Data Driven para Advocacia: Entenda como usar!

Data Driven para advocacia, é possível? Criado a partir do conceito de processos organizacionais orientados por dados,  esse sistema se tornou um elemento fundamental para a criação de estratégias e tomadas de decisão no mundo corporativo.

Quem acompanha o mercado, sabe: é indispensável se atualizar. E isso não significa necessariamente mudar tudo que conhece e já pratica, mas otimizar os processos dentro do possível. Em outras palavras, economizar tempo e aumentar a qualidade do trabalho produzido.

Assim, não se deve ignorar a utilização da tecnologia e da inteligência artificial em qualquer negócio. E, por isso, plataformas jurídicas, sistemas de gestão de negócios e marketing jurídico estão sendo tão falados e estudados por quem realmente quer se destacar neste mercado tão concorrido.

Com isso em mente, vale entender que a estratégia usando o Data Driven para advocacia, se trata de uma série de tomadas de decisões baseadas em análise de banco de dados. De forma prática, requer uma coleta e organização para classificar e definir funcionalidade para cada dado coletado. Mas como funciona e como isso se encaixa no Direito?

Origem do Data Driven

Iniciou-se como uma ferramenta voltada para atender necessidades sistêmicas de analise precisos dos dados obtidos. Sendo assim, o alicerce no marketing e em estratégias de negócio, apesar de poder, ainda, se adaptar para outros tipos de empresas.

Na prática, a partir da perspectiva do ambiente corporativo, por exemplo, já existem diversas plataformas inteligentes próprias para análise e organização de dados (como Big Data ou Machine Learning). A verificação de dados através de plataformas digitais passa a ser o fator primordial da otimização do tempo de trabalho.

A ciência de dados e o sistema

É evidente que o sistema Data Driven é fruto da ciência de dados. E, por sua vez, essa metodologia é relativamente nova. Surgindo como um termo alternativo para “ciência da computação” durante a década de 1960, diferenciou-se aos poucos e desenvolveu uma área própria.

Atualmente, se trata da análise de dados para criação de estratégias corporativas e de negócio. Contudo, seu uso ainda é extremamente versátil, dependendo primordialmente da criatividade daqueles que decidem usá-lo.

Qualquer negócio, da área do Direito ou não, que adote o Data Driven, trabalha com base em informação sólida. Assim, excluindo “achismos” e decisões baseadas somente em intuição. Já especificamente para o ramo da advocacia, se torna uma incrível ferramenta organizacional e um valioso verificador de fatos.

Data Driven em audiência

No universo jurídico, a organização e a aferição de dados podem ser vistas como aliadas em audiências, com a preparação da defesa. Usar, ainda, a análise e verificação de dados junto à jurimetria, auxilia na previsão melhor do desenvolvimento de casos.

Como exemplo, analisemos uma audiência criminal. Reunir os dados referentes ao cliente é um longo processo de pesquisa e averiguação. Ao utilizar um processo digital baseado em Data Driven, como a Kronoos, uma plataforma de análise de dados focada no campo jurídico, é possível verificar os antecedentes ou até divergências de informações providas, em minutos.

Assim, a praticidade do sistema permite que o escritório de advocacia monte a defesa de forma coesa, evitando e prevendo possíveis argumentações da acusação. Plataformas desse sistema, focadas no ambiente jurídico, por exemplo, acessam e confirmam as referências junto aos Tribunais de Justiça, Diários Oficiais, Receita Federal, entre outras fontes oficiais.

A partir da verificação, é possível ter acesso, de maneira precisa e rápida, ao envolvimento do cliente com delitos, fraudes, e outros crimes afim. Isso é fruto da pesquisa avançada através da tecnologia de ponta orientada por dados.

Levando em consideração a quantidade de informação que o advogado precisa coletar, averiguar e lidar no dia a dia, definir e esquematizar um sistema organizacional é uma etapa naturalmente demandada. Cabe, então, a partir da estratégia usando Data Driven para a advocacia, desenvolver formas de trabalho adequadas de acordo com a demanda. Seja em uma audiência criminal ou cível.

Como implementar a cultura Data Driven?

Tal qual qualquer cultura organizacional, é preciso atenção aos detalhes e paciência para a adaptação da rotina do processo jurídico ao Data Driven. O verdadeiro desafio da adaptação é implementar a cultura de alimentação de dados na plataforma. Ao entender e seguir o processo de coleta e organização de dados, e, claro, aplicar a plataforma de tecnologia avançada que melhor encaixar no seu modelo de trabalho, tudo começa a fluir.

Naturalmente, o primeiro passo é a coleta de dados. Para a segurança de, no resultado final, conseguir dados estruturados e concretos, é indispensável que as informações disponibilizadas para o sistema sejam relevantes. Então, atente-se em filtrar e adicionar toda a base indispensável para o banco de dados.

Em seguida, através da plataforma digital que utilize o sistema, realiza-se uma análise a partir dos dados coletados. Como mencionado anteriormente, a pesquisa poderá estar ligada ao material disponibilizado em sites de órgãos públicos e afins. Graças à tecnologia do sistema e da plataforma, esse processo, que poderia durar um dia útil ou mais, realiza-se em minutos de forma legítima.

Ao final do processo já filtrado e verificado digitalmente, chega o momento de desenvolver estratégias. O objetivo é interpretar o material obtido e, assim, tomar decisões pertinentes ao caso analisado juridicamente. O processo que antes se tornaria maçante pela rotina de verificação e coleta de informações, otimiza-se em ser realizado num curto período de tempo.

A advocacia 4.0 dentro da cultura deste sistema 

O Juris, tem como foco que o profissional do Direito se destaque no mercado, e, por isso, é necessário que falemos sobre esse novo sistema que veio para ficar. Além disso, vem forte no Direito 4.0 que baseia-se na tecnologia como forma de agilizar todos os processos jurídicos e organizar ao máximo informações, assim, descomplicando toda a rotina jurídica. 

Implementando o Data Driven para advocacia, é possível ter maior liberdade e flexibilidade para que possa focar no que realmente importa no momento de entender um processo. Dessa maneira, se torna possível dar maior atenção aos clientes, através de dados, e, como citamos acima, uma defesa mais precisa, desenvolvendo capacidades analíticas e relatórios completos. 

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5 benefícios da terceirização de serviços de advocacia

A terceirização de serviços de advocacia é uma prática cada vez comum, sobretudo por parte de empresas, sejam elas micro, pequenas ou de grande porte.

Nesse sentido, a terceirização nada mais é do que a transferência do serviço advocatício para outra empresa que seja especialista nesse serviço, um escritório de advocacia, a fim de se dedicar apenas ao objeto do contrato social.

O escritório contratado, por sua vez, fica responsável por todas as demandas jurídicas relacionadas ao contratante, tanto contenciosas quanto consultivas. Mas essa terceirização, no entanto, é vantajosa para a empresa? Sim, e por inúmeros motivos! Continue lendo para entender todos os seus benefícios.

Benefícios da terceirização

1. Redução de custos

Contar com um departamento jurídico em uma empresa requer investimentos e gastos contínuos, na medida em que é preciso providenciar o espaço físico, a compra de software jurídico e de materiais e equipamentos necessários e, claro, a contratação de advogados e de estagiários.

Além de caro, nem sempre é necessário. Isso porque para contar com um departamento jurídico na própria empresa, a demanda deve ser grande e constante o suficiente para justificá-lo. Por outro lado, contar com apenas um advogado pode não ser suficiente para responder a todas as demandas das mais diversas matérias.

A terceirização desse serviço, por sua vez, garante que as mesmas demandas sejam solucionadas por um valor bem menor. Afinal, não há que se falar em custo com compras de materiais e de manutenção de espaço, contratação de pessoal, pagamentos de salários e recolhimentos previdenciários.

2. Foco no objeto do negócio

Ao terceirizar o serviço jurídico, a empresa tem a oportunidade de se voltar apenas para o objeto principal do seu negócio, e não mais despender tempo e energia com contratações e pagamentos de despesas de um departamento que não dará, diretamente, retorno para os negócios.

3. Suporte de profissionais qualificados

As demandas jurídicas em uma empresa podem envolver as mais diversas matérias, como Direito Tributário, Trabalhista, Empresarial, Previdenciário, Direito do Consumidor e alguns outros assuntos de acordo com a atividade exercida.

No entanto, são raros os casos em que é financeiramente viável contratar um especialista em cada uma dessas áreas para atender às necessidades da empresa. Por outro lado, ao contratar um advogado que não seja especialista para responder por todas elas, corre-se o risco de o serviço não ser tão bem prestado como deveria.

A terceirização dos serviços advocatícios, por sua vez, permite que a empresa conte com todos os profissionais qualificados necessários, seja por meio da contratação de um único escritório que atenda todos os ramos, seja por meio da contratação de diferentes escritórios especialistas em cada área.

Assim, apenas ao terceirizar será possível contar com profissionais qualificados em áreas distintas para atender bem a empresa, sem que isso implique a contratação de vários profissionais.

4. Rapidez na prestação do serviço

A terceirização dos serviços advocatícios garante que eles sejam prestados com mais rapidez e segurança. Isso porque, ao assinar esse contrato, o escritório contratante assume o compromisso de cumprir todas as demandas, com observância dos prazos processuais. Assim, não importa qual advogado da banca cumprirá o prazo, mas sim que ele será cumprido por alguém.

Por outro lado, ao contar com um setor jurídico da empresa, ele fica sujeita às faltas dos funcionários, sejam justificadas ou injustificadas, às rescisões contratuais e possíveis ausências até que novo advogado seja contratado. Tudo isso gera o risco de os serviços não serem cumpridos a tempo, ou de não serem cumpridos com a rapidez com que deveria.

5. Diminuição de riscos

Outra vantagem da terceirização é a minimização dos riscos, sobretudo de impactos financeiros, à medida em que se celebra um contrato de natureza civil com o escritório contratado. Os advogados da banca, portanto, não mantêm qualquer relação contratual com a empresa contratante.

Logo, não há que se falar em vínculo empregatício com os advogados dele e, consequentemente, em responsabilidade por possíveis pagamentos de encargos trabalhistas e previdenciários. Assim, a empresa não corre o risco de ser processada, posteriormente, por antigos advogados empregados ou demais colaboradores, na Justiça do Trabalho.

Como a terceirização pode ser implementada

A terceirização dos serviços advocatícios pode ser implementada, principalmente, por meio da contratação de um escritório de advocacia, que possa atender as demandas das mais diversas áreas.

No entanto, ela também pode ser implementada por meio da contratação de correspondentes jurídicos, nas diferentes cidades em que o serviço precisa ser prestado. Isso não só para prestação de serviços advocatícios, mas também para serviços de cartório.

Nesse modelo, a empresa precisaria contar com um advogado fixo para orientar os trabalhos a serem realizados pelos correspondentes. Ainda assim, teria um bom serviço prestado, com todas as vantagens da terceirização, inclusive redução de custos e rapidez na prestação do serviço.

Quais fatores devem ser considerados ao adotar a terceirização

Ao adotar a terceirização, o ideal é que a empresa avalie o volume da sua demanda jurídica e, assim, analise se é o caso de formar um departamento jurídico ou de terceirizar o serviço.

Outra saída pode ser manter um departamento pequeno para as demandas mais recorrentes, como as que envolvem Direito do Consumidor e Trabalhista, contando com o apoio de correspondentes jurídicos, e terceirizar apenas causas mais complexas e que exijam conhecimento técnico profundo de determinada área, como de Direito Tributário.

Caso a empresa opte por terceirizar todo ou parte do serviço jurídico, é preciso pesquisar e analisar o escritório que melhor possa atender às suas demandas. Nesse momento, é importante pesquisar referências e entender como os profissionais atuam.

Para não errar na hora de contratar um advogado correspondente, não deixe de ler nosso artigo com 3 dicas para encontrar um bom advogado correspondente.

Além disso, é fundamental que o escritório garanta uma boa comunicação com a empresa, sanando todas as dúvidas que os responsáveis venham a ter e emitindo relatórios sobre a situação de todas as demandas jurídicas recebidas.

No entanto, se a empresa entender pela permanência de um Jurídico pequeno, poderá contar com o trabalho dos correspondentes. Para isso, é fundamental escolher esses advogados por meio de site de correspondentes com respaldo no mercado, que conte com profissionais na maior parte do país e permita um bom refinamento de pesquisa a fim de possibilitar a escolha do mais indicado para o trabalho.

Dessa forma, a terceirização dos serviços advocatícios, assim como a contratação de advogados correspondentes, pode ser útil e econômica para a empresa.

Além dessas dicas, preparamos um e-book completo para maximizar o seu lucro e reduzir seus gastos: Guia de redução de custos para escritórios de advocacia.

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Guia completo de como captar clientes na advocacia

É indiscutível o fato de que, no mercado jurídico, as pessoas tendem a procurar por serviços que tenham mais tempo e renome, pois essas características estão diretamente associadas, na concepção do cliente, à experiência e a uma maior chance de sucesso. Além disso, é uma realidade que existe uma rede de indicações que, na maioria das vezes, só funciona para profissionais que já têm reconhecimento nesse mercado. Este texto foi feito para ajudar advogados recém-formados, que não sabem como captar clientes na advocacia, apresentando conceitos e ferramentas eficazes para a criação e a divulgação da autoimagem, além de algumas dicas para gestão de uma carreira de sucesso. Afinal, compensar a inexperiência na atuação jurídica com a capacidade de trabalhar bem (e adequadamente) a imagem do serviço é uma ótima estratégia para abrir portas.

A geração mais nova de advogados está mais antenada aos recursos tecnológicos e conhece melhor suas funcionalidades. Considerando que nosso guia trata de ferramentas aplicáveis no universo da Internet e da tecnologia, em geral, podemos dizer que esses novos advogados saem na vantagem.

Vale dizer, ainda, que o Código de Ética e Disciplina da OAB tem restrições quanto ao uso do marketing para a divulgação do profissional da área, mas não exclui a possibilidade de ele ser utilizado. Ou seja, é possível, sim, conciliar as ações que serão descritas neste texto com as exigências do estatuto.

Para você não ficar com qualquer dúvida quanto ao princípios éticos da OAB, não deixe de conferir o nosso e-book: O Código de Ética da OAB e seus principais pontos.

Vamos começar, então, falando do branding e de como ele pode facilitar seu destaque no mercado!

Invista no branding como diferencial para captação de clientes

As formações acadêmicas no Brasil direcionam o conhecimento do formando, quase que integralmente, ao aprendizado técnico. Afinal, conhecer o Direito com propriedade é pressuposto básico para ter sucesso na vida profissional. O fato é que, para conseguir a oportunidade de mostrar seu potencial ao cliente, é preciso acessá-lo e fazê-lo confiar na sua capacidade de resolver o problema vivenciado.

O que estamos dizendo é que sua imagem deve transmitir todo o potencial do seu produto, desde o primeiro contato, e ser reforçada a cada nova pesquisa que esse cliente em potencial fizer do seu serviço.

O que fazer para criar uma boa imagem?

É imprescindível que novos advogados utilizem as ferramentas que toda a classe já usa e outras mais inovadoras e menos usuais. Não há como dispensar o uso do cartão de visitas, bem elaborado e contendo as informações mais relevantes sobre o profissional, por exemplo.

Também é importante cuidar tanto da fachada do escritório de advocacia, responsável por formar a primeira impressão que o cliente terá, quanto do site que todo advogado precisa ter, uma vez que esse é o local virtual em que o profissional será acessado.

Voltando à questão da imagem, o site precisa ser consistente, informativo e bem estruturado, utilizando a linguagem adequada ao público-alvo que se deseja atingir, para que cumpra o primeiro objetivo para o qual foi criado: apresentar o serviço. Busque, então, boas dicas de como criar um site.

Saiba mais sobre por que você precisa ter um site em nosso artigo: Por que o advogado precisa ter um site?!

Quando apontamos essas necessidades, estamos falando da formação de uma marca e dos meios pelos quais ela deve ser apresentada. Entendido isso, podemos, agora, falar sobre o branding.

Mas, afinal, o que é branding?

Apesar de a tradução do termo estar diretamente ligada à palavra “marca”, ela representa muito mais do que isso. Trata-se da forma como a marca é posicionada no mercado, por meio de estratégias e planejamento.

branding tem como objetivo formar opiniões sobre o serviço que está sendo oferecido, e a confecção da marca é o primeiro passo para seu sucesso. Uma estratégia eficaz de branding considera, principalmente:

Posicionamento que se deseja obter no mercado

É preciso saber o que se quer que as pessoas pensem ao visualizar sua marca. Ao se deparar com o nome do seu escritório ou com a sua logomarca, clientes, concorrentes e empresas fazem uma associação imediata com os seus princípios, valores e qualidades. Ex.: agilidade, segurança, eficácia, seriedade, acessibilidade, atendimento personalizado etc.

Definição do produto ou serviço oferecidos

É possível atuar em qualquer área do ramo jurídico, desde que haja a escolha de uma delas para ser a cara da sua prestação de serviços. A atuação em muitas áreas, por melhor que seja a execução de cada uma, transmite uma ideia de inconsistência e pouca especialização.

À medida que os clientes forem conquistados pela atuação na área de destaque, vão conhecendo os demais serviços oferecidos e confiando que serão prestados com a mesma qualidade.

Definição do público-alvo a ser atingido

Cada marca dispõe de uma linguagem específica para se expressar, e a criação dessa linguagem está diretamente ligada ao público que se quer atingir. Escritórios focados em atendimento a grandes corporações, por exemplo, utilizam uma linguagem mais formal, objetiva e séria. Esse não é o caso de escritórios que queiram atingir um público mais jovem, ou proveniente de classes sociais mais baixas, ou, até mesmo, de empresas mais dinâmicas, como é o caso das startups.

Eficácia na gestão empresarial

Uma boa gestão do escritório de advocacia também faz parte do rol de estratégias do branding. Ela está relacionada com a velocidade com que os procedimentos são desenvolvidos e com o retorno que é dado ao cliente, bem como com a satisfação dos funcionários ou parceiros da empresa, que tendem a indicá-la para outras pessoas.

Para aplicar o branding, é necessário utilizar o marketing jurídico, tema do nosso próximo tópico.

Pratique o marketing jurídico para captar clientes na advocacia

O principal meio para se praticar o marketing jurídico são as redes sociais. É por meio do conteúdo disponibilizado no site, no Instagram, no Facebook, no LinkedIn e em outros mais que os clientes em potencial conseguem chegar ao seu serviço.

Como já dissemos, o sistema de indicações existe e é, talvez, o mais eficaz por parte de uma experiência prática. No entanto, em uma era digital, a imagem bem trabalhada e o conteúdo relevante criam um interesse maior nas pessoas que o acessam. Porém, não basta que as informações sejam disponibilizadas sem planejamento e sem utilização das ferramentas adequadas de marketing digital.

Produção de textos para blog institucional

Produzir textos para o blog do site, fazendo considerações sobre algum tema que está em alta, é bastante promissor, mas não o suficiente se não são aplicadas as técnicas de SEO (Search Engine Optimization, ou, “otimização para mecanismos de busca”) para ranquear o conteúdo nas abas de pesquisa do Google, por exemplo.

Existe o risco de muitos textos serem produzidos sobre a mesma temática e o seu, simplesmente, não aparecer para as pessoas nos primeiros links. Em outras palavras, seu conteúdo dificilmente será acessado.

Portanto, o sucesso da utilização de textos informativos nos blogs jurídicos está diretamente ligado ao planejamento de postagem desses textos. Eles precisam seguir uma linha de raciocínio que faça com que o consumidor do conteúdo queira continuar consumindo as informações daquela plataforma, até ser convencido de entrar em contato com a empresa.

Além disso, a produção de conteúdo deve ser constante para que o interessado no texto anterior queira acessar novamente seu site e conferir as novidades, até que se torne uma referência de conteúdo informativo para ele.

Direcionamento de nicho

É preciso também saber como direcionar as informações para o público correto que se deseja atingir. Para isso, é preciso definir o foco da área de atuação, conforme dissemos, e entender as características dessas pessoas.

Seu serviço está direcionado a empresas ou pessoas físicas? Se empresas, de pequeno ou grande porte? De qual segmento? Se pessoas físicas, de qual classe social? Homens ou mulheres? Qual a faixa etária?

Essas e outras perguntas o ajudam a definir o público-alvo e possibilitam o direcionamento do conteúdo para os lugares certos. Existem, por exemplo, maneiras de promover conteúdos nas redes sociais, considerando a especificidade do nicho que se quer atingir.

Envio de mala direta

Se bem aplicado, gera um retorno muito positivo. A mala direta é uma ferramenta de envio de e-mails para um mailing list específico de contatos à sua escolha. É necessário que o conteúdo seja relevante e que, de alguma forma, desperte o interesse do destinatário em saber mais sobre o tema, acessando o site da empresa.

Conteúdos direcionados à imprensa, como releases, contendo curiosidades e novidades sobre a área de atuação do escritório, podem, em algum momento, render matérias que fortaleçam a sua marca. Essas são algumas dicas para reforçar o posicionamento do escritório no meio digital, mas captar clientes no mundo real exige que se tomem algumas medidas das quais falaremos no tópico a seguir.

Com a LGPDP (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) lembre-se de pedir autorização dos usuários para o recebimento e-mails. No próprio link de cadastro a pessoa pode ter a opção de clicar em uma caixa informando sua intenção.

Faça um atendimento personalizado e humanizado

Quanto maior a demanda de um escritório ou profissional, seja ele de que área for, maior o tempo gasto com a atividade-fim e menor o tempo disponibilizado para atendimento a demandas administrativas.

Esse é um dos motivos que levam o advogado a cometer seu maior erro com relação à prospecção de clientes. Não disponibilizar tempo para captar novos contratos e assistir os contratos ativos é o mesmo que não pensar na empresa a médio e longo prazo.

Sim, um cliente lembrado dá muito mais valor ao serviço prestado do que aquele que nunca recebe um retorno sobre sua demanda. A sensação de ser colocado de lado influencia na forma como ele enxerga o escritório e minimiza as chances de ele ser fidelizado e recomendar os serviços. Para manter um relacionamento consistente, é preciso:

Manter contato com antigos clientes

Esse é o ponto mais importante para a saúde e a prosperidade do negócio. A lógica é simples e parte da premissa de que não existem ativos sem clientes. Um pouco de empreendedorismo é suficiente para entender que estabelecer novos contratos com clientes antigos é mais fácil e rápido do que captar novos clientes.

Pensando assim, o ideal é que se crie uma rotina de retornos para falar sobre as novidades do processo, ou, melhor ainda, sobre a ausência delas. Procurar o cliente apenas para dizer que ainda não há um posicionamento sobre seu processo vai deixá-lo seguro de que está sendo acompanhado de perto.

Trata-se de uma maneira de nutrir o relacionamento, aumentando a credibilidade no serviço prestado.

Existem softwares jurídicos, dos quais falaremos mais adiante neste texto, que, dentre outras funcionalidades, são capazes de criar uma rotina de avisos de retorno com base no banco de dados que armazena. Isso porque o ideal é nunca confiar só na memória!

Estabelecer uma relação com novos clientes

Se alguém entrou em contato, faça um esforço para dar atenção no momento, entenda a demanda, marque uma reunião com ele e convide-o para conhecer seu escritório. Se não tiver um, não há problema, utilize e espaços, como coworkings ou cafés, mas faça-o se sentir importante.

A primeira impressão será muito boa por transmitir interesse, disponibilidade e respeito. Quem procura um advogado, normalmente, tem um problema que não pode resolver sozinho, e quem está nessa situação tem pressa. Saia na frente priorizando esses encontros.

Estar presente

É fundamental que esse procedimento seja realizado pelo próprio advogado no início da carreira. Delegue essa atividade apenas quando crescer demais o volume de trabalho e, de preferência, para alguém que possa ser treinado e acompanhado de perto.

Não é interessante para o cliente sempre falar com a secretária, por mais qualificada que ela seja. A sensação é de que se está conversando com alguém que não conhece sobre o assunto e isso é o mesmo que perder tempo. Lembre-se: quem tem problema tem pressa.

Cada pessoa tem uma maneira de se expressar e aquelas mais difíceis, que cobram muito ou querem muita atenção, podem causar uma certa repulsa e fazer com que o advogado postergue o contato. Procure manter o jogo de cintura, principalmente com esses clientes. Escute-os de verdade e faça o possível para deixar o linguajar jurídico mais próximo do seu entendimento — isso sempre será um ponto positivo na fidelização de clientes.

Coletar dados

Se houve um primeiro contato, houve um interesse. Aproveite para conseguir todas as informações possíveis sobre o futuro cliente e sua demanda. Se o contato não se converter em contrato, por qualquer motivo, essa pessoa poderá ser contatada em outro momento, quando o escritório tiver alguma novidade para apresentar.

Invista em networking com clientes e parceiros estratégicos

Relacionamentos de trabalho devem ser conquistados e mantidos saudáveis sempre que possível. E eles começam bem antes de a faculdade terminar. Os colegas de turma e professores fazem parte do seu futuro ecossistema empresarial e desentendimentos não resolvidos podem resultar em perda futura de clientes.

Mais uma vez, ressaltamos a necessidade do jogo de cintura. Seja com o cliente, que, por vezes, é difícil de lidar, seja com os colegas de profissão, por divergência de opiniões. É fundamental pensar no futuro de cada relação que se estabelece.

Fora a parte subjetiva dos relacionamentos mencionados acima, existem algumas ações para melhorar o network e torná-lo consistente e promissor.

Procure ser visto para ser lembrado

Participe de eventos

Aproveitar os momentos de aperfeiçoamento profissional para fazer contatos é um bom início para que advogados em começo de carreira captem clientes na advocacia.

Primeiro, porque a imagem que se tem é de um profissional buscando aprimorar seus conhecimentos, o que o torna mais confiável. Segundo, porque falando do seu próprio trabalho, as chances de ter seus serviços recomendados por outro profissional são grandes. A terceira razão é que só quem é visto é lembrado!

A busca pela participação em palestras, cursos, simpósios, eventos no geral, que tratem de temáticas relacionadas à sua área de atuação, coloca-o ao lado de outros profissionais da área, promove o encontro e estreita as relações.

Trabalhe como advogado correspondente

Outra maneira de se mostrar relevante para o mercado é tornando-se um correspondente jurídico. Auxiliar na resolução de demandas de outras empresas do ramo, estabelecidas em outras comarcas, além de enriquecer o conhecimento do profissional recém-formado, possibilita que ele se torne conhecido e reconhecido pelo próprio trabalho.

O processo virtual não substitui a presença do advogado em diversas demandas e, por vezes, fica muito mais fácil para a empresa realizá-las por meio de um advogado que resida no local demandado. Principalmente quando se trata de demandas de baixa complexidade, como cópia de processo, protocolo, acompanhamento de andamento processual, torna-se inviável o deslocamento até a comarca.

São muitas as demandas que podem ser delegadas a um correspondente jurídico — até mesmo, a realização de audiências por meio de mandato, da mesma maneira que existem algumas regras básicas de atuação desse profissional.

Conheça melhor como funciona o serviço e acesse plataformas on-line, como o Juris, que conectam advogados correspondentes e empresas diligentes de modo a promover o encontro e facilitar o trabalho de ambos.

Esteja atento a tudo que acontece

Mantenha-se informado sobre as novidades da sua área de atuação para criar relacionamentos. Saber opinar sobre os assuntos demonstra que o profissional se encontra em atividade constante e valoriza seu trabalho. Isso também pode antecipar boas ideias para demandas urgentes.

É fundamental conhecer o dia a dia do mercado no qual está inserido e as novidades que outros escritórios estão promovendo porque, só assim, haverá condições de se tornar competitivo.

Recomende serviços de outros profissionais

Crie uma rede colaborativa de contatos de profissionais confiáveis do ramo jurídico para ter sempre quem indicar aos seus clientes, quando não puder atendê-los. Além de criar uma boa imagem profissional, ainda há a vantagem de fidelizar o cliente, que reconhece um vínculo positivo entre um bom serviço prestado por outro profissional e sua indicação.

Profissionalize sua gestão empresarial para captar mais clientes

No início do texto, citamos a necessidade de uma boa gestão empresarial como fator importante na captação de clientes e, neste tópico, vamos dizer como fazê-lo!

Softwares jurídicos

Muito se fala em software de gestão de escritório de advocacia, mas é bem comum que essas empresas não atentem para a real eficácia deles. Não há outra maneira de otimizar processos e aumentar a produtividade sem um programa pensado para buscar, catalogar e organizar informações.

São soluções digitais que tornam automáticos alguns processos que se repetem na rotina do escritório. A busca de informações em Diários Oficiais, por exemplo, é uma das soluções que esses programas apresentam.

Dentre outras atividades, eles têm uma base de armazenamento de dados dos clientes e dos processos que auxilia no cumprimento dos prazos e padroniza peças jurídicas. A gestão financeira e pessoal também pode ser realizada por meio dela, basta que esteja programada de acordo com as necessidades reais da empresa.

Não se trata de uma regalia na qual somente escritórios de grande porte devem investir. Prazos, rotinas apertadas, excesso de documentos e demandas urgentes são realidades de qualquer escritório de advocacia.

Existem diversas tecnologias que podem facilitar o seu dia a dia e é sobre isso que escrevemos no artigo Conheça 7 tecnologias para escritório de advocacia.

Treinamento de equipe

A contratação de funcionários, ainda que o escritório seja de pequeno porte, é bem mais adequada se feita com cautela. Na melhor das hipóteses, o ideal é terceirizar o serviço para empresas de RH que têm treinamento e formações específicas para essa finalidade. Os funcionários precisam entender os preceitos da empresa e atuar em conformidade com cada um deles.

Disponibilizar tempo para treinar a equipe, promover momentos de interação, proporcionar um ambiente saudável e com os recursos necessários para a boa atuação contribui diretamente para resultados positivos, principalmente no relacionamento direto com o cliente.

Outra consequência lógica dessa ação é o aumento da produtividade, pois se gasta menos tempo com atividades mecânicas e mais tempo com a captação e a fidelização de clientes.

Depois de ler este guia completo de como captar clientes na advocacia, é possível utilizar os caminhos que se mostrarem mais interessantes dentro da sua realidade. Lembre-se de que é fundamental pensar em todas as relações que se estabelece no mercado para que a rede fique cada vez mais intensa.

O Juris Correspondente é uma plataforma on-line, atuante em todo o Brasil, que tem a missão de facilitar o encontro de advogados correspondentes com as empresas e escritórios de outras comarcas que precisam do serviço.

Além de todas essas técnicas, se você quiser maximizar a sua visibilidade e estratégias de marketing, não deixe de conferir O Guia Completo de Estratégias de Marketing Jurídico para sua carreira e/ou escritório.

 

Gestão de diligências: como fazer para garantir mais produtividade no escritório?

Como fazer uma boa gestão de diligências? Tecnicamente, a diligência jurídica consiste em ato praticado por determinação do juiz da causa por um funcionário do Judiciário, ou por quem esteja a serviço dele, para esclarecimento de eventual dúvida ou para andamento do processo.

No entanto, no meio jurídico, tornou-se usual dar a mesma denominação ao trabalho prestado pelo advogado para, também, dar andamento ao processo, para cumprir alguma determinação dos autos ou para praticar qualquer ato necessário à causa.

Nesse sentido, pode-se chamar de diligência jurídica a prática de atos simples — como tirar cópia dos autos, fazer protocolo, pesquisar e ter acesso a documentos em repartições públicas e distribuir ações —, e atos mais complexos — como despachar com o juiz, representar a parte em audiência e fazer sustentação oral em Tribunais Regionais e Superiores.

Todos esses serviços, desde os mais simples aos mais complexos, são fundamentais para o bom andamento do processo, assim como para o sucesso da causa e, por isso, devem ser bem prestados e realizados em tempo oportuno. Em função dessa importância é que a gestão de diligências é útil para garantir mais produtividade no escritório. Então continue lendo para aprender como fazer essa gestão.

Roteiro de diligências

O modelo de roteiro de diligências pode ser feito de acordo com o porte do escritório de advocacia. Assim, em escritórios de porte menor, as tarefas tendem a ser concentradas em um mesmo advogado.

Nesse caso, a gestão se torna ainda mais importante, e o ideal é dividir as tarefas em fixas — aquelas marcadas por terceiros e que precisam ser rigorosamente cumpridas, como audiências, sustentação oral e reunião com o cliente — e variáveis — entre as quais se inclui cópia dos autos, protocolo (desde que não seja em prazo fatal) e ida a repartições públicas.

O ideal é que as tarefas variáveis tenham dias e horários específicos para serem cumpridas e que, nesses horários, seja concentrado o maior número possível delas. As tarefas fixas, por sua vez, devem receber prioridade, já que o não cumprimento pode acarretar sérios prejuízos para a parte. Isso significa que as variáveis poderão sofrer alteração quanto ao dia e horário, caso coincidam com uma data de audiência, por exemplo.

Por outro lado, em bancas de maior porte, as diligências tendem a ser distribuídas de acordo com a área de atuação do advogado ou com o tipo de serviço a ser realizado. Nesse sentido, alguns advogados ficarão incumbidos apenas de atos mais complexos, como audiência de instrução e julgamento, sustentação oral e despachos com o juiz que sejam decisivos para a causa. Já outros serão responsáveis apenas pelos atos mais simples, como protocolos.

Os responsáveis pelos atos menos complexos também devem especificar dias e horários para cumprimento das diligências, podendo fazer alterações se surgir a necessidade de cumprimento urgente.

Em qualquer situação, no entanto, o importante é que a distribuição de tarefas esteja bem definida entre os profissionais da banca advocatícia para que não se corra o risco de descumprimento de alguma determinação judicial.

Contratação de advogados correspondentes

As diligências a serem prestadas em outra comarca, no entanto, exigem uma organização ainda maior, já que poderia haver a necessidade de algum advogado do escritório se deslocar para o seu cumprimento. Para evitar esse desgaste de tempo e de dinheiro, o mais indicado é fazer a contratação do advogado correspondente.

Nesse sentido, o advogado correspondente é aquele contratado para realizar a diligência jurídica na cidade de sua atuação. Essa contratação pode ser tanto para a realização de uma diligência específica em um dado processo quanto para acompanhar e fazer todas as diligências necessárias nos processos de que os advogados do escritório contratante sejam patronos.

As vantagens de contar com esse serviço são muitas, entre elas, a facilidade de ter uma diligência realizada sem a necessidade de tirar um advogado do escritório de seus afazeres — inclusive, abrangendo as diligências na própria comarca de atuação. Além disso, o serviço tende a ser prestado mais rapidamente, já que o correspondente já se encontra na cidade onde o processo tramita, não havendo perda de tempo com deslocamento.

Outra vantagem para o escritório que contrata esse serviço é a economia com custos, na medida em que não haverá gastos com transporte, hospedagem e alimentação, mas tão somente o pagamento ao correspondente pela diligência realizada.

No ato da contratação, deverão ser estabelecidos os valores, bem como o prazo para prestação do serviço, a fim de garantir o seu cumprimento oportunamente.

Uso da tecnologia

Atualmente, os escritórios podem contar com alguns recursos tecnológicos para facilitar a gestão de suas diligências. Entre esses recursos, podemos citar os softwares jurídicos, os quais contam com ferramentas para controle das intimações, alerta de vencimento de prazos e distribuição das tarefas entre os advogados. Esse tipo de controle é fundamental para garantir que as diligências sejam cumpridas oportunamente.

Outra ferramenta tecnológica útil são as plataformas especializadas na intermediação entre escritórios e correspondentes jurídicos, como o Juris Correspondente. Por meio delas, é possível encontrar o advogado de apoio na cidade onde a diligência deve ser prestada e monitorar o seu cumprimento. Mas, para isso, o ideal é contar com plataformas sérias, que já estejam há algum tempo no mercado e que ofereçam os principais recursos.

Essas plataformas são aliadas na gestão de diligências, uma vez que, além de contarem com bons profissionais, oferecem ao contratante o controle do cumprimento, com indicações sobre a diligência — se está em aberto, em negociação, em execução, aguardando confirmação ou se já foi finalizada.

Além dessas, existem diversas tecnologias que podem facilitar o seu dia a dia e é sobre isso que escrevemos no artigo Conheça 7 tecnologias para escritório de advocacia.

Essas indicações dispensam a necessidade de se manter em constante contato com o advogado de apoio para obter informações sobre o serviço contratado e tornam mais segura a contratação.

A gestão de diligências, portanto, é fundamental para o escritório de advocacia, como forma de garantir o cumprimento dos atos processuais oportunamente, sem o risco de perda de prazos. A contratação de correspondentes jurídicos, por sua vez, pode ser uma aliada nesse processo, por tornar o cumprimento das diligências em cidade distinta mais célere.

Se quiser aprofundar mais no assunto, não deixe de conferir nossa série de vídeos sobre Advocacia Correspondente 4.0 e diversas outras dicas no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

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Correspondente jurídico: tudo o que você precisa saber sobre o assunto!

Você já ouviu falar em correspondente jurídico? Atuar em comarcas distintas da comarca do escritório de advocacia pode parecer, a princípio, um inconveniente. Afinal, é preciso acompanhar todas as movimentações processuais, fazer carga dos autos, manifestar-se e, ainda, comparecer à audiência. Assim, mesmo que se trate de processo digital, o que ainda não está em funcionamento em todo o país, há constantemente a necessidade da presença física do patrono no local onde tramita o processo.

No entanto, esse não pode ser um empecilho à expansão do escritório, uma vez que, hoje, é possível contar com outros recursos, como a contratação de um advogado local, conhecido por correspondente, para prestar o serviço sem o responsável precisar se deslocar. Ao mesmo tempo, aquele escritório, que eventualmente contrata esse profissional, também pode diversificar sua fonte de receita e oferecer esse serviço. Já pensou nisso?

Ficou interessado em saber mais sobre o assunto? Então continue lendo o post, pois contaremos tudo o que é preciso saber sobre o trabalho desse profissional tão importante para a advocacia brasileira.

O que é o serviço de correspondente jurídico e quais são as suas características?

O serviço da advocacia correspondente consiste na prestação de um serviço por um advogado, com domicílio profissional na cidade onde tramita o processo objeto de interesse para o profissional patrono dos autos, cuja atuação acontece em cidade distinta. Isso significa que o correspondente é contratado diretamente pelo procurador do processo, e não pelo cliente, para prestar um serviço específico.

No entanto, não se trata, necessariamente, de transferir a esse advogado local os poderes de representação recebidos pelo procurador originário. Esse procurador continua sendo o patrono do processo, de modo que o correspondente atuará somente em casos específicos e sob a sua orientação, como naqueles em que é necessário apresentar o substabelecimento, com reserva de poderes para atuar, como em uma audiência.

Os serviços a serem prestados pelo correspondente jurídico são diversos. Nesse sentido, ele pode ser contratado para prestar um serviço isolado em um dado processo, seja de baixa complexidade, como retirada de cópia, protocolo, análise de andamento processual ou distribuição de carta precatória, seja de mais alta complexidade, como realização de audiência ou de sustentação oral e despacho com o juiz.

Em caso de contratação de serviço isolado, é necessário que as partes acordem, com antecedência, o preço de cada diligência. Isso porque, como dito, elas têm diferentes graus de complexidade.

Nesse contexto, o valor a ser pago por um protocolo não será o mesmo de uma audiência de conciliação e essa, por sua vez, não terá o mesmo valor de uma representação em audiência de instrução e julgamento. O ideal, portanto, é que esses valores sejam discutidos antes da realização do serviço para não haver conflito posteriormente.

Existe, ainda, a possibilidade de o advogado ser contratado para acompanhar toda a tramitação de um ou de mais processos de um mesmo escritório jurídico e, assim, reportar todos os andamentos ao procurador responsável pela demanda e proceder a todas as diligências necessárias, desde a obtenção de cópias, passando pelos protocolos, até a representação nas audiências.

Nesse caso, pode ser previamente acordado entre as partes um valor único para o acompanhamento e a realização de serviços ao longo de todo o processo.

Uma terceira possibilidade, sobretudo, nas cidades maiores, refere-se ao contencioso de massa. Os escritórios que trabalham com um grande número de processos, geralmente de um mesmo cliente e envolvendo o mesmo objeto, contratam correspondentes para prestar um serviço específico, como representação em audiência de conciliação. No início do mês seguinte, esse correspondente é remunerado de acordo com o número de audiências realizadas em todo o mês anterior.

Em todos esses casos, o importante é que haja o acordo prévio quanto ao modo de realização da demanda, sobretudo, quanto ao prazo de cumprimento, e quanto ao valor e à forma de pagamento, para que tudo possa ser feito como combinado.

Vale lembrar que para calcular o valor cobrado você deve sempre observar as tabelas de honorários disponibilizadas por cada Seccional da OAB. Elas não são obrigatórias, mas estipulam o mínimo que deve ser cobrado. Quanto mais profissionais utilizarem a tabela, menores serão as chances de leilão de serviços advocatícios, e mais valorizado será o profissional de Direito.

Assim, uma vez realizado o serviço, o correspondente deve encaminhar ao escritório que o contratou um tipo de comprovante, que irá variar de acordo com o serviço realizado (o próprio protocolo, as cópias solicitadas, a ata de audiência etc.), e o contratante deve providenciar o pagamento.

Quais regras regem essa área?

Como ressaltado no início do tópico anterior, a contratação do advogado correspondente é feita diretamente pelo advogado patrono, e não por seu cliente. Em razão disso, pode-se dizer que a relação entre eles é a de uma simples prestação de serviço jurídico, de modo que ambos devem observar os termos previamente convencionados.

Ainda assim, trata-se de serviço jurídico prestado por profissional do Direito, razão pela qual devem ser seguidos o Código de Ética e o Estatuto da Advocacia e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Nesse sentido, é interessante que os termos do serviço — notadamente o tipo de demanda solicitada, o seu prazo para cumprimento e os honorários — sejam não só discutidos com antecedência, como também registrados por escrito e por e-mail. Isso é importante para que não restem dúvidas quanto a esses termos, assim como para amparar ambas as partes em eventual divergência posterior. Afinal, o descumprimento de um prazo pode ser fatal para o sucesso da causa.

Além disso, o ideal é que alguns serviços sejam precedidos de orientação por parte do advogado contratante, principalmente as de maior complexidade, como as audiências e a sustentação oral — atos que são decisivos em um processo. Isso porque o correspondente, em geral, não está familiarizado com os autos e pode conduzi-lo de forma diferente da desejada pela banca responsável.

Ainda assim, o correspondente precisa estar comprometido com o trabalho que foi aceito por ele e atuar como se patrono fosse, empenhando-se em fazer o seu melhor e agir com profissionalismo e cumprindo com os prazos acordados, sobretudo, o de protocolo, feito no prazo derradeiro, e de representação em audiência. Ademais, em caso de imprevisto, deve entrar em contato com o advogado responsável para que esse possa agir a tempo.

Além disso, é de extrema importância que os envolvidos nessa contratação acordem honorários justos, em respeito ao Código de Ética e Disciplina da OAB, evitando valores aviltantes. Como já ressaltado, a combinação dos honorários deve levar em consideração o tipo de diligência realizada, assim como a sua complexidade, o tempo despendido para sua realização e, até mesmo, o lugar da prestação do serviço para que se chegue a um valor justo para ambos os envolvidos.

Outro ponto a ser observado pelo correspondente jurídico refere-se às demandas a que está apto a fazer, em respeito ao Estatuto da OAB. Isso porque, em não raras vezes, estagiários e bacharéis em Direito inscrevem-se como correspondentes, o que é perfeitamente possível. No entanto, eles não estão habilitados a exercer certas atividades próprias do advogado, como representação em audiência e realização de sustentação oral.

Os estagiários e os bacharéis ainda não aprovados no Exame da Ordem podem, por outro lado, prestar serviços como checagem de andamento processual no balcão, retirada de cópias, realização de protocolos e distribuição. O exercício de atividade privativa de advogado, sem inscrição nos quadros da OAB, configura desempenho ilegal da profissão. Por essa razão, somente o advogado devidamente habilitado está autorizado a realizar todo e qualquer ato processual.

Importante: Somente Advogados e Estagiários, regularmente inscritos na OAB, podem ser correspondentes jurídicos, sendo que os Estagiários somente sob a supervisão e responsabilidade de Advogados.  Porém, existem algumas atividades que podem ser feitas por quem não é regularmente inscrito na OAB e você pode conferir esses serviços no e-book gratuito: O guia completo de serviços que estudantes de Direito, estagiários e bacharéis podem fazer.

Como o profissional deve se preparar para ser um correspondente jurídico?

Engana-se quem pensa que o trabalho de correspondente jurídico não merece preparo e atenção. Atuar nos autos de um colega de profissão, principalmente para os serviços de maior complexidade, requer organização e conhecimento. Veja, a seguir, como o profissional deve se preparar:

Organização

O primeiro passo para o profissional que quer se cadastrar como correspondente é verificar a sua disponibilidade e se é realmente possível conciliar esse trabalho com a sua rotina. Uma vez cadastrado, é fundamental que o correspondente apenas aceite as demandas que ele poderá, de fato, cumprir dentro do prazo solicitado.

O descumprimento do prazo, além de poder prejudicar a parte no processo, macula a sua reputação e pode ser um empecilho para futuras contratações. O comprometimento é fundamental para o sucesso do profissional.

Além disso, o ideal é organizar sua rotina de modo a definir os dias em que os serviços forenses serão realizados. Assim, a menos que se trate de diligências com datas e horários específicos, como uma audiência, o serviço pode ser realizado em determinados dias e horários da semana de acordo com a demanda, sem prejuízo de outros trabalhos e estudos.

Cadastro em um bom site de correspondentes

Alguns sites jurídicos são especializados em conectar os correspondentes aos advogados contratantes (falaremos sobre isso mais adiante). Contudo, o ideal é se cadastrar em um site de confiança, com experiência no mercado e respeitado pelos profissionais da área. Afinal, são nessas plataformas que os bons escritórios de advocacia vão buscar os seus correspondentes.

Conhecimento

Algumas dessas plataformas permitem que os advogados façam a seleção das áreas de atuação para as quais querem se candidatar. Isso é ótimo, porque o profissional pode se dispor a fazer as diligências somente nas áreas em que tem mais conhecimento e nas quais já atua profissionalmente.

Ainda assim, caso se cadastre para todas, indistintamente, o ideal é que tenha conhecimento de direito processual para tal. O correspondente não deve assumir tarefas para as quais não esteja devidamente preparado. A atuação como correspondente é, também por isso, uma oportunidade de se manter atualizado e de continuar estudando para aprofundar seus conhecimentos jurídicos e, assim, oferecer um bom serviço de correspondente.

Comunicação

Mas, além do conhecimento técnico, é fundamental que o correspondente mantenha bons canais de comunicação. Isso começa, claro, com o cadastro em uma boa plataforma de correspondentes, mas também mantendo-se conectado à Internet e respondendo com rapidez às mensagens de solicitação de serviços.

No entanto, uma boa comunicação vai muito além disso. É fundamental que o advogado correspondente saiba conversar com o profissional contratante, expondo com clareza suas condições e possibilidades para o cumprimento da diligência, como datas disponíveis e valores cobrados por cada serviço. Uma vez realizada a atividade, ele deve dar o retorno prontamente ao escritório de advocacia, expondo como ela se deu e sanando todas as eventuais dúvidas, sempre com zelo e educação.

O trabalho de correspondente precisa ser prestado com zelo, como já destacamos, e isso inclui tratar bem o seu cliente e ser acessível a ele. Esse tipo de networking pode abrir portas, atrair cada vez mais serviços e fidelizar clientes, já que se passa a imagem de um profissional sério e competente.

Quais os benefícios de contar com correspondentes jurídicos no seu escritório?

Tanto o escritório que contrata o correspondente jurídico quanto o que oferece esse serviço contam com muitos benefícios. Continue lendo as vantagens de cada um deles.

Benefícios para o escritório que contrata correspondentes jurídicos

O primeiro e mais importante benefício para o escritório que contrata advogados correspondentes é a possibilidade de expansão do escritório de advocacia. Como já apontado no início deste post, a atuação do escritório em processos que tramitam em comarca distinta da comarca do seu domicílio profissional pode parecer um empecilho, à primeira vista, mas isso não pode barrar a expansão do escritório para outras cidades.

O trabalho do correspondente jurídico vem solucionar todas as dificuldades que possam ser apresentadas nesse caso e, o mais importante, sem que seja necessário o investimento na instalação de uma filial. Com o advogado correspondente, o escritório se mantém presente e acessível aos clientes das demais cidades, prestando o mesmo serviço de qualidade.

Entre outras vantagens de ter advogados correspondestes como funcionários, é possível destacar a redução de custos. Neste sentido, sem o trabalho do correspondente, o escritório precisaria deslocar um de seus advogados para cada cidade em que mantém processos, sempre que fosse necessário falar nos autos, distribuir ação ou carta precatória, representar o cliente em uma audiência, e assim sucessivamente.

Esse deslocamento significa, inicialmente, contar com um advogado a menos em seu quadro de funcionários, o qual deixa de fazer o seu trabalho internamente, prejudicando a rotina do escritório. Além disso, a medida implica gastos com passagens, hospedagem e alimentação, os quais representam altos custos quando recorrentes.

O custo com o correspondente, por sua vez, é consideravelmente menor, na medida em que se paga tão somente pelo serviço prestado, e o funcionário, além de poupado do cansaço com a viagem, continua produzindo no escritório. Isso tudo sem falar no tempo que é poupado e na rapidez com que a diligência é prestada. Afinal, como o advogado já se encontra no local em que o serviço deve ser realizado, basta se dirigir ao fórum em que tramita o processo para proceder à diligência.

Outra vantagem que precisa ser apontada é que, como o correspondente já atua no local, ele conhece o funcionamento das varas, o estilo de trabalho de cada uma delas, assim como a linha de atuação de cada juiz. Essas são informações que podem ajudar o escritório na representação das causas. Por isso, contar com um correspondente da cidade é também uma forma de se familiarizar com o local e de aprender a lidar com as suas nuances, aumentando as chances de sucesso na causa.

Benefícios para o escritório que oferece o serviço de correspondência jurídica

Alguns advogados podem pensar que o trabalho de correspondente jurídico deve ser prestado apenas por profissionais no início da carreira, estagiários e bacharéis que estudam para concurso. A verdade é que, além de benéfico para essas pessoas, ele também pode ser benéfico para o escritório já consolidado.

Oferecer serviços de advocacia de apoio é uma oportunidade de ampliar o networking no meio jurídico. Isso porque o escritório tem a oportunidade de conhecer e de trabalhar com outros advogados, das mais diversas áreas e das mais variadas cidades do seu estado e do país. Conhecer profissionais da área é sempre uma oportunidade de fazer contatos interessantes e que podem render novas parcerias profissionais.

Nesse sentido, a atividade de correspondência é, também, uma chance de diversificar a área de atuação do escritório, com possibilidade de atender outros clientes e outras demandas processuais, até então, não cogitadas.

Oferecer um novo tipo de serviço significa, ainda, contar com nova fonte de renda. A advocacia de apoio é uma ótima oportunidade de aumentar a renda do escritório, sem que isso implique necessidade de aumento de custos. Isso porque o escritório já mantém toda a estrutura necessária para oferecer a atividade, inclusive profissionais próprios que realizam corriqueiramente serviços forenses. Dessa forma, atuar como correspondente jurídico só tem a trazer benefícios para o escritório.

Como contratar o serviço de advocacia correspondente?

Contratar o serviço de advocacia correspondente é simples, mas requer atenção e, para isso, existem dicas para encontrar um bom advogado correspondente que devem ser seguidas. Essas dicas você encontra clicando aqui. Uma delas é fazê-lo pelo próprio site da OAB.

Assim, basta que o interessado acesse o site da Seccional da OAB do lugar em que pretende contratar o correspondente e cheque, em seus cadastros, quais advogados atuam naquele lugar. A dificuldade é que o site não lista especificamente os advogados que atuam como apoio, sendo necessário entrar em contato diretamente para verificar se ele tem interesse ou não em fazer o serviço, o que pode ser bem cansativo e arriscado.

Outra forma seria por meio das ferramentas de busca da Internet, em que bastaria digitar a comarca onde a demanda deve ser prestada e o serviço a ser realizado para serem oferecidas as opções. No entanto, pode acontecer de os dados apresentados não estarem atualizados, tornando a busca longa e, talvez, infrutífera. Além disso, pode ser muito arriscado contratar um advogado sem referências.

Por isso, a forma mais eficaz de encontrar um correspondente jurídico é por meio dos sites especializados, que contam com o cadastro atualizado dos correspondentes jurídicos disponíveis em cada cidade. O ideal, no entanto, é privilegiar sites de confiança, que já estejam há algum tempo no mercado e contem com o cadastro de um grande número de correspondentes, com atuação no maior número possível de cidades.

Além disso, é nos sites mais confiáveis que será possível encontrar os correspondentes mais sérios e comprometidos com o trabalho. Outra dica para encontrar o advogado certo para fazer o seu serviço é priorizar as plataformas que ofereçam diferentes meios de refinamento de pesquisa.

Nesse sentido, o ideal é refiná-la, informando não só a cidade onde o serviço jurídico deve ser prestado, mas também a área da matéria da diligência (Civil, Penal, Trabalhista, entre outros), o tipo de diligência (cópia, protocolo, audiência, distribuição etc.) e o prazo em que ela deve ser cumprida. Quanto mais refinada a busca, maior a chance de encontrar o correspondente jurídico certo para a diligência.

Selecionados os critérios de busca, o site disponibilizará a lista com todos os correspondentes cadastrados que se encaixam no perfil selecionado, bem como um pequeno currículo com as informações mais importantes de cada um, como faculdade de formação, área de atuação e avaliação feita pelos demais contratantes. Esses dados podem ser fundamentais para facilitar a escolha, na medida em que se tem ciência de quem é aquele profissional.

Depois de escolhido o correspondente, o escritório encaminha uma mensagem, pelo próprio site, com os dados do processo e mais alguma informação que julgar necessária, para saber se o advogado tem interesse e disponibilidade para fazer o serviço. Nesse momento, os envolvidos também podem discutir o valor dos honorários e acertar os termos da contratação.

O escritório de advocacia interessado em contratar o serviço não precisa se cadastrar no site, basta acessá-lo para fazer a sua busca — para isso, pode ser interessante conhecer 5 tecnologias para escritórios de advocacia. Já os que tenham interesse em oferecer o serviço, precisam fazer o cadastro e informar os dados solicitados, como área de atuação e tipos de diligência aptos a prestar.

Em geral, o cadastro é válido por um período limitado, até mesmo, para que o profissional tenha a oportunidade de manter seus dados atualizados e de não ser importunado, caso deseje interromper a prestação do serviço. Cessado o período, basta renovar o cadastro para continuar atuando como advogado de apoio.

Dessa forma, o correspondente jurídico é um profissional fundamental na advocacia brasileira, ao viabilizar a expansão dos escritórios para além dos limites de sua cidade de atuação e conectar profissionais do meio jurídico.

Se interessou sobre o assunto? Para que você possa se especializar nessa área de atuação, não deixe de baixar nosso e-book: O Guia Definitivo da Advocacia Correspondente.

Saiba o que observar na hora de contratar um advogado correspondente

Já imaginou ter que mandar um advogado do escritório viajar toda vez que é preciso protocolar uma petição em outro estado? Já sonhou que o seu escritório tenha atuação no país inteiro, mas não sabe quanto tempo e dinheiro seriam necessários para abrir filiais em todos os estados? É advogado e quer ter atuação interestadual sem precisar se deslocar o tempo todo?

Embora já exista o protocolo eletrônico em várias comarcas, o fato é que, muitas vezes, num processo, é importante a presença de profissionais da advocacia para acompanhar e realizar atos em representação às partes. Além disso, uma boa forma de aumentar a demanda e as oportunidades para advogados e escritórios é atuar com uma abrangência maior no território nacional.

Entretanto, não é fácil se estabelecer em novas regiões e é impossível estar em vários lugares ao mesmo tempo. É aí que começam as vantagens de se contratar advogados correspondente! Utilizar-se desses profissionais é uma forma de aumentar os horizontes do seu trabalho sem precisar estar fisicamente em todos os locais da atuação jurídica.

Mas nem todo correspondente jurídico é necessariamente confiável. Além disso, há quem tema pela segurança da contratação à distância e acabe perdendo oportunidades preciosas por isso. Dessa forma, preparamos um guia explicando mais sobre o trabalho desses profissionais e o que evitar ao realizar sua contratação. Confira:

Por que contratar um advogado correspondente?

Um advogado correspondente (ou advogado de apoio) é a resposta para diversos problemas enfrentados por escritórios de advocacia e profissionais do direito em ascensão. Confira algumas razões para escolher esse tipo de atuação:

1. Celeridade e comodidade

Uma das grandes justificativas para se contratar um advogado correspondente é a agilidade: esses profissionais já atuam na região desejada e, por isso, não precisam perder tempo com deslocamento e sofrer o risco de atrasos ou perdas de viagem, falta de tempo hábil para comparecimento à comarca em emergências, entre outras situações.

Assim, ao contratar um advogado correspondente, um escritório tem uma garantia maior de que alguém protocolará as peças no prazo correto e estará sempre perto para resolver problemas não previstos e verificar a tramitação do processo presencialmente.

2. Economia de dinheiro

Outra razão importante é a imensa redução de custos financeiros. Um advogado em viagem normalmente gasta muito mais do que um correspondente, que já está no local e se dispõe a realizar as tarefas processuais simples por um preço que, além de tudo, é competitivo em virtude da grande disponibilidade de profissionais para realizar essas atividades.

Desse modo, em vez de um advogado viajar a uma comarca para realizar um ato que, muitas vezes, nem é tão complexo assim, gastando com hospedagem, alimentação e transporte (ou sendo financiado por um escritório, que absorve um custo desnecessário), é muito melhor solicitar a um advogado correspondente local que resolva a situação sem que nenhum membro do escritório precise sair do lugar. Comodidade e controle de gastos se encontram.

3. Otimização do tempo e trabalho

Não só o custo financeiro direto é poupado, mas também o custo intelectual: o dispêndio do tempo e força de trabalho do advogado que se desloca para realizar um ato processual em outro local significa o não aproveitamento do mesmo profissional para atividades mais relevantes dentro do próprio escritório de advocacia.

Para o advogado, é muito mais interessante ficar em sua sede resolvendo casos mais complexos, elaborando peças processuais, analisando causas difíceis, pesquisando e se aprimorando, do que perder tempo transportando-se para uma região em que já há diversos advogados que poderiam ser facilmente contatados para realizar um trabalho.

Diz-se popularmente que “tempo é dinheiro” justamente porque o tempo bem aplicado reverte-se em lucro para o profissional, enquanto que, se mal administrado, torna-se prejuízo. Ainda mais considerando que o valor dos custos da viagem pode superar os custos do serviço jurídico de um terceiro ou mesmo da própria condenação na causa.

4. Diversidade de atributos

Ainda outro dos muitos motivos para se contratar um advogado correspondente reside na possibilidade de encontrar pessoas especializadas em variadas áreas do direito. De fato, a advocacia tem um espaço muito grande de operação: direito civil, penal, trabalhista, tributário, consumerista etc.

Nada mais justo que procurar um profissional jurídico especializado na área de interesse do cliente ou da causa. Dessa forma, existe um dúplice benefício: não só se consegue um profissional atendendo às necessidades do escritório à distância, como se encontra alguém qualificado que pode ajudar na matéria e realizar atos processuais com destreza.

5. Qualidade dos profissionais

Por atuarem representando diversos escritórios e em diferentes matérias, os correspondentes jurídicos acabam criando um know-how na atuação jurídica em áreas bem diferentes, tornando-os mais versáteis e contribuindo de forma prática para sua formação como profissionais.

A competitividade da área de advocacia por correspondência, especialmente nos sites especializados, permite, como se verá melhor posteriormente, que se explore essa gama de especialidades e se localize os profissionais mais qualificados, que se destacam entre os demais e são bem avaliados por clientes anteriores.

6. Limitação dos poderes concedidos

O advogado correspondente é limitado pelas especificações do substabelecimento que lhe confere poderes. Isso permite que o escritório ou advogado contratante garantam que não seja realizado um ato que vai contra sua vontade.

É bastante comum que já se envie a petição com os termos de acordo — ou os argumentos para a não realização de acordo, por exemplo — e o correspondente jurídico apenas exponha e represente fisicamente as determinações de seus representados.

7. Presença física do advogado

Por fim, ressalta-se que existem momentos em que a falta de um advogado por correspondência torna praticamente impossível a atuação do escritório de advocacia em certas áreas.

Como mencionado, há lugares em que não há protocolo eletrônico e existe também o fator de que o trabalho do advogado, muitas vezes, inclui estar no local, conhecer os trâmites, despachar, realizar audiências (que requerem sua presença, por óbvio) e, de forma geral, fazer-se presente e próximo da causa.

Assim, sem uma pessoa que possa estar lá para realizar essas atividades de modo célere e representar os interesses da parte, o escritório condena-se a permanecer circunscrito às proximidades de sua sede ou a contratar cada vez mais advogados, despender valores desnecessários e criar inúmeras filiais.

Como contratar um advogado correspondente?

Os modos de se contratar um advogado correspondente são variados, raramente com a necessidade de encontrá-los pessoalmente e assinar contrato físico — afinal, a distância e a comodidade, como visto, são fatores fundamentais para o funcionamento da advocacia por correspondência.

A verdade, porém, é que, assim como em qualquer atividade profissional, os correspondentes jurídicos e os meios para contratá-los variam em qualidade e confiabilidade. Vejamos então alguns dos meios mais comuns:

1. Registros seccionais da OAB

A OAB registra todos os advogados do Brasil, já que a filiação à Ordem é necessária para o exercício da profissão em todo o território nacional. Portanto, o maior banco de advogados existente no país é o desse órgão, que ainda os divide segundo as seccionais em que estão cadastrados e onde, por conseguinte, atuam.

Porém, apesar da grande quantidade de opções, você terá trabalho para descobrir quais desses profissionais realmente prestam serviços de advocacia por correspondência. A OAB não faz essa distinção, além de não trazer nenhuma ferramenta de avaliação ou indicação de confiabilidade e em muitos casos não é disponibilizado nenhum tipo de contato.

Desse modo, há um duplo risco nessa forma de contratação: a dificuldade de distinguir os profissionais que atuam como correspondentes e a de atestar a qualidade de seu serviço. O lado positivo é a grande quantidade de opções, como explicado.

2. Pesquisa entre contatos

A busca por advogados fora dos registros da OAB pode ocorrer por meio de diversas formas de pesquisa. A mais comum, atualmente, é a online — é possível procurar perfis de advogados conhecidos que atuem como correspondentes ou sites que os indiquem.

Mas a pesquisa também pode ocorrer à moda antiga, ou seja, a partir dos contatos adquiridos durante a atuação jurídica. Essa alternativa, embora possa render boas indicações, carece da quantidade de opções dos meios virtuais.

É possível realizar um registro interno de indicações de profissionais confiáveis para os momentos de necessidade, mas, além de dar mais trabalho, não chegará à dimensão de informações que outras modalidades podem oferecer.

3. Páginas especializadas na área

Desdobrando-se da busca pela internet, a opção que tem crescido como melhor e mais útil forma de contratar um advogado de apoio é a dos sites voltados especialmente para o assunto. Em vez de criar um banco de dados pessoal e limitado, é muito melhor usar plataformas que já reúnem os dados de milhares de profissionais de várias partes do país.

Em buscadores genéricos de advogados, as informações são mais variadas e não voltadas ao exercício específico da advocacia por correspondência. Já em perfis de redes sociais, sites de escritórios e outras plataformas individuais, só se conhece aquele profissional dono do perfil, que, ainda por cima, é quem está fazendo a própria propaganda.

Em sites especializados na contratação de correspondentes jurídicos, o banco de dados, além de extenso, contém informações mais amplas sobre os profissionais cadastrados, uma diversidade de especialidades para atender a múltiplas demandas, recomendações sobre os correspondentes registrados, avaliação e competitividade.

Assim, é muito mais fácil encontrar um advogado que realiza um trabalho de qualidade reconhecida e que se destaca em meio aos milhares de outros cadastrados. Quem é bom de verdade cresce, é bem avaliado e recomendado, enquanto quem não é precisa procurar formas de se diversificar, qualificar e desenvolver como profissional.

Além disso, a quantidade de pessoas e de regiões de atuação é tão grande que é bem menos trabalhoso encontrar uma pessoa que possa prestar um serviço jurídico na comarca ou vara de escolha do escritório contratante. Quanto mais correspondentes disponíveis, maiores as chances de haver algum no local que o contratante precisa!

É seguro contratar um advogado correspondente pela internet?

A comodidade é certa, mas será que é seguro contratar pela internet? Muitas pessoas ainda temem que o ambiente virtual não seja adequado para realizar negociações importantes. Mas para garantir a qualidade do profissional, é importante analisar suas características e informações antes de optar pela contratação.

Em vez de procurar a esmo, o advento dos sites especializados permite que se tenha um rol de opções maior e escolher dentre elas a mais adequada para o serviço, utilizando-se de outras ferramentas para fazer uma boa decisão.

Uma dica importante é conferir o registro do profissional da OAB. Não só se verifica que aquele cadastrado é efetivamente advogado, como se pode encontrar algumas informações e histórico de atuação que permitem concluir pela sua contratação ou não.

Outro elemento indicado para garantir uma decisão correta é verificar se há clientes anteriores ou conhecidos do mundo jurídico que já usufruíram de seu trabalho ou que exerciam atividades em conjunto com o possível contratado. Assim, as indicações vão fortalecer os nomes dos profissionais que já foram encontrados, confirmando sua qualidade, em vez de se começar pelas indicações

No que atentar para contratar um advogado correspondente com segurança?

Além das dicas fornecidas acima, há outras características a observar no perfil do profissional que podem denunciar sua incompetência ou demonstrar sua capacidade.

Primeiro, desconfie de honorários baixos demais, especialmente abaixo da tabela de preços da OAB. É claro que o preço do serviço varia conforme a experiência, reconhecimento, currículo e fama do correspondente, mas há profissionais que cobram muito pouco, o que pode revelar tanto o despreparo e falta de confiança no serviço como a prática de aviltamento de honorários, que é infração às regras de ética da OAB.

Vale lembrar que as tabelas da OAB não são obrigatórias, mas estipulam o mínimo que deve ser cobrado. Quanto mais profissionais utilizarem a tabela, menores serão as chances de leilão de serviços advocatícios, e mais valorizado será o profissional de Direito.

É preciso lembrar que a tabela de preços existe por um motivo: estabelecer um patamar mínimo de cobrança para um serviço, impedindo a precarização do trabalho do advogado — que é essencial à justiça —, e, assim, valorizar a profissão. A cobrança muito aquém do valor de mercado prejudica toda a classe.

Em segundo lugar, é muito importante analisar o currículo do advogado correspondente, sua formação acadêmica, os escritórios por onde passou (ou o escritório em que atua), os tipos de causas e matérias em que milita etc. Mas, lembre: nem só de títulos se servem os grandes juristas. Na atividade da advocacia, em especial, a desenvoltura, a qualidade argumentativa, a habilidade de escrita e outros atributos pessoais são muito relevantes.

A prática jurídica pode privilegiar os talentosos em detrimento daqueles que só buscaram títulos, mas, em geral, a qualificação acadêmica é sim um ponto muito positivo, pois significa que o profissional buscou agregar aos seus conhecimentos e despendeu seu tempo em aprendizado e formação.

De qualquer forma, uma terceira sugestão útil é verificar se há recomendações e referências na própria página em que você encontrou o advogado por correspondência. Observe se há uma ferramenta de avaliação, se há comentários a respeito do trabalho do profissional, se há alguma reclamação e quaisquer outros indicadores do bom ou mau trabalho do correspondente jurídico.

As indicações, referências, recomendações e avaliações são uma forma de reconhecer um correspondente jurídico pela pura prestação de serviço, não pelos títulos. Aliada à sugestão anterior, vai levar ao encontro daqueles advogados bem formados e bem reputados no mercado.

Por último, é interessante se comunicar com o profissional que se deseja contratar. Alguns sites possuem ferramentas de comunicação que permitem entrar em contato com o advogado correspondente, explicar melhor a demanda, sentir seu interesse e firmeza e construir a confiança necessária para finalizar a contratação.

Quais os maiores erros a se evitar ao contratar um advogado correspondente?

Finalmente, deixamos algumas orientações derradeiras para garantir uma contratação inteligente. Seguindo os passos a seguir, é bem mais fácil não cair em algumas ciladas e realizar escolhas mais conscientes. Confira:

1. Oferecer valores muito altos de primeira

Muitos advogados correspondentes em sites especializados estão acostumados a negociar com seus contratantes e flexibilizar seus preços. E não é para menos: há sites com milhares de profissionais cadastrados, das mais diversas especialidades, formações acadêmicas, experiências e habilidades. Assim, é natural que a concorrência seja enorme entre eles.

Bons profissionais não desejam perder negócios vantajosos. Dessa forma, conheça os valores de mercado e a reputação do seu possível contratado e negocie de acordo. Se não é ético desvalorizar a profissão com honorários abaixo das tabelas de valores mínimos, também não é inteligente oferecer muito acima do limite. Busque o meio termo na transação.

No entanto, é importante ressalvar que advogados de grande renome ou muitos anos de experiência tendem, sim, a cobrar valores maiores pelos mesmos serviços que outros. O mercado permite e incentiva essa concorrência, de modo que a qualidade dos serviços cresça e aqueles mais reconhecidos, ao obter maior demanda, possam cobrar mais.

Assim, é bom lembrar que, não importa a estratégia de negociação, não é possível fugir da realidade: é pouco provável que se consiga obrigar um profissional muito bem estabelecido a praticar o mesmo preço de um novato.

2. Confiar em propostas irreais

As ciências jurídicas não são exatas. Embora já se tenha tentado categorizar o pensamento jurídico e levá-lo à máxima objetividade, o fato é que ainda existe muito espaço para decisões diversas, controvérsias e resultados inesperados nos processos.

Por isso, nenhum advogado pode dar 100% de garantia da vitória de uma ação. É claro, existem ações com uma alta probabilidade de vitória em virtude da pacificação da matéria na jurisprudência local ou mesmo de tribunais superiores — mas é sempre possível que questões do processo se desenrolem de forma diferente ou que um juiz decida de forma diferente, mesmo que no final tenha a decisão modificada em recurso.

Profissionais do direito responsáveis não saem alegando que vão vencer todas as ações. Devem se comprometer com a qualidade do serviço, o adequado acompanhamento do processo e a utilização de todas as formas legais de atuação para chegar ao resultado pretendido. Mas sempre duvide daqueles que parecem certos demais de seu triunfo.

3. Não tratar os termos da contratação previamente

Não adianta fechar o negócio de forma genérica, garantindo a escolha do profissional sem especificar o que será feito — e por quanto será feito. Advogados jovens e ansiosos pela experiência jurídica podem se comprometer a realizar tarefas sem ter condição.

Vale discutir com detalhes a atividade que o contratado terá que realizar. Explique de que diligências necessita, quais os termos do substabelecimento, os limites da atuação e os poderes e responsabilidades que ele efetivamente terá. Peça o parecer franco do advogado a respeito da possibilidade e capacidade de labutar naquela matéria no momento.

Além disso, combine logo o valor dos honorários. Nada de “depois a gente vê” ou “quando sair a decisão a gente conversa”. Estabeleça os termos de antemão, pois é melhor para os dois lados discutir a importância financeira antes do processo acabar. Senão, um dos dois pode acabar querendo sair com a vantagem (ou diminuir o prejuízo) da ocasião.

4. Não verificar a qualificação do advogado

Um assunto que foi reiterado várias vezes ao longo deste texto foi a relevância de se tentar conhecer mais do profissional que se quer contratar antes de fechar o negócio. A reiteração é proposital, dada a essencialidade dessa atitude. Utilizar todas as dicas anteriormente mencionadas, aliadas ao bom senso, resulta numa escolha bem feita, bem conjecturada.

Se estiver com pressa, à beira de um prazo urgente, não é necessário pesquisar em inúmeros lugares e perguntar a várias pessoas sobre o correspondente jurídico em análise. Mas não custa nada prestar atenção na sua trajetória acadêmica e experiência, inclusive usando ferramentas como o Lattes e até mesmo o Linkedin, que cada vez mais cresce como rede social voltada para os negócios.

Enfim, não é muito difícil contratar um advogado correspondente, mas é extremamente recompensador, a curto e a longo prazo, escolher trabalhar com esses profissionais em vez de tentar estar presente em mais lugares do que o tempo e o dinheiro permitem.

Lembrando de todas as regras apresentadas ao longo deste guia, é possível localizar correspondentes jurídicos extremamente completos, eficientes e dispostos a prestar serviços úteis e cômodos. Quando menos se espera, o escritório contratante está muito mais produtivo porque terceirizou algumas diligências e permitiu que seus advogados tivessem tempo para se dedicar às demandas mais complexas proporcionadas pela atividade jurídica.

Com o tempo, é possível conhecer alguns advogados de apoio confiáveis e contar com eles de modo constante para serviços numa mesma região. Mas é preciso saber onde encontrá-los primeiro.

Para não errar na hora de contratar um advogado correspondente, não deixe de ler nosso artigo com 3 dicas para encontrar um bom advogado correspondente.

No fim de tudo, contratar um advogado correspondente é uma vantagem e tanto! Então, se você procura uma plataforma de confiança com milhares de correspondentes jurídicos de qualidade para escolher, acesse o Juris Correspondente, o maior e melhor site especializado em advocacia por correspondência do Brasil

O que é um correspondente jurídico?

correspondente jurídico

Um correspondente jurídico ou advogado correspondente é aquele que realiza serviços jurídicos para outros advogados ou escritórios de advocacia.

É comum que os profissionais jurídicos precisem realizar diligências em outras comarcas diferentes, muitas vezes distante das suas próprias. Viajar até lá implicaria em gastos com transporte, alimentação e possivelmente até mesmo hospedagem. Assim, uma alternativa mais vantajosa é delegar o serviço para um(a) advogado(a) local, o correspondente jurídico. Este realizará a diligência para o contratante, e receberá seus honorários previamente acordados pelo serviço.

O correspondente jurídico pode realizar desde tarefas mais simples, como a obtenção de cópias e a distribuição de cartas precatórias, até mais complexas, como audiências. Ele pode ser útil também para diligências de caráter emergencial, que precisam ser feitas de imediato, ocasionando, portanto, economia de tempo para os contratantes.

O(a) advogado(a) que decide atuar como correspondente jurídico pode obter diversos benefícios para a sua carreira. Por exemplo, a possibilidade de ganhar visibilidade na carreira, realizar networking com outros profissionais de diferentes regiões do Brasil e, assim, mostrar seus serviços e habilidades, que podem levar a novas propostas de emprego futuramente. Para saber mais sobre os benefícios, não deixe de ler nosso artigo Benefícios de ser advogado correspondente.

Jovens advogados podem oferecer serviços de correspondente jurídico a fim de ganhar experiência prática e também de garantir seus primeiros honorários. Já advogados mais experientes podem aproveitar a maior flexibilidade da advocacia correspondente para conquistar uma renda extra aos seus vencimentos mensais. 

Importante: Somente Advogados e Estagiários regularmente inscritos na OAB podem ser correspondentes jurídicos, sendo que os Estagiários somente sob a supervisão e responsabilidade de Advogados.  Porém, existem algumas atividades que podem ser feitas por quem não é regularmente inscrito na OAB e você pode conferir esses serviços no e-book gratuito: O guia completo de serviços que estudantes de Direito, estagiários e bacharéis podem fazer.

Por fim, o escritório que contrata os serviços de um correspondente jurídico pode ver suas diligências realizadas de forma rápida, eficiente, econômica e sem consumir o tempo dos próprios colaboradores que, afinal, podem se dedicar a tarefas mais estratégicas. Finalmente, a atuação de advogados correspondentes pode até mesmo levar a uma expansão das atividades do escritório.

A advocacia correspondente é uma das formas mais modernas de atuação jurídica da atualidade. Os correspondentes recebem experiência prática no mercado, ao mesmo tempo em que ainda possuem flexibilidade o bastante para continuar se capacitando, o que pode levar a novas e melhores oportunidades profissionais no futuro.

O Juris Correspondente é a maior e melhor plataforma de correspondentes jurídicos e advogados correspondentes da internet. E pensando no aperfeiçoamento profissional dos advogados correspondentes, preparamos um e-book com O Guia Definitivo da Advocacia Correspondente.

Se quiser aprofundar mais no assunto, não deixe de conferir nossa série de vídeos sobre Advocacia Correspondente 4.0 e diversas outras dicas no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

Crédito Direto ao Consumidor: o que é e como funciona?

Como forma de incentivar e, principalmente, de viabilizar as compras e aquisições, o mercado criou algumas modalidades de empréstimos aos consumidores. Uma dessas modalidades é o crédito direto ao consumidor. E, embora o nome seja pouco conhecido, essa modalidade de financiamento é popularmente difundida e amplamente utilizada em nossa sociedade.

À vista disso, continue lendo nosso post para aprender um pouco mais sobre esse crédito e saber como ele é usado no nosso meio consumidor.

Boa leitura!

O que é o Crédito Direto ao Consumidor?

O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) é um tipo de financiamento conferido ao consumidor para a aquisição de bens duráveis, de serviços, ou mesmo sem um propósito específico.

Em regra, esse financiamento é oferecido por bancos, por financeiras e por lojas de departamento os quais emprestam valores para o consumo de itens que não contam com financiamentos específicos. Esse é o caso de eletrodomésticos e de veículos.

Isso significa que se o consumidor comprou, por exemplo, uma geladeira de forma parcelada, seja por meio do carnê feito pela própria loja seja por meio do cartão de crédito, ele se valeu do recurso do crédito direto ao consumidor.

No caso do carnê, o financiamento foi concedido pela loja de departamento. Já no caso do cartão de crédito o financiamento foi feito pela instituição bancária.

Essa é, portanto, uma das modalidades de obtenção de empréstimo mais conhecida no mercado brasileiro.

O objetivo desse crédito é conferir ao consumidor meios de comprar bens ou de pagar por serviços que, a princípio, ele não teria condições de pagar à vista.

Como funciona o Crédito Direto ao Consumidor?

O crédito direto ao consumidor funciona de forma um pouco distinta de acordo com a pessoa que o concede.

Nesse sentido, se o crédito é solicitado em bancos e em financeiras, o CDC é obtido em espécie, ou seja, em dinheiro. Isso significa que o cliente recebe diretamente um valor em espécie. Esse valor deve estar dentro de um limite pré-aprovado pelo banco ou pela financeira.

Já nas lojas de departamento são oferecidos crediários para compras até o limite do valor pré-aprovado pela própria loja.

O limite do crédito, que é o valor pré-aprovado, por sua vez, pode ser definido a partir de uma análise da renda, do histórico de transações bancárias, assim como da ausência de restrições e, até mesmo, dos valores das compras feitas anteriormente. Todas essas situações analisadas conjuntamente demonstram a capacidade financeira do interessado e orientam a instituição na definição de limite pré-aprovado de cada consumidor individualmente.

As taxas a serem pagas pelo cliente pelo empréstimo recebido são livremente acordadas entre a instituição financeira e o cliente. Mas, o prazo máximo para pagamento, em todas elas, é de 60 meses.

Quais são as vantagens do Crédito Direto ao Consumidor?

Uma das principais vantagens dessa modalidade de empréstimo é que o consumidor obtém o bem financiado imediatamente, ou seja, ele já sai da loja com o eletrodoméstico em mãos, mesmo que ainda não tenha pagado o seu valor integral.

Além disso, o cliente tem a faculdade de escolher o valor que vai pagar na entrada e o valor a ser financiado. Ainda que haja essa definição dos valores de cada parcela, o consumidor pode antecipar as prestações, assim como o empréstimo pode ser quitado integralmente a qualquer momento, implicando a redução dos juros incidentes.

Outra vantagem dessa modalidade de financiamento é que o cliente pode optar pelo contrato prefixado, em que os juros já se encontram embutidos na prestação. Nesse tipo de contrato é possível saber, exatamente e antecipadamente, quanto será pago mensalmente ao longo da quitação do financiamento, já que não há correção posteriormente.

Em todos os tipos de contratos, ainda há a vantagem de os juros serem menores do que os incidentes nas operações que envolvem cheque especial e cartão de crédito.

Acrescente-se, ainda, que o crédito direto ao consumidor pode ser oferecido como parte integrante de um pacote de serviços bancários, como empréstimo pré-aprovado. Nesse caso, a sua concessão é imediata e sem dificuldades burocráticas para os correntistas do banco em questão.

De todo modo, seja em pacote de serviços ou não, esse financiamento não costuma exigir muita burocracia, sendo de fácil contratação.

Quais são as desvantagens do Crédito Direto ao Consumidor?

Como todo financiamento, o CDC também apresenta algumas desvantagens. Entre elas, a existência de taxas de juros que, ainda que sejam menores do que as de cheque especial e de cartão de crédito, são maiores do que o rendimento da caderneta de poupança.

Além disso, quanto maior o período de financiamento, maiores serão as taxas de juros. Por isso, a indicação é a de que esses contratos sejam feitos para períodos mais curtos para que o valor financiado não seja pago em dobro.

Além dos juros, nesse tipo de financiamento há incidência de IOF, que é o Imposto sobre Operações Financeiras.

Assim, em razão dos juros, das possíveis taxas de financiamento e do IOF o valor pago pelo empréstimo será maior do que o valor do bem financiado.

Importante ressaltar ainda que, em geral, no ato do financiamento, o próprio bem adquirido é dado como garantia pelo pagamento do empréstimo. Todavia, em outras situações, sobretudo as que envolvem bancos e financeiras, é possível que haja a exigência de outras garantias, como a da presença de um fiador com boas condições financeiras.

Como é contratado o Crédito Direto ao Cliente?

A forma de contratação vai depender, em regra, da instituição financeira ou da loja de departamento responsável pelo empréstimo ao cliente.

Nesse sentido, vale a pena pesquisar as taxas de juros aplicadas, as condições para pagamento e as exigências de garantia antes de contratar um empréstimo como este.

As taxas de empréstimos aplicadas pelas instituições financeiras podem ser consultadas no site do Banco Central.

Recomenda-se, ainda, que o consumidor faça um controle dos seus gastos, para que a parcela do financiamento seja compatível com suas condições financeiras.

Precisa de auxílio jurídico? Encontre um advogado qualificado para atendê-lo no Dubbio! Clique aqui e acesse para pesquisar um advogado.

Gestão de escritórios de advocacia: dicas para aumentar a produtividade

Atualmente, uma boa gestão de escritórios de advocacia vai além do cumprimento de prazos processuais. O advogado de hoje também precisa ter noções de administração e empreendedorismo para manter a banca organizada e com fluxo de caixa. Organizar as finanças do escritório e fazer o máximo possível para não misturá-las com as finanças pessoais são dicas fundamentais para manter a saúde financeira da empresa e garantir vida longa à banca. Também é importante colocar na ponta do lápis todos os gastos do escritório, definir indicadores de desempenho e nomear responsáveis para acompanhar essas tarefas. Confira outras dicas para organizar as finanças do escritório em nosso Blog.

Com uma gestão financeira mais consolidada, o advogado ganha mais tranquilidade para se concentrar no cumprimento dos prazos e na fundamentação das petições. Softwares jurídicos, como o SAJ ADV, são bons aliados para a realização destas tarefas. Estes sistemas permitem que o advogado organize seus processos e acompanhe suas movimentações, o que garante muito mais produtividade ao escritório. Por meio da criação de um calendário que se integra às agendas pessoais, o profissional controla não só os prazos dos processos, mas também as atividades administrativas da empresa. Dependendo da configuração escolhida pelo usuário, essa funcionalidade faz atualizações automáticas do calendário após a integração e permite que os compromissos estejam sempre em dia. Além de facilitar a administração do orçamento, o sistema ajuda a evitar que o advogado perca os prazos e acabe sendo responsabilizado pela derrota de um cliente. Quando isso acontece, o profissional pode até ter que pagar indenização por danos morais ou materiais.

A tecnologia é mesmo uma grande parceira para a gestão de escritórios de advocacia, já que os softwares jurídicos permitem que o advogado edite seus documentos na nuvem e acesse o sistema de qualquer lugar do mundo em qualquer dispositivo móvel com acesso à internet. A consulta aos processos dentro do próprio sistema é uma outra facilidade que traz produtividade às equipes de trabalho. Com um software jurídico, é possível ter acesso a todos os processos digitais nos quais o escritório está trabalhando e aos relatórios. A equipe também atua com mais sinergia, já que consegue compartilhar suas atividades dentro do sistema.

O cliente pode ser o seu melhor parceiro na gestão de escritórios

Com a rotina do escritório muito mais organizada, também fica mais fácil dar mais atenção ao cliente e se dedicar mais a cada caso. Conversar periodicamente, demonstrar interesse no caso, é uma maneira de fidelizar o cliente e fazer com que ele tenha mais confiança no profissional que contratou. Quando você constrói uma relação sólida com seu cliente, ele se torna fiel a você e ainda indica seus serviços para outra pessoas.

Essa relação sólida também deve ser feita por meio de feedbacks constantes. Se você mostra que está disposto a melhorias, abre-se uma série de oportunidades para incrementar as atividades do escritório e toda a equipe ganha em produtividade. De acordo com as consultorias do Sebrae, a melhoria contínua é um dos pontos fundamentais para uma boa gestão. No post “A gestão de produção é essencial para sua empresa crescer”, do Sebrae, é possível saber mais sobre o método PDCA (Planejar, Executar, Controlar e Agir Corretivamente – que vem do inglês “Plan, Do, Check, Act”) para criar novas atividades e metas para o escritório de advocacia.          

Uma boa estratégia para isso é realizar frequentemente pesquisas de satisfação com seus clientes. Elas podem ser na metodologia NPS, em que o cliente é convidado a dar uma nota de 0 a 10 para determinados serviços. Com as notas, você pode fazer uma média e comparar sua classificação em uma tabela de qualidade. Em nosso Blog, você conhece outros detalhes dessa metodologia que pode ser aplicada para melhorar a gestão de escritórios de advocacia.

Guest post feito por Maellen Muniz, do SAJ ADV – Sistema de Automação da Justiça para Escritórios de Advocacia, o software jurídico do maior tribunal da América Latina pensado para o seu escritório. Acesse o site do SAJ ADV e saiba mais!

3 vantagens de ter advogados correspondentes como funcionários

A advocacia correspondente é um dos meios mais comuns para o profissional do Direito adquirir experiência e conhecimento. Os profissionais que atuam como advogados correspondentes estão mais preparados para encarar o mercado de trabalho, são mais versáteis e têm muita expertise em áreas diversificadas. É por isso que os escritórios de advocacia só têm a ganhar ao contratar advogados correspondentes como funcionários. Conheça abaixo as principais vantagens!

O que são os advogados correspondentes?

Advogados correspondentes prestam serviços para advogados e escritórios localizados em sua própria comarca ou regiões distantes da de sua sede. É como se fossem o “braço direito” desses profissionais, na realização das mais variadas atividades dentro do processo jurídico, de forma remota.

Pela prática em diversas atividades, comarcas e áreas do Direito, os correspondentes são profissionais bem preparados para a atuação na advocacia. Leia abaixo 3 vantagens de ter advogados correspondentes como funcionários do seu escritório:

1 – Representação de causas fora da região de atuação do escritório

A advocacia por correspondência tem como principal finalidade o atendimento de demandas processuais em uma área situada fora da atuação do escritório. São cidades ou até mesmo estados distantes da sua sede, onde muitas das vezes não se conhece os integrantes dos órgãos do Judiciário, nem as peculiaridades dos tribunais. Além disso, o contato com advogados atuantes nessas regiões além da sede do escritório é quase inexistente.

Um advogado correspondente que atua em diferentes cidades e estados agregará essa experiência ao escritório, para auxiliar na ampliação de sua região de atuação, tendo em vista que já conhece diferentes localidades. E em consequência dessa expansão, o correspondente atrairá também novos clientes.

2 – Redução de custos

A grande maioria dos escritórios, hoje em dia, trabalha com advogados de apoio. Desde os serviços mais simples, como despachos, até os mais complexos, como a representação da parte em audiências, se o foro da ação é uma comarca distante, é muitas vezes necessário o serviço de um correspondente.

Para escritórios que sempre precisam desses serviços, a contratação de um advogado correspondente como funcionário representará redução de custos em seu orçamento. Em vez de recorrer a um advogado não correspondente sempre que necessário, e efetuar o pagamento em contraprestação a cada serviço prestado, o escritório terá à sua disposição um advogado especializado nesse tipo de serviço, mediante pagamento de um salário fixo.

3 – Funcionário especialista em diferentes áreas do Direito

As experiências profissionais vivenciadas pelo advogado correspondente são bem diferentes das experiências do advogado que trabalhou apenas em escritórios. O correspondente tem contato com todas as matérias do Direito, desde a esfera Cível, até a área Criminal, enquanto o advogado de escritório teve sua atuação restringida à área de atuação para a qual foi contratado.

Esse é um grande diferencial do advogado correspondente em relação aos demais advogados: ele adquiriu conhecimento, experiência e domínio de áreas jurídicas variadas e pode agregar todos esses atributos ao escritório que o contratar.

Como contratar advogados correspondentes como funcionários?

A forma mais moderna de contratação de advogados por correspondência é através de sites e plataformas online especializadas na intermediação entre escritórios, advogados contratantes e advogados de apoio. Essas ferramentas possuem um banco de dados atualizado de profissionais, para filtragem por região e tipo de serviço. O Juris Correspondente é uma dessas plataformas, que oferece uma lista de profissionais altamente capacitados, com dados atualizados e completos, além de avaliação e referência dos candidatos.

Para não errar na hora de contratar um advogado correspondente, não deixe de ler nosso artigo com 3 dicas para encontrar um bom advogado correspondente.

E você, tem um escritório e contratou advogados correspondentes como funcionários? Pretende contratar e ainda está em dúvida? Deixe suas experiências e dúvidas nos comentários!