Como trabalhar como freelancer jurídico e não perder os cabelos!

A rotina de um profissional freelancer é bastante diferente daquela de um trabalhador com vínculo trabalhista ou de um empreendedor que administra o próprio negócio. E no mundo jurídico não é diferente. A advocacia autônoma também tem um conjunto peculiar de vantagens e desvantagens em relação aos advogados que atuam em empresas, escritórios ou mesmo no setor público. Apontaremos, ao longo deste artigo, algumas dessas especificidades às quais o advogado deve se adaptar para que possa exercer suas funções com tranquilidade. Confira!

Rigorosa organização

A possibilidade de montar o próprio horário de trabalho, adequando-o da melhor forma possível a outros compromissos, é uma das grandes vantagens em ser um colaborador freelancer. No entanto, é preciso tomar cuidado para que essa liberdade não venha a se transformar em um pesadelo. Sabe-se que a perda de um único prazo processual pode inviabilizar a pretensão do cliente em juízo, portanto, o advogado nunca deve deixar as tarefas para a última hora, já que é preciso prever a possibilidade da ocorrência de imprevistos — como panes em computadores ou impressoras, trânsito e falhas de sistema, por exemplo.

Quando se trabalha em equipe, os lapsos individuais podem ser devidamente complementados pela atuação do grupo. Mas isso, obviamente, não ocorre quando o advogado atua sozinho. Portanto, o profissional deve ser extremamente diligente com a administração de seus compromissos. É fundamental manter um calendário rigorosamente atualizado e adquirir experiência a ponto de identificar a concentração de trabalho como um sinal de alerta. O acúmulo de muitas audiências no mesmo dia não é um bom sinal, pois sabe-se que o pregão pode demorar se a pauta estiver atrasada, por exemplo.

Administração dos rendimentos

Sabe-se que a remuneração do advogado autônomo depende, essencialmente, de honorários convencionais, sucumbenciais e eventuais participações sobre o resultado útil do processo. Isso faz com que os rendimentos sejam auferidos em intervalos de tempo irregulares e em quantias variáveis. As despesas básicas, por outro lado, costumam ser regulares e fixas, como as contas de energia elétrica e internet, pagas uma vez ao mês, e a manutenção do registro na OAB, paga uma vez ao ano. Não resta outra alternativa senão criar uma reserva nos meses em que o advogado tem superávit, para auxiliá-lo nos meses em que poderá ter um eventual déficit.

Networking

Ampliar a agenda de contatos e manter um relacionamento saudável com clientes e outros colegas da mesma área são fatores cruciais para o profissional autônomo. Um serviço bem prestado somado a uma boa comunicação faz com que o advogado crie um nome no mercado e seja indicado para outras causas. E com o aumento no volume de trabalho é sempre bom ter colegas de confiança também autônomos, já que uma boa e confiável parceria pode salvá-lo, por exemplo, do risco de ter duas audiências marcadas para o mesmo horário e não poder comparecer a uma delas.

É sempre bom lembrar que o autônomo geralmente passa por dificuldades quando o assunto é estrutura. A ausência de um escritório físico, de funcionários administrativos e estagiários pode ser um fator limitador da sua potencialidade. No entanto, com organização e trabalho, esses obstáculos podem ser contornados. Grande parte do trabalho de um advogado pode ser realizado em um esquema home office, desde que tenha acesso a um computador, um aparelho multifuncional, materiais de escritório e bons e atualizados livros de referência. O atendimento ao cliente pode ser realizado em locais públicos, como restaurantes e cafés, ou escritórios compartilhados fornecidos pela OAB.

Sabia que uma oportunidade para o freelancer é ser um advogado correspondente e ter mais uma fonte de renda? Se interessou sobre o assunto? Para que você possa se especializar nessa área de atuação, não deixe de baixar nosso e-book: O Guia Definitivo da Advocacia Correspondente.

 

 

6 dicas para mandar bem no primeiro atendimento ao cliente

Duas grandes preocupações de um advogado iniciante são, sem dúvida, as audiências e o primeiro atendimento ao cliente. Por mais que saibamos que a melhor forma de aprendizado é a prática, resolvemos elaborar um post com seis dicas fundamentais para se conseguir oferecer um bom atendimento ao cliente. Então confira agora mesmo e tire já suas dúvidas:

Estude bem o caso

Antes de sequer marcar a primeira reunião com o cliente, é sempre bom solicitar o envio de um resumo dos fatos por e-mail, já que, muitas vezes, a causa pode não ser tão simples quanto inicialmente aparentava ser. Dessa forma, o advogado terá a oportunidade de ler os fatos com a calma necessária, consultando a lei e realizando uma pesquisa de jurisprudência antes de propor o melhor caminho a ser seguido. Lembre-se de que a função do advogado não se limita à representação judicial do cliente. Em algumas situações, a orientação para que sejam tomadas determinadas providências antes do ajuizamento da demanda é fundamental para o bom andamento do processo.

Saiba agir em momentos de crise

Se o cliente procurou sua ajuda é porque, certamente, teve — ou imagina ter tido — um de seus direitos violados. Saber lidar com o sentimento de injustiça e a frustração dele decorrente é fundamental para o bom advogado. Aqui devemos nos atentar para o aspecto humano da advocacia, sendo a paciência e a escuta atenta o melhor caminho a ser seguido.

Evite o uso de linguagem técnica

Caso seu cliente não seja um colega da área ou uma empresa com um setor jurídico bem aparelhado, é sempre bom evitar o uso do que se convencionou chamar de “jurisdiquês”. Mesmo que o profissional cometa alguns deslizes técnicos, o foco deve estar na boa comunicação, ou seja, você precisa entender e ser devidamente entendido.

Seja transparente

Na prática, ser transparente significa não fazer promessas vazias — nunca dê certeza de que a causa será ganha No mais, é importante deixar claras, desde o primeiro encontro, as condições em que o serviço será prestado e elaborar um contrato de honorários que deve ser lido, entendido e assinado pelas partes.

Não se esqueça da tutela antecipada

Durante o primeiro atendimento, desde o momento em que o advogado toma ciência dos fatos, ele deve estar atento à probabilidade do direito, o perigo de dano  e o risco ao resultado útil do processo. Podemos citar, por exemplo, o caso de uma pessoa hospitalizada cuja operadora do plano de saúde negue a cobertura de determinado procedimento médico, ou, ainda, uma empresa de telefonia que tenha cortado a linha telefônica de que o cliente faz uso no exercício da sua profissão. Essas questões simplesmente não podem aguardar o provimento jurisdicional final, não podendo, o advogado, esquecer-se de pedir a tutela de urgência.

Permita que o cliente leia a petição inicial

Muitos jovens advogados se preocupam apenas em recolher a assinatura do cliente no instrumento de procuração e no contrato de honorários, deixando-o atordoado em meio a tanta novidade. No entanto, é bom que a petição inicial também seja assinada pelo representado. Com isso, o cliente vai poder realizar pessoalmente uma revisão do trabalho do advogado e verificar se existem detalhes a serem corrigidos. Além do mais, isso faz com que o advogado possa agir com mais segurança ao longo do processo, principalmente nas audiências, caso o cliente apresente uma nova versão dos fatos que contradiga a petição inicial.

Por fim, não podemos deixar de lado o fato de que os relacionamentos com os clientes devem ser inteiramente pautados pelo profissionalismo e pela ética, sendo sempre bom conhecer as normas previstas no Estatuto dos Advogados e as orientações fornecidas pela OAB.

Para se tornar um Expert na advocacia, não deixe de conferir nosso e-book O Guia Definitivo do Advogado Recém-Formado.

Deixamos de mencionar alguma dica importante? Qual das nossas sugestões vai ser mais útil para você? Comente aqui e compartilhe conosco suas experiências!

Guia do advogado: saiba qual é a postura adequada em uma audiência

O que fazer e como se portar em uma audiência são dúvidas frequentes para os advogados em início de carreira ou aqueles mais acostumados ao trabalho burocrático — fazendo peças e mais peças jurídicas e analisando contratos dentro das instalações de um escritório, sem participar tanto da vida do Fórum em circunstâncias de embate direto com outro causídico. O conhecimento jurídico deve guiar quem vai à audiência, sem dúvida, mas não é tão simples assim. Afinal, há todo um conjunto de regras a serem seguidas que, se não forem respeitadas, poderão resultar em situações constrangedoras para todos.

Que tal saber de alguns detalhes bem válidos para qualquer tipo de audiência, seja no âmbito civil, penal ou trabalhista? Então não deixe de conferir agora mesmo nossas dicas:

Cuidado com as roupas

O advogado deve se trajar de acordo com a formalidade da profissão, ou seja, preferencialmente com roupas mais sóbrias e que respeitem a famosa moral e os célebres bons costumes. Dessa forma, é necessário sempre evitar o excesso. Os advogados do sexo masculino devem se apresentar preferencialmente em ternos, de cores sóbrias. No caso das advogadas, vestimentas com decotes muito profundos ou roupas muito curtas estão, obviamente, fora de cogitação. Uma entrada imponente na sala de audiência tem início com a preparação, bem antes de se chegar lá. Então não pule essas etapas!

Seja pontual

É importante chegar cedo ao Tribunal onde a audiência ocorrerá, de maneira que, quando o pregão acontecer, você e o cliente estejam preparados para entrarem na sala. Ao adentrarem o aposento, cada parte senta em seu devido lugar, acompanhada de seu representante legal. Em uma audiência cível de conciliação ou de instrução e julgamento, o advogado do autor se senta à direita do magistrado, à mesa, e o advogado do réu se senta à esquerda, cada parte com seu representante. Nas audiências trabalhistas, no entanto, essa disposição se inverte. Se há dúvida sobre onde se sentar, não demonstre tensão, simplesmente deixando que o outro advogado tome seu assento primeiro. Depois, é só ocupar o lado contrário da mesa.

Caso você esteja com dúvidas, procure se informar com algum colega advogado mais experiente, que já esteve nestas situações, sobre a postura adequada para cumprir o ritual de uma audiência. Desta forma, você consegue evitar que haja insegurança de sua parte (fatal para o trabalho do advogado), na hora da audiência.

Atenção ao palavreado

Não use gírias, palavras de baixo calão ou expressões nada técnicas quando estiver diante do magistrado e da parte adversária na audiência. E não se esqueça de orientar o seu cliente a fazer o mesmo, guiando-o a, inclusive, evitar se expressar muito emocional ou ofensivamente. Comportamentos inadequados podem acarretar em punições, seja para você, seja para seu cliente. Afinal, o tribunal é um espaço cuja formalidade deve ser prontamente respeitada por todos os presentes.

É interessante, sempre no dia anterior, ou poucos dias antes, da audiência, que você explique ao seu cliente qual deve ser o comportamento correto no tribunal, diante do juiz. Oriente-o quanto aos rituais que ele deverá seguir, e explique para o cliente que as perguntas do juiz devem ser prontamente respondidas, sem rodeios, mas somente na exata medida do que for perguntado.

Transmita credibilidade

Cada audiência tem um conjunto de atos processuais específicos, o que vai variar bastante de acordo com cada caso — como a tentativa de conciliação, a fixação de pontos controvertidos, a fase probatória e as alegações finais, por exemplo. O mais importante é estar bem preparado, tanto no plano jurídico como no que diz respeito ao conhecimento daquele caso em especial, de modo que transmita grande credibilidade quando for se dirigir ao juiz ou à outra parte. Esse cuidado facilitará o convencimento favorável do magistrado, além de, claro, passar segurança ao seu cliente, que certamente estará enfrentando um momento difícil e decisivo de sua vida.

Conclusão

Com boas práticas e atenção a coisas simples, o advogado poderá cumprir muito bem seu papel e produzir uma excelente performance nas audiências de que fizer parte. Dessa forma, você será cada vez mais capaz de atrair novos clientes, e o respeito no mundo jurídico.

Depois de aprender qual a postura adequada em uma audiência, que tal assistir a série de vídeos feitas pelo Juiz de Direito José de Andrade Neto e se tornar Expert em audiências! Aproveite também para ganhar experiência prática vendo a atuação real de outros profissionais através do nosso parceiro Audiências Online.

E você, já passou por alguma atribulação em audiências? Como normalmente se prepara para esses eventos? Comente aqui ou em nossas páginas no Facebook e no Twitter e compartilhe suas experiências conosco!

5 conselhos essenciais para todo jovem advogado

O jovem advogado que deseja trilhar uma carreira de sucesso na advocacia sempre começa sua jornada com muitas dúvidas e incertezas. Isso acontece porque as universidades, em sua maioria, não preparam o aluno para o mercado de trabalho com uma abordagem prática. Assim, todos acabam passando por essa fase de instabilidade. Então lembre-se de que, muitas vezes, é melhor ter dúvidas do que certezas absolutas. Confira nossa dicas para enfrentar melhor esse desafio e começar sua carreira com o pé direito:

Dedique-se

A carreira de todo advogado é escorada em um pilar fundamental de sustentação: sua reputação. E para que tenha uma reputação imaculada, não basta que o advogado seja ético do ponto de vista profissional, não tendo praticado qualquer conduta desabonadora. Uma reputação se constrói com muitos anos de trabalho duro e, sobretudo, com a manutenção de uma postura de sempre oferecer o melhor de si para o cliente. Portanto, o profissional deve sempre buscar se superar.

Mantenha uma boa rede de contatos

É sempre bom manter um relacionamento cordial e saudável com clientes atuais e passados, bem como com os demais profissionais da área. Muitas vezes um simples gesto de simpatia ou generosidade pode destacá-lo de uma massa de profissionais e fazer com que você seja lembrado por isso no futuro.

Melhore sua comunicação

É fundamental que um advogado saiba se comunicar bem, tanto pela fala como pela escrita. A oratória se mostra muito importante durante audiências e sustentações orais e pode fazer a diferença na decisão do magistrado. Ademais, é muito importante saber falar com o cliente, transmitindo-lhe as informações de seu caso de forma segura e precisa — observando que nem todos os clientes têm conhecimentos na área jurídica e, por isso, o advogado deve ter a habilidade de repassar informações sem se valer da linguagem técnica. E vale aqui ressaltar que também é fundamental a atenção à escrita, já que questionável se torna a fala de quem não consegue colocá-la no papel.

Não pare de estudar

O Direito é uma ciência em constante desenvolvimento e exige que seu operador esteja sempre atualizado. Se possível for, faça pós-graduações e especializações para se tornar uma referência na área. Tais cursos são, também, grandes oportunidades para expandir seus contatos profissionais.

Mantenha-se sempre informado

Não basta manter-se atualizado com relação apenas ao Direito. É necessário que o advogado acompanhe as mudanças sociais e tecnológicas que ocorrem diariamente no local em que atua. Apenas assim poderá entender o que o cliente espera dele e identificar novas oportunidades para conquistar mais clientes e prever demandas de trabalho que se avizinham.

Seja um advogado empreendedor

É compreensível que, muitas vezes, o advogado trabalhe para viver e não o contrário. No entanto, não podemos, nunca, fechar os olhos para a possibilidade de advogar por conta própria ou de tentar uma sociedade em um escritório, trabalhando para promover uma marca de qualidade e excelência no mercado. É claro que essa opção tem o seu próprio tempo, mas é importante tê-la, desde o início, como norte.

Lembre-se sempre de que, havendo, no exercício da advocacia, paixão, planejamento e trabalho, o sucesso sempre estará mais próximo.

Ainda restou alguma dúvida ou tem alguma sugestão? Deixe seu comentário e participe da conversa! E não deixe de conferir nosso Guia definitivo do advogado recém-formado!

 

Como montar meu escritório de advocacia?

Muitas pessoas pensam que as opções do advogado estão limitadas ou a prestar concurso e seguir carreira pública, ou ir trabalhar em um escritório de advocacia. Porém, a grande dificuldade e a fortíssima concorrência em ambas as opções de carreira, acabam estimulando um grande número de profissionais do Direito a abrirem seus próprios escritórios. É uma opção válida, porém arriscada, para quem ainda não tem muita experiência com o gerenciamento de empresas e do capital investido – uma questão que, apesar de importante para muitos jovens profissionais, acaba sendo tristemente relegada em muitos cursos de Direito. Pensando nisso, preparamos este post com informações vitais para quem quer aprender como montar um escritório de advocacia, mas não tem capital ou mesmo o know-how necessário para seguir em frente com o investimento. Confira!

1 – Espaço

É equivocada a ideia de que o advogado iniciante deve gastar muito dinheiro com o aluguel de uma sala. A estrutura física deve acompanhar o crescimento do profissional, e não o contrário. Ou seja, se você ainda está no início da carreira advocatícia, não precisa se preocupar muito em montar um escritório grande e opulento. Este virá depois, conforme você e seu escritório forem avançando na carreira.

Além disso, muitos advogados têm trabalhado em um sistema de coworking, isto é, dividindo uma sala com dois ou três profissionais ou equipes de profissionais, reduzindo em muito os custos para cada um. É importante chegar num acordo para que as instalações do escritório não consumam o capital investido mais do que o necessário.

2 – Equipamentos

Todo advogado precisa de um conjunto básico de equipamentos, que deve ser levado em consideração como um investimento indispensável durante a etapa de planejamento. Não há uma lista mágica que funcione para todos, mas entre os equipamentos de primeira necessidade podemos destacar: um computador, uma impressora, um scanner com bandeja de rolamento, uma mesa ou estação de trabalho, uma cadeira para o advogado, um par de cadeiras para os clientes, uma estante para livros, um arquivo ou baú para os processos e um telefone celular preferencialmente dual chip. Além disso, é importante ter algum capital de giro para adquirir material de escritório, como papel A4, e para pagar as contas da sala, como os gastos com internet, eletricidade, IPTU, a taxa de condomínio (caso o escritório fique num prédio), entre outros.

Além disso, é importante ter um ambiente minimamente acolhedor e confortável, tanto para os profissionais que lá vão trabalhar, quanto para os clientes que serão atendidos. Assim, todos ficarão mais felizes, aumentando a produtividade e a possibilidade de se fechar negócios!

Você sabia que existe uma tecnologia que pode proporcionar o menor gasto com equipamentos possível? Quer saber mais sobre o assunto? Acesse nosso artigo sobre Computação em Nuvem: como essa nova tecnologia pode revolucionar a sua advocacia!

Financiamento

Caso o advogado não tenha uma reserva especificamente direcionada para o investimento em seu escritório, é possível que tenha acesso a linhas de crédito diferenciadas para profissionais liberais com juros menores do que os praticados no mercado e período de carência de até seis meses.

Entre outras iniciativas podemos citar o PROGER Urbano – Profissional Liberal, um programa do Governo Federal de incentivo ao pequeno empresário e ao profissional liberal. Basta que o advogado tenha o nome limpo, conta corrente em um banco público e um fiador.

OAB

Muitas seccionais da OAB oferecem cursos e palestras sobre o tema, além de suporte em geral na forma de programas e facilidades, como escritórios compartilhados e convênios. É sempre válido procurar se informar na OAB de seu Estado a respeito do assunto. Ademais, se a sua intenção é formar uma sociedade de advogados, saiba que os atos constitutivos da sociedade devem ser registrados na OAB e que a entidade conta com profissionais qualificados para orientar o advogado durante o processo.

Conclusão

Sempre é importante acrescentar, claro, que, antes de montar seu escritório, o advogado deve primeiro fazer uma avaliação completa dos prospectos do mercado de trabalho para o meio jurídico em sua região. Ele deve ter em mente quais as oportunidades de emprego disponíveis e, caso decida seguir em frente com o próprio escritório, estudar primeiro qual o investimento que será feito e quais as possibilidades de retorno.

Apesar disso, o sonho de montar o próprio escritório de advocacia certamente é possível, desde que o advogado faça um bom planejamento e estude bem as suas possibilidades. Certamente terá uma longa jornada de muito trabalho pela frente, principalmente no início, mas, com determinação e foco, é possível crescer e conquistar mercado.

E você, pretende montar ou já tomou a iniciativa de abrir seu próprio escritório de advocacia? Se você disse sim a essa pergunta, preparamos um e-book com dicas para maximizar o seu lucro e reduzir seus gastos: Guia de redução de custos para escritórios de advocacia.

 

E-book: O Guia Definitivo do Advogado Recém-Formado

Você acabou de se formar em Direito e quer dicas do que fazer agora? O E-book “O Guia Definitivo do Advogado Recém-Formado” é para você que quer decolar na carreira! Nele trazemos dicas essenciais que todo recém-formado deve levar em conta para ter um início de carreira de sucesso. Veja os tópicos que abordamos:

1. Primeiros passos: quais são os caminhos pelos quais posso optar?

Entenda as áreas que um advogado pode seguir e identifique a que mais se encaixa no seu perfil: advocacia liberal, advocacia correspondente, carreira pública (concursos), carreira acadêmica ou até mesmo outras além do ambiente jurídico.

2.Ser autônomo, empregado ou sócio?

Pensa em trabalhar em escritório? Entenda qual a melhor opção pra você: montar o seu próprio escritório, ser contratado de uma empresa ou abrir escritório com outros sócios.

3. Como captar clientes?

Veja dicas de como adquirir de maneira correta e certeira os seus primeiros clientes, e como manter uma carteira de clientes eficaz neste início.

4. Networking

Ampliar e manter uma rede de contatos é essencial para impulsionar a carreira. Veja as dicas de como fazer um networking mais rápido e eficiente.

5. Qual o valor justo a ser cobrado pelos meus serviços?

Entenda como fundamentar cada serviço prestado e a colocar um preço justo para cada um deles.

6. Buscando órgãos e instituições de apoio ao advogado

Ao contrário dos que muitos pensam, os órgãos de apoio não se restringem à OAB. Saiba quais são os outros órgãos e profissionais aos quais o advogado pode recorrer sempre.

7. Softwares e aplicativos úteis ao advogado

Em tempos de geração smartphone, veja dicas de aplicativos e softwares que otimizam as tarefas, agendam serviços e ajudam na gestão eficiente do tempo.

Baixe o e-book gratuitamente clicando aqui!

Ética profissional na advocacia: o que você precisa saber

Você sabia que os jovens advogados e os recém-formados em Direito são responsáveis por boa parcela dos processos que tramitam nos Tribunais de Ética e Disciplina das subsecções da OAB no Brasil? Isso vem acontecendo devido ao cometimento de práticas abusivas na advocacia, em volume muito maior do que jamais visto. E o objetivo da prática advocatícia, antes de ser a produção de rendimentos para o escritório, deve ser a realização de um bom trabalho. Diante disso, um questionamento se faz necessário: quando se fala em ética profissional na advocacia, o que você precisa saber?

A obrigação de ser ético

Antes de mais nada, o advogado, conforme o art. 33 do Código de Ética e Disciplina enfatiza, se obriga a cumprir rigorosamente os deveres consignados neste regramento. Desse modo, dentre os deveres deste profissional (que estão estampados no parágrafo único do art. 2º da mesma codificação), estão: a preservação da honra, nobreza e dignidade da profissão em sua conduta, velando ainda por sua reputação pessoal e profissional; abster-se de utilizar de influência indevida, tanto em seu benefício quanto do cliente; vincular o seu nome a empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso e emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana.

O dever de urbanidade e polidez

Mais adiante, no art. 44, pode-se constatar que o advogado fica obrigado a tratar o público, os colegas, as autoridades e os funcionários do Juízo com respeito, discrição e independência, exigindo igual tratamento e zelando pelas prerrogativas a que tem direito. Assim, a boa conduta do advogado deve ser observada não apenas no escritório, mas também nos tribunais e cartórios, ou em qualquer outro local ele onde for se relacionar com clientes, interessados e outros operadores jurídicos.

O dever de incompatibilizar-se com projetos mercantis

É importante, ainda, frisar outro aspecto essencial para a ética da profissão de advogado: o art. 5º do Código também alerta para o fato de que o exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização. O advogado não seria suscetível nem mesmo ao patrocínio de interesses ligados a outras atividades que sejam estranhas ao meio advocatício, ainda que nelas também atue. Desta forma, o profissional deve ter sempre em mente que, nos moldes do art. 3º do Código, “o Direito é um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento para garantir a igualdade de todos.”

É por isso que os profissionais da advocacia que agem de maneira antiética, levados pela cobiça ou visando apenas vantagens próprias, não desrespeitam apenas os direitos dos outros, mas sobretudo o que dispõe o Código de Ética e Disciplina que regula sua profissão, manchando sua carreira e o próprio Direito. Vale lembrar que as observações que constam no documento devem ser respeitadas, seja você um advogado audiencista, elaborador de pareceres e peças processuais diversas ou um advogado correspondente.

O sucesso na carreira advocatícia não pode ser medido somente pelo talento e pelo retorno dos casos, no que diz respeito ao êxito financeiro, mas também na relação do advogado com a moral, o decoro, a civilidade e a boa-fé. Do mesmo jeito que a advocacia é essencial para a promoção da Justiça no país, a ética profissional é essencial para a promoção do advogado na sociedade – esta lição, que é fundamental para qualquer advogado, se faz ainda mais importante para profissionais em início de carreira como você!

Quer se aprofundar mais no assunto? Então baixe o nosso e-book gratuito O Código de Ética da OAB e seus principais pontos!

 

7 apps que todo advogado deve conhecer

Otimizar o tempo, melhorar a produtividade e ainda deixar a rotina mais organizada no escritório e fora dele: qual advogado não gostaria de desfrutar dessa situação? Com a tecnologia, é possível facilitar o dia a dia apenas lançando mão de algumas facilidades que te fazem ganhar alguns preciosos minutos no expediente. Seja no caminho para uma audiência ou enquanto aguarda no fórum, os aplicativos para advogados trazem vantagens que antes ficavam restritas apenas ao escritório, principalmente em uma profissão que costumeiramente vive cercada de papéis, processos, códigos e leis. Agora, tudo isso pode ser levado no bolso e agilizar sua vida profissional! No post de hoje, listamos 7 aplicativos para advogados que você deveria conhecer. Confira a seguir e tome nota das dicas:

Apps para quando estiver no escritório

QuoteRoller

Enviar uma proposta comercial sem complicações e de forma rápida – com essa promessa, o QuoteRoller possibilita conceder uma aparência profissional ao documento. O bônus é a gestão das informações, que analisa seu desempenho comercial, o número de propostas enviadas, as fechadas, dentre outras.

Dropbox

Carregar pendrives para todos os cantos já faz parte do passado. Isso porque, com o Dropbox, é possível armazenar seus arquivos em um diretório virtual com acesso livre onde você estiver. O app deixa uma pasta pública onde o usuário pode fazer uploads, downloads e compartilhamentos. A conta básica do aplicativo dá direito a 2Gb de espaço e é gratuita.

Skype

Reduzir o custo da conta telefônica com chamadas locais ou interurbanas já seria um bom motivo para ter o Skype em seu celular ou tablet. Mas, além dessa vantagem, é possível realizar videoconferências com seus clientes em qualquer lugar do mundo.

No caminho

Waze

Este aplicativo é essencial para os dias em que você está com o tempo cronometrado e não pode perder nem um minuto no trânsito para não comprometer a agenda! O Waze funciona como um GPS colaborativo em que os próprios usuários compartilham informações do tráfego em tempo real. Com isso, o app monta a melhor rota até seu destino final. Atrasar para uma audiência por conta do trânsito, nunca mais!

Fora do escritório

DocuSign

O DocuSign é ideal para que você possa assinar digitalmente documentos, onde quer que esteja, em formato PDF. Assim, quem precisa pode receber e imprimir os arquivos. O app agiliza muito o despacho de processos ou outros documentos que ficam parados nas horas de ausência do escritório. Vale acrescentar, ainda, que o aplicativo é gratuito.

ScannerPro

Agora não é mais preciso levar o documento até um local com scanner para ter a sua versão digital! Seu próprio celular ganha essa função com o Scanner Pro, que também junta várias páginas em um mesmo arquivo, facilitando a consulta e a deixando organizada. Há a opção de enviar os arquivos por e-mail ou armazená-los em nuvem, e o app é próprio para iPhone, iPod touch ou iPad.

CamCard

Basta precisar do contato de uma pessoa para descobrir que você não sabe onde colocou seu cartão de visita – quem nunca passou por isso? Com a quantidade de contatos se acumulando, fica mesmo difícil organizar tudo. É aí que entra em cena o CamCard, que fotografa o cartão de visita, captura os dados e organiza todas as informações na agenda. Assim, para procurar um contato, é só digitar algum campo pessoal na ferramenta de busca (nome, endereço, empresa onde trabalha) para que o contato apareça na tela. A versão básica é gratuita!

E você, já utiliza a tecnologia a seu favor no dia a dia do escritório? Quais aplicativos tornam seu trabalho mais rápido e organizado? Se quiser conhecer outros aplicativos importantes para facilitar o seu cotidiano, acesse nosso post com os 5 aplicativos para advogados gerenciarem suas atividades diárias

Gostou de ler sobre tecnologia para advogados? Se quiser aprofundar mais no assunto, não deixe de conferir nossos vídeos sobre novas tecnologias aplicadas ao Direito no curso Ganhe dinheiro na nova era do direito.

 

Coworking: 4 vantagens do escritório compartilhado para o começo da carreira

Cada vez mais, profissionais liberais no mundo todo têm optado  pelo “coworking”. Trata-se da possibilidade de profissionais se unirem em um espaço de trabalho compartilhado do qual todos possam se beneficiar e, ao mesmo tempo, manter sua autonomia. Por se tratar de um assunto ainda pouco comentado no Brasil, decidimos fazer um post destacando 4 vantagens do coworking para você que está começando a trilhar seu caminho como advogado. Confira!

Redução de Custos

Sabemos que as grandes capitais brasileiras vivem um verdadeiro drama no que diz respeito à especulação imobiliária, fazendo com que o sonho de abrir um escritório se torne um pesadelo. O que muitas vezes não paramos para pensar, no entanto, é que um jovem advogado dificilmente precisará de um escritório só seu, podendo muito bem compartilhar o espaço com outros profissionais que se encontrem na mesma situação e racionalizando os custos.

Em um ambiente de coworking, todos os advogados contribuem com as despesas comuns como aluguel, condomínio e utilidades, fazendo com que esta alternativa caiba no bolso até mesmo dos advogados que estão começando a carreira. Vale a pena apostar!

Networking

O escritório compartilhado proporciona ao advogado a possibilidade de conhecer pessoas novas e ampliar sua rede de contatos. A grande vantagem disso é que advogado poderá, por exemplo, trabalhar em causas fora da sua área de especialidade, contando com o apoio de outro advogado e com ele partilhar os honorários. Essa troca beneficia ambos os advogados envolvidos e também o cliente, que deixará sua causa nas mãos de seu advogado de confiança e poderá contar também com os conhecimentos técnicos de um especialista.

Experiência profissional

Um ambiente compartilhado de trabalho viabiliza também a troca de informações entre os profissionais. O Direito é uma área do conhecimento que se encontra em um estado permanente de desenvolvimento. Um espaço de troca de experiências é vantajoso porque as informações podem ser compartilhadas de forma rápida, informal e podem ser obtidas de fontes seguras, com o colega que trabalha logo ao lado.

Contato com o cliente

Outra grande vantagem oferecida pelo coworking é a proximidade com o cliente. Ter um espaço físico de portas abertas para receber o cliente a qualquer momento e oferecer a ele um café ou uma água pode fazer toda a diferença na hora de conquistar novos clientes ou manter os atuais. Além do mais, um dos maiores diferenciais da relação advogado – cliente é, sem dúvida, um atendimento pessoal e humano.

Por fim, resta reforçar que o coworking é uma opção viável para o jovem profissional autônomo que deseja dar um passo à frente na carreira. Sabemos que ingressar em uma sociedade de advogados é algo que exige certa maturidade profissional e cautela na hora de escolher os sócios. É nesse cenário que um escritório compartilhado pode representar um degrau intermediário nessa escalada!

Nessa era de compartilhamento, pensando em facilitar a sua profissão, criamos um banco de petições com diversos modelos a sua disposição e atualizado mensalmente. Acesse já, mas lembre-se que o documento deve ser adaptado a cada caso.

E você, o que acha desta nova tendência? Tem alguma experiência para compartilhar? Comente para deixar sua opinião e participar do debate conosco!

 

 

Quero seguir carreira acadêmica em Direito. Quais são os próximos passos?

O Direito é uma formação que oferece ao graduado amplas possibilidades de estruturar uma carreira diversificada e bem-sucedida. De modo geral, o graduado na ciência jurídica escolhe a advocacia e, deve, por primazia, zelar pela aplicação das normas jurídicas vigentes no país e cuidar da harmonia das relações entre os cidadãos, as empresas e o poder público entre si. Mas não é apenas seguindo a carreira da advocacia ou de uma das funções jurídicas do Estado, como o Promotor ou o Juiz, que se pode colocar esses preceitos em prática – há a possibilidade de atuar como docente e pesquisador do Direito. Você se interessa pela carreira acadêmica? Então descubra a seguir como poderá prosseguir na área!

O que significa ter uma carreira acadêmica?

Há diferentes caminhos para os graduados em qualquer área, mas no Direito essa assertiva toma novas perspectivas. O graduado pode trabalhar na área privada ou pública, em diversas funções, e ainda pode determinar sua área de atuação, do Direito Administrativo ou Civil ao Direito Penal ou Trabalhista. Mas a carreira acadêmica nivela uma autonomia e um dinamismo que poucas carreiras oferecem, porque envolve aulas, pesquisas, análises de campo e muito mais.

No Brasil, como na maior parte do mundo, a carreira acadêmica reúne duas vertentes: a docência, em geral ligada aos cursos de graduação e pós-graduação, através da qual o catedrático irá disseminar os conhecimentos adquiridos, e também a área de pesquisa propriamente dita, que cuida da produção e aplicação dos conhecimentos adquiridos. Vale a pena acrescentar que essas duas atividades são determinantes para a criação de novas tecnologias, inovações e reflexões de cunho sociocultural e econômico, o que é fator essencial para o desenvolvimento do país.

Como seguir na carreira acadêmica?

Estabelecer uma carreira acadêmica exige, antes de tudo, que o graduado continue estudando. Dessa forma, o primeiro passo é persistir nos estudos acadêmicos e fazer uma pós-graduação stricto sensu, ou seja, fazer Mestrado e Doutorado. Outros caminhos são possíveis, como as especializações e cursos de extensão de curta duração, mas os 2 ou 3 anos (em média) de Mestrado e os 4 ou 5 anos de Doutorado, podendo ser estendidos em cursos de pós-Doutoramento, serão de enorme importância para a sedimentação de uma carreira acadêmica bem-sucedida.

Logo ao conquistar a primeira especialização ou grau de Mestrado, o acadêmico já poderá fazer provas para concorrer aos quadros docentes das várias instituições de ensino superior. E quanto mais avançadas forem as titulações alcançadas, maiores as chances de o profissional conquistar ascensão no programa de cargos e salários das universidades.

Construção e consolidação da carreira

Dentro desses cursos, o estudante não apenas conhecerá os grandes autores do Direito com mais profundidade, mas se deparará com ideias e conceitos que poderá mesclar, confrontar e testar sua aplicação em diferentes contextos, trazendo benefícios tanto para a sociedade atual quanto para pesquisas futuras em várias áreas. Além disso, será viável estabelecer novos ciclos de contatos, com professores brasileiros e estrangeiros, abrindo as portas para o crescimento pessoal e profissional.

Mas é importante lembrar que não bastam as titulações para se construir uma carreira acadêmica de sucesso. Além disso, o acadêmico deverá aprender a desenvolver certas habilidades, como sua capacidade de análise e de investigação científica, a destreza para a comunicação oral e a desenvoltura para a produção de textos lógicos e bem estruturados.

Com a criação de novas Universidades de Direito e com a própria dinâmica das cadeiras nas instituições já existentes, a demanda por professores é sempre constante. E a flexibilidade da carreira é tão notável que o profissional não precisará se afastar de vez da prática advocatícia, se não quiser. Além de se envolver com aulas e pesquisas, o professor poderá, por exemplo, trabalhar como advogado correspondente nas horas vagas, conseguindo um complemento de renda e ainda obtendo experiência prática na área que escolher para atuar.

Se ainda possui dúvidas em qual carreira seguir, preparamos um artigo com 3 carreiras para o bacharel em Direito que não quer trabalhar em escritórios.

E você, já considerava seguir a carreira acadêmica? Já sabia que esse caminho também poderia ser conciliado com a advocacia correspondente? Comente e nos conte sua opinião!