessoais não irão parar, muito pelo contrário. Conforme elas forem ganhando em relevância, certamente surgirão novas e melhores oportunidades para o advogado da Era Digital.

Se quiser aprofundar um pouco mais no assunto, temos um vídeo sobre Novas Tecnologias aplicadas ao Direito no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

E você, o que pensa das novas regulamentações sobre dados pessoais? Acha que elas trarão mais oportunidades para a sua carreira? Comente com a gente!

9 indicadores de desempenho para um escritório de advocacia

Toda empresa que deseja crescer precisa buscar por métodos de gestão eficientes e que auxiliem na redução de custos, na melhora nos investimentos e no ganho de vantagem competitiva.

Nesse cenário, é preciso avaliar os resultados obtidos, compreender o motivo pelo qual os objetivos não estão sendo atingidos e quais são as chances de melhoria — e os indicadores de desempenho podem ajudar nessa função.

A utilização de indicadores de desempenho possibilita ao gestor monitorar a performance do dia a dia e tomar decisão mais acertadas. Além disso, é possível ter uma visão mais complexa sobre todos os seus processos e quais estratégias adotar para alcançar os melhores resultados.

Pensando nisso, vamos mostrar a importância dos indicadores de desempenho para seu escritório de advocacia e como utilizá-los.

1 – O que são indicadores de desempenho?

São dispositivos de gestão fundamentais para mensurar o resultado de um negócio. Por meio deles é possível avaliar os resultados dos procedimentos de maneira mais direcionada.

Eles te permitem saber:

  • se as metas e objetivos foram alcançados;
  • se o emprego de investimentos foi eficaz;
  • quais falhas aconteceram em cada fase de um projeto.

2 – Qual a importância desses indicadores para um escritório de advocacia?

Como o mercado jurídico se encontra cada vez mais competitivo, os advogados precisam buscar técnicas para uma gestão impecável. Os grandes escritórios já estão usando métodos para medir a alta performance da sua equipe por meio de indicadores que alinham as tarefas dos profissionais e os ajudam a obter melhores resultados.

Diante de tantos benefícios dessa metodologia, percebeu-se que é completamente viável (e até necessário) adotar indicadores de desempenho no escritório de advocacia.

Por isso, mesmo trabalhando com prazos, audiências e com um dia a dia corriqueiro, é possível elaborar uma cultura de alto desempenho na advocacia.

3 – Por que acompanhar esses indicadores?

Os indicadores de desempenho não servem apenas para mostrar se o resultado almejado foi atingido ou não, ou para fazer uma análise conclusiva do trajeto. Eles podem e devem ser usados na rotina do escritório para acompanhar o progresso do trabalho e fazer os ajustes necessários. São esses indicadores que concedem aos administradores uma visão ampla e exata sobre a empresa.

É preciso considerar que, exatamente pelo fato desses indicadores serem tão importantes para a criação das estratégias do escritório, não devem ser estabelecidos de qualquer maneira: devem estar orientados àquilo que é informação interessante para o negócio e auxilie de fato na tomada de decisão.

Podemos dizer que os indicadores de desempenho são verdadeiros comunicadores, tendo em vista que por meio deles se entende a real situação da empresa e temos os primeiros indícios do que é preciso fazer para melhorar os resultados.

O mais curioso é que grande parte dos dados e informações necessários para criar os indicadores já se encontra no escritório. Basta juntá-los e mantê-los atualizados de forma a ser um indicador.

4 – Como os indicadores de desempenho ajudam na tomada de decisão?

A escolha dos indicadores corretos para cada negócio depende de uma avaliação específica. O que importa é não perder de vista a finalidade dos indicadores de desempenho, ou seja, a possibilidade de obter uma visão atual e complexa do escritório e ajudar na tomada de decisões.

É preciso identificar quais são os indicadores recomendados para o seu tipo de negócio, pois nenhum indicador mostra sozinho a situação por completo.

Com a escolha correta, assegura-se que as decisões do escritório sejam tomadas a partir de dados concretos. Por exemplo, se o escritório se concentra na relação com poucos clientes distintos, a averiguação diferenciada de desempenho com a satisfação desses clientes pode ajudar na decisão de reforçar sua equipe e ter clientes mais satisfeitos.

5 – É preciso acompanhar todos os indicadores?

Para ampliar a eficácia e melhorar os resultados, não basta apenas saber quais são os indicadores de desempenho adequados: é preciso compreender quais são suas funções no escritório e acompanhá-las.

Os indicadores devem estar alinhados com as técnicas do negócio. Caso contrário, poderá correr o risco de monitorar muitos números que não ajudam em nada.

Dessa maneira, é primordial realizar uma análise do momento pelo qual o escritório está passando e definir os indicadores mais adequados para cada propósito, que podem ser:

  • aumentar a carteira de clientes;
  • tornar o ambiente de trabalho mais eficaz;
  • aumentar o retorno do investimento relativo ao marketing etc.

Uma dica: em vez de focar em diversos indicadores de desempenho, pense que o importante é mirar nas métricas-chave. Isso porque não existe uma fórmula definida de quantos indicadores a empresa necessita.

Para se ter um critério inicial, a maioria das empresas de sucesso usam um valor médio de indicadores, que são distribuídos entre as áreas principais e os processos do negócio.

Assim, o escritório consegue se manter com um fluxo de trabalho mais inteligente e efetivo.

6 – Como priorizar os indicadores mais adequados?

Para que a análise das informações dos indicadores seja mais assertiva, um dos pontos principais é saber priorizar as métricas mais adequadas. Isso diminui o tempo necessário para que o analista consiga ter uma visão estratégica a respeito da rotina do negócio, além de conseguir avaliar os principais quesitos para obter melhores resultados a médio e longo prazos.

A fim de priorizar o uso de indicadores adequadamente, eles podem ser divididos em duas espécies: de estratégia e de processos.

6.1 – Indicadores de estratégia

Esse indicador ajuda o gestor a avaliar e entender se as metas de médio e longo prazo do escritório serão alcançadas dentro do tempo estipulado. Essa espécie engloba todos os requisitos que influenciam diretamente na capacidade de manter o negócio lucrativo.

6.2 – Indicadores de processos

São os indicadores usados para avaliar como cada rotina interna está sendo desempenhada. Essa espécie mede a qualidade dos processos internos e o funcionamento da infraestrutura interna no geral. Dessa forma, o escritório pode melhorar sua cadeia de produção e atingir melhores resultados.

Classificando os dados corretamente, fica mais fácil encontrar os indicadores necessários para cada análise. Assim, os resultados são melhorados e a empresa pode se manter mais dinâmica.

7 – Quais são os principais indicadores de desempenho?

Existem muitos indicadores que devem ser acompanhados no ramo da advocacia. A seguir, listamos alguns deles. Confira!

7.1 – Margem de lucro

Esse indicador é importante para mostrar quando certos contratos são vantajosos ou não para o escritório de advocacia. O cálculo é feito da seguinte forma:

  • realize um levantamento do custo total da atividade em um mês determinado;
  • divida o valor mensal pela quantidade de horas do mês. Esse cálculo possibilita compreender o custo de cada hora trabalhada;
  • multiplique o valor de cada hora pelo tempo utilizado na execução da tarefa em questão.

No fim de cada cálculo, é possível identificar qual foi a margem de lucro de cada atividade.

Fique atento: muitos contratos parecem ser vantajosos por terem um valor alto. Contudo, se exigirem uma quantidade de tempo muito grande, o resultado real pode demonstrar um lucro bem menor ou até prejuízo.

Nesses casos, às vezes pode ser mais interessante fazer serviços mais simples e que gastem uma quantidade menor de horas trabalhadas no lugar de priorizar grandes contratos, que parecem promissores, mas possuem uma relação de custo maior.

7.2 – Quantidade de horas trabalhadas

Trata-se da identificação das horas trabalhadas versus horas faturadas, caso o escritório trabalhe como modelo de faturamento por horas trabalhadas. Caso trabalhe com valores fixos, as horas trabalhadas servem como base para uma avaliação da rentabilidade do contrato, com a relação do custo das horas indicadas e o valor do contrato.

No caso de escritórios que trabalham com atividades repetidas ou parecidas, é possível monitorar o tempo médio para a execução de um certo documento, como uma petição inicial.

As horas trabalhadas servem também como referência para indicar em qual área, atividade ou cliente o escritório está trabalhando mais.

Um software jurídico específico pode auxiliar bastante nesse indicador de desempenho.

7.3 – Valor de horas trabalhadas

É um indicador essencial para a tomada de decisões no escritório. Para calculá-lo, é necessário dividir o valor total da nota de um serviço contratado pela quantia de horas que a equipe gastou nas tarefas relativas a ele.

Com esse cálculo, é possível descobrir se o valor cobrado foi o suficiente para arcar com as despesas que gerou e se garantiu uma margem de lucro satisfatória para o escritório.

Quando o valor médio das horas trabalhadas é muito baixo, quer dizer que a atividade não é lucrativa.

7.4 – Produtividade

Para saber mais quanto à produtividade, é preciso comparar o que foi gerado com o que foi investido em recursos para isso acontecer. O resultado demonstrará o quanto está sendo utilizado para cada serviço prestado.

Ou seja, esse demonstrativo quantifica os recursos consumidos e as tarefas produzidas.

7.5 – Custos de processos

Em várias situações os resultados foram positivos, porém não sobra dinheiro, não é mesmo?

Nesses casos, o cálculo do percentual de lucro sobre o faturamento ajuda a compreender melhor qual rumo o negócio tem seguido e quais medidas podem ser tomadas para aumentar os resultados.

Voltando a questão inicial, ela pode estar ligada diretamente aos custos que o escritório apresenta.

Se o seu faturamento foi positivo, mas o capital não está disponível, quer dizer que seus custos andam altos e é preciso tentar resolver esse problema. Uma boa maneira de avaliar se a lucratividade do seu negócio anda bem é compará-la com a lucratividade média demonstrada pelo seu ramo no mercado.

7.6 – Processos ativos

O procedimento para fazer o cálculo desse indicador é o seguinte: divida o número de contratos novos pela quantidade de serviços finalizados em um período estipulado – pode ser mês, trimestre, semestre etc.

O resultado demonstra qual é a demanda de trabalho e possibilita entender o fluxo de atividades em seu escritório de advocacia.

7.7 – Contratos fechados

É um indicador por meio do qual é possível aumentar o lucro do escritório.

Quanto maior a quantidade de contratos fechados, maior será seu faturamento. Além disso, o número de clientes também tende a aumentar por meio das indicações e reconhecimento dos seus serviços de advocacia prestados.

7.8 – Apontamento das horas

Por meio desse indicador o advogado consegue avaliar se está tendo um retorno positivo do seu trabalho. De maneira geral, o apontamento de horas auxilia a identificar como o profissional ou sua equipe está aproveitando o seu tempo e se a precificação dos serviços condiz com o esforço investido.

Dessa forma, é possível entender o custo específico de cada ação, gerando uma base importante para decisões e contratos futuros.

7.9 – Satisfação dos clientes

Grande parte das contratações de um escritório de advocacias são frutos de indicações de clientes do escritório. Nesse caso, o acompanhamento e satisfação dos clientes é primordial para identificar se eles estão indicando ou não o seu trabalho.

Dentre as diversas maneiras de acompanhamento de identificação, temos uma em que o cliente dá uma nota de 0 a 10 para os serviços prestados, chamado métodos NPS.

Esse instrumento possui um ranking que classifica os clientes entre detratores, neutros e promotores. A pesquisa com vários clientes vai gerar uma nota média e, por meio dela, você saberá quais ações criar para melhorar seu gerenciamento e captar mais clientes.

  • Detratores: se refere aos clientes insatisfeitos, que dão uma nota baixa e podem relatar pontos negativos dos seus serviços em público;
  • Neutros: são aqueles que mantêm somente o contato necessário e quando precisam. Não costumam dizer sobre o serviço prestado;
  • Promotores: são os grandes divulgadores do seu trabalho, tendo em vista que darão notas elevadas por estarem completamente satisfeitos. Como costumam ser verdadeiros, podem colaborar com feedback para que os serviços sejam ainda melhores.

Os indicadores de desempenho no escritório de advocacia devem focar em aumentar a quantidade de clientes promotores.

8 – Como avaliar os resultados obtidos com os indicadores?

Os indicadores se tornam eficientes à medida que o escritório passa a usá-los de maneira adequada. Porém, para que esses dados sejam utilizados de forma estratégica, é preciso filtrar os resultados corretamente e, assim, ter uma visão mais eficaz sobre o que será preciso para alcançar os objetivos esperados.

Para entender como cada indicador pode ajudar o negócio, um dos fatores fundamentais é ter objetivos claros. Sem um bom direcionamento, analistas terão dificuldades para compreender quais são os indicadores importantes para cada procedimento de análise.

Analise o motivo pelos quais os indicadores serão utilizados –afinal, saber a resposta para essa pergunta é algo essencial.

Use somente os indicadores ideais, pois o excesso de dados pode aumentar os ruídos existentes durante as análises, reduzindo sua precisão. Por isso, é necessário filtrar bem os conteúdos para obter melhores resultados.

Com isso, quando quiser otimizar seus processos por meio dos indicadores, você deve se basear em 3 conceitos:

  • índices: são os valores que refletem a performance de um processo ou estratégia, é o ponto principal da avaliação;
  • metas: são todos os objetivos do negócio e o que é preciso alcançar para que o gestor considere que as rotinas conseguiram os propósitos esperados;
  • limite de tolerância: é o percentual de variação que o escritório tolera ao não atingir uma meta, como se fosse uma margem de erro.

Com esses quesitos em mente, fica mais fácil fazer o uso estratégico dos dados obtidos por meio dos indicadores de desempenho, além de conseguir coletar as informações corretas. Ao mesmo tempo, tem-se um uso mais adequado de tudo que estiver disponível no local de trabalho.

9 – Como utilizar os dados obtidos de maneira estratégica?

Como já falamos, para que os indicadores exerçam um papel importante no negócio, é preciso contar com métodos de análise adequados. Isso se explica pois, além de conseguir estabelecer indicadores adequados e filtrar dados com precisão, também deve-se saber aplicar os resultados das análises da maneira mais exata possível.

Após as informações serem levantadas e os problemas identificados, é importante elaborar um plano de ação. Avalie o que deve ser feito para resolver as falhas de maneira rápida e evitar que elas aconteçam novamente.

Esse plano de ação deve contar com o apoio de toda equipe. Cada membro deve trabalhar lado a lado, com organização e projeção a fim de otimizar os processos e impedir que o negócio mantenha técnicas de baixo desempenho.

Uma vez que as medidas corretivas tenham sido empregadas, o seu impacto deve ser avaliado frequentemente. Isso aumentará a taxa de sucesso nas abordagens usadas para o escritório eliminar os seus problemas, além de identificar rapidamente o que deu certo e corrigir pequenas falhas.

9.1 – Conte com uma ajuda especializada

Com o auxílio de profissionais qualificados, o escritório de advocacia terá maior conhecimento para analisar os dados e, assim, compreender o que pode ser feito para alcançar os resultados desejados. Por isso, contar com uma ajuda especializada deve ser considerado.

Caso preciso, alterações nos indicadores podem ser implementadas. Adequando as suas métricas às transformações do mercado, o negócio conseguirá manter um fluxo de trabalho com alto desempenho, em que os processos são otimizados por meio de uma avaliação bem estruturada e prática.

Dessa maneira, o escritório se manterá alinhado com as tendências do direito e capaz de criar chances de negócios sempre.

10 – Quais ferramentas podem ser usadas para aumentar a produtividade?

Para otimizar o ambiente de trabalho e se tornar mais produtivo, diversas tecnologias para advogados podem ser utilizadas. Elas trazem maior flexibilidade, diminuem o número de brechas operacionais e tornam a administração mais inteligente.

Veja a seguir algumas soluções que seu escritório pode adotar para se tornar mais eficiente!

10.1 – Sistema de gestão integrada

Os sistemas de gestão integrada são ferramentas usadas no ambiente corporativo para concentrar o acesso aos dados do negócio.

Se forem bem empregados, conseguem diminuir gastos, aprimorar o fluxo de trabalho e tornar os processos mais ágeis. Assim, a empresa tem menos dificuldades para obter os resultados esperados e passa a ter uma política de gestão de processos mais efetiva.

Além disso, por meio desse sistema, o escritório consegue trabalhar com mais integração entre todos os setores, se tornando uma das grandes tendências do direito.

Além da gestão, existem diversas tecnologias que podem facilitar o seu dia a dia e é sobre isso que escrevemos no artigo Conheça 7 tecnologias para escritório de advocacia.

10.2 – Computação na nuvem

A computação na nuvem pode exercer um papel importante nos escritórios de advocacia que buscam conquistar uma maior produtividade e a capacidade de atender a todas as demandas externas.

Essa tecnologia gerou um impacto muito grande no ambiente corporativo com o decorrer dos anos, diminuído os custos, fornecendo mais mobilidade para os profissionais e flexibilizando as tarefas rotineiras. Dessa forma, o negócio pode se tornar mais competitivo e oferecer serviços com maior qualidade.

Com essa solução, os profissionais dos escritórios terão um lugar unificado para compartilhar informações relevantes, com mais agilidade em projetos e atividades do dia a dia.

Além disso, esses dados poderão ser acessados por pessoas autorizadas a qualquer hora e em qualquer lugar, e o envio e recebimento de arquivos terá mais segurança e credibilidade.

10.3 – Terceirização dos serviços

A terceirização dos serviços de advocacia é uma das principais soluções para escritórios que desejam flexibilizar o seu fluxo de trabalho.

Com a possibilidade de contratar a advocacia correspondente ou até mesmo estudantes, estagiários, bacharéis e até profissionais de outras áreas, o escritório consegue diminuir gastos, melhorar sua rotina e ganhar mais rapidez para atender suas demandas externas. Assim, é possível tonar-se mais competitivo sem aumentar os custos operacionais.

Importante: Somente Advogados e Estagiários regularmente inscritos na OAB podem ser correspondentes jurídicos, sendo que os Estagiários somente sob a supervisão de Advogados.  Porém, existem algumas atividades que podem ser feitas por quem não é regularmente inscrito na OAB e você pode conferir esses serviços no e-book gratuito: O guia completo de serviços que estudantes de Direito, estagiários e bacharéis podem fazer.

Em projetos internos, a terceirização fornece ao negócio as bases para elevar a sua força operacional de forma rápida. Isso assegura ao escritório que qualquer iniciativa será realizada no menor tempo possível, sem que ocorram problemas de performance.

Além do mais, os custos operacionais são mantidos baixos e o escritório pode reduzir o tamanho da sua equipe sempre que preciso.

11 – Qual importância de escolher os indicadores mais adequados para acompanhar?

Antes de tudo, cada segmento conta com indicadores específicos de acordo com seu perfil de negócio. Por isso, usar as métricas adequadas é crucial para obter bons resultados.

Vale salientar que os indicadores de desempenho são apenas instrumentos e, é muito importante utilizar seus dados para implantar melhorias e corrigir itens que prejudicam a lucratividade do seu escritório de advocacia. Eles podem ser grandes aliados para a gestão e estratégia do negócio. Por isso, começar com sua adoção, mesmo que aos poucos, é fundamental.

Agora que você já conhece os indicadores de desempenho, que tal um e-book com dicas para maximizar o seu lucro e reduzir seus gastos? Baixe agora o Guia de redução de custos para escritórios de advocacia.

Quer ler mais conteúdos como este? Acompanhe nosso blog e não deixe de comentar abaixo!

Como se tornar um advogado de sucesso e reconhecido no mercado?

Tornar-se um advogado de sucesso é um processo desafiador que exige muita força de vontade e dedicação. Para que isso seja aderido ao perfil, é preciso adotar posturas e hábitos que influenciam diretamente no seu êxito profissional.

Por maior conhecimento que um advogado tenha, o mercado competitivo exige sempre o melhor desses profissionais. É preciso conquistar e fidelizar clientes, ter diferenciais no seu escritório, entre outros aspectos que podem fazer toda a diferença para se tornar um grande destaque entre os demais.

Pensando nisso, demonstramos, a seguir, algumas dicas sobre meios de se tornar um advogado próspero e com uma carreira profissional reconhecida. Confira!

Faça planejamentos

Quando você faz um planejamento, consegue identificar os riscos que pode correr em sua trajetória, independentemente da área que de atuação, seja autônomo, seja sócio de um escritório de advocacia ou profissional de um departamento jurídico.

Organize a sua agenda, planeje o percurso que fará até o fórum, o que vai dizer, a estratégia que será adotada na causa, a negociação quanto ao valor da ação etc. Planejar é estar prevenido e preparado para trabalhar com qualidade, mesmo em situações imprevisíveis.

Quanto ao tema, temos um artigo sobre organização profissional, que serve tanto para escritórios como para advogados autônomos: O guia completo da organização do escritório de advocacia.

Construa uma boa rede de contatos

Uma das prioridades para se tornar um advogado de sucesso é a construção de uma rede de contato qualitativa (e não apenas quantitativa), pela qual seja possível receber indicações de outros profissionais e até de outros escritórios.

Além da participação em eventos, aproveite as mais variadas oportunidades, como palestras e atuação como advogado correspondente. Essa ação fornece uma maior visibilidade ao advogado e confere mais confiabilidade aos clientes.

Fidelize os clientes

Uma das bases principais para se tornar um advogado de sucesso é ter um bom relacionamento com os clientes.

É normal que na carreira o advogado se enfrente situações não muito comuns, como orientar os clientes fora do período de trabalho. Nesse caso, o ideal é dar atenção, passar as orientações e esclarecer dúvidas. Isso gera um valor relevante para o cliente, aumentando a chance de fidelizá-lo.

Por causa desse atendimento especial, o cliente se lembrará de indicar o profissional para parentes e conhecidos, o que pode significar um aumento na captação de clientes do advogado. Portanto, contar com clientes satisfeitos é a maneira mais rápida e econômica de melhorar os negócios na advocacia.

Além disso, você pode conferir mais dicas em nosso Guia completo de como captar clientes na advocacia.

Tenha um mentor

As orientações de um mentor ajudam a definir e alcançar metas dentro da carreira como advogado. Entre as principais vantagens da relação com um profissional mais experiente, estão: desenvolvimento de novas aptidões, visão de mercado e auxílio para conquistar determinados objetivos.

As atividades presentes na rotina de um advogado exigem habilidades que são obtidas em longo prazo por meio de muita prática e estudo, como uma boa oratória, poder de persuasão e capacidade de memorização. Por isso, contar com um mestre que tenha essas características é, com certeza, a melhor forma de aprender a exercê-las.

Da mesma maneira, a orientação sobre possíveis crises no mercado somente pode ser repassada por um profissional com maior experiência.

Torne-se um especialista

É importante avaliar as áreas em crescimento na hora de estabelecer o seu ramo de atuação profissional dentro da advocacia. Busque conhecer as áreas que estão sob forte tendência e com carência de profissionais especializados.

Para facilitar, comece sua busca em nosso artigo sobre Quais são as áreas do Direito mais bem pagas?

Após essa pesquisa, busque manter um estudo frequente e sob muita dedicação. Esse pode ser o momento de encontrar o seu diferencial e finalmente dar o pontapé inicial em busca de uma grande vantagem competitiva.

Tenha uma boa comunicação

É essencial que os advogados desenvolvam a oratória e escrita com excelência. Como parte dos requisitos para essas habilidades, a comunicação do profissional deve ser um destaque, isto é, a capacidade de interagir e transmitir informações de maneira clara a todos.

Procure evitar frases ambíguas no seu vocabulário, comunique-se de modo suficiente para não deixar nenhuma dúvida e certifique-se de foi realmente compreendido. Pode parecer básico, mas cultivar uma rotina de leitura é um grande auxílio para desenvolver as habilidades de oratória e escrita.

Além disso, procure utilizar um português objetivo e adequado gramaticalmente no ambiente de trabalho. Assim, a possibilidade de todos os receptores entenderem a sua mensagem aumenta.

Mantenha-se atualizado

Com tantos acontecimentos no dia a dia, como o desenvolvimento de novas ferramentas tecnológicas e soluções para resolver necessidades, um advogado precisa estar sempre atualizado quanto aos avanços podem impactar diretamente o mundo ao seu redor e principalmente as suas relações de trabalho.

Nesse sentido, é importante investir na capacitação profissional. Uma pós-graduação pode ser uma maneira de tornar os seus conhecimentos mais específicos e melhorar as práticas jurídicas exercidas no cotidiano, além de melhorar a sua reputação frente a potenciais clientes.

Uma boa dica para se atualizar, é conferir as dicas de aprimoramento profissional no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Pratique a cordialidade

O advogado com uma postura indiferente e um vocabulário complexo está se tornando cada vez menos prestigiado na advocacia. Isso não é à toa: os clientes desejam entender claramente quais serão as soluções propostas pelo profissional e buscam um relacionamento mais próximo com ele.

Saiba que ser cordial e agradável com o cliente não diminui a sua seriedade e comprometimento. Essas características marcam o advogado de sucesso na atualidade. Mostrar-se acessível e engajado são alguns dos atributos que colaboram para um bom reconhecimento no mercado de advocacia.

Preserve a calma

Saiba que a construção de uma reputação é um processo longo e diário. Busque trabalhar da forma mais transparente e eficiente, mantendo o respeito com seus clientes e parceiros. O estresse não só pode afastar parceiros e clientes, mas aumentar as chances de problemas de saúde.

Nesse sentido, procure dar feedbacks construtivos para abrir espaço para receber outros sobre o seu serviço. Não se esqueça de que o boca a boca é a melhor propaganda para garantir a simpatia de mais clientes.

Essas são algumas estratégias que fazem a diferença no perfil de um advogado de sucesso. Procure aplicá-las no seu trabalho e desenvolvê-las diariamente. Saiba que o foco na sua carreira jamais será um investimento em vão, mesmo que seja na mudança de pequenos hábitos.

Gostou deste conteúdo? Quais dos itens você já pratica? Existe algum outro que você considera imprescindível? Conte para nós.

Contratos inteligentes e tecnologia blockchain para advogados: saiba o que é isso!

Desenvolvida em 2009 para ser utilizada como base para o bitcoin, a blockchain é uma das principais tendências tecnológicas atuais. Em crescimento exponencial, a blockchain já causa um grande impacto no setor financeiro: num futuro não muito distante, ela seja a principal forma de intermediação de transação realizada por indivíduos.

No universo jurídico, tal tecnologia também tem potencial para causar uma verdadeira revolução, através dos contratos inteligentes, que poderão alterar a forma como trabalham muitos profissionais jurídicos. Mas, afinal, o que exatamente é blockchain? E qual será o impacto que ela poderá trazer para o mundo do Direito? Como os profissionais jurídicos poderão lidar com isso?

É o que você irá descobrir no artigo de hoje sobre Direito 4.0!

O que é a tecnologia blockchain?

A blockchain pode ser definida como um banco de dados contendo todas as transações executadas em determinada rede. Este banco digital pode ser dividido em dois tipos de registros: transações individuais e blocos.

Um bloco é uma parte da blockchain onde ficam registradas as transações mais recentes. Uma vez que elas são concluídas, o bloco fica guardado na blockchain como um banco de dados permanente. Quando um bloco é concluído, um novo é gerado. Dessa forma, existem inúmeros blocos na blockchain ligados uns aos outros, cada um contendo uma referência ao anterior. Daí o nome da tecnologia: blockchain, a grosso modo, pode ser traduzido como cadeia de blocos.

Contratos inteligentes e blockchain 

Criados pelo criptógrafo Nick Szabo, em 1994, os contratos inteligentes são programas de software que se auto-executam quando ocorre um evento específico. Um exemplo é o pagamento de contas em débito automático: na data do vencimento de sua conta, o software paga automaticamente sua dívida.

Dessa forma, a combinação das duas tecnologias pode ser impressionante. Como definiu o Dr. Guilherme Oliveira de Arruda:

(…) os resultados são tão poderosos que podem interferir amplamente nos mais diversos tipos de processos, sejam financeiros, logísticos, comerciais, etc. O software pode cumprir as funções de intermediário de compensação e liquidação, simplificando os fluxos de trabalho repetitivos de hoje e eliminando o risco de contraparte desnecessário e a latência na liquidação de transações.

Os contratos inteligentes baseados em blockchain são mais automatizados em sua execução. Eles são programados por códigos que só permitem que as relações contratuais descritas sejam executadas quando todas as condições descritas forem cumpridas. Ou seja, todas as regras, obrigações e penalidades descritas em um determinado contrato serão aplicados de forma automática.

Esta forma de automação elimina o erro humano e traz uma nova confiabilidade às partes do contrato. No entanto, contratos que se cumprem automaticamente são fonte para um debate entre a comunidade jurídica que está apenas começando.

Principais benefícios

Segundo artigo Contratos inteligentes: A tecnologia Blockchain que susbstituirá os advogados?,   publicado na Legaltech no Brasil os benefícios dos contratos inteligentes baseados em blockchain são:

  • Atualizações rápidas e em tempo real: Como o código do software automatiza tarefas manuais, há maior velocidade no processamento de diversos negócios.
  • Precisão: as transações automatizadas não ficam sujeitas a erros cometidos por meios manuais.
  • Menor risco de execução: o processo descentralizado elimina o risco de manipulação e erros.
  • Menos intermediários: os contratos inteligentes reduzem a dependência de terceiros, tais como cartórios ou testemunhas.
  • Redução de custos: como os processos exigem menos intervenção humana, logo há menos custos.

Os advogados e os contratos inteligentes baseados em blockchain

Será que, no futuro, tais automatizações e robôs inteligentes executando os contratos eletrônicos substituirão os profissionais jurídicos “de carne e osso”? É uma questão que tira o sono de muitos advogados. Entretanto, segundo o próprio criador dos contratos inteligentes, Nick Szabo, isso não irá ocorrer. Durante um discurso realizado no Simpósio dos Contratos Inteligentes, na sede da Microsoft em Nova York em dezembro de 2016, Szabo garantiu que os contratos inteligentes não se tratam de retirar os empregos de advogados, mas sim de “tornar possível coisas novas que não foram realizadas anteriormente”.

Os contratos inteligentes em plataformas blockchain já são uma realidade para muitas empresas ao redor do globo. No entanto, muitas vezes esses desenvolvimentos são realizados sem o devido cuidado com legislações e regulamentações – o que pode gerar futuramente aguerridas batalhas judiciais. Nesse aspecto, a figura do profissional jurídico se faz fundamental, ao oferecer aconselhamento jurídico às partes que farão uso dos contratos inteligentes.

Além disso, o conhecimento jurídico dos advogados pode ser aplicado na otimização dos contratos inteligentes, eliminando possíveis problemas quanto a falhas jurídicas e oferecendo segurança para as partes. Dessa forma, será possível elaborar contratos inteligentes cada vez melhores e mais legalmente responsáveis.

Futuramente, o profissional jurídico que desejar trabalhar com contratos inteligentes baseados em blockchain precisará estudar também os aspectos técnicos das redes blockchain, a fim de que seus conselhos jurídicos não existam num vácuo técnico.

Se quiser aprofundar mais no assunto, temos um vídeo sobre Blockchain e Smart Contracts no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Como melhorar o processo de clipping jurídico em seu escritório?

Uma boa alternativa para os escritórios de advocacia que buscam crescer e ganhar vantagem competitiva é investir no clipping jurídico, que se trata de um processo de monitoramento, avaliação e arquivamento de alusões realizadas na mídia de uma certa marca, empresa, entre outros, ou referência usadas em campanhas de comunicação.

Geralmente, esse controle é realizado em mídias de conteúdo público ou por assinatura, como: jornais, revistas, televisão, rádio, sites de notícias, redes sociais etc.

Apesar de parecer um processo simples, o clipping pode trazer diversas vantagens para o escritório de advocacia. Entre os benefícios estão a percepção de como a empresa é vista no mercado, a identificação de falhas no processo de comunicação, a avaliação de procedimentos cumpridos, a compreensão as tendências do mercado, a antecipação de crises e também novas oportunidades.

Se deseja saber como ter um clipping jurídico eficiente no seu escritório, continue lendo este texto!

Defina objetivos

Estabelecer os objetivos é o ponto inicial para qualquer procedimento de planejamento com base em resultados, pois não é possível esperar resultados quando não se tem bem definido onde se quer chegar.

Quando as perspectivas são estabelecidas, fica mais fácil buscar pelos dados necessários.

Afinal, como já falamos, o clipping jurídico é o recorte das informações relativas aos objetivos proposto pelo seu escritório de advocacia.

Use estratégias eficientes

É muito importante usar métodos eficazes e que organizem o fluxo de trabalho no momento de realizar o clipping. Para isso, pode ser utilizado um organograma em que é possível estruturar todas as fases de desenvolvimento do processo.

Utilize palavras-chaves típicas e canais de comunicação relevantes sobre o assunto a ser monitorado. Dessa forma, quando pesquisar, por exemplo, sobre processos jurídicos, não vai correr o risco em cair nas páginas de assuntos que não tem relação com o que procura.

Utilize as ferramentas digitais

O uso de ferramentas digitais vai otimizar o trabalho feito de forma manual em praticamente sua totalidade. Isso porque além de fazer uma busca minuciosa sobre os temas mais específicos, as ferramentas digitais conseguem também obter um alcance mais efetivo no momento de procurar páginas da internet que versam sobre o assunto em questão — e, a partir disso, geram relatórios precisos e prontos para serem analisados.

Entre os benefícios da utilização das ferramentas digitais, podemos mencionar:

  • buscas mais eficientes,
  • geração de relatórios completos;
  • otimização do tempo.

Entre as ferramentas disponíveis no mercado, você pode encontrar o software de Search, Google Alertas, entre outros.

Além do clipping, existem diversas tecnologias que podem facilitar o seu dia a dia e é sobre isso que escrevemos no artigo Conheça 7 tecnologias para escritório de advocacia.

Escolha bons canais de comunicação

Escolher bons canais de comunicação é fundamental na qualidade da informação que se deseja adquirir. Esses canais podem ser divididos em irrelevante, relevante e muito importante.

A internet tem inúmeros sites que tratam dos mesmos temas e os dados concedidos por cada site necessita de algum fundamento ou base real.

Antes de optar pelos canais podem ser feitas algumas indagações como:

  • qual a expressão do site para o ramo que será pesquisado;
  • se o site já apresentou alguma informação inverídica e, caso positivo, quantas vezes isso ocorreu;
  • quantas vezes o site errou na previsão das informações.

Deu para perceber que é preciso ser bastante seletivo no momento de buscar informações presentes nos canais de informações, não é mesmo? Afinal, é preciso ter qualquer cuidado quando o crescimento do seu escritório está em jogo.

Priorize a diversificação

A diversificação não está ligada na visita em diversos sites para busca da mesma informação, mas em examinar todo o conteúdo do tema fruto da pesquisa. Ao utilizar o clipping jurídico, é preciso estar totalmente acessível para explorar todos os dados que constituem um mercado.

Por exemplo, você deve pesquisar o tema, ter em mente qual é o objetivo da sua procura e monitorar esse assunto como: quem está falando, qual apresenta informações mais confiáveis etc.

É um exemplo simbólico, claro que dentro de um ambiente de negócios, a formalidade é de extrema importância. Esse foi somente um exemplo simples, para facilitar sua compreensão de como funciona a adoção do clipping em uma empresa.

Avalie os relatórios gerados

Após realizar o monitoramento, pesquisar e conseguir as informações necessárias, é hora de reunir  todos os dados para que façam sentido e o responsável pela análise tenha entendimento nos momentos de decisão.

As ferramentas digitais podem ser consideradas um avanço na estruturação de dados e informações, pois, automatizam todo o procedimento e elaboram de relatório, possibilitando que os clientes somente avaliem as informações.

Ter esses recortes armazenados é essencial para que o uso do clipping demonstre sua eficácia.

Compartilhe as informações

Divida as informações com seus clientes em relação a tudo que foi pesquisado. Isso dará a ele um entendimento sobre tudo que tem sido falado sobre a execução do seu trabalho.

Você pode compartilhar as notas resumidas, os sites e o que relataram e os comentários positivos e negativos. Não guarde as informações enquanto elas podem ser determinantes em ocorrências de negócios, gerar insights (compreensão rápida sobre determinada situação) e principalmente enquanto gerar lucros.

O clipping jurídico é uma monitoria mais ativa do mercado, permitindo também a compreensão de métodos que podem estar sendo utilizados pelos seus concorrentes.

Quando consegue monitorar a própria mídia e a mídia de seus clientes, fica mais fácil identificar como fazer uma aplicação que tenha maior efeito na estratégia de marketing do escritório.

É importante lembrar, ainda, da importância de observar as normas da OAB no que tange a propagando dos seus serviços. Esteja sempre atento às regras de publicidade da profissão, regulamentadas pelo Código de Ética e Disciplina da OAB e, caso não sejam obedecidas, podem gerar consequências graves para sua inscrição junto ao órgão.

Para você não ficar com qualquer dúvida quanto ao princípios éticos da OAB, não deixe de conferir o nosso e-book: O Código de Ética da OAB e seus principais pontos.

Conseguiu perceber a importância do clipping jurídico para a manutenção do fluxo constante e frequente de clientes no seu escritório de advocacia? Essa tarefa não precisa ser complexa e com todas as inovações tecnológicas disponíveis fica mais fácil de executá-la, trazendo praticidade para o seu dia a dia.

Como se manter atualizado com as mudanças do Direito 4.0?

A era do Direito 4.0 já chegou!

Existem diversas modernizações que estão alterando a forma como o profissional jurídico exerce sua vocação e atualizando a busca do cidadão por justiça. O Direito, afinal, não poderia ficar imune às novas tecnologias que estão surgindo, especialmente se elas existem para aperfeiçoar a vida daqueles que trabalham e utilizam o meio jurídico.

Muitas novas tecnologias jurídicas já estão em pleno vigor, enquanto outras devem ser implementadas num futuro não muito distante. Por isso, como o profissional jurídico pode se manter atualizado com tantas novidades? Como acompanhar as mudanças que o Direito enfrentou e enfrenta, à luz das novas tecnologias?

É o que você irá descobrir no post de hoje!

O que é Direito 4.0?

Você certamente já ouviu falar nas inovações tecnológicas que surgiram nos últimos anos, e que já estão impactando a sociedade humana, não é? Internet das coisas, armazenamento em nuvem, inteligência artificial, computação quântica, tudo isso e muito mais têm trago grandes mudanças à sociedade humana.

O Direito, evidentemente, não poderia ficar de fora dessa nova revolução tecnológica. Muitas das atuais inovações irão trazer um grande impacto à forma como os advogados exercem sua profissão. Não se trata de profissionais humanos sendo substituídos por “robôs”, mas sim da tecnologia sendo usada em prol da advocacia, realizando algumas tarefas com maior precisão e agilidade – e liberando o advogado para que ele possa se dedicar à outras mais estratégicas e essenciais.

Leia o artigo que preparamos no qual explicamos melhor O que é o advogado 4.0 – e como você pode ser um.

Como acompanhar tais mudanças?

O advogado deverá se manter atualizado acerca das novas mudanças que a tecnologia trouxer ao seu trabalho e assim se preparar melhor. Felizmente, hoje em dia existem grandes fontes de informação, online e offline, que você pode utilizar para adquirir conhecimento acerca do Direito 4.0. Confira algumas opções:

Assistir vídeos sobre o tema

Em plataformas como o YouTube e o Vimeo, é possível encontrar um vasto conteúdo em vídeo explicando e detalhando vários aspectos do Direito 4.0. Com uma breve pesquisa, é possível encontrar uma série de vídeos acerca de temas que o advogado dos dias atuais precisará dominar. Além disso, se você dominar uma língua estrangeira, como o inglês, por exemplo, poderá desbravar o conteúdo de canais estrangeiros.

No canal do Juris no YouTube, divulgamos o programa Juris Mentoring, no qual trazemos especialistas para abordar temas muito interessantes para o profissional jurídico, como advocacia correspondenteempreendedorismo no Direito, Audiências, métodos autocompositivos, habilidades do advogado do século XXI e como o advogado brasileiro pode atuar nos Estados Unidos.

Acompanhar a AB2L – Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs

A AB2L é a associação que reúne diversas empresas de tecnologia voltada para a área jurídica. Dessa forma, seu site oficial é uma das principais fontes para encontrar interessantes textos acerca do tema. Na seção de artigos do site, advogados, empreendedores e vários outros profissionais publicam regularmente textos sobre os mais variados temas acerca do Direito 4.0, como inteligência artificial, blockchain, criptomoedas, Direito das startups, empreendedorismo, e muito mais. Vale a pena dar uma conferida no site regularmente para ver os artigos que estão postados lá.

Vá a eventos que tratem do assunto

Além dos artigos em seu site, a AB2L também promove uma série de eventos acerca de tecnologia, universo jurídico e Direito 4.0.  São congressos, palestras e muito mais, e que sempre contam com a presença de nomes importantes da área, do Brasil e de outros países.

Confira no site da AB2L quais são os próximos eventos e se programe!

Faça cursos online

Na internet, é possível encontrar uma série de cursos especializados que são muito úteis para atualizar o advogado com as novas tendências do Direito. São desde palestras até cursos mais convencionais, que abordam uma grande quantidade de tópicos da advocacia 4.0, e que podem ser assistidos do seu celular, tablet ou computador. E o melhor: muitos deles são gratuitos!

Visite o Juris Marketplace para você aprimorar seus conhecimentos na Era do Direito 4.0 e não deixe de aprender diversas novas habilidades em nosso curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Acompanhe blogs especializados

Finalmente, é necessário estar atento aos blogs que estão cobrindo as mudanças que o Direito está passando.

Aqui no Juris Correspondente nós compreendemos a importância do advogado estar sempre atualizado com as mudanças que impactarão em sua carreira. Por isso, iremos publicar conteúdo específico, detalhado e muito explicativo que irá cobrir os principais tópicos do Direito 4.0. Serão artigos, vídeos, e-books e muito mais, que o advogado que deseja se manter atualizado não pode perder!

Acompanhe as redes sociais do Juris, estamos sempre trazendo novidades sobre esse e diversos outros temas.