Duas grandes preocupações de um advogado iniciante são, sem dúvida, as audiências e o primeiro atendimento ao cliente. Por mais que saibamos que a melhor forma de aprendizado é a prática, resolvemos elaborar um post com seis dicas fundamentais para se conseguir oferecer um bom atendimento ao cliente. Então confira agora mesmo e tire já suas dúvidas:
Estude bem o caso
Antes de sequer marcar a primeira reunião com o cliente, é sempre bom solicitar o envio de um resumo dos fatos por e-mail, já que, muitas vezes, a causa pode não ser tão simples quanto inicialmente aparentava ser. Dessa forma, o advogado terá a oportunidade de ler os fatos com a calma necessária, consultando a lei e realizando uma pesquisa de jurisprudência antes de propor o melhor caminho a ser seguido. Lembre-se de que a função do advogado não se limita à representação judicial do cliente. Em algumas situações, a orientação para que sejam tomadas determinadas providências antes do ajuizamento da demanda é fundamental para o bom andamento do processo.
Saiba agir em momentos de crise
Se o cliente procurou sua ajuda é porque, certamente, teve — ou imagina ter tido — um de seus direitos violados. Saber lidar com o sentimento de injustiça e a frustração dele decorrente é fundamental para o bom advogado. Aqui devemos nos atentar para o aspecto humano da advocacia, sendo a paciência e a escuta atenta o melhor caminho a ser seguido.
Evite o uso de linguagem técnica
Caso seu cliente não seja um colega da área ou uma empresa com um setor jurídico bem aparelhado, é sempre bom evitar o uso do que se convencionou chamar de “jurisdiquês”. Mesmo que o profissional cometa alguns deslizes técnicos, o foco deve estar na boa comunicação, ou seja, você precisa entender e ser devidamente entendido.
Seja transparente
Na prática, ser transparente significa não fazer promessas vazias — nunca dê certeza de que a causa será ganha No mais, é importante deixar claras, desde o primeiro encontro, as condições em que o serviço será prestado e elaborar um contrato de honorários que deve ser lido, entendido e assinado pelas partes.
Não se esqueça da tutela antecipada
Durante o primeiro atendimento, desde o momento em que o advogado toma ciência dos fatos, ele deve estar atento à probabilidade do direito, o perigo de dano e o risco ao resultado útil do processo. Podemos citar, por exemplo, o caso de uma pessoa hospitalizada cuja operadora do plano de saúde negue a cobertura de determinado procedimento médico, ou, ainda, uma empresa de telefonia que tenha cortado a linha telefônica de que o cliente faz uso no exercício da sua profissão. Essas questões simplesmente não podem aguardar o provimento jurisdicional final, não podendo, o advogado, esquecer-se de pedir a tutela de urgência.
Permita que o cliente leia a petição inicial
Muitos jovens advogados se preocupam apenas em recolher a assinatura do cliente no instrumento de procuração e no contrato de honorários, deixando-o atordoado em meio a tanta novidade. No entanto, é bom que a petição inicial também seja assinada pelo representado. Com isso, o cliente vai poder realizar pessoalmente uma revisão do trabalho do advogado e verificar se existem detalhes a serem corrigidos. Além do mais, isso faz com que o advogado possa agir com mais segurança ao longo do processo, principalmente nas audiências, caso o cliente apresente uma nova versão dos fatos que contradiga a petição inicial.
Por fim, não podemos deixar de lado o fato de que os relacionamentos com os clientes devem ser inteiramente pautados pelo profissionalismo e pela ética, sendo sempre bom conhecer as normas previstas no Estatuto dos Advogados e as orientações fornecidas pela OAB.
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