Entenda como o aviltamento de honorários de advogados prejudica todo o mercado

Cobrar um valor aquém do que normalmente se recomenda pela tabela de honorários da OAB pode parecer, à primeira vista, uma boa solução para um mercado cada vez mais competitivo e inflacionado, como é o da advocacia. Essa prática, também conhecida como aviltamento de honorários, é, entretanto, extremamente prejudicial à classe, já que cria uma tendência de redução geral dos valores cobrados, bem como desvaloriza o trabalho de prestação de assistência jurídica, seja ele qual for. Quer entender melhor como e por que isso acontece? Confira as informações que separamos no post de hoje:

O que é o aviltamento de honorários?

Em busca do lucro pessoal e da solicitação de mais diligências em sua pauta de atividades diárias, é muito comum que alguns advogados reduzam indiscriminadamente o preço de seus honorários. E aí também entram os advogados correspondentes. E por mais que essa redução para aquém dos valores normalmente praticados no mercado até possa apresentar mais resultados a curto prazo, significa uma indesejável desvalorização de seus próprios serviços.

Por que alguns advogados o praticam?

A insistência nessa prática se dá por várias razões, sendo a mais comum a crescente competitividade entre profissionais do Direito no país. Em busca de mais serviços e clientes, muitos colaboradores jurídicos oferecem descontos massivos e passam inclusive a aceitar realizar funções de advogados privados em troca de honorários mais baixos. E essa tendência tem se consolidado até mesmo nas varas de fóruns e cartórios de tribunais, onde magistrados têm fixado valores muito baixos para honorários em processos. Ou seja, a desvalorização da profissão tem partido não apenas da própria classe, mas também de alguns membros do poder judiciário.

Como a prática é prejudicial para a classe?

Ao cobrar aquém dos valores indicados para cada diligência, você oferece um serviço a um preço menor do que aquele normalmente cobrado no mercado, o que significa que, caso todos os advogados façam como você, no futuro o valor dessas diligências consequentemente será menor. Imagine que se isso acontecer é também possível que outros advogados ofereçam serviços por honorários ainda menores e assim sucessivamente. O resultado dessa progressiva desvalorização é a decadência de suas atividades, seja como advogado constituído em um processo ou como advogado de apoio. Por essa razão, procure sempre manter seus honorários de acordo com o que é cobrado por seus colegas de classe, de forma a proteger não apenas o mercado como também seu próprio futuro.

Como calcular o honorário de advogados?

A maneira mais correta de calcular seus honorários e não fugir dos valores adequados do mercado é utilizar como referência algumas das tabelas de diligência criadas por seccionais da Ordem dos Advogados. As seccionais da OAB em vários estados brasileiros criaram tabelas específicas para a advocacia correspondente (confira aqui), com os valores mais apropriados para a realização de audiências, o despacho com juízes e desembargadores, a retirada de alvarás, a distribuição de cartas precatórias, a protocolação de petições e a obtenção de fotocópias de processos.

Para não ficar com qualquer dúvida quanto ao princípios éticos da OAB, não deixe de conferir o nosso e-book: O Código de Ética da OAB e seus principais pontos.

Agora que você já sabe as principais razões pelas quais o aviltamento de honorário de advogado é prejudicial à classe, que tal utilizar valores adequados em seus próximos serviços? Cadastre-se já no nosso site e comece você também a usar os serviços Juris em seu dia a dia!

Top 5 cenas de tribunal do cinema

Na grande maioria das vezes, o clímax de um filme jurídico acontece no tribunal. Nestas cenas, advogados e promotores duelam sobre o destino dos réus, lutam por causas polêmicas e as verdades vêm à tona, por mais duras que sejam. É também durante estas sequências em que o elenco entrega suas melhores performances (algumas dignas de estatuetas do Oscar), e respondem pelos momentos mais emocionantes do longa.

Dando continuidade à nossa série de matérias especiais sobre o universo jurídico na cultura pop, selecionamos abaixo as cinco melhores cenas de tribunal já vista nas telas do cinema:

5. “Imaginem se ela fosse branca” – Tempo de Matar

Hoje conhecido por seus papéis como os protagonistas de Clube de Compras Dallas e Interestelar, Matthew McConaughey foi o responsável por interpretar o advogado Jake Brigance, que defende Carl Lee Hailey (Samuel L. Jackson) de uma acusação de assassinato, neste thriller de 1996, sobre o qual falamos em nossa coluna sobre John Grisham. Na época, o papel de McConaughey mais conhecido era em O Massacre da Serra Elétrica – O Retorno, e coube a ele ser o protagonista do longa, que tinha como coadjuvantes atores famosos como Jackson, Sandra Bullock, Kevin Spacey e Kiefer Sutherland. E, a julgar por esta cena, pode-se dizer que McConaughey conduziu o papel com brilhantismo.

No longa, depois que sua filha de dez anos de idade é brutalmente estuprada, no estado americano do Mississipi, Carl Lee, sabendo que os criminosos sairão impunes, atira neles na porta do tribunal. Jake é o advogado que deve defendê-lo, e, para isto, enfrenta o promotor Rufus Buckley (Spacey). Inicialmente, a defesa de Jake é superada.

Ao final do longa, Jake deve se dirigir para um júri feito apenas por pessoas brancas. É então que ele entrega um monólogo comovente sobre a natureza humana, e pede aos jurados para que imaginem, sem deixar de fora nenhum detalhe terrível, os horrores que os estupradores infligiram na pobre garota. “Agora, imaginem se ela fosse branca”, conclui.

A interpretação de McConaughey foi o suficiente para torná-lo um dos atores mais requisitados de Hollywood desde então, fazendo desde comédias românticas e aventuras até dramas e suspense.

4. Alerta Vermelho – Questão de Honra

Mais conhecida pela dura fala do Coronel Nathan Jessup (Jack Nicholson), “You can’t handle the truth!” (“você não suportaria a verdade!”), que virou até meme na internet, a verdade é que esta sequência é uma das mais poderosas de nossa lista, graças às atuações estelares de astros como Nicholson, Demi Moore e Tom Cruise.

O longa conta a história de dois fuzileiros navais levados à corte marcial por assassinato de um soldado. Seus defensores são o tenente Daniel Kaffee (Cruise), um advogado da Marinha que nunca viu o interior de um tribunal, e a Tenente-Comandante Joanne Galloway (Moore). Os dois fuzileiros alegam que agiram sob ordens superiores. A suspeita de Kaffee é que ocorreu um “Alerta Vermelho”, uma punição em que um oficial ordena a seus subordinados que castiguem um soldado que tenha se comportado mal.

No explosivo clímax do longa, Kaffee toma a corajosa decisão de chamar o Coronel Jessup como testemunha, suspeitando que ele tenha sido o responsável por dar a ordem. Desde o início, o longa deixou claro a dominância de Jessup sobre Kaffee, que, mesmo assim, não hesita em enfrentar o oficial, numa dura batalha que mostra toda a arrogância e a crueldade do oficial.

3. Dupla personalidade – As Duas Faces de um Crime

Este dramático longa, que revelou o talento de Edward Norton, conta a história de Martin Vail (Richard Gere), um advogado que adora permanecer nos holofotes. Quando Aaron Stampler, um coroinha (o papel de Norton) é acusado de ter assassinado o arcebispo de Chicago, Vail vê a chance de ficar novamente na mídia. Sabendo da notoriedade do caso, o sujeito decide defender o jovem sem lhe cobrar nada. Nos tribunais, ele deverá enfrentar a conceituada promotora Janet Venable (Laura Linney), sua ex-mulher.

Porém, o que parecia ser um caso simples logo ganha contornos perturbadores com a descoberta de que o arcebispo abusava sexualmente de Stampler. Quando Vail confronta o jovem, ele descobre da pior forma que seu cliente sofre de transtorno de múltiplas personalidades, e tem como alter-ego o violento assassino conhecido como Roy.

Na sequência do julgamento final, Stampler, chamado para testemunhar, é confrontado por Venable, que o leva até o limite, numa sequência chocante em que ele assume a identidade de Roy e começa a sufocá-la. E, no entanto, o longa ainda tem espaço para mais uma chocante reviravolta, ao final.

2. O julgamento do macaco – O Vento será Tua Herança

Um dos mais famosos filmes de tribunal do cinema, o longa é uma adaptação ficcionalizada do julgamento de John Scopes, ocorrido no Tennessee, em 1925, conhecido como “julgamento do macaco”. No longa, Scopes, rebatizado como Bert Cates (Dick York), é condenado por ensinar numa escola o Evolucionismo de Charles Darwin, violando, portanto, uma lei estadual. Preso e hostilizado pelos moradores da cidade, em especial o fanático Reverendo Brown, que incita a população contra o professor.

O advogado de Cates, Henry Drummond (Spencer Tracy), logo se vê numa posição difícil, pois, além de enfrentar o extremismo e a hostilidade dos moradores e do próprio júri e do juiz, Drummond tem como adversário seu antigo rival, Matthew Harrison Brady (Fredric March).

O duelo dos dois chega ao clímax quando Drummond decide utilizar sua arma secreta contra o adversário para derrotá-lo em seu próprio jogo: a Bíblia. Chamado ao banco das testemunhas, Drummond confronta Brady com as contradições das próprias Escrituras, e elabora um argumento poderoso a favor da liberdade de pensamento. Uma grande cena, com performances brilhantes de Tracy e March, num filme imperdível.

1. Todos os homens são criados iguais – O Sol é Para Todos

Em nossa coluna sobre os clássicos dos filmes jurídicos, já abordamos este grande longa, que, além de ser um dos maiores dramas de tribunal da história, também é um argumento a favor da tolerância. A história, contada sob o ponto de vista de duas crianças, fala sobre o íntegro advogado Atticus Finch (Gregory Peck), que defende um jovem negro, Tom Robinson (Brock Peters), acusado de estuprar uma mulher branca.

Atticus, assim, deve enfrentar o preconceito racial dos moradores da cidade, e, mesmo sabendo que suas chances de vitória são mínimas, ele sabe que é seu papel enquanto advogado e enquanto pai lutar sempre por justiça. Assim, ao fim do longa, ele entrega um grande discurso para jurados feitos apenas por brancos para que deixem de lado seu preconceito e se foquem nas evidências óbvias da inocência de seu cliente.

A importância de Atticus Finch para a história do cinema é tanta que ele foi eleito o maior herói cinematográfico do século XX pelo American Film Institute, à frente de ícones como Luke Skywalker e Indiana Jones. Se você ainda não viu este clássico, não perca mais tempo.

Se quiser outras indicações, não deixe de conferir nosso e-book com 50 Filmes e 10 Séries que Todo Advogado Precisa Conhecer.

E você, o que achou da coluna de hoje? Quais são suas cenas de tribunal preferidas?

 

Entenda o poder da persuasão nas práticas jurídicas

O que faz um advogado ser excelente? A resposta para essa pergunta envolve um conjunto de características que incluem desde a responsabilidade, passando pelo conhecimento das leis e chegando à habilidade de se colocar no lugar dos clientes. Mas sabia que o poder de persuasão é um dos aspectos mais importantes e, no entanto, muito ignorado no cotidiano da advocacia? E o melhor é que essa característica pode tranquilamente ser adquirida ao longo da vida! Quer saber mais sobre essa habilidade? Então confira nosso post:

O poder da persuasão verbal no dia a dia do advogado

Desde o trato com clientes e estagiários até o dia a dia no fórum e nos tribunais, praticamente todas as atividades de um advogado envolvem a prática da persuasão. É preciso, por exemplo, convencer sua equipe a dar 110% de atenção para cada cliente, evitando erros e oferecendo o melhor serviço possível, assim como é preciso argumentar com cada cliente sobre as melhores soluções para seus problemas, por mais que elas possam lhe parecer mais trabalhosas ou difíceis à primeira vista. Isso sem contar que no cotidiano do fórum e dos cartórios é preciso convencer servidores e magistrados a darem uma atenção a mais aos argumentos de seu cliente ou a movimentarem um determinado processo com mais agilidade.

As argumentações escritas também usam a persuasão

A prática advocatícia por meio da escrita também exige um aguçado poder de persuasão. Em petições inicias, contrarrazões e memoriais, por exemplo, é preciso demonstrar ao juiz e aos servidores, por meio de uma escrita lógica e sucinta, que seu cliente merece ganhar aquela ação. O mesmo acontece quando se está negociando um contrato ou lidando com atos administrativos cotidianos. Em todas essas situações é imprescindível escrever com clareza, objetividade e boa argumentação.

O poder da persuasão como estratégia para o sucesso

Qualquer estratégia de sucesso na área jurídica envolve o desenvolvimento de habilidades de persuasão. Mas como adquirir essas habilidades e, consequentemente, aprimorar seu desempenho como advogado? O primeiro passo é se preparar bem para a profissão. No dia a dia, isso significa estar sempre atualizado sobre as mais recentes mudanças legislativas e sobre os julgamentos dos tribunais superiores, bem como, obviamente, conhecer de perto o caso de cada um de seus clientes.

Naturalmente, esse preparo gera mais confiança e segurança sobre aquilo que se fala e pleiteia em nome do cliente, o que é essencial para convencer juízes, servidores e até mesmo a parte contrária a atender a seus pedidos. Além disso, é preciso adquirir uma certa familiaridade com seu interlocutor, desde que isso não seja confundido com informalidade! Ao tratar quem pretende persuadir de forma cortês, polida, respeitosa e de igual para igual, você automaticamente aumenta as chances de ser bem-sucedido em seus pedidos.

E o mesmo ocorre para quem procura conhecer de perto as pessoas com quem trabalha, fazendo questão de se lembrar de seus primeiros nomes e perguntar algumas informações pessoais, concentrando-se na conversa com elas e estabelecendo estratégicos laços de confiança ao longo do tempo.

O poder da persuasão é fundamental para suas argumentações, mas existem outras técnicas que farão com que você maximize suas negociações, confira quais são em nosso e-book gratuito Técnicas infalíveis de NEGOCIAÇÃO para advogados.

E então, o que achou dessas informações? Tem outras sugestões sobre como aprimorar o poder de persuasão em seu dia a dia? Deixe suas dicas aqui nos comentários!

Entenda a importância do sigilo no trabalho do advogado correspondente

O sigilo profissional é uma das principais regras da advocacia, especialmente porque a preservação de informações confidenciais do cliente protege o próprio exercício da profissão. E a verdade é que a relação entre os clientes e seus advogados precisa mesmo ser baseada na confiança, certo? Afinal de contas, só assim as cartas serão claramente colocadas à mesa. Isso sem contar que alguns fatos devem permanecer desconhecidos do público geral, pois podem prejudicar os interesses do próprio cliente. E obviamente essa regra também vale para o advogado correspondente! Quer saber mais sobre a importância do sigilo para os colaboradores jurídicos? Então leia nosso post de hoje:

Uma questão de ética

Na filosofia, a ética é considerada um comportamento bom para o indivíduo que a pratica e, também, para a sociedade em que ele vive. Dessa forma, considerando que o advogado deve proteger os direitos dos seus clientes, a ética deve ser tratada como um conjunto de princípios que guiarão a conduta do profissional a todo instante.

Violar o sigilo cria uma censura moral, além de manchar a reputação dos advogados que divulgam informações privadas. Assim, desrespeitar a confidencialidade das informações obtidas pode repercutir de maneira extremamente negativa entre os potenciais clientes e também no próprio meio da comunidade jurídica.

Isso se aplica de forma parecida ao advogado correspondente, afinal, se ele não transmite a devida segurança aos contratantes quanto à sua seriedade e à sua ética profissional, possivelmente terá grandes dificuldades para conseguir novos trabalhos.

Um dever profissional

Mas a censura moral não é a única punição para quem infringe as regras do sigilo! Existem normas e leis estabelecidas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que preveem multas e punições em caso de transgressão.

De acordo com o artigo de número 34 do estatuto da OAB, constitui infração disciplinar violar, sem justa causa, o sigilo profissional. Essa falta é punida com censura ou com a suspensão do exercício da profissão por um período que varia entre 30 dias e 12 meses. Há casos em que a sanção pode até ser a exclusão dos quadros da ordem. Isso acontece quando a suspensão é aplicada 3 vezes ou quando o profissional é considerado moralmente inapto para o exercício da advocacia. Para isso bastam casos recorrentes de quebra de sigilo.

Contudo, se o advogado tiver uma justa causa para a divulgação das informações — como nos casos em que há ameaça ao direito à vida e à honra ou quando o profissional se vê afrontado pelo próprio cliente e, em defesa própria, tenha que revelar segredos —, a punição não pode ser aplicada.

Um assunto penal

A quebra do sigilo profissional é tão séria que, por uma questão de política criminal, foi elevada ao status de crime! O artigo 154 do Código Penal determina que é delituosa a conduta de “revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem”.

Dessa forma, quem revela informações obtidas graças à atividade advocatícia e quebra a confidencialidade está sujeito às penas previstas no Código Penal, que são multa ou detenção de 3 meses a um ano.

Agora que não restam dúvidas de que o sigilo é importante para todo profissional de direito — e, principalmente, para o advogado correspondente —, já que integridade moral é seu principal cartão de visita, compartilhe conosco suas opiniões nos comentários! E para você não ficar com qualquer dúvida quanto ao princípios éticos da OAB, não deixe de conferir o nosso e-book: O Código de Ética da OAB e seus principais pontos.

 

Conheça um pouco da história do dia do advogado

artigo dia do advogado

O dia do advogado é comemorado no dia 11 de agosto. Você conhece a origem dessa data? E o termo “honorário”, qual será o seu real significado? Se quer saber a resposta para essas e outras perguntas, continue lendo este artigo dedicado especialmente a essa data.

O dia do advogado

No dia 11 de agosto foi estabelecido em nosso país o dia do advogado, para comemorar a inauguração das duas primeiras escolas de Direito do Brasil, fundadas em 1827 pelo imperador D. Pedro I. Elas foram instaladas em Olinda, no Mosteiro de São Bento (atual Faculdade de Direito da UFPE), e em São Paulo (atual Faculdade de Direito da USP).

Tendo em vista que o então imperador havia proclamado a Independência do Brasil alguns anos antes e criado, em 1824, a nossa primeira Constituição, era primordial que se formassem profissionais brasileiros para executar e aplicar as leis e é por essa razão que essas escolas foram fundadas.

Curiosamente, graças às escolas de Olinda e de São Paulo, o século XIX no Brasil contou com a formação de vários bacharéis em Direito, que não necessariamente seguiram a carreira jurídica.

Isso ocorreu porque, como o Direito era o único curso disponível naquela época, muitos intelectuais brasileiros famosos se formaram nessas escolas. Destes, podemos citar Castro Alves, Gonçalves Dias, Joaquim Nabuco, Pontes de Miranda, Silvio Romero, Tobias Barreto, dentre outros.

Considerando que a Universidade de São Paulo só foi fundada na década de 1930, muitos dos ideais filosóficos e sociológicos desse período histórico do Brasil tiveram origem nos primeiros cursos de Direito.

Dessa forma, os pensamentos mais revolucionários da época surgiram entre os intelectuais do meio jurídico. Um exemplo foi a Escola de Recife, sob a liderança de Tobias Barreto. Essa escola teve importante papel nos estudos dos filósofos de língua alemã, essenciais para o Direito até hoje.

O “dia da pendura”

Também conhecido como “Dia do Pendura”, o 11 de agosto recebeu esse apelido por, na época, comerciantes próximos, em comemoração à inauguração das escolas, decidirem que os jovens estudantes não precisariam pagar pelo o que consumissem. Com o passar dos anos, o número de estudantes aumentou e os comerciantes começaram a ter prejuízo e acabaram encerrando o “dia do pendura”.

Porém, em 1930, no Largo do São Francisco, os estudantes voltaram com a brincadeira. Assim, até hoje, em muitas faculdades de Direito do Brasil, estudantes costumam comer e lembrar da tradição de não pagar a conta. Após o final da refeição, todos eles entoam: “Garçom, tira a conta da mesa e bota um sorriso no rosto, seria muita avareza cobrar do 11 de agosto!”.

Curiosamente, no Brasil também se comemora, no dia 11 de agosto, o Dia do Garçom, como uma forma de reconhecimento pelo trabalho redobrado desses profissionais no dia do pendura.

Outras datas

Mas não é só o dia do advogado que é importante para a advocacia. Há outras datas que merecem a nossa lembrança e comemoração. São elas:

  • dia 20 de junho – Dia do Advogado Trabalhista;
  • dia 28 de junho – Dia do Estagiário;
  • dia 2 de dezembro – Dia do Advogado Criminalista;
  • dia 8 de dezembro – Dia da Justiça;
  • dia 14 de dezembro – Dia Nacional do Ministério Público;
  • dia 15 de dezembro – Dia da Mulher Advogada.

Santo Ivo, o padroeiro

O dia 19 de maio marca o dia do falecimento de Santo Ivo, considerado padroeiro dos advogados. Por essa razão, muitos países comemoram o dia do advogado e do estudante de Direito nessa data.

Ivo de Kermatin, que nasceu em 1253 na Bretanha, começou a estudar Direito aos 14 anos, primeiramente em Paris e, depois, na cidade de Orleans.

Na universidade, estudou Filosofia, Teologia, Direito Civil e Direito Canônico, com preferência por essas duas últimas matérias. Por meio de seus estudos e de sua formação jurídica, atuou em defesa daqueles que não tinham condições de pagar por assistência judiciária e, por isso, recebeu o título de “Advogado dos Pobres”.

O padroeiro dos advogados também seguiu carreira de sacerdote e, por quatro anos, atuou como juiz eclesiástico na diocese de Rennes. Mesmo durante a sua atuação como juiz, Santo Ivo não deixou de ajudar os mais necessitados. Naquela época, oferecia a eles os seus emolumentos, para que pudessem pagar por uma defesa jurídica.

E, como sacerdote, seguiu no cuidado dos miseráveis com a construção de um hospital, onde ele próprio tratava dos enfermos. Santo Ivo, padroeiro dos advogados, é um exemplo para todos os profissionais dessa área, que trabalham com integridade, dedicação e com o objetivo de construir um futuro melhor para a sociedade.

Se quiser ler um pouco mais sobre o assunto, confira nosso artigo sobre Santo Ivo, Patrono dos Advogados.

Curiosidades sobre os advogados

Além de falarmos um pouco sobre as datas comemorativas para os advogados e advogadas, vamos contar também algumas curiosidades interessantes sobre a profissão. Confira!

O significado da palavra

O termo advogado tem origem na palavra latina “advocatus”, proveniente da junção entre o prefixo “ad”, que significa aproximação, e “voco”, que tem o significado de chamar. Ou seja, o “advogado” é o profissional chamado para atuar em conjunto com o autor ou o réu da ação, em sua defesa.

Curso antigo

O primeiro curso de Direito foi estabelecido em Bolonha, na Itália, no ano de 1150, o que comprova que esse é um dos cursos mais antigos existentes no mundo.

Origem dos honorários

A contraprestação pelos serviços advocatícios tem um nome muito conhecido, os honorários, mas essa não é uma criação do mundo moderno.

Já na Grécia Antiga, os mestres sofistas, por seu alto poder de argumentação e persuasão, eram contratados para realizar defesas. Em troca, os cidadãos defendidos lhes pagavam uma quantia, chamada de “honorarius”, palavra proveniente do latim, que significa “em honra de”.

Mas os honorários advocatícios, propriamente ditos, só foram criados em Roma, durante o governo do imperador Cláudio 41 d.C. a, que instituiu um pagamento aos advogados por ação que atuasse, na forma de honorário.

Data Venia

Muitos juristas fazem uso constante da expressão “Data Venia”, mas não raras vezes não conhecem o seu significado.

Também de origem latina, o termo pode ser traduzido para o português como “dada a permissão” e é usada pelos advogados e advogadas quando pretendem discordar do juiz ou do representante da parte contrária.

Os advogados e advogadas são profissionais e cidadãos que lutam pela democracia e em defesa da Constituição. Eles enfrentam um longo processo de estudos e especializações, para compreender melhor as leis e os direitos e deveres que todos nós devemos respeitar.

Gostou do post? Compartilhe-o com seus amigos e colegas advogados e advogadas, para que também saibam essas curiosidades sobre esta profissão tão importante! E agora que você já conhece o passado, porquê não descobrir o futuro? Não deixe de aprender diversas novas habilidades sobre o Direito 4.0 em nosso curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Mestres dos thrillers jurídicos que você precisa conhecer: John Grisham

Como estudante ou profissional do Direito, você certamente já deve ter se deparado com os suspenses criados pelo escritor norte-americano John Grisham. Seja na literatura, no cinema, e até nas séries de TV, seus thrillers jurídicos sempre foram grandes sucessos de público e crítica, e fizeram dele um dos autores mais lidos dos EUA. Uma matéria de 2012, inclusive, indica que ele já tinha vendido mais de 272 milhões de exemplares de seus livros.

Grisham, inicialmente, trabalhou como advogado e como deputado pelo estado do Mississipi, entre os anos de 1984 e 1990. Depois de alguma dificuldade tentando encontrar editoras que pudessem publicar seu primeiro livro, Grisham encontrou enorme sucesso popular, com obras como O Dossiê Pelicano e A Firma.

Vamos descobrir algumas das obras mais famosas deste renomado autor?

Tempo de Matar (1989):

Grisham teve a inspiração para seu primeiro livro depois de ele assistir ao testemunho de uma garota de 12 anos que foi violentada e espancada. Perturbado com o caso, Grisham escreveu aquele que se tornaria seu primeiro sucesso. A história se passa na cidade de Clanton, no Mississipi, e fala sobre uma garota negra de dez anos que é estuprada por supremacistas brancos drogados. Enraivecido, seu pai busca fazer justiça com as próprias mãos, e acaba matando os dois criminosos. Porém, o homem é preso, e cabe ao advogado Jake Brigance defendê-lo da pena de morte.

Além da trama moralmente complexa, John Grisham explora nessa novela as relações e o preconceito existente entre brancos e negros no sul dos Estados Unidos. Enquanto muitos apoiam o Carl Hailey, o pai da garota, outros consideram inadmissível que um negro assassine um branco. Até mesmo a infame Ku Klux Klan entra na briga, ameaçando a vida do próprio advogado.

Depois do sucesso de bilheteria de outras adaptações dos livros de Grisham para o cinema, Tempo de Matar foi levado para as telas em 1996, com direção de Joel Schumacher e estrelando Matthew McConaughey como Jake Brigance e Samuel L. Jackson como Carl Hailey, além de Sandra Bullock e Kevin Spacey como coadjuvantes. Assim como outras produções baseadas nas obras de Grisham, Tempo de Matar foi um sucesso de crítica e bilheteria, arrecadando mais de 152 milhões de dólares mundialmente.

A Firma (1991):

O segundo livro de John Grisham foi também um de seus mais bem sucedidos: em 1993, ele ficou famoso por ter vendido mais de 1,5 milhão de cópias nos EUA. O thriller conta a história do jovem e esforçado advogado Mitch McDeere, que acabou de se formar como um dos primeiros da turma na Faculdade de Direito de Harvard. Ele acaba entrando na Bendini, Lanbert e Locke, uma rica firma especializada em Direito Tributário. No início, tudo parece maravilhoso: a firma ajuda Mitch a pagar suas dívidas e aluga uma BMW para ele. Porém, ele começa a perceber que tem algo errado com sua firma: dois sócios morreram num acidente nas Ilhas Caimãs, e a empresa se orgulha de suas medidas de segurança exageradas.

Um dia, jantando sozinho, Mitch se encontra com um agente do FBI, que diz que que a Bendini, Lanbert e Locke é uma firma falsa e que ele está em perigo. Obrigado a cooperar com o FBI, mas ainda sob a mira da firma, Mitch se envolve numa conspiração perigosa, que pode lhe custar sua própria vida e a de sua esposa.

Em 1993, o livro foi adaptado ao cinema, com direção do grande Sydney Pollack, e estrelado por Tom Cruise, Gene Hackman, Ed Harris e Holly Hunter, que recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo papel. Quase duas décadas depois, em 2012, foi lançada uma série, também intitulada A Firma, que continuava as aventuras de Mitch McDeere dez anos depois dos eventos do filme e do livro. Exibida nos EUA pela NBC, a série durou apenas uma temporada, composta por 22 episódios.

O Dossiê Pelicano (1992):

Tão famoso quanto A Firma, O Dossiê Pelicano fala sobre o assassinato de dois juízes da Suprema Corte dos EUA de opiniões divergentes, o liberal Rosenberg e o conservador (porém secretamente homossexual) Jensen. Suas mortes são investigadas pela jovem e brilhante estudante de Direito Darby Shaw, que elabora um dossiê contendo seus estudos sobre os assassinatos. Darby descobre os assassinatos tem conexão com uma perigosa conspiração envolvendo uma companhia petrolífera, a empresa Fundo Verde e a extinção do pelicano marrom.

Os explosivos dados no dossiê de Darby, porém, são capazes de abalar toda a estrutura política americana, e causar até a derrubada do presidente. Assim, a jovem passa a ser perseguida por misteriosos assassinos, e conta apenas com a ajuda do jornalista político Gray Grantham para desvendar o mistério.

O Dossiê Pelicano chegou aos cinemas em 1993, estrelando Julia Roberts como Darby Shaw e Denzel Washington como Gray Grantham. Na direção, Alan J. Pakula, que transformou o longa num thriller recheado de suspense.

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O Cliente (1994):

Quarto livro do autor, O Cliente conta a história de Mark Sway, um garoto de onze anos que testemunha o suicídio de um advogado de Nova Orleans. Antes de sua morte, porém, o sujeito conta ao menino um segredo envolvendo o assassinato de um senador da Louisiana por um mafioso que está prestes a enfrentar o tribunal. Mesmo pressionado pelas autoridades, Mark decide revelar o segredo apenas à advogada durona Reggie Love, que passou sua vida defendendo menores de abusos.

O problema é que tudo indica que Mark e Reggie se envolveram numa trama criminosa que ameaça aos dois. Correndo perigo, Mark surge com uma ideia maluca, mas que precisa dar certo para salvar a sua vida e a da advogada. Novamente, a trama combina o suspense e as reviravoltas que deram fama aos thrillers anteriores do autor.

Sua adaptação ao cinema saiu em 1994, estrelada por Sandra Bullock e Tommy Lee Jones. A crítica e o público aprovaram, de modo que, no ano seguinte, uma série de televisão estrelada pela atriz JoBeth Williams como Reggie estreou no canal americano CBS. A série durou 21 episódios, exibidos ao longo de uma temporada.

O Homem que Fazia Chover (1995):

O livro conta a história do advogado recém-formado Rudy Baylor, que precisa enfrentar uma corrupta companhia americana. Para isso, porém, Rudy terá como adversários nos tribunais os experientes advogados da companhia, que tem o costume de devorar figuras como ele. Mesmo assim, Rudy não se intimida, e luta para desvendar uma milionária fraude na área de saúde.

A trama costurada por John Grisham traz críticas ácidas à corrupção na economia americana, que costuma favorecer os poderosos e prejudicar os mais humildes.

A adaptação para os cinemas foi estrelada por Matt Damon como Rudy, e dirigida por ninguém menos que Francis Ford Coppola – o responsável por clássicos como a trilogia O Poderoso Chefão e Apocalypse Now. Apesar do longa não ter sido tão bem sucedida nas bilheterias quanto as outras adaptações do escritor, ela foi bem recebida pela crítica, e o próprio Grisham diz que esta é sua adaptação preferida de seus livros.

O Júri (1996):

A história gira em torno de um caso que coloca frente a frente uma poderosa companhia fabricante de cigarros e uma pobre viúva, que perdeu seu marido aos 51 anos, vítima de câncer. O julgamento, porém, é secundário: o verdadeiro protagonista aqui são os bastidores dos processos judiciais no sistema norte-americano.

Grisham aqui discute temas espinhosos como a manipulação do júri e as manobras sujas que ocorrem dentro dos processos, além da influência da mídia em casos famosos. Além disso, o autor também se propõe a falar sobre o tabagismo, um problema preocupante para qualquer família.

A adaptação para os cinemas chegou em 2003, seguida por uma republicação da obra de Grisham. No elenco, estrelas como John Cusack, Dustin Hoffman e Rachel Weisz. Assim como em O Homem que Fazia Chover, a bilheteria pode não ter sido muito grande, porém o longa foi bem recebido pela crítica e pelo próprio autor, que o chamou de “inteligente”.

Grisham também é o autor de obras como O Sócio (1997), A Casa Pintada (2001) e O Inocente (2006), seu primeiro livro baseado em fatos reais, além da série para crianças de 9 a 13 anos Theodore Boone, que conta as aventuras de um advogado mirim. Contando com cinco livros publicados até hoje, a série, além de divertir, também se propõe a informar às crianças sobre a lei.

Missionário pela Igreja Batista, Grisham inclusive já viajou ao Brasil, realizando trabalhos voluntários no Pantanal e inaugurando quadras esportivas na cidade de Corumbá (MS).

E você, já leu algum dos livros do autor? Conte para a gente quais os seus preferidos, nos comentários logo abaixo ou em nossa fan page!

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6 ferramentas para advogados gerenciarem suas atividades diárias

No ambiente jurídico, é essencial se organizar para conseguir cumprir prazos e desenvolver adequadamente certas tarefas repetitivas, bastante comuns a escritórios. Por conta disso, muitos advogados vêm adotando aplicativos pra lá de úteis para dispositivos móveis, a fim de gerenciar melhor suas tarefas e facilitar as ações rotineiras, aproveitando qualquer “brechinha” do dia para colocar a agenda em ordem. Que tal conhecer algumas ferramentas que ajudam no dia a dia dos advogados? Então confira nosso post e conheça os apps que vão simplesmente transformar sua vida no escritório!

LawRD

Esse programa permite que advogados meçam o retorno do investimento feito por meio de relatórios vigorosos e do monitoramento de variáveis críticas do escritório de advocacia, independentemente de seu porte ou de sua especialidade. Os focos do LawRD estão na rentabilidade e na produtividade do time. Com esse recurso, fica muito mais fácil manter o controle das despesas e do tempo em um timesheet, faturar os clientes detalhadamente, além de indicar a posição financeira de qualquer caso a praticamente qualquer momento.

Go to Meeting

Muitas vezes as reuniões com clientes e parceiros de negócios tomam bastante tempo, não é mesmo? Porém, é ainda pior quando se perde tempo no deslocamento até o local do encontro! Por essas e outras é que as videoconferências são um ótimo recurso para trocar informações e solucionar questões por meio on-line. O Go to Meeting permite que você fale com quem quiser e de onde estiver, pelo formato de vídeo, controlando os acessos aos participantes do bate-papo.

Clio

Esse é um software de gerenciamento bastante prático. Baseado na nuvem, o Clio é considerado um dos sistemas mais abrangentes e fáceis de usar entre os aplicativos estrangeiros da atualidade. Exatamente por isso, já é utilizado por milhares de profissionais da área jurídica nos Estados Unidos e em diversos outros países. É possível começar a utilizar boa parte de suas funcionalidades de maneira gratuita.

Rocket Matter

Software voltado para gestão de tempo e de afazeres, tudo reunido em um só local, oferecendo agendamentos dos compromissos, relatórios das tarefas cumpridas e rastreamento das despesas do escritório. O sistema do Rocket Matter ainda se integra ao Skype, permitindo acessá-lo remotamente. Vale ressaltar que esse recurso é todo em inglês e custa cerca de 60 dólares por cada usuário ao mês.

Remember the Milk

Gerenciador de tarefas com interface amigável e versão gratuita para todos os dispositivos móveis. Com ele, o advogado pode criar diversas listas de tarefas, classificadas por prioridade ou prazo. O Remember the Milk ainda conta com um sistema de lembretes e de compartilhamento de tarefas para grupos de trabalho.

Canva

O Canva é um software de design gratuito, fácil de usar e completamente online, sem a necessidade de realizar o download de nenhum programa. Com ele, você pode criar designs rápidos, como logotipo para seu escritório ou cartão de visita para gerar mais clientes e networking.

E você, já utiliza a tecnologia a seu favor no dia a dia do escritório? Quais aplicativos tornam seu trabalho mais rápido e organizado? Se quiser conhecer outros aplicativos importantes para facilitar o seu cotidiano, acesse nosso post com os 7 apps que todo advogado deve conhecer!

Gostou de ler sobre tecnologia para advogados? Se quiser aprofundar mais no assunto, não deixe de conferir nossos vídeos sobre novas tecnologias aplicadas ao Direito no curso Direito 4.0: ganhe dinheiro na nova era do direito.

5 advogados que são verdadeiros (super) heróis

Que o advogado é um profissional que luta pela justiça e pelos direitos do cidadão, todos nós já sabemos. Porém, no fantástico mundo dos quadrinhos (e do cinema e da TV), os profissionais da lei podem não apenas combaterem criminosos nos tribunais como também com os próprios punhos, mesmo sendo cegos ou verdes. Vamos conhecer esses incríveis super-heróis da lei?

1-) Demolidor

Este famoso herói dos quadrinhos Marvel foi criado em 1964 pelo mago das HQs Stan Lee (também responsável pelo Homem-Aranha, os X-Men e vários outros), junto com os artistas Bill Everett e Jack Kirby. Lee, na época, promovia uma verdadeira revolução nos quadrinhos de super-heróis, adicionando novas camadas de complexidade e dramas mais humanos, e não foi diferente com o Demolidor: Matt Murdock é um sujeito que, na infância, perdeu a visão após um acidente, porém acabou ganhando novas habilidades como um “senso de radar” que o permite “sentir” o ambiente ao seu redor, além de uma audição melhorada.

Ele é criado por seu pai, o boxeador Jack “Batalhador” Murdock, que ensina fortes valores morais a seu filho. Porém, após vencer uma luta que ele deveria perder, Jack acaba assassinado por bandidos, o que gera em Matt um grande desejo de ajudar sua vizinhança a se livrar da criminalidade. Assim, quando adulto, ele se forma em Direito e, com a ajuda de seu amigo na faculdade Foggy Nelson, a dupla abre um escritório de advocacia cuja missão é ajudar as pessoas mais humildes de seu bairro. Durante o dia, Matt é um defensor justo e idôneo, sempre disposto a ajudar os mais pobres e, à noite, ele se veste como o Demolidor, um super-herói que usa de suas novas habilidades atléticas para combater o crime.

Apesar de sua complexidade, o personagem teve uma história irregular na editora, e só foi atingir o estrelato na década de 1980, na fase escrita por Frank Miller. O quadrinista colocou o herói em tramas sombrias e violentas, que definiram seu estilo mais soturno, e o levaram ao ápice de sua popularidade na Marvel. Mais recentemente, a fase escrita por Mark Waid também angariou elogios da crítica, dos fãs, além de vários prêmios Eisner (o “Oscar” das HQs). Procure por estas duas, se você quiser conhecer melhor o personagem.

Nas telas, o Demolidor estreou com um lamentável filme, em 2003, estrelado por Ben Affleck, que foi um fracasso de crítica (e também gerou outro longa pior ainda, o horrendo spin-off Elektra). Porém, recentemente, a Netflix deu uma nova chance ao Homem Sem Medo, com uma série em 13 episódios, que recontava sua origem e era um retorno ao seu estilo mais violento e soturno. Contando a história do conflito entre o Demolidor e o vilão Wilson Fisk (também conhecido como “Rei do Crime”), a série foi elogiada por público e crítica, e já tem uma segunda temporada a caminho, em 2016. Com certeza vale uma maratona no fim de semana.

2-) Mulher-Hulk

Prima de Bruce Banner, mais conhecido como o temível Hulk, Jennifer Walters também foi infectada por “Raios Gama, o que fez com que ela também se transformasse num monstro verde. Porém, diferentemente do Hulk, Jen (como é carinhosamente apelidada) é capaz de manter o controle mesmo em sua forma mais “monstruosa” (que acabou se tornando definitiva).

Próximos durante a infância, Bruce e Jennifer acabaram seguindo por caminhos diferentes quando adultos. Jen se formou em Direito e se tornou uma advogada inteligente, feroz e idealista, sempre disposta a lutar pelo direito dos mais pobres e das minorias nos tribunais. Um dia, porém, ela recebeu a visita de Banner, algum tempo depois do primo virar o Hulk, que queria restabelecer os laços com a prima. Naquela ocasião, porém, ela acabou sofrendo um atentado pelas mãos de bandidos. Perdendo sangue rapidamente, Banner percebeu que ele era a única pessoa que poderia salvá-la, pois ele era um doador compatível. O problema era que o sangue do cientista já estava infectado com os raios Gama, os mesmos que também eram responsáveis por transformá-lo no Hulk. Dessa forma, Jennifer também foi infectada, e, quando os mesmos criminosos tentaram ataca-la, ela se transformou numa espécie de versão feminina do Hulk: verde, grande e extremamente forte.

Porém, ao contrário de seu primo mais famoso, a Mulher-Hulk, como ficou conhecida, consegue manter sua personalidade mesmo com o corpo transformado – embora, assim como o Hulk, ela ganhe tamanho e força conforme se enraivece. Mantendo o idealismo, ela luta tanto nos tribunais quanto fora deles pela justiça. Com uma personalidade mais, digamos, amigável que a do primo, Jen já foi parte de uma série de super-equipes do universo Marvel, como os Vingadores, os Heróis de Aluguel, Quarteto Fantástico, Defensores e a S.H.I.E.L.D., e inclusive chegou a defender a existência de seu universo (!) perante o Tribunal Vivo, uma poderosa entidade cósmica. Ela é mais um dos casos de uma personagem criada para ser a típica contraparte feminina de um herói masculino famoso, e acabou ganhando sucesso próprio, com sua combinação de inteligência e força.

Por enquanto, infelizmente, não há planos de leva-la para as telas. Porém, com a expansão do chamado “Universo Cinematográfico da Marvel”, que se espalha por cinema, TV e VOD, quem sabe a empresa não dê uma chance a esta heroína?

3-) Nathan Petrelli

Interpretado por Adrian Pasdar na série Heroes, Nathan é um advogado ambicioso e pragmático, que almeja concorrer para senador. Entretanto, ele é um dos personagens que acaba ganhando um super-poder após um eclipse, no caso, a capacidade de voar. O problema é que, diferentemente da maioria dos super-heróis, Nathan não sai por aí combatendo o crime. Ele acaba vendo sua nova habilidade mais como um problema que pode atrapalhar seus planos políticos do que como uma bênção. Decididamente um anti-herói, Nathan tem uma relação complexa com seu irmão Peter (Milo Ventimiglia) e com sua mãe Angela, que pode estar envolvida numa perigosa conspiração.

A primeira temporada gira em torno da ameaça crescente do vilão Sylar, um serial killer com super-poderes, que pode provocar uma catástrofe. Um grupo desorganizado de pessoas que também descobriram seus poderes devem enfrentá-lo e impedir um futuro sombrio. Nathan, inicialmente incerto e cego por suas ambições, deve se unir ao seu irmão para impedir o desastre.

Nas temporadas seguintes (apelidadas de “Volumes”), Nathan enfrenta ameaças como um poderoso vírus e, no Volume 4 (a segunda metade da terceira temporada) ele chega ao ponto de se tornar o antagonista da série, com um plano do governo para aprisionar todas as pessoas com habilidades especiais. Mais tarde, porém, ele acaba traído e deve se juntar aos fugitivos.

A série, porém, sofreu com a irregularidade: depois de uma brilhante e premiada temporada de estreia, os Volumes seguintes não corresponderam às expectativas e a série teve seu melancólico fim na quarta temporada. Este ano, porém, o canal americano NBC irá dar uma nova chance à série com o reboot Heroes: Reborn. Infelizmente para seus fãs, porém, Nathan não estará na série – ao menos, não inicialmente. Enquanto isso, procure assistir ao excelente Volume 1 da série (e ignore os seguintes).

4-) Caçador – Mark Shaw e Kate Spencer

Na complicadíssima cronologia do universo da DC Comics, existem uma grande quantidade de heróis e anti-heróis com esse nome (Manhunters, no original), incluindo os Caçadores Cósmicos (inimigos da Tropa dos Lanternas Verdes) e o famoso Caçador de Marte (também conhecido como Ajax). Os que iremos tratar agora, porém, são duas figuras que assumiram o manto de Caçadores. O primeiro é Mark Shaw, um advogado que acaba ficando cada vez mais frustrado com a forma como os criminosos continuavam escapando da justiça. Seu tio Desmond, porém, o introduz à uma antiga seita de combatentes do crime, os Caçadores, androides criados pelos Guardiões de OA para manter a ordem intergaláctica. Os métodos violentos dos Caçadores, porém, fizeram com que os Guardiões se virassem contra eles.

Decididos a destruir seus criadores, os Caçadores, com ajuda de Shaw, enfrentam o herói Lanterna Verde e a Liga da Justiça. Shaw, porém, ao ver que estava trabalhando para robôs, mata o Grão-Mestre, o líder da seita. Na prisão, ele tem a oportunidade de se juntar ao Esquadrão Suicida e, mais tarde, ele se torna um caçador de recompensas, que captura bandidos por dinheiro, e alternou entre os postos de mocinho e vilão.

Alguns anos mais tarde, outra personagem viria a assumir o título (embora sem ligação com os vilões cósmicos): Kate Spencer também era uma advogada desgostosa com os criminosos que escapavam da prisão, e que decidiu combater o crime por conta própria. Contando com uma roupa formada por partes de uniformes de outros heróis e vilões (incluindo uma luva do Batman), Kate combatia o crime em Gotham City. Sua revista durou de 2004 a 2007, e tinha participações especiais de outros Caçadores, incluindo Shaw, Dan Richards, Chase Lawler e Kirk DePaul. Apesar disso, tais figuras até hoje permanecem como obscuros personagens do universo DC.

5-) Homem-Pássaro

Se todas os personagens do post são advogados que ganham super-poderes, o último fez o caminho inverso. O Homem-Pássaro, originalmente, foi um super-herói criado pela Hannah Barbera em 1967, que (você já imaginou) tinha asas que o permitiam voar, além de disparar rajadas de energia pelas mãos. Na década de 1990, ele foi ressuscitado pelo Cartoon Network como um coadjuvante deprimido e desempregado da animação para adultos Space Ghost Costa a Costa, e, em 2000, ele ganhou sua série própria.

Em Harvey, O Advogado, o Homem-Pássaro (agora rebatizado como Harvey) defendia nos tribunais antigos personagens da Hannah Barbera, em versões bizarras e exageradas: Salsicha e Scooby-Doo, por exemplo, são levados a julgamento por porte de maconha. Enquanto isso, os vilões que o Homem-Pássaro enfrentava na série dos anos 60 retornam como advogados defendendo o outro lado ou juízes.

As histórias frequentemente usavam um humor non sense, conforme os antigos ícones infantis recebiam qualidades mais humanas e realistas. Divertida e exagerada, a série foi elogiada pelo seu humor esperto, e foi exibida no bloco adulto do Cartoon Network, o Adult Swim.

Se quiser outras boas indicações, não deixe de baixar nosso e-book com 50 Filmes e 10 Séries que Todo Advogado Precisa Conhecer.

E você, conhece outros advogados super-heróis da ficção? E o que achou das sugestões? Deixe seu comentário aí embaixo.

O que conferir antes de contratar um advogado correspondente

Tanto escritórios como advogados autônomos antenados com as facilidades da modernidade que precisam acompanhar processos e realizar diligências em outras localidades provavelmente já contam com a advocacia de apoio. E a verdade é que, atualmente, a distância realmente não é mais uma questão problemática para muitos profissionais da área jurídica, pois com a contratação de um advogado correspondente é possível realizar um adequado acompanhamento processual sem ter que se deslocar a todo momento. Além de ser uma opção mais econômica, porque poupa diversos deslocamentos e tempo, essa alternativa possibilita que o advogado ofereça serviços mais acessíveis e de forma cada vez mais eficiente.

Antes de contratar um advogado de apoio, no entanto, é necessário verificar alguns fatores que podem ser grandes diferenciais na hora de encontrar um profissional que esteja realmente alinhado com suas expectativas e devidamente capacitado para atender às demandas do seu negócio. Você por acaso sabe que fatores são esses? Pois confira agora se você já faz do jeito certo:

Verifique sua inscrição na OAB

Antes de efetivamente formalizar a contratação de um advogado correspondente, cheque se o profissional está mesmo ativo no Cadastro Nacional dos Advogados. Esse cadastro, mantido pelo Conselho Federal da OAB, informa se o profissional está em dia com suas obrigações, podendo exercer suas funções tranquilamente.

Avalie suas referências

Por mais que o Cadastro Nacional dos Advogados já dê uma boa ajuda, ele na verdade só informa se o profissional está em dia com sua anuidade, não registrando quaisquer informações sobre seu histórico, bem como sobre seu envolvimento em processos de ética, por exemplo. Diante disso, é sempre importante verificar o histórico e o currículo do advogado, além de pedir referências para que seja possível ter uma avaliação prévia mais apurada acerca do profissional.

Cheque sua experiência como correspondente

Um advogado de apoio precisa ser assertivo e ágil na hora de fornecer as informações que dizem respeito ao andamento dos processos, bem como ao realizar diligências junto a qualquer órgão do judiciário e da administração pública. Por isso, cheque a experiência do profissional como correspondente, avaliando se ele possui conhecimento e jogo de cintura suficientes para ser diligente e efetivo.

Analise seu conhecimento jurídico

Outro aspecto relevante a ser analisado antes da contratação do advogado correspondente é seu currículo e sua formação profissional, afinal, são muitas as áreas do Direito que contam com procedimentos específicos, fazendo da especialização uma exigência quase obrigatória. Por isso, é bom checar se o advogado conta com o know-how exigido para auxiliar no patrocínio de suas causas.

Combine preços e condições dos serviços

A contratação de um advogado correspondente deve ser precedida de análise do custo-benefício. Por isso, é sempre importante checar com cuidado os valores que serão cobrados para a realização de diligências e o acompanhamento processual, bem como as formas de pagamento. Após o aceite, busque formalizar um contrato para que, em caso de desentendimentos, seja mais fácil solucionar qualquer tipo de problema.

Para não errar na hora de contratar um advogado correspondente, não deixe de ler nosso artigo com 3 dicas para encontrar um bom advogado correspondente.

Viu como é preciso ficar de olho em diversos fatores para garantir uma boa relação no ramo da advocacia de apoio? Pois que tal se a maioria dessas informações estivesse reunida em um só local? Está na hora de conhecer  o Juris Correspondente! Só não se esqueça de nos contar aqui sobre como a busca por profissionais correspondentes de qualidade ficou mais fácil com essas dicas, ok?

Dicas de relacionamento: a principal ferramenta de marketing do advogado

Quando falamos em prospecção de clientes e ferramentas de Marketing, existe uma série de crenças e tabus por parte dos advogados, o que dificulta o crescimento do escritório e, consequentemente, o faturamento. Algumas dessas dificuldades de captação estão relacionadas aos próprios limites do Código de Ética do setor. Por outro lado, quando perguntamos aos advogados quais as razões dificultam a busca e a conquista de clientes, muitos respondem que “não levam jeito para vendas”, “não aprendi isso na Faculdade” e há também o senso de superioridade na profissão de Direito sobre a função de vendas.

Mas poucos se tocam: o advogado é um vendedor de excelência.

Contudo, seu processo de vendas se dá muito mais por uma facilidade de relacionamento com um alto volume de negócios. Veja algumas dicas:

Um trabalho constante de coaching

“Treinar, educar, mover pessoas e vender uma ideia”. Este é o trabalho de um coach. Mas, mais do que isso, é um trabalho dos advogados de destaque do mercado. Use toda a habilidade que está no seu DNA para transformar sua marca pessoal, na principal referência de conhecimentos jurídicos.

Parcerias horizontais

Quando o assunto é relacionamento, muitas vezes pensamos em relacionamento hierárquicos: cliente x escritório.

Contudo, você pode criar parcerias horizontais, por exemplo, com escritórios de contabilidade, advogados correspondentes, outros escritórios (com focos em outras áreas) e/ou empresas de cobrança, por exemplo.

Mas lembre-se, é um processo ganha-ganha em que todos devem aproveitar as oportunidades.

Indicações

Você pode criar modelos de indicação e ações que beneficie esta prática entre seus clientes. Use a tecnologia para pegar indicações de parentes ou amigos que possam estar precisando, ou possam vir a necessitar no futuro dos serviços de seu escritório. Crie uma espécie de “brinde” para quem indicar um cliente. Pode ser desde uma caixa de bombom até um vinho caríssimo.

Networking ampliado

Um grande advogado tem “presença de palco”. Além do relacionamento com os clientes, indicações e parceiros, você deve cultivar e colocar seus “cartões de visita” nas mãos de empresários, formadores de opinião, membros de associações, sindicatos, câmaras de lojistas, etc.

Este network não gera resultados em curto prazo, a menos que você consiga se relacionar com um alto número de pessoas, de forma constante e frequente. Assim, quem sabe, você não consegue uma palestra ou seminário para participar?

Criar Relacionamentos Melhores

No mercado existe a estratégia de CRM (Customer Relationship Management ou Criador de Relacionamentos Melhores). Essas ações devem ser implementadas em qualquer empresa que deseja gerenciar vendas e crescer. As empresas que usam software de CRM tem um foco comercial somado à gestão do relacionamento com clientes e oportunidades de negócio.

Várias dessas táticas podem ser utilizadas por um advogado:

– Faça a gestão do relacionamento com parceiros, indicações, prospecções e clientes, numa plataforma de CRM (existem CRMs simples e completos por preços extremamente acessíveis. Veja aqui).
– Envie artigos para os clientes potenciais sobre assuntos que podem ser de interesse do mesmo

– Mantenha o histórico atualizado de todas essas oportunidades. Assim, você pode entrar em contato com clientes e potenciais clientes em datas especiais

– Separe suas oportunidades por segmentos, tipos de perfil, oportunidade, etc. Esses filtros podem direcionar e organizar toda sua vida.
Dê uma olhada neste infográfico que explica tudo sobre CRM. Clique aqui.

Gestão de negócios e oportunidades inativas

Mais que gerenciar os clientes ativos, o CRM vai te ajudar muito a encontrar as melhores oportunidades dentre os possíveis clientes. Além disso, você terá mais facilidade para gerenciar o relacionamento com essas pessoas. Se você conseguir somar o software de CRM com uma estratégia que cria relacionamentos melhores, você poderá manter contato com mais prospects, manterá sua presença ativa na mente dessas pessoas (no marketing, este é um conceito simplificado de “POSICIONAMENTO”) e conseguirá desenvolver todas as dicas acima com muito mais facilidade.

Uma frase para fechar o texto: “procure novos clientes para seus produtos e novos produtos para seus clientes”. O desafio, para uma empresa otimizada, é fazer isso com um alto volume de pessoas.

Além disso, se você quiser maximizar a sua visibilidade e suas estratégias de marketing, não deixe de conferir O Guia Completo de Estratégias de Marketing Jurídico para sua carreira e/ou escritório.

E você, o que faz para criar relacionamentos melhores? Quais são suas estratégias de relacionamento? Como você usa o CRM? Experimente o Plug CRM para criar relacionamentos melhores nos negócios. O teste é grátis =D

Guest post feito por Luis Lourenço, do Plug CRM, software de gestão de negócios simples e completo para pequenas e médias empresas.