Ícone do site Blog do Juris

Carreira pública versus carreira na advocacia: descubra qual mais faz o seu perfil

Sabemos que o estudante do Direito e o recém-formado na área podem optar dentre muitas possibilidades de carreiras jurídicas. A versatilidade de atuação no setor pode ser um tanto assustadora no início, principalmente para quem ainda está em uma fase de muita indecisão. Nesse cenário, a dúvida entre estudar para concursos ou efetivamente investir em uma carreira como advogado é uma das questões mais comuns para quem está se inserindo no mercado. Tamanha liberdade de escolha, no entanto, deve ser encarada como um fator positivo, e não negativo! Pensando nisso, elaboramos um pequeno guia visando orientar o leitor que ainda não escolheu seu caminho. Primeiro, a ideia é analisar a atuação de cada segmento. Depois, faremos algumas considerações sobre suas peculiaridades. Confira algumas faces da carreira jurídica e da carreira pública e se oriente melhor acerca de qual mais se encaixa com o seu perfil!

Advocacia

É natural que, no convívio em sociedade, as pessoas venham a se envolver em conflitos de interesses com outras pessoas ou até mesmo com o Estado, ainda mais em um país tão plural como o Brasil. A função do advogado é justamente a de defender judicial e extrajudicialmente os direitos de pessoas físicas, isto é, o cidadão, ou jurídicas, como uma sociedade empresária, por exemplo. Dessa forma, o advogado atua no sentido de evitar que os conflitos se perpetuem ou que as injustiças prosperem. Você se identifica com esse perfil?

Ministério Público

Diante da atuação do advogado que acabamos de abordar, algumas pessoas, por diversos motivos, encontram-se impossibilitadas de procurar o apoio deste profissional. É o caso, por exemplo, das crianças, dos incapazes (como os portadores de doenças mentais graves) ou, ainda, quando o direito em disputa não pertence a uma única pessoa, mas, ao contrário, encontra-se pulverizado entre toda a sociedade, como é o caso do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, o direito à saúde, dentre tantos outros. É nesse contexto que se insere a atuação do membro do Ministério Público.

Vale ressaltar que uma das mais importantes funções do Ministério Público é promover a ação penal pública. A ocorrência de um crime é, em regra, um fato tão grave, que ofende não somente a vítima, mas a toda a sociedade, motivo pelo qual a acusação do réu é feita pelos membros do Ministério público (promotores e procuradores).

Defensoria Pública

Pode ser, ainda, que o direito violado pertença a determinada pessoa que, apesar de capaz para os atos da vida civil, não tenha condições financeiras de arcar com os honorários de um advogado sem prejuízo de seu próprio sustento ou do sustento de sua família. Atento às desigualdades sociais gritantes em nosso país, o constituinte criou a instituição da Defensoria Pública, cuja missão é assegurar o acesso à justiça aos que não possuem condições materiais de pagar por um advogado.

Magistratura

Diferentemente das figuras que vimos até agora, o juiz não tem vínculo com as partes, por isso mesmo dizemos que ele é imparcial. Ele deve se manter equidistante de ambas as partes no processo e proferir decisões fundamentadas, lastreadas nas provas produzidas pelas partes e com base em critérios objetivos.

Advocacia Pública

Os advogados públicos representam os interesses das pessoas jurídicas de direito público, isto é, a União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, bem como suas autarquias e fundações públicas.

Uma grande vantagem oferecida pela carreira de advogado público é a possibilidade do exercício cumulativo da advocacia privada. Assim, um procurador do Estado, por exemplo, poderá também ter um escritório de advocacia e patrocinar os interesses dos cidadãos e empresas privadas, desde que a demanda não seja contra o próprio Estado, hipótese em que sua atuação é vedada.

Por fim, resta pontuar que as carreiras públicas, em geral, oferecem ao servidor relativa segurança financeira com vencimentos razoáveis e estabilidade. Por outro lado, apresentam também algumas restrições, como o teto salarial e, muitas vezes, a necessidade do recém-aprovado ter de deixar sua cidade natal.

A advocacia, por sua vez, confere ao profissional maior liberdade, podendo o advogado optar pelas causas que irá patrocinar. Além disso, ele não se submete a um teto salarial e escolhe onde deseja atuar. Como uma das principais adversidades do exercício da advocacia, pode-se citar o fato de que nem sempre o advogado iniciante terá um número de clientes que o permita alugar uma sala, contratar funcionários administrativos e estagiários e comprar equipamentos.

Apesar de ser uma opção muito atraente para os profissionais de Direito em início de carreira, os concursos podem não ser o melhor caminho para quem se insere melhor em um perfil profissional autônomo e empreendedor, e vice-versa.

A dica de ouro, por fim, é investigar sua personalidade, seus talentos, buscar a qualificação constante independentemente da sua escolha e procurar adquirir o máximo de experiência possível nesse processo de tomada de decisão e descoberta. É nesse sentido que a advocacia correspondente é uma possibilidade interessante de ganhar uma renda extra, aumentar sua network e te dar uma ideia mais clara do caminho que lhe trará mais sucesso e realização (inclusive se você estiver estudando para concursos) – na prática, afinal, é que aprendemos sobre nós mesmos, inclusive profissionalmente.

Se interessou sobre o assunto? Para que você possa se especializar nessa área de atuação, não deixe de baixar nosso E-book: O Guia Definitivo da Advocacia Correspondente.

E aí, qual das carreiras mais tem a ver com você? Comente conosco!

 

Dê uma nota a este post
Sair da versão mobile