Correspondente jurídico: tudo o que você precisa saber sobre o assunto!

Você já ouviu falar em correspondente jurídico? Atuar em comarcas distintas da comarca do escritório de advocacia pode parecer, a princípio, um inconveniente. Afinal, é preciso acompanhar todas as movimentações processuais, fazer carga dos autos, manifestar-se e, ainda, comparecer à audiência. Assim, mesmo que se trate de processo digital, o que ainda não está em funcionamento em todo o país, há constantemente a necessidade da presença física do patrono no local onde tramita o processo.

No entanto, esse não pode ser um empecilho à expansão do escritório, uma vez que, hoje, é possível contar com outros recursos, como a contratação de um advogado local, conhecido por correspondente, para prestar o serviço sem o responsável precisar se deslocar. Ao mesmo tempo, aquele escritório, que eventualmente contrata esse profissional, também pode diversificar sua fonte de receita e oferecer esse serviço. Já pensou nisso?

Ficou interessado em saber mais sobre o assunto? Então continue lendo o post, pois contaremos tudo o que é preciso saber sobre o trabalho desse profissional tão importante para a advocacia brasileira.

O que é o serviço de correspondente jurídico e quais são as suas características?

O serviço da advocacia correspondente consiste na prestação de um serviço por um advogado, com domicílio profissional na cidade onde tramita o processo objeto de interesse para o profissional patrono dos autos, cuja atuação acontece em cidade distinta. Isso significa que o correspondente é contratado diretamente pelo procurador do processo, e não pelo cliente, para prestar um serviço específico.

No entanto, não se trata, necessariamente, de transferir a esse advogado local os poderes de representação recebidos pelo procurador originário. Esse procurador continua sendo o patrono do processo, de modo que o correspondente atuará somente em casos específicos e sob a sua orientação, como naqueles em que é necessário apresentar o substabelecimento, com reserva de poderes para atuar, como em uma audiência.

Os serviços a serem prestados pelo correspondente jurídico são diversos. Nesse sentido, ele pode ser contratado para prestar um serviço isolado em um dado processo, seja de baixa complexidade, como retirada de cópia, protocolo, análise de andamento processual ou distribuição de carta precatória, seja de mais alta complexidade, como realização de audiência ou de sustentação oral e despacho com o juiz.

Em caso de contratação de serviço isolado, é necessário que as partes acordem, com antecedência, o preço de cada diligência. Isso porque, como dito, elas têm diferentes graus de complexidade.

Nesse contexto, o valor a ser pago por um protocolo não será o mesmo de uma audiência de conciliação e essa, por sua vez, não terá o mesmo valor de uma representação em audiência de instrução e julgamento. O ideal, portanto, é que esses valores sejam discutidos antes da realização do serviço para não haver conflito posteriormente.

Existe, ainda, a possibilidade de o advogado ser contratado para acompanhar toda a tramitação de um ou de mais processos de um mesmo escritório jurídico e, assim, reportar todos os andamentos ao procurador responsável pela demanda e proceder a todas as diligências necessárias, desde a obtenção de cópias, passando pelos protocolos, até a representação nas audiências.

Nesse caso, pode ser previamente acordado entre as partes um valor único para o acompanhamento e a realização de serviços ao longo de todo o processo.

Uma terceira possibilidade, sobretudo, nas cidades maiores, refere-se ao contencioso de massa. Os escritórios que trabalham com um grande número de processos, geralmente de um mesmo cliente e envolvendo o mesmo objeto, contratam correspondentes para prestar um serviço específico, como representação em audiência de conciliação. No início do mês seguinte, esse correspondente é remunerado de acordo com o número de audiências realizadas em todo o mês anterior.

Em todos esses casos, o importante é que haja o acordo prévio quanto ao modo de realização da demanda, sobretudo, quanto ao prazo de cumprimento, e quanto ao valor e à forma de pagamento, para que tudo possa ser feito como combinado.

Vale lembrar que para calcular o valor cobrado você deve sempre observar as tabelas de honorários disponibilizadas por cada Seccional da OAB. Elas não são obrigatórias, mas estipulam o mínimo que deve ser cobrado. Quanto mais profissionais utilizarem a tabela, menores serão as chances de leilão de serviços advocatícios, e mais valorizado será o profissional de Direito.

Assim, uma vez realizado o serviço, o correspondente deve encaminhar ao escritório que o contratou um tipo de comprovante, que irá variar de acordo com o serviço realizado (o próprio protocolo, as cópias solicitadas, a ata de audiência etc.), e o contratante deve providenciar o pagamento.

Quais regras regem essa área?

Como ressaltado no início do tópico anterior, a contratação do advogado correspondente é feita diretamente pelo advogado patrono, e não por seu cliente. Em razão disso, pode-se dizer que a relação entre eles é a de uma simples prestação de serviço jurídico, de modo que ambos devem observar os termos previamente convencionados.

Ainda assim, trata-se de serviço jurídico prestado por profissional do Direito, razão pela qual devem ser seguidos o Código de Ética e o Estatuto da Advocacia e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Nesse sentido, é interessante que os termos do serviço — notadamente o tipo de demanda solicitada, o seu prazo para cumprimento e os honorários — sejam não só discutidos com antecedência, como também registrados por escrito e por e-mail. Isso é importante para que não restem dúvidas quanto a esses termos, assim como para amparar ambas as partes em eventual divergência posterior. Afinal, o descumprimento de um prazo pode ser fatal para o sucesso da causa.

Além disso, o ideal é que alguns serviços sejam precedidos de orientação por parte do advogado contratante, principalmente as de maior complexidade, como as audiências e a sustentação oral — atos que são decisivos em um processo. Isso porque o correspondente, em geral, não está familiarizado com os autos e pode conduzi-lo de forma diferente da desejada pela banca responsável.

Ainda assim, o correspondente precisa estar comprometido com o trabalho que foi aceito por ele e atuar como se patrono fosse, empenhando-se em fazer o seu melhor e agir com profissionalismo e cumprindo com os prazos acordados, sobretudo, o de protocolo, feito no prazo derradeiro, e de representação em audiência. Ademais, em caso de imprevisto, deve entrar em contato com o advogado responsável para que esse possa agir a tempo.

Além disso, é de extrema importância que os envolvidos nessa contratação acordem honorários justos, em respeito ao Código de Ética e Disciplina da OAB, evitando valores aviltantes. Como já ressaltado, a combinação dos honorários deve levar em consideração o tipo de diligência realizada, assim como a sua complexidade, o tempo despendido para sua realização e, até mesmo, o lugar da prestação do serviço para que se chegue a um valor justo para ambos os envolvidos.

Outro ponto a ser observado pelo correspondente jurídico refere-se às demandas a que está apto a fazer, em respeito ao Estatuto da OAB. Isso porque, em não raras vezes, estagiários e bacharéis em Direito inscrevem-se como correspondentes, o que é perfeitamente possível. No entanto, eles não estão habilitados a exercer certas atividades próprias do advogado, como representação em audiência e realização de sustentação oral.

Os estagiários e os bacharéis ainda não aprovados no Exame da Ordem podem, por outro lado, prestar serviços como checagem de andamento processual no balcão, retirada de cópias, realização de protocolos e distribuição. O exercício de atividade privativa de advogado, sem inscrição nos quadros da OAB, configura desempenho ilegal da profissão. Por essa razão, somente o advogado devidamente habilitado está autorizado a realizar todo e qualquer ato processual.

Importante: Somente Advogados e Estagiários, regularmente inscritos na OAB, podem ser correspondentes jurídicos, sendo que os Estagiários somente sob a supervisão e responsabilidade de Advogados.  Porém, existem algumas atividades que podem ser feitas por quem não é regularmente inscrito na OAB e você pode conferir esses serviços no e-book gratuito: O guia completo de serviços que estudantes de Direito, estagiários e bacharéis podem fazer.

Como o profissional deve se preparar para ser um correspondente jurídico?

Engana-se quem pensa que o trabalho de correspondente jurídico não merece preparo e atenção. Atuar nos autos de um colega de profissão, principalmente para os serviços de maior complexidade, requer organização e conhecimento. Veja, a seguir, como o profissional deve se preparar:

Organização

O primeiro passo para o profissional que quer se cadastrar como correspondente é verificar a sua disponibilidade e se é realmente possível conciliar esse trabalho com a sua rotina. Uma vez cadastrado, é fundamental que o correspondente apenas aceite as demandas que ele poderá, de fato, cumprir dentro do prazo solicitado.

O descumprimento do prazo, além de poder prejudicar a parte no processo, macula a sua reputação e pode ser um empecilho para futuras contratações. O comprometimento é fundamental para o sucesso do profissional.

Além disso, o ideal é organizar sua rotina de modo a definir os dias em que os serviços forenses serão realizados. Assim, a menos que se trate de diligências com datas e horários específicos, como uma audiência, o serviço pode ser realizado em determinados dias e horários da semana de acordo com a demanda, sem prejuízo de outros trabalhos e estudos.

Cadastro em um bom site de correspondentes

Alguns sites jurídicos são especializados em conectar os correspondentes aos advogados contratantes (falaremos sobre isso mais adiante). Contudo, o ideal é se cadastrar em um site de confiança, com experiência no mercado e respeitado pelos profissionais da área. Afinal, são nessas plataformas que os bons escritórios de advocacia vão buscar os seus correspondentes.

Conhecimento

Algumas dessas plataformas permitem que os advogados façam a seleção das áreas de atuação para as quais querem se candidatar. Isso é ótimo, porque o profissional pode se dispor a fazer as diligências somente nas áreas em que tem mais conhecimento e nas quais já atua profissionalmente.

Ainda assim, caso se cadastre para todas, indistintamente, o ideal é que tenha conhecimento de direito processual para tal. O correspondente não deve assumir tarefas para as quais não esteja devidamente preparado. A atuação como correspondente é, também por isso, uma oportunidade de se manter atualizado e de continuar estudando para aprofundar seus conhecimentos jurídicos e, assim, oferecer um bom serviço de correspondente.

Comunicação

Mas, além do conhecimento técnico, é fundamental que o correspondente mantenha bons canais de comunicação. Isso começa, claro, com o cadastro em uma boa plataforma de correspondentes, mas também mantendo-se conectado à Internet e respondendo com rapidez às mensagens de solicitação de serviços.

No entanto, uma boa comunicação vai muito além disso. É fundamental que o advogado correspondente saiba conversar com o profissional contratante, expondo com clareza suas condições e possibilidades para o cumprimento da diligência, como datas disponíveis e valores cobrados por cada serviço. Uma vez realizada a atividade, ele deve dar o retorno prontamente ao escritório de advocacia, expondo como ela se deu e sanando todas as eventuais dúvidas, sempre com zelo e educação.

O trabalho de correspondente precisa ser prestado com zelo, como já destacamos, e isso inclui tratar bem o seu cliente e ser acessível a ele. Esse tipo de networking pode abrir portas, atrair cada vez mais serviços e fidelizar clientes, já que se passa a imagem de um profissional sério e competente.

Quais os benefícios de contar com correspondentes jurídicos no seu escritório?

Tanto o escritório que contrata o correspondente jurídico quanto o que oferece esse serviço contam com muitos benefícios. Continue lendo as vantagens de cada um deles.

Benefícios para o escritório que contrata correspondentes jurídicos

O primeiro e mais importante benefício para o escritório que contrata advogados correspondentes é a possibilidade de expansão do escritório de advocacia. Como já apontado no início deste post, a atuação do escritório em processos que tramitam em comarca distinta da comarca do seu domicílio profissional pode parecer um empecilho, à primeira vista, mas isso não pode barrar a expansão do escritório para outras cidades.

O trabalho do correspondente jurídico vem solucionar todas as dificuldades que possam ser apresentadas nesse caso e, o mais importante, sem que seja necessário o investimento na instalação de uma filial. Com o advogado correspondente, o escritório se mantém presente e acessível aos clientes das demais cidades, prestando o mesmo serviço de qualidade.

Entre outras vantagens de ter advogados correspondestes como funcionários, é possível destacar a redução de custos. Neste sentido, sem o trabalho do correspondente, o escritório precisaria deslocar um de seus advogados para cada cidade em que mantém processos, sempre que fosse necessário falar nos autos, distribuir ação ou carta precatória, representar o cliente em uma audiência, e assim sucessivamente.

Esse deslocamento significa, inicialmente, contar com um advogado a menos em seu quadro de funcionários, o qual deixa de fazer o seu trabalho internamente, prejudicando a rotina do escritório. Além disso, a medida implica gastos com passagens, hospedagem e alimentação, os quais representam altos custos quando recorrentes.

O custo com o correspondente, por sua vez, é consideravelmente menor, na medida em que se paga tão somente pelo serviço prestado, e o funcionário, além de poupado do cansaço com a viagem, continua produzindo no escritório. Isso tudo sem falar no tempo que é poupado e na rapidez com que a diligência é prestada. Afinal, como o advogado já se encontra no local em que o serviço deve ser realizado, basta se dirigir ao fórum em que tramita o processo para proceder à diligência.

Outra vantagem que precisa ser apontada é que, como o correspondente já atua no local, ele conhece o funcionamento das varas, o estilo de trabalho de cada uma delas, assim como a linha de atuação de cada juiz. Essas são informações que podem ajudar o escritório na representação das causas. Por isso, contar com um correspondente da cidade é também uma forma de se familiarizar com o local e de aprender a lidar com as suas nuances, aumentando as chances de sucesso na causa.

Benefícios para o escritório que oferece o serviço de correspondência jurídica

Alguns advogados podem pensar que o trabalho de correspondente jurídico deve ser prestado apenas por profissionais no início da carreira, estagiários e bacharéis que estudam para concurso. A verdade é que, além de benéfico para essas pessoas, ele também pode ser benéfico para o escritório já consolidado.

Oferecer serviços de advocacia de apoio é uma oportunidade de ampliar o networking no meio jurídico. Isso porque o escritório tem a oportunidade de conhecer e de trabalhar com outros advogados, das mais diversas áreas e das mais variadas cidades do seu estado e do país. Conhecer profissionais da área é sempre uma oportunidade de fazer contatos interessantes e que podem render novas parcerias profissionais.

Nesse sentido, a atividade de correspondência é, também, uma chance de diversificar a área de atuação do escritório, com possibilidade de atender outros clientes e outras demandas processuais, até então, não cogitadas.

Oferecer um novo tipo de serviço significa, ainda, contar com nova fonte de renda. A advocacia de apoio é uma ótima oportunidade de aumentar a renda do escritório, sem que isso implique necessidade de aumento de custos. Isso porque o escritório já mantém toda a estrutura necessária para oferecer a atividade, inclusive profissionais próprios que realizam corriqueiramente serviços forenses. Dessa forma, atuar como correspondente jurídico só tem a trazer benefícios para o escritório.

Como contratar o serviço de advocacia correspondente?

Contratar o serviço de advocacia correspondente é simples, mas requer atenção e, para isso, existem dicas para encontrar um bom advogado correspondente que devem ser seguidas. Essas dicas você encontra clicando aqui. Uma delas é fazê-lo pelo próprio site da OAB.

Assim, basta que o interessado acesse o site da Seccional da OAB do lugar em que pretende contratar o correspondente e cheque, em seus cadastros, quais advogados atuam naquele lugar. A dificuldade é que o site não lista especificamente os advogados que atuam como apoio, sendo necessário entrar em contato diretamente para verificar se ele tem interesse ou não em fazer o serviço, o que pode ser bem cansativo e arriscado.

Outra forma seria por meio das ferramentas de busca da Internet, em que bastaria digitar a comarca onde a demanda deve ser prestada e o serviço a ser realizado para serem oferecidas as opções. No entanto, pode acontecer de os dados apresentados não estarem atualizados, tornando a busca longa e, talvez, infrutífera. Além disso, pode ser muito arriscado contratar um advogado sem referências.

Por isso, a forma mais eficaz de encontrar um correspondente jurídico é por meio dos sites especializados, que contam com o cadastro atualizado dos correspondentes jurídicos disponíveis em cada cidade. O ideal, no entanto, é privilegiar sites de confiança, que já estejam há algum tempo no mercado e contem com o cadastro de um grande número de correspondentes, com atuação no maior número possível de cidades.

Além disso, é nos sites mais confiáveis que será possível encontrar os correspondentes mais sérios e comprometidos com o trabalho. Outra dica para encontrar o advogado certo para fazer o seu serviço é priorizar as plataformas que ofereçam diferentes meios de refinamento de pesquisa.

Nesse sentido, o ideal é refiná-la, informando não só a cidade onde o serviço jurídico deve ser prestado, mas também a área da matéria da diligência (Civil, Penal, Trabalhista, entre outros), o tipo de diligência (cópia, protocolo, audiência, distribuição etc.) e o prazo em que ela deve ser cumprida. Quanto mais refinada a busca, maior a chance de encontrar o correspondente jurídico certo para a diligência.

Selecionados os critérios de busca, o site disponibilizará a lista com todos os correspondentes cadastrados que se encaixam no perfil selecionado, bem como um pequeno currículo com as informações mais importantes de cada um, como faculdade de formação, área de atuação e avaliação feita pelos demais contratantes. Esses dados podem ser fundamentais para facilitar a escolha, na medida em que se tem ciência de quem é aquele profissional.

Depois de escolhido o correspondente, o escritório encaminha uma mensagem, pelo próprio site, com os dados do processo e mais alguma informação que julgar necessária, para saber se o advogado tem interesse e disponibilidade para fazer o serviço. Nesse momento, os envolvidos também podem discutir o valor dos honorários e acertar os termos da contratação.

O escritório de advocacia interessado em contratar o serviço não precisa se cadastrar no site, basta acessá-lo para fazer a sua busca — para isso, pode ser interessante conhecer 5 tecnologias para escritórios de advocacia. Já os que tenham interesse em oferecer o serviço, precisam fazer o cadastro e informar os dados solicitados, como área de atuação e tipos de diligência aptos a prestar.

Em geral, o cadastro é válido por um período limitado, até mesmo, para que o profissional tenha a oportunidade de manter seus dados atualizados e de não ser importunado, caso deseje interromper a prestação do serviço. Cessado o período, basta renovar o cadastro para continuar atuando como advogado de apoio.

Dessa forma, o correspondente jurídico é um profissional fundamental na advocacia brasileira, ao viabilizar a expansão dos escritórios para além dos limites de sua cidade de atuação e conectar profissionais do meio jurídico.

Se interessou sobre o assunto? Para que você possa se especializar nessa área de atuação, não deixe de baixar nosso e-book: O Guia Definitivo da Advocacia Correspondente.

Escritório de advocacia do futuro: conheça 5 tendências tecnológicas

O mercado está mudando! Vários aspectos da vida e das relações coletivas são remodelados junto com os novos paradigmas da tecnologia, incluindo o direito e a economia. Por que não dizer que a economia do escritório também é afetada? O escritório de advocacia do futuro é mais produtivo, flexível, rápido e compensa a longo prazo, fazendo mais em menos tempo e otimizando o seu funcionamento. Sabendo do poder transformador da tecnologia, conheça, no post que preparamos, cinco inovações tecnológicas que são o futuro dos escritórios de qualidade!

1. Chatbots

Atendimento ao cliente rápido e útil é essencial para um bom escritório. Aqueles que valorizam seus contratantes fidelizam a clientela e garantem o retorno em novas causas, contratos duradouros de prestação de serviços jurídicos e até indicações, aumentando a procura.

Mesmo assim, os escritórios de advocacia comumente gastam muito tempo respondendo a clientes, atendendo possíveis contratantes para conquistá-los ou tirando dúvidas simples em reuniões, telefonemas e e-mails que tomam o tempo em que o advogado poderia redigir peças, realizar audiências, fazer diligências etc.

Embora às vezes seja preciso conversar diretamente com o cliente, uma boa opção para diminuir drasticamente o tempo de consultas jurídicas é o uso de chatbots: softwares de comunicação automatizada que respondem às perguntas online e aprendem a interagir com o interlocutor. O nome vem da junção das palavras chat (conversa, bate-papo) e robot (robô).

A maioria dos chatbots tem capacidade de resposta limitada e começa com perguntas mais comuns ou oferecendo opções padronizadas de questionamentos para os quais já tem resposta pronta. No entanto, alguns são dotados de inteligência artificial mais complexa, que permite que aprendam com as perguntas feitas e desenvolvam habilidade de interpretação ampla e uma gama de respostas mais elaboradas.

2. Sistemas de pesquisa com machine learning

Nem só para responder os clientes servem as inteligências artificiais. Na verdade, o desenvolvimento de máquinas e softwares com capacidade de aprendizado é extremamente útil para auxiliar na velocidade e qualidade da prestação de serviços.

Uma das coisas que mais gasta tempo de um escritório (normalmente, de estagiários ou advogados novos no mercado) é pesquisar para a produção de peças. Especialmente em locais que trabalham com maior diversidade de demandas, é demorado reunir dispositivos de leis, códigos e resoluções, além de doutrina e jurisprudência que corroboram as teses elaboradas.

Por isso, uma forma de diminuir esse gasto de tempo e investir melhor o dinheiro é a utilização de softwares de pesquisa com inteligência artificial, que podem identificar os conceitos e leis utilizados nas petições.

A tecnologia chegou ao ponto de os sistemas de pesquisa dotados de machine learning terem capacidade de cognição. Ou seja, conseguem, com o tempo, abstrair conceitos legais utilizados e reunir o material necessário para determinadas peças automaticamente, poupando muito tempo de estudo e pesquisa.

3. Sistemas de transporte via app

Uma tendência do mercado contemporâneo é o transporte por meio de aplicativos que selecionam os motoristas mais próximos para a prestação de serviço e oferecem preços cômodos em relação ao transporte particular tradicional.

Diversos apps apresentam planos específicos para empresas ou realizam parcerias que permitem ótimas vantagens, seja em questão de preço ou disponibilidade de carros, permitindo que os funcionários, por exemplo, aproveitem códigos especiais de desconto para uso em determinados dias ou acesso a certos locais.

Para os escritórios de advocacia, fazer parceria com empresas de transportes do tipo ainda é mais interessante por causa das constantes diligências que precisam ser realizadas pelos advogados, além de reuniões e outras situações que exigem deslocamento, muitas vezes célere.

É possível, ainda, estabelecer um sistema de transporte diário agendado, minimizando atrasos na chegada ao local de trabalho. Por fim, há a vantagem de ter diversos carros disponíveis e ser selecionado o mais próximo do endereço. Boas empresas com bons softwares garantem um transporte rápido e de qualidade, muitas vezes por preços bastante acessíveis.

4. Armazenamento em nuvem

Obviamente, os computadores geraram uma revolução na sociedade inteira e ajudaram os advogados a ter acesso a muita informação e compartilhá-la com outros membros do escritório rapidamente. No entanto, a maioria dos escritórios que têm uma rede de computadores interligada os conecta por meio de servidores locais. Assim, os advogados e estagiários podem acessar o que os outros editam e verificar peças e outros arquivos sem precisar abri-los no mesmo computador em que o colega os produziu.

Apesar de úteis, os servidores locais podem sofrer com erros de funcionamento e se limitam a compartilhar os arquivos no local do escritório, entre os computadores ligados via cabos. Qualquer problema naquele servidor específico ou no local de trabalho impossibilita o acesso a inúmeros dados importantes.

Diante dessa perspectiva, o armazenamento em nuvem surge como uma alternativa de gestão muito mais funcional. O escritório de advocacia do futuro não precisa ter os arquivos restritos a um local só. Arquivos armazenados na nuvem podem ser acessados de qualquer lugar, assim um advogado que pegou conjuntivite, por exemplo, pode terminar aquelas últimas páginas da contestação sem contaminar ninguém, nem deixar o trabalho nas mãos de outro profissional.

Se quiser saber mais sobre essa tecnologia não deixe de conferir nosso artigo sobre Computação em Nuvens: como essa nova tecnologia pode revolucionar a sua advocacia!

5. Marketing digital

Com a popularização e diversificação das redes sociais na última década, aliada ao número gigantesco de seus usuários, é importantíssima a presença dos escritórios nesses meios. Porém, existem severas restrições à publicidade realizada por advogados e escritórios na divulgação de serviços.

Mesmo assim, já passou o tempo em que a única forma de um advogado se tornar conhecido era por meio do “boca a boca”. Isso porque uma grande forma de expansão do escritório de advocacia do futuro é o marketing digital. Estar  nas redes sociais, ter um site, produzir conteúdo de qualidade, divulgar notícias da área e expor informações sobre assuntos relevantes gera seguidores que podem se tornar clientes.

Vale lembrar que propagandear o serviço do escritório nas redes é arriscar infringir as normas de ética da OAB. Por isso, a melhor escolha é investir no marketing de conteúdo, produzindo material que informa e fideliza leitores, que depois podem procurar espontaneamente os serviços do escritório, utilizando contatos encontrados em seu site ou redes sociais.

Como as redes hoje em dia são lotadas de páginas e têm uma baixa porcentagem de visualização pelos seguidores, uma boa opção é um site próprio do escritório. Lá, o espaço é só seu e é possível produzir artigos mais extensos e conteúdos diversificados que geram mais audiência.

Além disso, um site autônomo pode ser encontrado no Google pelo cliente ao pesquisar um assunto jurídico de seu interesse e expor tudo que o cliente precisa fazer para confiar na empresa e buscar seus serviços. Com um sítio eletrônico e marketing de conteúdo, é possível gerar tráfego orgânico e maximizar as chances de gerar novos clientes.

Saiba mais sobre a criação de site para advogados clicando aqui.

Além disso, se você quiser maximizar a sua visibilidade e suas estratégias de marketing, não deixe de conferir O Guia Completo de Estratégias de Marketing Jurídico para sua carreira e/ou escritório.

Conhecemos neste texto diversas formas como a tecnologia, bem utilizada, pode maximizar o alcance dos escritórios de advocacia. É melhor não ficar para trás, pois escritórios tecnologicamente defasados podem perder espaço para os mais atualizados.

É só observar como os modelos de negócio inovadores, muitas vezes alicerçados nas novas tecnologias, geram um declínio massivo na adesão dos consumidores aos antigos — o CD, por exemplo, desbancou a fita cassete, sendo que hoje sofre na concorrência contra a música sob demanda por via digital. São tendências do escritório de advocacia do futuro!

Agora, para saber como melhorar a atuação do escritório e aprofundar mais no assunto, assista nosso vídeo sobre Novas Tecnologias aplicadas ao Direito no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito e continue aprendendo!

Cartório civil: contrate um profissional para resolver suas pendências

Se você já precisou passar algumas horas num cartório civil, lidando com toda a burocracia, então já sabe o quanto pode ser difícil para o cidadão comum. Mas você sabia que há uma forma mais simples e eficaz de resolver seus problemas num cartório de registro civil? Saiba como em nosso post!

Utilize os serviços de um profissional para suas demandas em cartório civil

Todos nós já precisamos solicitar demandas cartoriais um dia, sejam pessoas físicas precisando tirar certidões, corretores de imóveis necessitando tirar documentos ou empresas que precisam lidar com registro de contratos, notificações extrajudiciais, entre outros.

Infelizmente, realizar serviços em um cartório civil é uma atividade proibitivamente longa, por precisar contar com muita burocracia. Assim, os cidadãos que precisam lidar com isso muitas vezes não possuem o tempo necessário de seus dias para cumprir seus compromissos no cartório de registro civil. Nesse caso, o que pode ser feito?

A resposta, felizmente, é mais simples do que parece: contratar um profissional, como um advogado correspondente, estudantes, estagiários, bacharéis e até profissionais de outras áreas, para realizar suas demandas cartoriais. Assim, o cidadão e/ou a empresa não precisarão perder uma enorme quantidade de seu tempo de trabalho lidando com toda a burocracia. É o fim dos deslocamentos e da perda de tempo em filas!

E o melhor de tudo: os serviços em cartório civil serão realizados por profissionais que realmente entendem do assunto. Afinal, os correspondentes estudaram por anos as leis e o funcionamento de nosso país e, portanto, possuem um domínio maior de toda a burocracia e documentação que você ou sua empresa precisariam lidar.

Lembrando que se você não é um advogado inscrito na OAB, precisa ficar atento, pois existem algumas atividades que podem ser feitas, mas outras que são exclusivas dos inscritos na Ordem. Para te ajudar, temos um material completo dos serviços os quais quem não é advogado pode realizar: O guia completo de serviços que estudantes de Direito, estagiários e bacharéis podem fazer.

Com isso, seus serviços cartoriais serão realizados com muito mais segurança e sofisticação. E, portanto, menos “dores de cabeça” para você.

Acesse a página especial do Juris para cartórios e saiba mais!

O que achou da dica de hoje? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe esse post com seus colegas para que eles possam conhecer mais essa novidade também!

Tire 6 dúvidas sobre contabilidade para advogados!

A rotina de trabalho em um escritório de advocacia é, por si só, pesada e desgastante. Isso porque o advogado precisa lidar com prazos, atendimento ao cliente, preparação para audiência e sustentação oral de inúmeros processos ao mesmo tempo. Além, é claro, de estar sempre estudando, haja vista as constantes mudanças nas legislações brasileiras, e de estar sempre disponível para encontros com eventuais clientes. Enfim, trata-se de um trabalho que exige muito do profissional. Em razão disso, é interessante repensar as prioridades e delegar a outros profissionais as funções que exigem conhecimento específico e que sejam cruciais para o sucesso do empreendimento, como é o caso da contabilidade. Se o seu escritório ainda não conta com a assessoria de contabilidade para advogados, continue lendo o post para entender por que ela é tão importante.

1. Qual a importância da contabilidade para advogados?

A abertura de um escritório de advocacia requer a tomada de decisões importantes, como capital social, natureza jurídica, regime de tributação, porte do escritório e participação de sócios. Todas essas escolhas vão ter influência direta na carga tributária a ser recolhida pela banca. Iniciar esse processo de forma equivocada pode comprometer a lucratividade do negócio e, consequentemente, o seu sucesso.

Todavia, não é só no momento de abertura do negócio que a assessoria contábil se revela importante. Afinal, há uma relação de documentos contábeis que precisam ser devidamente completados para evitar erros, incidência de multas e de outros problemas administrativos. Entre esses documentos, destacam-se a escrituração contábil e fiscal, a preparação da folha de pagamento dos funcionários, o cálculo de tributos e a emissão de balancetes e outros demonstrativos contábeis.

Nesse sentido, transferir o trabalho de contabilidade do escritório para profissionais capacitados é ter a certeza de que a contabilidade está sendo feita da forma correta, de que os tributos estão sendo recolhidos na medida e de que não haverá problema com o fisco no futuro.

2. Quais funções podem ser desempenhadas por um escritório de contabilidade?

A assessoria contábil envolve o desempenho de diversas funções. Como ressaltado anteriormente, essa assessoria pode se fazer presente desde a abertura do negócio até o seu dia a dia.

Assim, em regra, são desempenhadas as atividades de escrituração contábil e fiscal, a emissão de balancetes e de demonstrativos de resultados, o preparo da folha de pagamento, assim como o cálculo e o consequente recolhimento dos tributos.

Todavia, existem outros serviços especializados que também podem ser oferecidos, tais como planejamento financeiro e tributário, verificação da possibilidade de redução de custos, análise dos balanços e demonstrativos de resultado, verificação dos resultados a fim de se identificar as margens de lucro ou prejuízo, além de atividades de legalização. Enfim, atividades que exigem conhecimento técnico e que, por isso, devem ser realizadas por um profissional competente.

3. Quais os benefícios de contratar esse serviço?

Uma das principais vantagens é ter a orientação profissional para escolher o regime de tributação do escritório. Isso porque a escolha correta do regime possibilita a otimização dos recursos e o recolhimento de tributos na medida, nem a mais e nem a menos. O ideal é que essa assessoria seja prestada antes da abertura do negócio. No entanto, se o seu escritório já está em funcionamento, ela pode ser prestada agora, e a escolha será feita com base nos estudos e projeções.

Além disso, como as legislações tributárias e trabalhistas têm passado por mudanças, é fundamental se manter atualizado sobre esses temas para não incorrer em erros. No entanto, isso nem sempre é possível quando se trata da área de atuação do advogado. Por isso, contar com o serviço de contabilidade para escritórios garante que as decisões e demonstrações estão sendo feitas de acordo com as regras atuais, evitando-se problemas futuros.

Há ainda que se ressaltar que a assessoria de contabilidade proporciona que o processo de gestão seja feito tendo, como base, dados diferenciados e específicos relacionados às receitas e despesas ou à projeção dos resultados, garantindo-se maior organização dos negócios.

4. Qual a importância do contador para o planejamento tributário?

Pagar impostos além do devido não é o desejo de nenhum profissional. No entanto, isso pode acontecer sempre que um planejamento tributário não é seguido. Nesse sentido, um contador pode aplicar corretamente as alíquotas referentes às atividades, evitando-se irregularidades, além de buscar maneiras para reduzir as obrigações, a partir das alternativas presentes na própria legislação.

Um contador ainda pode fazer constantemente a simulação das práticas tributárias, a fim de se certificar de que o regime enquadrado é o melhor para a empresa. E ainda entregar corretamente, e no prazo, as declarações obrigatórias.

Todas essas práticas são legais e devem ser exploradas por um profissional competente para garantir o cumprimento das obrigações.

5. Quais os principais pontos que merecem atenção?

Independentemente do tamanho do escritório, alguns pontos merecem atenção para garantir a saúde financeira do negócio. O primeiro deles é a separação de contas pessoais e profissionais, uma confusão muito comum, sobretudo, em bancas menores.

Assim, ao organizar as finanças do escritório, é preciso ter em mente quais valores pertencem à conta profissional e qual quantia pertence à conta pessoal. Para facilitar essa distinção, é interessante fazer planilhas que ajudem a visualizar as despesas de cada um e a controlar a gestão financeira.

Além disso, é preciso ter consciência sobre os gastos da empresa. Ao especificar a relação de gastos e de receitas, é possível perceber que algumas despesas são desnecessárias e que podem ser facilmente cortadas ou, pelo menos, reduzidas. Os gastos devem ser responsáveis e necessários para evitar o consumo de toda a lucratividade.

E para facilitar ambas as situações anteriores e tornar o escritório mais rentável, o ideal é fazer um planejamento estratégico, com objetivos de curto, médio e longo prazo. Traçar objetivos é uma forma de orientar os sócios e demais colaboradores para o alcance de resultados. No entanto, para isso, é fundamental ter uma gestão eficiente da área contábil.

6. O que considerar na hora de contratar um bom profissional da área de contabilidade?

Ao contratar um escritório de contabilidade para prestar assessoria para o seu escritório de advocacia, é fundamental que ele seja especializado em advogados e que atue com solidez no mercado. Para isso, é interessante saber a especialidade dos profissionais que prestam o serviço e o que os escritórios de advocacia que já recebem essa assessoria pensam sobre o trabalho prestado.

Outro ponto importante na hora de escolher o profissional de contabilidade é checar os canais de comunicação disponibilizados, à disponibilidade de atendimento e a velocidade de retorno. Afinal, é importante que os profissionais de contabilidade contratados estejam disponíveis sempre que surgirem dúvidas ou que forem necessários esclarecimentos sobre determinados assuntos.

Nesse sentido, também é interessante entender as funções que serão prestadas, o conteúdo e a periodicidade de relatórios entregues ao escritório, a fim de acompanhar todo o trabalho realizado.

Dessa forma, a contabilidade para advogados é essencial para garantir o correto recolhimento das obrigações, mas também a saúde financeira e a lucratividade da empresa.

Além disso, se você quiser maximizar o seu lucro e reduzir seus gastos, não pode deixar de conferir o Guia de redução de custos para escritórios de advocacia.

Gostou do post? Tem alguma outra prática que você utiliza no seu dia a dia? Comente com a gente.

Saiba o que observar na hora de contratar um advogado correspondente

Já imaginou ter que mandar um advogado do escritório viajar toda vez que é preciso protocolar uma petição em outro estado? Já sonhou que o seu escritório tenha atuação no país inteiro, mas não sabe quanto tempo e dinheiro seriam necessários para abrir filiais em todos os estados? É advogado e quer ter atuação interestadual sem precisar se deslocar o tempo todo?

Embora já exista o protocolo eletrônico em várias comarcas, o fato é que, muitas vezes, num processo, é importante a presença de profissionais da advocacia para acompanhar e realizar atos em representação às partes. Além disso, uma boa forma de aumentar a demanda e as oportunidades para advogados e escritórios é atuar com uma abrangência maior no território nacional.

Entretanto, não é fácil se estabelecer em novas regiões e é impossível estar em vários lugares ao mesmo tempo. É aí que começam as vantagens de se contratar advogados correspondente! Utilizar-se desses profissionais é uma forma de aumentar os horizontes do seu trabalho sem precisar estar fisicamente em todos os locais da atuação jurídica.

Mas nem todo correspondente jurídico é necessariamente confiável. Além disso, há quem tema pela segurança da contratação à distância e acabe perdendo oportunidades preciosas por isso. Dessa forma, preparamos um guia explicando mais sobre o trabalho desses profissionais e o que evitar ao realizar sua contratação. Confira:

Por que contratar um advogado correspondente?

Um advogado correspondente (ou advogado de apoio) é a resposta para diversos problemas enfrentados por escritórios de advocacia e profissionais do direito em ascensão. Confira algumas razões para escolher esse tipo de atuação:

1. Celeridade e comodidade

Uma das grandes justificativas para se contratar um advogado correspondente é a agilidade: esses profissionais já atuam na região desejada e, por isso, não precisam perder tempo com deslocamento e sofrer o risco de atrasos ou perdas de viagem, falta de tempo hábil para comparecimento à comarca em emergências, entre outras situações.

Assim, ao contratar um advogado correspondente, um escritório tem uma garantia maior de que alguém protocolará as peças no prazo correto e estará sempre perto para resolver problemas não previstos e verificar a tramitação do processo presencialmente.

2. Economia de dinheiro

Outra razão importante é a imensa redução de custos financeiros. Um advogado em viagem normalmente gasta muito mais do que um correspondente, que já está no local e se dispõe a realizar as tarefas processuais simples por um preço que, além de tudo, é competitivo em virtude da grande disponibilidade de profissionais para realizar essas atividades.

Desse modo, em vez de um advogado viajar a uma comarca para realizar um ato que, muitas vezes, nem é tão complexo assim, gastando com hospedagem, alimentação e transporte (ou sendo financiado por um escritório, que absorve um custo desnecessário), é muito melhor solicitar a um advogado correspondente local que resolva a situação sem que nenhum membro do escritório precise sair do lugar. Comodidade e controle de gastos se encontram.

3. Otimização do tempo e trabalho

Não só o custo financeiro direto é poupado, mas também o custo intelectual: o dispêndio do tempo e força de trabalho do advogado que se desloca para realizar um ato processual em outro local significa o não aproveitamento do mesmo profissional para atividades mais relevantes dentro do próprio escritório de advocacia.

Para o advogado, é muito mais interessante ficar em sua sede resolvendo casos mais complexos, elaborando peças processuais, analisando causas difíceis, pesquisando e se aprimorando, do que perder tempo transportando-se para uma região em que já há diversos advogados que poderiam ser facilmente contatados para realizar um trabalho.

Diz-se popularmente que “tempo é dinheiro” justamente porque o tempo bem aplicado reverte-se em lucro para o profissional, enquanto que, se mal administrado, torna-se prejuízo. Ainda mais considerando que o valor dos custos da viagem pode superar os custos do serviço jurídico de um terceiro ou mesmo da própria condenação na causa.

4. Diversidade de atributos

Ainda outro dos muitos motivos para se contratar um advogado correspondente reside na possibilidade de encontrar pessoas especializadas em variadas áreas do direito. De fato, a advocacia tem um espaço muito grande de operação: direito civil, penal, trabalhista, tributário, consumerista etc.

Nada mais justo que procurar um profissional jurídico especializado na área de interesse do cliente ou da causa. Dessa forma, existe um dúplice benefício: não só se consegue um profissional atendendo às necessidades do escritório à distância, como se encontra alguém qualificado que pode ajudar na matéria e realizar atos processuais com destreza.

5. Qualidade dos profissionais

Por atuarem representando diversos escritórios e em diferentes matérias, os correspondentes jurídicos acabam criando um know-how na atuação jurídica em áreas bem diferentes, tornando-os mais versáteis e contribuindo de forma prática para sua formação como profissionais.

A competitividade da área de advocacia por correspondência, especialmente nos sites especializados, permite, como se verá melhor posteriormente, que se explore essa gama de especialidades e se localize os profissionais mais qualificados, que se destacam entre os demais e são bem avaliados por clientes anteriores.

6. Limitação dos poderes concedidos

O advogado correspondente é limitado pelas especificações do substabelecimento que lhe confere poderes. Isso permite que o escritório ou advogado contratante garantam que não seja realizado um ato que vai contra sua vontade.

É bastante comum que já se envie a petição com os termos de acordo — ou os argumentos para a não realização de acordo, por exemplo — e o correspondente jurídico apenas exponha e represente fisicamente as determinações de seus representados.

7. Presença física do advogado

Por fim, ressalta-se que existem momentos em que a falta de um advogado por correspondência torna praticamente impossível a atuação do escritório de advocacia em certas áreas.

Como mencionado, há lugares em que não há protocolo eletrônico e existe também o fator de que o trabalho do advogado, muitas vezes, inclui estar no local, conhecer os trâmites, despachar, realizar audiências (que requerem sua presença, por óbvio) e, de forma geral, fazer-se presente e próximo da causa.

Assim, sem uma pessoa que possa estar lá para realizar essas atividades de modo célere e representar os interesses da parte, o escritório condena-se a permanecer circunscrito às proximidades de sua sede ou a contratar cada vez mais advogados, despender valores desnecessários e criar inúmeras filiais.

Como contratar um advogado correspondente?

Os modos de se contratar um advogado correspondente são variados, raramente com a necessidade de encontrá-los pessoalmente e assinar contrato físico — afinal, a distância e a comodidade, como visto, são fatores fundamentais para o funcionamento da advocacia por correspondência.

A verdade, porém, é que, assim como em qualquer atividade profissional, os correspondentes jurídicos e os meios para contratá-los variam em qualidade e confiabilidade. Vejamos então alguns dos meios mais comuns:

1. Registros seccionais da OAB

A OAB registra todos os advogados do Brasil, já que a filiação à Ordem é necessária para o exercício da profissão em todo o território nacional. Portanto, o maior banco de advogados existente no país é o desse órgão, que ainda os divide segundo as seccionais em que estão cadastrados e onde, por conseguinte, atuam.

Porém, apesar da grande quantidade de opções, você terá trabalho para descobrir quais desses profissionais realmente prestam serviços de advocacia por correspondência. A OAB não faz essa distinção, além de não trazer nenhuma ferramenta de avaliação ou indicação de confiabilidade e em muitos casos não é disponibilizado nenhum tipo de contato.

Desse modo, há um duplo risco nessa forma de contratação: a dificuldade de distinguir os profissionais que atuam como correspondentes e a de atestar a qualidade de seu serviço. O lado positivo é a grande quantidade de opções, como explicado.

2. Pesquisa entre contatos

A busca por advogados fora dos registros da OAB pode ocorrer por meio de diversas formas de pesquisa. A mais comum, atualmente, é a online — é possível procurar perfis de advogados conhecidos que atuem como correspondentes ou sites que os indiquem.

Mas a pesquisa também pode ocorrer à moda antiga, ou seja, a partir dos contatos adquiridos durante a atuação jurídica. Essa alternativa, embora possa render boas indicações, carece da quantidade de opções dos meios virtuais.

É possível realizar um registro interno de indicações de profissionais confiáveis para os momentos de necessidade, mas, além de dar mais trabalho, não chegará à dimensão de informações que outras modalidades podem oferecer.

3. Páginas especializadas na área

Desdobrando-se da busca pela internet, a opção que tem crescido como melhor e mais útil forma de contratar um advogado de apoio é a dos sites voltados especialmente para o assunto. Em vez de criar um banco de dados pessoal e limitado, é muito melhor usar plataformas que já reúnem os dados de milhares de profissionais de várias partes do país.

Em buscadores genéricos de advogados, as informações são mais variadas e não voltadas ao exercício específico da advocacia por correspondência. Já em perfis de redes sociais, sites de escritórios e outras plataformas individuais, só se conhece aquele profissional dono do perfil, que, ainda por cima, é quem está fazendo a própria propaganda.

Em sites especializados na contratação de correspondentes jurídicos, o banco de dados, além de extenso, contém informações mais amplas sobre os profissionais cadastrados, uma diversidade de especialidades para atender a múltiplas demandas, recomendações sobre os correspondentes registrados, avaliação e competitividade.

Assim, é muito mais fácil encontrar um advogado que realiza um trabalho de qualidade reconhecida e que se destaca em meio aos milhares de outros cadastrados. Quem é bom de verdade cresce, é bem avaliado e recomendado, enquanto quem não é precisa procurar formas de se diversificar, qualificar e desenvolver como profissional.

Além disso, a quantidade de pessoas e de regiões de atuação é tão grande que é bem menos trabalhoso encontrar uma pessoa que possa prestar um serviço jurídico na comarca ou vara de escolha do escritório contratante. Quanto mais correspondentes disponíveis, maiores as chances de haver algum no local que o contratante precisa!

É seguro contratar um advogado correspondente pela internet?

A comodidade é certa, mas será que é seguro contratar pela internet? Muitas pessoas ainda temem que o ambiente virtual não seja adequado para realizar negociações importantes. Mas para garantir a qualidade do profissional, é importante analisar suas características e informações antes de optar pela contratação.

Em vez de procurar a esmo, o advento dos sites especializados permite que se tenha um rol de opções maior e escolher dentre elas a mais adequada para o serviço, utilizando-se de outras ferramentas para fazer uma boa decisão.

Uma dica importante é conferir o registro do profissional da OAB. Não só se verifica que aquele cadastrado é efetivamente advogado, como se pode encontrar algumas informações e histórico de atuação que permitem concluir pela sua contratação ou não.

Outro elemento indicado para garantir uma decisão correta é verificar se há clientes anteriores ou conhecidos do mundo jurídico que já usufruíram de seu trabalho ou que exerciam atividades em conjunto com o possível contratado. Assim, as indicações vão fortalecer os nomes dos profissionais que já foram encontrados, confirmando sua qualidade, em vez de se começar pelas indicações

No que atentar para contratar um advogado correspondente com segurança?

Além das dicas fornecidas acima, há outras características a observar no perfil do profissional que podem denunciar sua incompetência ou demonstrar sua capacidade.

Primeiro, desconfie de honorários baixos demais, especialmente abaixo da tabela de preços da OAB. É claro que o preço do serviço varia conforme a experiência, reconhecimento, currículo e fama do correspondente, mas há profissionais que cobram muito pouco, o que pode revelar tanto o despreparo e falta de confiança no serviço como a prática de aviltamento de honorários, que é infração às regras de ética da OAB.

Vale lembrar que as tabelas da OAB não são obrigatórias, mas estipulam o mínimo que deve ser cobrado. Quanto mais profissionais utilizarem a tabela, menores serão as chances de leilão de serviços advocatícios, e mais valorizado será o profissional de Direito.

É preciso lembrar que a tabela de preços existe por um motivo: estabelecer um patamar mínimo de cobrança para um serviço, impedindo a precarização do trabalho do advogado — que é essencial à justiça —, e, assim, valorizar a profissão. A cobrança muito aquém do valor de mercado prejudica toda a classe.

Em segundo lugar, é muito importante analisar o currículo do advogado correspondente, sua formação acadêmica, os escritórios por onde passou (ou o escritório em que atua), os tipos de causas e matérias em que milita etc. Mas, lembre: nem só de títulos se servem os grandes juristas. Na atividade da advocacia, em especial, a desenvoltura, a qualidade argumentativa, a habilidade de escrita e outros atributos pessoais são muito relevantes.

A prática jurídica pode privilegiar os talentosos em detrimento daqueles que só buscaram títulos, mas, em geral, a qualificação acadêmica é sim um ponto muito positivo, pois significa que o profissional buscou agregar aos seus conhecimentos e despendeu seu tempo em aprendizado e formação.

De qualquer forma, uma terceira sugestão útil é verificar se há recomendações e referências na própria página em que você encontrou o advogado por correspondência. Observe se há uma ferramenta de avaliação, se há comentários a respeito do trabalho do profissional, se há alguma reclamação e quaisquer outros indicadores do bom ou mau trabalho do correspondente jurídico.

As indicações, referências, recomendações e avaliações são uma forma de reconhecer um correspondente jurídico pela pura prestação de serviço, não pelos títulos. Aliada à sugestão anterior, vai levar ao encontro daqueles advogados bem formados e bem reputados no mercado.

Por último, é interessante se comunicar com o profissional que se deseja contratar. Alguns sites possuem ferramentas de comunicação que permitem entrar em contato com o advogado correspondente, explicar melhor a demanda, sentir seu interesse e firmeza e construir a confiança necessária para finalizar a contratação.

Quais os maiores erros a se evitar ao contratar um advogado correspondente?

Finalmente, deixamos algumas orientações derradeiras para garantir uma contratação inteligente. Seguindo os passos a seguir, é bem mais fácil não cair em algumas ciladas e realizar escolhas mais conscientes. Confira:

1. Oferecer valores muito altos de primeira

Muitos advogados correspondentes em sites especializados estão acostumados a negociar com seus contratantes e flexibilizar seus preços. E não é para menos: há sites com milhares de profissionais cadastrados, das mais diversas especialidades, formações acadêmicas, experiências e habilidades. Assim, é natural que a concorrência seja enorme entre eles.

Bons profissionais não desejam perder negócios vantajosos. Dessa forma, conheça os valores de mercado e a reputação do seu possível contratado e negocie de acordo. Se não é ético desvalorizar a profissão com honorários abaixo das tabelas de valores mínimos, também não é inteligente oferecer muito acima do limite. Busque o meio termo na transação.

No entanto, é importante ressalvar que advogados de grande renome ou muitos anos de experiência tendem, sim, a cobrar valores maiores pelos mesmos serviços que outros. O mercado permite e incentiva essa concorrência, de modo que a qualidade dos serviços cresça e aqueles mais reconhecidos, ao obter maior demanda, possam cobrar mais.

Assim, é bom lembrar que, não importa a estratégia de negociação, não é possível fugir da realidade: é pouco provável que se consiga obrigar um profissional muito bem estabelecido a praticar o mesmo preço de um novato.

2. Confiar em propostas irreais

As ciências jurídicas não são exatas. Embora já se tenha tentado categorizar o pensamento jurídico e levá-lo à máxima objetividade, o fato é que ainda existe muito espaço para decisões diversas, controvérsias e resultados inesperados nos processos.

Por isso, nenhum advogado pode dar 100% de garantia da vitória de uma ação. É claro, existem ações com uma alta probabilidade de vitória em virtude da pacificação da matéria na jurisprudência local ou mesmo de tribunais superiores — mas é sempre possível que questões do processo se desenrolem de forma diferente ou que um juiz decida de forma diferente, mesmo que no final tenha a decisão modificada em recurso.

Profissionais do direito responsáveis não saem alegando que vão vencer todas as ações. Devem se comprometer com a qualidade do serviço, o adequado acompanhamento do processo e a utilização de todas as formas legais de atuação para chegar ao resultado pretendido. Mas sempre duvide daqueles que parecem certos demais de seu triunfo.

3. Não tratar os termos da contratação previamente

Não adianta fechar o negócio de forma genérica, garantindo a escolha do profissional sem especificar o que será feito — e por quanto será feito. Advogados jovens e ansiosos pela experiência jurídica podem se comprometer a realizar tarefas sem ter condição.

Vale discutir com detalhes a atividade que o contratado terá que realizar. Explique de que diligências necessita, quais os termos do substabelecimento, os limites da atuação e os poderes e responsabilidades que ele efetivamente terá. Peça o parecer franco do advogado a respeito da possibilidade e capacidade de labutar naquela matéria no momento.

Além disso, combine logo o valor dos honorários. Nada de “depois a gente vê” ou “quando sair a decisão a gente conversa”. Estabeleça os termos de antemão, pois é melhor para os dois lados discutir a importância financeira antes do processo acabar. Senão, um dos dois pode acabar querendo sair com a vantagem (ou diminuir o prejuízo) da ocasião.

4. Não verificar a qualificação do advogado

Um assunto que foi reiterado várias vezes ao longo deste texto foi a relevância de se tentar conhecer mais do profissional que se quer contratar antes de fechar o negócio. A reiteração é proposital, dada a essencialidade dessa atitude. Utilizar todas as dicas anteriormente mencionadas, aliadas ao bom senso, resulta numa escolha bem feita, bem conjecturada.

Se estiver com pressa, à beira de um prazo urgente, não é necessário pesquisar em inúmeros lugares e perguntar a várias pessoas sobre o correspondente jurídico em análise. Mas não custa nada prestar atenção na sua trajetória acadêmica e experiência, inclusive usando ferramentas como o Lattes e até mesmo o Linkedin, que cada vez mais cresce como rede social voltada para os negócios.

Enfim, não é muito difícil contratar um advogado correspondente, mas é extremamente recompensador, a curto e a longo prazo, escolher trabalhar com esses profissionais em vez de tentar estar presente em mais lugares do que o tempo e o dinheiro permitem.

Lembrando de todas as regras apresentadas ao longo deste guia, é possível localizar correspondentes jurídicos extremamente completos, eficientes e dispostos a prestar serviços úteis e cômodos. Quando menos se espera, o escritório contratante está muito mais produtivo porque terceirizou algumas diligências e permitiu que seus advogados tivessem tempo para se dedicar às demandas mais complexas proporcionadas pela atividade jurídica.

Com o tempo, é possível conhecer alguns advogados de apoio confiáveis e contar com eles de modo constante para serviços numa mesma região. Mas é preciso saber onde encontrá-los primeiro.

Para não errar na hora de contratar um advogado correspondente, não deixe de ler nosso artigo com 3 dicas para encontrar um bom advogado correspondente.

No fim de tudo, contratar um advogado correspondente é uma vantagem e tanto! Então, se você procura uma plataforma de confiança com milhares de correspondentes jurídicos de qualidade para escolher, acesse o Juris Correspondente, o maior e melhor site especializado em advocacia por correspondência do Brasil

Direito trabalhista: conheça os 6 principais tópicos!

direito trabalhista os seis principais tópicos

Manter-se atualizado é fundamental para o bom desempenho de qualquer trabalho. Todavia, para os bacharéis em Direito a atualização é imprescindível, na medida em que as leis brasileiras mudam constantemente e uma ação judicial baseada em legislação ultrapassada pode significar a desmoralização na carreira. Diante dessa necessidade e da recente Reforma Trabalhista, preparamos este post com os principais tópicos acerca de direito trabalhista. Continue lendo!

1. Vínculo de emprego

O ajuizamento de ações por escritórios de advocacia com pedido de reconhecimento de vínculo de emprego é muito comum na Justiça do Trabalho, uma vez que, na tentativa de diminuir seus encargos, alguns empregadores contratam o empregado como se fosse autônomo ou por meio de pessoa jurídica. Acontece que, no direito do trabalho, vigora o princípio da supremacia da realidade sobre a forma, segundo o qual prevalece a verdade real, e não a prevista em contrato.

Nesse sentido, ainda que o empregador celebre um contrato com autônomo ou com pessoa jurídica, uma vez presentes os requisitos do vínculo de emprego, ele deve ser reconhecido e todas as parcelas decorrentes devem ser recolhidas.

Os requisitos da relação de emprego são os seguintes: trabalho prestado por pessoa física, com pessoalidade (ou seja, prestado diretamente pela mesma pessoa física), de natureza não eventual a um empregador (isto é, de modo permanente), com subordinação jurídica (o empregador dirige o empreendimento) e onerosidade (há uma contraprestação salarial). Para o reconhecimento do vínculo, todos esses requisitos, cumulativamente, devem estar presentes.

2. Terceirização

A terceirização é um processo pelo qual uma empresa coloca à disposição de outra funcionários para exercerem suas atividades. Até o ano de 2017, a terceirização não era regulamentada por lei, mas tão somente por súmula do TST, que apenas admitia a terceirização da atividade meio e de funções como limpeza e segurança.

Em razão disso, o empregado contratado por meio de empresa interposta para o exercício de atividade fim acabava por ajuizar ação para pedir o reconhecimento do vínculo empregatício com a empresa tomadora do serviço. Essa situação, no entanto, mudou com a aprovação da Lei n. 13.429/2017, que, entre outras coisas, passou a admitir a terceirização inclusive da atividade principal.

A Lei n. 13.467/2017, conhecida como Reforma Trabalhista, prevê que os empregados terceirizados devem receber as mesmas condições sanitárias, de segurança do trabalho, de atendimento médico e de treinamento oferecidas aos empregados da empresa tomadora do serviço.

3. Desvio e acúmulo de função

O desvio de função se verifica quando um colaborador é contratado para exercer função específica, mas acaba por exercer função distinta. Já no acúmulo de função, o trabalhador exerce, além das funções para as quais fora contratado, outras funções estranhas ao cargo. Ambas as situações são erradas, uma vez que pode se verificar a alteração contratual lesiva, o que é vedado no direito do trabalho.

Isso não significa que não possa haver a alteração dos termos contratuais, mas apenas que ela não pode ser prejudicial ao empregado. Assim, caso o empregador queira ou precise que o colaborador assuma outras funções, são necessários o consentimento deste e a respectiva revisão do salário.

Nesse sentido, se constatado o desvio ou o acúmulo sem que a empresa tenha feito o correspondente ajuste salarial, o empregado pode ajuizar ação e caberá a ele provar o alegado. Em ambas as situações, deverá ser paga a diferença salarial dos cargos exercidos, sendo que, no desvio, ainda deve haver a alteração da denominação do cargo.

4. Jornada de trabalho

De acordo com a Constituição Federal, a jornada de trabalho não deve ser superior a 8 horas diárias, nem a 44 horas semanais. A Consolidação das Leis do Trabalho reitera essa determinação, mas faculta o acréscimo de até duas horas extras por dia, mediante celebração de acordo individual ou de norma coletiva.

A hora extra, portanto, deve ser exceção, apenas para situações em que haja necessidade de realização do trabalho. Também em razão da excepcionalidade e da jornada exaustiva, a hora extra deve ser, pelo menos, 50% superior à hora normal.

A novidade trazida pela Reforma Trabalhista quanto à jornada de trabalho é a possibilidade de estabelecer o horário de trabalho de 12 horas seguidas por 36 horas de descanso, a conhecida 12 x 36, mediante acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho. Anteriormente, esse tipo de jornada era restrito a algumas profissões, como a de enfermagem, e somente podia ser estabelecido por norma coletiva.

5. Banco de horas

Como destacado no tópico anterior, caso haja extrapolação da jornada de trabalho, as horas suplementares devem ser pagas com o adicional mínimo de 50%. No entanto, o empregador poderá ser dispensado do pagamento desse acréscimo se o excesso de horas trabalhadas em um dia for compensado com a correspondente diminuição de horas em outro dia.

Para que haja essa compensação, deve ser respeitado o limite diário de 10 horas de trabalho e deve haver a previsão de banco de horas em norma coletiva ou em acordo individual. Nesse sentido, é importante destacar que, se a previsão constar de norma coletiva, a compensação das horas deve ocorrer no período de um ano. Mas, se for por acordo individual escrito, o limite para haver a compensação é de seis meses, e se for por acordo tácito, a compensação deve se dar dentro do respectivo mês de trabalho.

Caso haja a rescisão do contrato sem que tenha havido a compensação, as horas extras devem ser pagas, de acordo com a remuneração na data do encerramento do contrato.

6. Intervalo intra e interjornada

Além do respeito ao limite diário e semanal da jornada de trabalho, cabe à empresa conceder os intervalos inter e intrajornada. Nesse contexto, o intervalo interjornada é o período mínimo de descanso entre o final da jornada de um dia e o início do expediente do dia seguinte, sendo que esse período não pode ser inferior a 11 horas consecutivas.

Já o intervalo intrajornada é o período de descanso a ser gozado pelo empregado no decorrer do horário de trabalho, o que é definido de acordo com o número de horas trabalhadas em um dia. Assim, para jornadas de 4 a 6 horas/dia, o intervalo é de apenas 15 minutos; já para jornadas que excedam 6 horas, o intervalo deve ser de, pelo menos, 1 hora e, no máximo, 2 horas.

Todavia, nos termos da Reforma Trabalhista, a empresa pode celebrar acordo coletivo ou convenção de trabalho para reduzir o intervalo intrajornada para até 30 minutos, em jornadas com mais de 6 horas.

Além disso, se não houver a concessão do tempo mínimo de intervalo intrajornada (em regra, 1 hora e 30 minutos, se houver norma coletiva nesse sentido) ou se houver apenas concessão parcial do intervalo, o período não concedido deve ser pago com acréscimo de 50% sobre o valor da hora normal, com natureza indenizatória.

Antes da reforma, o Tribunal Superior do Trabalho entendia que todo o intervalo deveria ser pago como extra, não apenas o suprimido. Dessa forma, a reforma trouxe mudanças significativas ao direito trabalhista e vale a pena se atualizar a respeito.

Pensando em facilitar a sua profissão, criamos um banco de petições com diversos modelos à sua disposição e atualizado mensalmente. Acesse já, mas lembre-se que o documento deve ser adaptado a cada caso.

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O que é um correspondente jurídico?

correspondente jurídico

Um correspondente jurídico ou advogado correspondente é aquele que realiza serviços jurídicos para outros advogados ou escritórios de advocacia.

É comum que os profissionais jurídicos precisem realizar diligências em outras comarcas diferentes, muitas vezes distante das suas próprias. Viajar até lá implicaria em gastos com transporte, alimentação e possivelmente até mesmo hospedagem. Assim, uma alternativa mais vantajosa é delegar o serviço para um(a) advogado(a) local, o correspondente jurídico. Este realizará a diligência para o contratante, e receberá seus honorários previamente acordados pelo serviço.

O correspondente jurídico pode realizar desde tarefas mais simples, como a obtenção de cópias e a distribuição de cartas precatórias, até mais complexas, como audiências. Ele pode ser útil também para diligências de caráter emergencial, que precisam ser feitas de imediato, ocasionando, portanto, economia de tempo para os contratantes.

O(a) advogado(a) que decide atuar como correspondente jurídico pode obter diversos benefícios para a sua carreira. Por exemplo, a possibilidade de ganhar visibilidade na carreira, realizar networking com outros profissionais de diferentes regiões do Brasil e, assim, mostrar seus serviços e habilidades, que podem levar a novas propostas de emprego futuramente. Para saber mais sobre os benefícios, não deixe de ler nosso artigo Benefícios de ser advogado correspondente.

Jovens advogados podem oferecer serviços de correspondente jurídico a fim de ganhar experiência prática e também de garantir seus primeiros honorários. Já advogados mais experientes podem aproveitar a maior flexibilidade da advocacia correspondente para conquistar uma renda extra aos seus vencimentos mensais. 

Importante: Somente Advogados e Estagiários regularmente inscritos na OAB podem ser correspondentes jurídicos, sendo que os Estagiários somente sob a supervisão e responsabilidade de Advogados.  Porém, existem algumas atividades que podem ser feitas por quem não é regularmente inscrito na OAB e você pode conferir esses serviços no e-book gratuito: O guia completo de serviços que estudantes de Direito, estagiários e bacharéis podem fazer.

Por fim, o escritório que contrata os serviços de um correspondente jurídico pode ver suas diligências realizadas de forma rápida, eficiente, econômica e sem consumir o tempo dos próprios colaboradores que, afinal, podem se dedicar a tarefas mais estratégicas. Finalmente, a atuação de advogados correspondentes pode até mesmo levar a uma expansão das atividades do escritório.

A advocacia correspondente é uma das formas mais modernas de atuação jurídica da atualidade. Os correspondentes recebem experiência prática no mercado, ao mesmo tempo em que ainda possuem flexibilidade o bastante para continuar se capacitando, o que pode levar a novas e melhores oportunidades profissionais no futuro.

O Juris Correspondente é a maior e melhor plataforma de correspondentes jurídicos e advogados correspondentes da internet. E pensando no aperfeiçoamento profissional dos advogados correspondentes, preparamos um e-book com O Guia Definitivo da Advocacia Correspondente.

Se quiser aprofundar mais no assunto, não deixe de conferir nossa série de vídeos sobre Advocacia Correspondente 4.0 e diversas outras dicas no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

O guia completo da organização do escritório de advocacia

Alguns advogados ainda não perceberam a importância de se implantar técnicas de organização e gestão de escritório de advocacia ou entendem que essa necessidade existe apenas para as grandes bancas. Entretanto, independentemente do porte, as sociedades de advogados precisam aprender como organizar um escritório de advocacia, de modo a tornar o escritório uma verdadeira empresa.

Embora a advocacia se trate de uma carreira tradicional  — e, portanto, operá-la como uma empresa possa causar estranhamento —, o fato é que a organização do escritório vai além do trabalho intelectual desenvolvido pelos advogados. Há, assim, toda uma estrutura de organização que precisa ser desenvolvida e implementada na cultura do escritório.

Além disso, não se pode esquecer que organização pode significar economia de espaço e de tempo, dois pontos fundamentais para a saúde financeira de qualquer corporação, inclusive das bancas de advocacia. Dessa forma, observando essa tendência e também a necessidade de organização do escritório de advocacia, nós preparamos este guia completo sobre o assunto.

Ao longo dele, serão abordados assuntos como a organização dos processos, o cadastro de clientes, a estrutura financeira, dicas de práticas para a contabilidade, o controle dos documentos trabalhistas dos advogados e, por fim, como a tecnologia pode ajudar nesse trabalho. Então continue lendo e veja o que pode ser feito em sua sociedade para torná-la mais organizada e, consequentemente, mais rentável.

1 – Organizando os processos do escritório

Manter o controle dos processos judiciais não é uma faculdade para os advogados e sim uma necessidade, uma vez que todos os atos processuais devem ser cumpridos dentro de prazos, em geral, peremptórios.

Isso significa que o ato não pode ser adiado simplesmente porque o advogado já tem muito trabalho a cumprir e está apertado com outros prazos, e sim que o ato precisa ser cumprido naquele período, sob pena de causar sérios prejuízos ao cliente e, consequentemente, ao advogado responsável.

No entanto, é possível organizar o controle dos processos judiciais de modo a otimizar o trabalho  a partir da implantação de algumas técnicas. A primeira delas é registrar todas as informações, e isso inclui todos os dados pessoais do cliente, as notas necessárias para a construção do caso, as decisões tomadas, a movimentação do processo e distribuição entre os advogados da casa quanto às funções assumidas em cada caso.

Pode parecer perda de tempo, mas em um escritório de advocacia as informações dos diferentes processos podem começar a se misturar e isso dificulta o controle sobre o que acontece em cada um deles, por isso a importância do registro de todo o ocorrido.

Além disso, como o trabalho do advogado é movido a prazos, é fundamental que se implante um controle das movimentações processuais. Nesse sentido, tão logo seja publicada uma intimação, o profissional responsável pelo serviço forense saberá da necessidade de se fazer a carga dos autos.

Feito isso, basta fazer a distribuição dos processos entre os profissionais da casa — em geral, cada advogado é responsável por processos determinados, para que possa ter conhecimento mais aprofundado da causa e do direito que se discute — e estabelecer o cronograma de cumprimento dos prazos.

Uma dica interessante para gerenciar melhor o tempo é dividir o trabalho em eventos e tarefas. Os eventos são os que têm data e horário para acontecer, como reuniões e audiências, já as tarefas são funções como redigir as peças processuais e responder e-mails, as quais podem ser feitas em horários definidos pelo próprio advogado.

Fazer esse planejamento de modo a saber em quais dias e horários será possível permanecer no escritório para cumprir as tarefas e distribuí-las de acordo com os prazos processuais, os quais já foram definidos desde o dia da publicação da intimação, facilita no cumprimento de todas as obrigações, sejam eventos sejam tarefas, em tempo hábil.

Assim, a gestão dos prazos judiciais deve estar alinhado ao controle de cumprimento das tarefas e eventos do advogado. Por isso, é importante fazer a distribuição das funções e monitorar o seu cumprimento para que eventuais imprevistos possam ser dirimidos a tempo, sem que haja prejuízo ao processo e ao cliente.

É claro que toda essa distribuição, controle de prazos e monitoramento do seu cumprimento pode ser um pouco trabalhoso, mas nos próximos tópicos será mostrado como a tecnologia para escritório de advocacia pode facilitar nessa parte da organização.

2 – Cadastro de clientes

Ao organizar o escritório de advocacia, um das primeiras perguntas a ser feita é se ele mantém um cadastro de clientes. Esse cadastro é importante por vários motivos, o primeiro deles é porque o advogado precisa saber quem é o seu cliente e como é possível entrar em contato com ele.

Ao longo do processo, há dois momentos que a presença do cliente é imprescindível: a audiência de conciliação e audiência de instrução e julgamento. Isso significa que tão logo elas sejam marcadas, é função do advogado contatar seu cliente e informá-lo sobre a necessidade de comparecer em juízo no dia e horário designados, sob pena de extinção do processo e condenação ao pagamento de custas e honorários.

Além disso, podem surgir dúvidas sobre a casuística que precisam ser sanadas pelo profissional para melhor representação da causa. Nesse contexto, já no primeiro contato com o cliente o advogado pode apresentar um formulário para que o contratante preencha seus dados pessoais e, se possível, apresente mais de um meio de contatá-lo. Depois, esse cadastro deve ser arquivado, mas ainda devem constar outras informações, como a forma de pagamento dos honorários advocatícios.

O modo de pagamento de honorários pode variar de acordo com a natureza da causa ou mesmo com o próprio escritório — há os que cobram apenas um percentual sobre o valor de ganho de causa, há os que cobram um valor inicial mais os honorários de sucumbência e há, ainda, os clientes fixos que, em geral, pagam uma mensalidade.

Essas informações devem estar registradas até para que seja possível o controle pelo financeiro dos clientes adimplentes e dos inadimplentes e que, portanto, precisam ser cobrados de alguma forma.

Outro ponto fundamental a constar do cadastro de cada cliente é os documentos que foram entregues. A guarda de documentos entregues ao escritório, seja para juntada aos processos seja para tentativa de resolução de outras demandas, torna-se uma responsabilidade do escritório.

Em razão disso — e pela importância que alguns documentos têm —, é interessante que se conste no cadastro a listagem dos documentos apresentados, o destino de cada um e, posteriormente, a possível devolução ao responsável.

O cadastro dos clientes ainda pode especificar os que estão com processos ativos e os inativos. Manter os dados atualizados é importante tanto para quem tem processos em aberto quanto para os que não usam o serviço do escritório atualmente. Afinal, o cliente que teve um processo sob os cuidados do escritório pode ter novas demandas e, uma vez satisfeito com o serviço prestado, a chance de procurar o mesmo advogado é muito maior, na medida em que tem confiança no trabalho.

Assim, manter os cadastros atualizados e enviar para os respectivos endereços um cartão no fim do ano ou um calendário no início do ano com todos os dados do escritório é uma forma de se fazer lembrar e de garantir uma contratação em eventual necessidade.  Afinal, o advogado não pode se esquecer do networking do escritório de advocacia.

3 – Como organizar a estrutura financeira do escritório?

A organização da estrutura financeira do escritório talvez seja uma das principais dificuldades enfrentadas pelos advogados e também um dos principais fatores para levar à falência da banca. Assim, por mais que o capital intelectual seja o principal responsável por atrair clientes ao escritório, o bom gerenciamento das contas será determinante para o sucesso financeiro.

O primeiro passo pra organizar as finanças é colocar em relatório o faturamento do escritório, os custos fixos, o custo total, a margem de lucro e possível nível de endividamento. Ao especificar os custos, é interessante discriminar todas as despesas, desde os fixos, como aluguel e folha de salários até os variáveis, como materiais de escritório, transporte para cumprimento de diligências, xerox e até mesmo o cafézinho.

Somente depois de todas essas despesas serem relatadas e colocadas na ponta do lápis é que será possível analisar se existem gastos além dos necessários e em quais despesas é possível fazer economia. Por exemplo: em escritório de advocacia, é comum ter altos custos com papel e tinta de impressora, pois é preciso imprimir sentenças, imprimir esboços de peças processuais para correção e outros.

No entanto, esse tipo de gasto pode ser mais alto do que o que se pensa. Por isso, ao saber o custo real, é possível adotar medidas para fazer economias, como optar por fazer leituras no próprio computador ou mesmo imprimir em frente e verso do papel, quando necessário. Até mesmo alguns tribunais já aceitam essa prática.

Além de especificar as receitas e as despesas, o advogado deve conhecer os respectivos prazos de recebimento e de pagamento, para que possa controlar o fluxo de caixa. Esse controle é fundamental para evitar atrasos nos pagamentos e consequente oneração por multas, assim como para saber o momento de cobrar os clientes inadimplentes.

Outro erro muito comum, sobretudo em escritórios menores, é a mistura de contas pessoais e empresariais, como naquele momento em que se precisa recolher as custas de um recurso e o próprio advogado o faz com o seu dinheiro. No final do mês, porém, o advogado não sabe mais quantas vezes fez esse tipo de pagamento e quanto o escritório deve reembolsá-lo. Outra situação é o advogado que precisa almoçar com o cliente e não sabe se este pagamento é responsabilidade dele ou do escritório.

Nesses casos, é fundamental estabelecer com os sócios em quais situações as despesas devem ser pagas pelo escritório, para que haja uniformidade para todos eles. Além disso, pagamentos de custas são de conhecimento prévio do escritório ou do advogado responsável pelo processo, por isso cabe a ele solicitar o valor com antecedência.

Ainda assim, em eventuais casos de urgência, vale a regra já mencionada: anotar todas as informações para que o reembolso seja devidamente efetuado. Além disso, para evitar confusão patrimonial, os sócios devem estabelecer os períodos e as condições para as retiradas de valores.

Todas essas atitudes, em conjunto, vão ajudar o controle do fluxo de caixa e a manter um nível de despesas dentro do previsto. Todo esse trabalho pode ser feito em planilhas, mas um software pode ser ainda mais eficiente e prático para quem não tem conhecimento de administração. Este assunto, por sua vez, será mais bem detalhado em um próximo tópico.

4 – Algumas boas práticas para a contabilidade do escritório de advocacia

Durante um tempo, a formalização de escritórios de advocacia era algo caro e complexo. Todavia, nos últimos anos, algumas alterações legislativas possibilitaram essa formalização. O fato é que, hoje, trabalhar como advogado autônomo pode se revelar mais oneroso do que abrir a sociedade, na medida em que apenas o recolhimento dos tributos obrigatórios, imposto de renda e contribuição à Previdência Social, pode corresponder a 42,5% dos ganhos.

Entre essas mudanças legislativas estão a possibilidade de formalização da sociedade unipessoal, a chamada EIRELI (empresa individual de responsabilidade limitada), criada pela Lei nº 13.247/2016, e a opção pelo Simples Nacional como regime tributário.

Nesse sentido, a sociedade unipessoal é um tipo de formação societária e opção para os advogados que não desejam se associar a outros colegas, mas ser o único dono de seu escritório. Nessa formação e também nas sociedades comuns, as micro e pequenas empresas, assim reconhecidas pela receita bruta de até R$4,8 mi por ano (novo teto do Simples Nacional 2018), podem optar pelo Simples Nacional como regime de tributação.

No Simples Nacional, o recolhimento dos impostos é feito por meio de uma única guia, na qual incidem todos os tributos devidos, sejam eles federais, estaduais e municipais. As alíquotas incidentes, por sua vez, variam de acordo com as tabelas constantes dos anexos do Simples Nacional e merecem atenção, sobretudo em razão das alterações feitas neste ano de 2018.

Já as sociedades cuja receita bruta ultrapasse R$4,8 mi por ano podem se encaixar no regime de tributação do lucro presumido, um regime também simplificado, por meio do qual o cálculo dos impostos devidos — IRPJ e CSLL — é feito a partir de um valor presumido do faturamento.

Todavia, para saber qual dos regimes de tributação é mais benéfico para cada sociedade de advogados o ideal é contar com a assessoria de um contador. Isso porque somente um profissional habilitado é capaz de fazer o cálculo corretamente e analisar, a partir das demonstrações contábeis da empresa, qual dos regimes é mais interessante, uma vez que nem sempre o Simples Nacional implica um pagamento menor de impostos.

Além disso, em uma sociedade de advogados, é fundamental segregar as receitas devidamente, já que há a entrada de honorários advocatícios, mas também de depósitos judiciais a serem transferidos aos clientes depois de compensados os honorários de sucumbência. Assim, se houver confusão entre esses valores, o escritório corre o rico de pagar mais impostos do que o devido.

Desse modo, é imprescindível que as escriturações financeiras estejam corretamente lançadas, a fim de garantir os pagamentos nos valores corretos e, ainda, evitar autuações por órgãos de fiscalização. Enfim, tudo deve estar corretamente classificado e lançado nas demonstrações contábeis.

5 – Como organizar os documentos trabalhistas dos advogados da empresa?

Em um escritório, os advogados tanto podem ser contratados como empregado, no regime da CLT, como podem ser associados com uma pequena participação nos ganhos da empresa. No primeiro caso, trata-se de relação de emprego, já no segundo trata-se de relação contratual civil. De todo modo, o gestor da banca deve manter arquivados todos os documentos que dizem respeitam a cada advogado, empregado ou parceiro.

Nesse sentido, o ideal é que o responsável pela contratação tenha uma pasta com os documentos de cada colaborador, isso inclui contratos de trabalho ou de participação, documentos de identificação, regulamentos da empresa, possíveis ocorrências, folhas de ponto e folhas de pagamento. Essas pastas devem ser mantidas em um local adequado, sem umidade, para que os documentos sejam preservados, e de forma reservada.

Uma solução interessante é a digitalização de todos esses arquivos, o que pode ser feito internamente ou por empresas especializadas. Com a digitalização, o acesso aos documentos pode ser monitorado e controlado, para que somente os responsáveis possam visualizá-los. A adoção de um software jurídico no qual é possível manter os dados e documentações dos funcionários ou mesmo um software voltado para a gestão de RG também pode ser um facilitador.

Sobre os documentos a serem arquivados, é bom destacar que se o escritório contar com mais de dez funcionários com vínculo de emprego, ou seja, sujeitos à legislação celetista, a empresa deve providenciar um meio de registro de ponto, seja eletrônico seja manual. O importante é que cabe ao escritório fazer o controle das jornadas, a fim de garantir possível compensação ou pagamento de horas extras. Assim, tanto o registro de ponto quanto eventual compensação ou pagamento devem ser devidamente registrados nos arquivos do funcionário.

O ideal é que todos os documentos dos advogados empregados sejam mantidos no arquivo por, pelo menos, cinco anos, pois este é o prazo prescricional. Uma vez encerrado o contrato de trabalho, os arquivos devem ser mantidos por dois anos, prazo para ajuizamento de possível ação trabalhista.

No entanto, se o advogado trabalha como associado, percebendo uma pequena participação nos ganhos da sociedade, o ideal é que os documentos, sobretudo de distribuição e pagamento de honorários, sejam mantidos por dez anos. Isso porque, de acordo com entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o prazo prescricional de rateio de honorários advocatícios é de dez anos, o prazo geral previsto no Código Civil.

Assim, para resguardar o escritório contra eventuais demandas judiciais trabalhistas, é necessário manter adequadamente os arquivos dos advogados pelos respectivos prazos mínimos citados acima.

6 – Por que e como contar com a tecnologia?

Ao longo do texto, foi ressaltado que diferentes trabalhos poderiam ser facilitados com o uso da tecnologia, desde o controle de processos, passando pelo cadastro dos clientes, até a organização financeira.

A tecnologia é imprescindível para a otimização dos processos, independentemente do porte da banca mas, talvez ainda mais necessária às menores, já que dificilmente é possível contratar pessoas para ocupar diferentes cargos administrativos e a concentração de todos os trabalhos nas mãos de um advogado pode implicar perda de tempo para a realização do trabalho advocatício em sentido estrito.

Nesse contexto, para garantir a produtividade dos advogados e, ainda, melhorar a rentabilidade da sociedade, a adoção de um software jurídico é essencial. É possível encontrar no mercado diferentes softwares específicos para os escritórios, cada um deles com uma particularidade.

Mas, de maneira geral, esse tipo de software oferece recursos para regular a rotina jurídica, como o acompanhamento das publicações, andamentos processuais, depósitos judiciais, cálculo para atualização dos valores da causa e controle dos prazos processuais. Nesse último ponto, ainda é possível contar com ferramentas que monitoram as tarefas e avisam o vencimento dos prazos.

Além disso, ainda são oferecidos recursos para cadastro de advogados, de clientes e todas as informações sobre os processos, além de armazenamento de todos os documentos em nuvem, ou seja, todos os itens fundamentais para garantir a organização do escritório, como relatado anteriormente. Isso tudo com a facilidade de acessar todos esses dados e recursos de qualquer lugar que o advogado esteja, basta ter acesso à internet.

Alguns softwares jurídicos ainda oferecem recursos para a gestão financeira completa do escritório, com gerenciamento do fluxo de caixa, controle das contas a pagar e a receber, todas as entradas, incluindo a organização dos honorários e demais receitas, e as saídas. Isso ainda com a possibilidade de incluir alertas automáticos de lembretes de vencimentos e pagamentos, enviados por e-mail.

Dessa forma, a organização do escritório de advocacia não pode ser negligenciada pelos sócios, pelo contrário, merece total atenção. Até mesmo porque, ao manter um escritório organizado, garante-se melhor acompanhamento processual, otimização do tempo e de recursos financeiros. Além disso, as sociedades de advogados ainda podem contar com os recursos tecnológicos disponíveis no mercado, voltados especificamente para a gestão de escritórios para facilitar essa organização.

Além da gestão, existem diversas tecnologias que podem facilitar o seu dia a dia e é sobre isso que escrevemos no artigo Conheça 7 tecnologias para escritório de advocacia.

Gostou do post? Então aproveite para baixar nosso e-book com um guia completo de redução de custos para escritórios de advocacia.

 

Fachada de escritório de advocacia: o que não pode faltar!

Não é novidade que os advogados sofrem várias restrições para fazer publicidade para o seu escritório. Em razão dessas limitações, a categoria precisa tirar o máximo proveito do que é permitido, começando pela própria fachada do escritório de advocacia.

A fachada é como um cartão de visitas. Ao se deparar com ela, o cliente já tem a primeira impressão do escritório e, claro, é importante que seja a melhor impressão possível.

Por isso, se a sua banca ainda não conta com uma fachada capaz de atrair muitos clientes, continue lendo nosso post e veja o que não pode faltar.

Boa leitura!

Identidade visual

A identidade visual é o conjunto de cores, tipografia, símbolos e demais elementos de design aplicados na marca.

É fundamental que a fachada do escritório siga a mesma identidade visual aplicada em todos os demais materiais, seja de divulgação, seja de trabalho, tais como o site, redes sociais, blogs, cartão de visita, papel timbrado, envelopes e outros. A existência de uma identidade visual faz com que as pessoas reconheçam facilmente o escritório de advocacia.

Além disso, o escritório com uma identidade visual bem feita transmite aos clientes uma imagem de seriedade, compromisso, competência e responsabilidade.

A cor de trabalho é uma escolha importante na identidade visual. Em geral, as bancas optam por cores mais neutras, na medida em que transmitem a sobriedade da profissão, como cinza, preto, verde, branco, azul, amarelo e bege. Todavia, a escolha também pode estar relacionada com o ramo de atuação do escritório, assim como toda a identidade visual.

Logotipo

O logotipo deve refletir a essência do escritório e seus valores e, ainda, ser coerente com o seu conceito e com o que ele propõe.

Além disso, de acordo com o Código de Ética da OAB, ele deve ser compatível com a sobriedade da profissão. Isso significa que as cores do logotipo também devem ser sóbrias, elegantes e discretas, assim como a grafia, que deve ser a mais regular e formal possível.

Um logotipo bem feito e discreto, neste ramo de atividade, pode atrair mais clientes do que um chamativo.

Dados do escritório

É comum os advogados ficarem preocupados com a fachada do escritório, uma vez que há limitação quanto à publicidade da atividade. Nesse sentido, é importante ressaltar que expor uma placa na fachada do escritório é permitido, mas um outdoor não.

Já informações como o nome da sociedade — vedado o nome fantasia —, nomes dos sócios, respectivos números de registros na Ordem dos Advogados do Brasil e o ramo ou os ramos do direito de atuação são informações que podem e devem constar na fachada. Isso porque elas permitem que os clientes saibam quem são os advogados que atuam naquele escritório e em que ramo atuam e, assim, façam suas pesquisas de referência.

Além disso, dados como número de telefone, endereço eletrônico e horário de funcionamento também são permitidos.

Por outro lado, é proibido anunciar o serviço advocatício, inclusive na fachada do escritório, em conjunto com outra atividade, como contabilidade. A orientação é que o anúncio seja feito com discrição e moderação, sem o uso de frases comerciais, como ‘venha conferir’ e ‘satisfação garantida’.

Dessa forma, a identidade visual, o logotipo e as informações essenciais sobre a banca não podem faltar na fachada de escritório de advocacia.

Além disso, se você quiser maximizar a visibilidade do seu escritório, não deixe de conferir O Guia Completo de Estratégias de Marketing Jurídico para sua carreira e/ou escritório.

Gostou do post? A fachada do seu escritório atrai clientes? Comente conosco.

 

Guia completo de gestão para escritórios de advocacia

Já há algum tempo, a rotina dos escritórios de advocacia deixou de ser baseada apenas na análise de contenciosos e no desenvolvimento de teses jurídicas para a representação de seus clientes. Ao se depararem com a vida profissional, os advogados precisam aprender a lidar com uma nova função (que nem sempre é ensinada nas universidades de direito): a gestão de escritório de advocacia.

O próprio exercício da advocacia exige que os advogados tenham certa organização conforme lidam diretamente com o controle de prazos. Nesse sentido, os escritórios precisam gerir as intimações recebidas, a carga dos autos e o próprio prazo para se manifestar a respeito. Apenas essa atividade já exige gestão por parte dos escritórios para que não haja o risco de perder a data para protocolo.

Todavia, a gestão de escritório de advocacia vai muito além disso. Afinal, em tempos modernos, as bancas também precisam se preocupar com a gestão financeira e com o relacionamento com o cliente, uma vez que os recursos devem ser bem geridos para que não haja desperdício — e o ideal é que os clientes estejam sempre satisfeitos.

Como o assunto é importante, preparamos este guia completo de gestão de escritório de advocacia. Ao longo do texto serão abordados temas como a automação de processos, a contabilidade, o marketing jurídico, a organização do escritório e as novas formas de trabalho que podem e devem ser adotadas pelas bancas. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

Automação de processos: item fundamental para gestão de escritórios de advocacia

Em um mercado cada vez mais competitivo como o jurídico, é fundamental investir na gestão do escritório por meio da implementação de uma organização típica de uma empresa.

Essa visão empresarial estratégica passa pela otimização de espaço e de tempo, para que os recursos financeiros sejam investidos nos pontos que possam dar retorno e para que os advogados possam se dedicar ao que realmente importa: a representação dos seus clientes.

Em razão disso, a inovação tecnológica tida no mercado como um todo também deve estar presente nos escritórios, modernizando o trabalho dos profissionais e a prestação do serviço — e, por consequência, permitir que se faça mais com menos.

O primeiro passo para essa modernização é identificar as tecnologias que existem no mercado e analisar quais delas são as ideias para o trabalho do seu escritório. Para isso, é fundamental identificar quais processos de trabalho são automatizáveis.

Nesse sentido, processo é todo fluxo de trabalho que se repete no dia a dia para a execução de determinadas tarefas. Em uma banca de advocacia, são muitos os processos próprios da atividade que podem ser automatizadas, como pesquisa de intimações publicadas, acompanhamento de publicações em geral, controle de prazos, definição de serviços forenses, comunicação interna e divisão de tarefas. Além disso, temos também as tarefas gerenciais do escritório, como marketing, relacionamento com o cliente e controle financeiro.

Diante do elevado número de processos que podem ser automatizados, é importante que a banca avalie as funcionalidades dos softwares jurídicos disponíveis no mercado e opte por aquele capaz de sanar os principais problemas identificados, ou seja, aquele cuja adoção terá um impacto maior (positivamente) no dia a dia do escritório.

Uma das vantagens de um software jurídico é a realização das atividades inteiramente online, o que, por sua vez, permite o armazenamento das informações e dos arquivos na nuvem. Além do armazenamento de documentos e dados online, o software permite a centralização das informações em uma única plataforma, o que faz com que toda a equipe tenha uma visão dos compromissos, das tarefas e dos prazos — inclusive os gestores.

Essa centralização de informações facilita, ainda, a delegação de tarefas, assim como o controle do que está sendo feito. Além disso, é possível criar grupos de trabalho em casos específicos, com compartilhamento de materiais e comunicação direta entre os integrantes.

Como ressaltado, o software jurídico permite ao gestor delegar as tarefas e, a partir disso, é possível acompanhar as entregas e as pendências. Esse controle possibilita ao gestor a análise do trabalho desempenhado por cada colaborador, sendo possível saber aqueles que cumprem com seus compromissos e aqueles que podem não estar à altura da empresa.

A principal vantagem da automação de processos em um escritório de advocacia é a economia de tempo por parte dos advogados, já que eles deixam de dedicar horas à pesquisa de intimações, ao controle de prazos, à organização da agenda e à elaboração de relatórios. Com essa economia de tempo, os advogados podem se dedicar às atividades jurídicas propriamente ditas, como o estudo de processos e de teses jurídicas e a elaboração de petições.

Dessa forma, além de mais organização, há ganho de produtividade e de rentabilidade.

Contabilidade: saiba como garantir a lucratividade de seu escritório

Até pouco tempo atrás, era comum que os advogados preferissem atuar como autônomos, — sobretudo os que trabalhavam sozinhos — em vez de abrir uma sociedade. As novas formas de legalização autorizadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) permitiu que essa realidade fosse revista por muitos profissionais do Direito.

Ainda assim, alguns advogados se mantêm como autônomos por acreditarem que a formalização como pessoa jurídica pode implicar no aumento de impostos. No entanto, acontece justamente o contrário.

Um trabalhador autônomo (o que inclui o advogado) precisa recolher imposto de renda (IR) e a contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no percentual de 20% sobre sua remuneração. O percentual a ser recolhido pelo advogado empregado varia entre 8% e 11%, e o percentual a ser recolhido pelo empreendedor é de 11% sobre o pró-labore.

Além disso, o autônomo deve pagar, a título de imposto de renda, o valor relativo a 22,5% sobre os seus ganhos. Já o administrador da sociedade de advogados pode até ser isento se seu pró-labore não for de alto valor. Ainda que não seja administrador, o sócio está isento do pagamento de IR sobre a retirada de lucro, independentemente do valor.

Dessa forma, um autônomo pode chegar a pagar aos cofres públicos a quantia correspondente a 42,5% de sua remuneração, ao passo que o escritório de advocacia pagará o percentual máximo de 16,85% sobre o faturamento bruto pela tabela do Simples Nacional — isso se o faturamento for superior a R$ 3,5 milhões anuais. Em escritórios menores, o percentual a ser pago pode ser de apenas 4,5%.

Dessa forma, torna-se mais interessante a formalização do escritório, seja como sociedade simples ou como sociedade unipessoal.

Nesse sentido, a sociedade simples é a sociedade formada para prestar serviços de natureza técnica ou intelectual (como a advocatícia), formada por pelo menos dois sócios. A mudança recente que facilitou e incentivou a formalização dos escritórios de advocacia foi a permissão legal de inscrição dessa sociedade no Simples Nacional.

Já a sociedade unipessoal é aquela formada por apenas um advogado, ou seja, trata-se de uma versão de uma empresa individual comum para advogados que não queiram se associar a outros profissionais. Assim como a sociedade simples, a unipessoal também pode aderir ao Simples Nacional, o que facilita o recolhimento dos impostos.

De todo modo, independentemente da formação de sociedade simples ou de sociedade unipessoal, é fundamental que o escritório se dedique a uma contabilidade correta, distinguindo as receitas oriundas de honorários e as receitas oriundas de valores creditados a clientes em processos judiciais e acordos extrajudiciais. Isso porque a confusão entre essas contas pode implicar no pagamento de impostos indevidos, além de multas.

Somado a isso está o fato de que a desorganização das finanças pode levar a uma escrituração contábil equivocada, e consequentemente, à autuação pelos órgãos de fiscalização. Nesse contexto, é fundamental que as classificações e os lançamentos sejam corretamente feitos nas demonstrações contábeis a fim de garantir que os impostos e custos fixos e variáveis sejam apenas os necessários, garantindo a lucratividade.

Marketing jurídico: faça seu escritório se tornar destaque

Os profissionais do Direito sabem que o marketing jurídico encontra algumas restrições impostas pelo Código de Ética e Disciplina da OAB. Todavia, é preciso ficar claro para os escritórios de advocacia que se trata de restrição, mas não de proibição absoluta.

Nesse contexto, as bancas estão impedidas pelo referido código de anunciar seus serviços em veículos de massa, como rádio e televisão, assim como em outdoor. Por outro lado, as bancas podem participar de eventos jurídicos e, neles, promover seus serviços. No entanto, os eventos devem ser necessariamente jurídicos, uma vez que está proibida a divulgação em eventos estranhos à área, como feira ecológica.

Outras restrições visam assegurar a sobriedade da profissão. Exemplo disso é a vedação do uso de expressões de atividade comercial, como “ligue agora” e “venha conferir”. Outro exemplo é a ausência de permissão para divulgação de preços jurídicos e o uso de fotos dos prédios dos tribunais nas páginas das bancas.

Até mesmo o marketing digital para advogados deve ser feito com cuidado, uma vez que os escritórios de advocacia não podem oferecer consultas gratuitas em seus sites, pois isso fere os padrões éticos da OAB. Há, no entanto, outras estratégias de marketing digital jurídico que podem ser adotadas para captar clientes.

Uma dessas estratégias é o marketing de conteúdo, que consiste na divulgação de conteúdos relevantes, ou seja, de materiais que sejam de interesse das pessoas que o escritório quer atrair como clientes. Isso significa produzir textos de linguagem acessível, cujos temas possam interessar os potenciais clientes, e veiculá-los nos respectivos blogs dos escritórios de advocacia.

O marketing de conteúdo, além de autorizado pela OAB, ajuda a construir a imagem do escritório e a se aproximar dos possíveis clientes. Isso porque, sempre que o interessado buscar mais informações sobre determinado assunto, o escritório que adota essa estratégia terá seu nome vinculado a um texto que oferece informações a pessoas comuns. Isso ajuda a fortalecer a credibilidade da banca junto aos clientes, tornando-se autoridade no meio jurídico.

Além do conteúdo ter que ser atrativo, o visual adotado pelo escritório também deve ser. Assim, é importante que a banca cause uma boa impressão no seu site, blog e nos perfis das redes sociais, adotando um visual bonito, mas também de fácil acessibilidade. Uma imagem ruim ou mal pensada pode passar a impressão de desleixo.

Outra forma de marketing permitida pela OAB é a participação em canais especializados na internet. Nesses canais, é possível oferecer os serviços jurídicos e ainda se conectar com outros profissionais.

Da mesma forma acontece a participação em eventos jurídicos. Além de permitidos, esses eventos são uma ótima forma de se relacionar com outros profissionais da área e ganhar notoriedade. Dessa forma, é interessante, além de participar como ouvinte, palestrar em feiras, eventos e faculdades.

Os anúncios online, em páginas como Google e nas redes sociais, também alcançam um grande número de potenciais clientes — visto que atraem visitas ao site e ao blog do escritório. Assim, ao levar o nome da banca para pessoas que não conhecem seu trabalho, elas podem vir a necessitar dos seus serviços e requisitá-los.

Nesse contexto, é fundamental que o escritório de advocacia invista no seu marketing para conseguir alcançar o maior número possível de potenciais clientes. Ao adotar estratégias de marketing, a banca tem a chance de ganhar mais notoriedade, posicionando-se como autoridade no seu ramo de atuação, além de criar uma boa reputação no mercado e, assim, se tornar mais competitiva.

Além disso, investir no marketing permite aos advogados do escritório focar no exercício de sua profissão, e não tanto na captação de clientes. Em razão disso, vale a pena contar com profissionais competentes de marketing para alcançar resultados ainda mais expressivos sem precisar se preocupar com a implementação da estratégia.

Organização do escritório: entenda como ter um dia a dia mais produtivo

Um dos principais objetivos de um processo de gestão é fazer com que os profissionais produzam mais em um mesmo tempo, sem que isso implique no aumento de gastos. Isso significa que é fundamental organizar o escritório de forma a ter uma rotina mais produtiva.

A principal forma de tornar o dia a dia mais produtivo é investindo em algumas tecnologias para escritório de advocacia.

Nesse sentido, como já ressaltado anteriormente, é fundamental que o escritório conte com um bom software jurídico para gerenciar a rotina jurídica, concentrar as informações, controlar os prazos e as tarefas de cada profissional e ainda facilitar a comunicação interna. Por meio de um software com essas funcionalidades, o advogado terá mais tempo para se dedicar ao trabalho jurídico propriamente dito.

Além dessas funções, o software também pode auxiliar no controle financeiro da empresa, como controle do fluxo de caixa, emissão de boletos, de faturas de clientes e de notas fiscais. O gerenciamento do setor financeiro por meio de software, além de prático, inibe possíveis práticas fraudulentas ao tornar o processo mais transparente para todos os sócios.

O uso de aplicativo de calendários e agendas por cada advogado também pode facilitar a organização do dia a dia, alertando sobre possíveis tarefas inacabadas ou mesmo tarefas urgentes.

Outra tecnologia que também pode melhorar a produtividade dos advogados é a videoconferência. Isso porque as reuniões — tanto de advogados com seus clientes quanto entre os próprios advogados de um escritório — são muito frequentes. Todavia, o tempo de deslocamento entre um local e outro, ou mesmo a necessidade de que todos os advogados estejam presentes no escritório ao mesmo tempo pode dificultar esses encontros.

Em razão disso, o uso de tecnologias que permitem a videoconferência faz com que as pessoas se reúnam de qualquer lugar, basta ter um computador (ou mesmo um celular/tablet) com acesso à internet. Uma dessas ferramentas é a GoToMeeting, que permite o compartilhamento de áudio e vídeo no momento do encontro, sem a necessidade de download.

Além do uso da tecnologia, a adoção de algumas políticas por parte do escritório também pode ser uma forma importante de garantir a produtividade no ambiente de trabalho.

Uma dessas políticas pode ser a restrição ao acesso às redes sociais. Os minutinhos no Instagram e no Facebook gastos diariamente podem tomar um tempo enorme na jornada de trabalho do advogado. Para evitar isso, o escritório pode definir os horários de acesso, como nos intervalos para o café e durante o almoço.

Outra forma de garantir a produtividade dos colaboradores é estabelecendo metas em curto (um dia), médio (uma semana ou um mês) e longo prazo (um trimestre ou um semestre). Um exemplo de meta de curto prazo é preparar uma quantidade x de defesas por dia. Essa é, ainda, uma forma de demonstrar para o advogado o que o escritório espera dele.

Novas formas de trabalho: saiba como ser um escritório correspondente

O trabalho de advogado correspondente já é bastante conhecido por parte de alguns escritórios de advocacia. Todavia, o que muitos escritórios ainda não perceberam é que eles também podem trabalhar como correspondentes jurídicos.

Essa é uma nova forma de trabalho e uma opção interessante para o escritório, visto que ele já dispõe de todos os meios e recursos necessários para prestar esse tipo de serviço. Afinal, o escritório já conta com seus colaboradores para realizar os serviços forenses, como protocolos, cópia de processos, distribuição de ação, retirada de guias, além de trabalhos mais complexos, como realização de audiência, sustentação oral em julgamentos de segundo grau e despachos com o juiz.

O que o escritório precisa é apenas distribuir mais essas tarefas aos seus colaboradores e, assim, atuar como um apoio para escritórios de outros municípios e estados.

As vantagens da prestação desse tipo de serviço são inúmeras, a começar pela ampliação do networking. Isso porque o escritório se torna mais conhecido no meio jurídico, aumentando a sua visibilidade por parte de outros advogados. Essa visibilidade, por sua vez, pode levá-lo a ser indicado para outros clientes.

Além disso, a atuação como correspondente implica em uma diversificação da fonte de renda do escritório — logo, mais lucro. A demanda por esse tipo de trabalho costuma ser alta mesmo para um advogado correspondente autônomo. Já um escritório de advocacia, que usufrui de toda a estrutura e ainda conta com o respaldo no mercado, pode aumentar significativamente a sua renda oferecendo esse trabalho.

É importante lembrar que esse aumento de renda seria livre, já que, como ressaltado, o escritório já conta com os colaboradores para realizar os mesmos trabalhos.

Essa é, ainda, uma oportunidade do escritório de advocacia correspondente expandir seu território de atuação. Afinal, os escritórios de apoio que se localizam na capital podem prestar esses serviços aos escritórios do interior e vice-versa, tornando-se cada vez mais presentes nessas outras localidades e, até, tendo a possibilidade de firmar parcerias mais duradouras.

Enfim, trata-se de uma ampliação dos serviços prestados que tem apenas a acrescentar ao escritório que os oferece.

Tornar-se um escritório correspondente é fácil e rápido. Atualmente, inúmeras plataformas oferecem o serviço de intermediação entre correspondentes e escritórios que precisam contratar o trabalho deles. No entanto, é interessante pesquisar e escolher uma plataforma com credibilidade no mercado e com uma boa metodologia de trabalho para que o escritório tenha mais respaldo nessa atuação.

Uma vez eleita a plataforma, basta acessar seu site e fazer o cadastro. Em geral, esse cadastro é feito no nome de um advogado. Assim, basta escolher o nome de um dos sócios da banca para cadastrá-lo como correspondente.

Ao fazer o cadastro, algumas plataformas oferecem a oportunidade de selecionar as áreas de atuação e os serviços forenses que o advogado se interessa em oferecer. Dessa forma, o escritório pode optar por oferecer os serviços somente no seu ramo de atuação ou pode escolher diversificar.

Feito o cadastro, é só começar a trabalhar como um escritório de apoio e prestar um serviço de qualidade e com respeito aos prazos para aumentar sua renda e garantir um bom networking.

Dessa forma, a gestão para escritórios de advocacia não deve ser negligenciada pelos sócios da banca. Pelo contrário: é essencial prestar bastante atenção nesse processo para, assim, garantir o desenvolvimento de um bom trabalho, com otimização de tempo e de recursos humanos e financeiros.

Muito interessante este assunto, não é? Agora que você já sabe mais sobre ele, aproveite para baixar nosso e-book com o guia de redução de custos para escritórios de advocacia!